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Exame neurológico: pares cranianos

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NERVOS CRANIANOS 
1) Olfatório; 
2) Óptico; 
3) Oculomotor; 
4) Troclear; 
5) Trigêmeo; 
6) Abducente; 
7) Facial;; 
8) Vestibulococlear 
9) Glossofaríngeo; 
10) Vago; 
11) Acessório; 
12) Hipoglosso. 
OLFATÓRIO 
Tem origem na lâmina crivosa do etmoide e não 
é testado frequentemente na prática, apenas quando há 
queixa de perda de olfato por parte do paciente, por 
exemplo. 
A avaliação, então, é feita pela inspeção 
inicialmente. Há obstrução das narinas? Desvio de septo? 
Em resumo, avalia-se se há alguma alteração no aparelho 
respiratório. Em seguida, realiza-se o teste com odores 
voláteis com café, canela, hortelã e cravo, evitando o 
álcool, por ser uma substância de característica irritativa, 
e em uma narina de cada vez. 
A amônia é utilizada como diagnóstico diferencial 
– o paciente não sente o cheiro das outras substâncias, 
mas da amônia sim. Isso indicaria algum problema de 
fato, pois a amônia não precisa passar pelo trajeto do 
nervo olfatório, o epitélio nasal já é capaz de identifica-la. 
Se o paciente não sentir o cheiro da amônia, estamos 
diante de um teste incongruente, pois o esperado é que 
ele sempre sinta. 
ÓPTICO 
Na imagem constatamos em “a” a amaurose do 
lado direito por uma lesão no nervo óptico do lado 
direito. Se a lesão é no quiasma óptico existe uma 
alteração visual bitemporal, retratado em “b”. A lesão no 
lobo occipital à direita gera uma hemianopsia à esquerda, 
em “f”. Assim, conclui=se que existem várias alterações 
visuais que dependem do local onde ocorreu a lesão. 
O exame do nervo óptico é feito pela avaliação 
dos reflexos pupilar, de acomodação e consensual, pela 
fundoscopia, análise da acuidade visual (identificar as 
letras), campimetria por confrontação e visão para cores 
(Painel de Ishihara). 
No reflexo pupilar é apontada uma luz e espera-
se que ocorra uma miose pupilar (via aferente do nervo 
óptico e eferente a do nervo oculomotor). Para testar o 
de acomodação, coloca-se um objeto próximo ao 
paciente e após isso, aumenta-se a distância, sendo 
possível avaliar a convergência dos olhos. O consensual é 
avaliado ao incidir luz no olho direito e obter-se uma 
miose no olho esquerdo, e vice-versa. 
O exame de fundo 
de olho também é feito na 
neurologia. Olho direito do 
profissional para avaliar o 
olho direito do paciente e 
olho esquerdo do 
profissional para analisar o 
olho esquerdo do paciente. 
Deve ser possível 
identificar uma rede artério-venosa com convergência 
para o nervo óptico (mais brilhoso) e buscar a mácula. 
A campimetria por constatação é feita da 
seguinte maneira: o médico se senta em frente ao 
paciente e tampa o olho esquerdo, por exemplo. Assim, o 
paciente tampa o olho oposto, isso é, o direito, e verifica-
se os quadrantes (“enxerga aqui? Está mexendo ou está 
parado?”). 
OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTES 
São responsáveis pela motricidade ocular 
extrínseca. O troclear tem origem aparente do 
mesencéfalo e o abducente tem origem na ponte. 
O nervo abducente é responsável pela inervação 
do músculo reto lateral (joga o olho para o lado). O 
troclear, pela inervação do músculo oblíquo superior 
(joga o olho para baixo e para o meio). Todos os outros 
músculos são inervados pelo oculomotor. 
O teste desses nervos é feito pela movimentação 
ocular extrínseca, sendo interessando fazer essa análise 
de maneira separada também (um olho de cada vez). 
TRIGÊMEO 
É um nervo 
sensitivo e motor, 
responsável pela 
sensibilidade da face e, 
também, pela 
musculatura do 
masseter (motricidade). 
A avaliação 
desse nervo craniano é 
feita por testes de 
sensibilidade da face 
(mecha de algodão – hipoestesia, hiperestesia, neuralgia 
do trigêmeo), do reflexo corneopalpebral (cotonete ou 
pedacinho de algodão e tocar na córnea – espera-se um 
“piscamento” bilateral – via aferente é o nervo trigêmeo 
e eferente é o nervo facial) e da musculatura da 
mastigação (cerrar os dentes, existe assimetria?). 
FACIAL 
É um nervo motor e sensitivo (responsável pela 
gustação de 2/3 anteriores da língua). 
O teste é feito pela inspeção, observando se 
existem assimetrias ou se os olhos fecham corretamente, 
além da mímica facial (pede para dar um sorriso, fazer 
caretas, fechar os olhos bem forte) e sensibilidade 
gustativa (geralmente não é feito, mas diante de queixas 
é realizado – lembrar que pode estar relacionado ao 
olfato). 
 
VESTIBULOCOCLEAR 
Duas 
faces desse nervo, 
a coclear, em que 
se testa a audição, 
e a vestibular, que 
se testa o 
equilíbrio. 
A função 
auditiva é 
verificada no teste 
de audição e geralmente problemas são identificados na 
própria conversa. Além disso, realiza-se o teste de Rinne 
(diapasão de 128Hz, no processo mastoide, o paciente 
avisa quando para de escutar o som e ao parar, colocá-lo 
atrás da orelha – o ideal é que o tempo de escuta nos dois 
lugares seja o mesmo, pois a condução aérea é maior que 
a óssea) e o de Weber. 
A função vestibular é testada pelo teste de 
Romberg e pelos reflexos vestíbulo-oculares. 
GLOSSOFARÍNGEO E VAGO 
São os pares cranianos bulbares. O teste é feito 
avaliando a motricidade faríngea (a úvula está simétrica? 
Há alteração do palato?), o reflexo neuseoso e a 
sensibilidade do 1/3 posterior da língua (habitualmente 
não é feito). 
ACESSÓRIO 
A origem 
aparente está no 
bulbo e é testado 
de duas formas. 
A primeira é feita 
por meio da 
rotação da 
cabeça e a outra 
por elevação dos 
ombros. 
HIPOGLOSSO 
O teste deste nervo é realizado por meio da 
inspeção da língua, se existem fasciculações e desvios e 
também pelo teste de força da língua. A doença de 
Pompe é uma cujos sintomas estão relacionados à 
fraqueza de língua. 
Figura 1. Em A, há uma assimetria facial, mas de andar superior 
preservado. Em B, toda a hemiface direita está comprometida - 
acometimento em toda hemiface.

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