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19 HIDRODINÂMICA 3. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Seja um volume de fluido infinitesimal, dVol, escolhido no interior de uma fluido em escoamento, de massa específica ρ, referido a um sistema de eixos cartesianos tri-ortogonal, conforme mostra a figura seguinte: Fig. xx – Volume de controle utilizado para obtenção da equação diferencial da conservação da massa. Seja m a massa contida em um volume de controle no instante t e m´ a massa num instante t´. Sendo t´ = t + dt � m´ = m + dm. Diz-se que no intervalo de tempo, dt, a massa variou de uma quantidade dm. Nesse caso: dm = ρ.dVol � dm = ρ.dx.dy.dz 20 No instante t, a massa é m. No instante t´ = t + dt, a massa é m´= m + dm A variação da massa no volume dVol, em um intervalo de tempo dt será: dt t dzdydx ∂ ∂ )...(ρ A taxa de variação da massa com o tempo no volume dVol, será: dzdydx tdt dt t dzdydx ... )...( ∂ ∂ = ∂ ∂ ρ ρ Na direção do eixo Oy, pode-se escrever : • Massa que entra no volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Oy, na unidade de tempo: dzdxv ..ρ • Massa que sai do volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Oy, na unidade de tempo: dzdxdy y v v . )( ∂ ∂ + ρρ • Balanço de massa na direção de Oy: dzdydx y v .. )( ∂ ∂ − ρ Na direção de Ox: • Massa que entra no volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Ox, na unidade de tempo: dzdyu ..ρ • Massa que sai do volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Ox, na unidade de tempo: dzdydx x u u . )( ∂ ∂ + ρρ • Balanço de massa na direção de Ox: dzdydx x u .. )( ∂ ∂ − ρ Na direção de Oz: 21 • Massa que entra no volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Oz, na unidade de tempo: dydx..ρω • Massa que sai do volume elementar através da face do paralelepípedo perpendicular ao eixo Oz, na unidade de tempo: dydxdz z . )( ∂ ∂ + ρωρω • Balanço de massa na direção de Oz: dzdydx z .. )( ∂ ∂ − ρω Considerando que a equação da conservação da massa afirma que a massa que entra, na unidade de tempo, menos a massa que sai, na unidade de tempo, é igual a taxa de variação da massa com o tempo no interior do volume, tem-se: dxdydz tz dxdywdz y dxdzvdy x dydzudx ∂ ∂ = ∂ ∂ − ∂ ∂ − ∂ ∂− ρρρρ )()()( Dividindo-se a equação acima, membro a membro, por dx.dy.dz, tem-se: tz w y v x u ∂ ∂ −= ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ρρρρ )()()( A equação acima é a forma diferencial da equação da conservação da massa para o escoamento, quando se considera um volume elementar de fluido de massa específica ρ. Na forma vetorial esta equação pode ser escrita como: t Vdiv ∂ ∂ −= ρρ )( r Observações: 1. Escoamento permanente: 0=∂ ∂ t ρ � 0 )()()( = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ z w y v x u ρρρ . 2. Escoamento incompressível (ρ constante): 0=∂ ∂ t ρ � 0)()()( = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ z w y v x u . Em termos finitos, quando o escoamento se dá ao longo de um tubo de corrente, é possível escrever a equação da conservação da massa numa forma mais intuitiva. 22 Para as áreas elementares que formam um tubo de corrente dA1 e dA2, pode-se escrever: 1111 dAVmd ρ=& e 2222 dAVmd ρ=& Como a equação da continuidade afirma que 21 mdmd && = tem-se: 222111 dAVdAV ρρ = Integrando para as áreas A1 e A2, teremos: ∫∫ = 21 222111 AA dAVdAV ρρ Como a massa específica não varia em cada uma das áreas, tem-se: ∫∫ = 21 222111 AA dAVdAV ρρ Em termos do escoamento médio, em cada seção transversal ao escoamento, tem-se: 222111 AVAV ρρ = Para o escoamento incompressível a massa específica não varia nem em cada seção, nem de uma seção para outra. Logo a equação da continuidade para o escoamento de um fluido incompressível se torna: QCAVAV te === 2211 Essa equação mostra que para o escoamento incompressível, a vazão em volume é constante ao longo do escoamento, embora a velocidade possa variar de uma seção para outra. Esse resultado é importante, pois permite 23 concluir que se o escoamento for incompressível, quando se aumentar a seção do escoamento, a velocidade terá que diminuir e vice-versa. 1 2 1 2 VA AV = Portanto, quando a área aumentar (A2 > A1), a equação acima permite concluir que V2 < V1. EXERCÍCIOS DE ALICAÇÃO 1. Em uma instalação de bombeamento verificou-se que a vazão deveria ser de 450 m3/h. Se a velocidade econômica na linha for de 1,05 m/s, qual deveria ser o diâmetro a ser utilizado? Lembre-se que os diâmetros comerciais existentes no mercado, na faixa considerada, são 350 mm, 400 mm e 450 mm. SOLUÇÃO Q =A.V, sendo A = pi.D2/4. A = pi.D2/4 = Q/V. D2 =4.Q/V/pi. D2 = 4*450/3600/1,05/3,142 = 0,1558 D = 0,389 m ou D =389 mm. Assim,o diâmetro comercial de 400 mm deverá ser o escolhido. 2. Em uma edifício de 12 pavimentos a vazão máxima devida ao uso de uma coluna de distribuição é 7,5 l/s. Se a coluna tiver um diâmetro de 60 mm, qual será a velocidade do escoamento da água? SOLUÇÃO Q =A.V, sendo A = pi.D2/4. V =Q / A = 4.Q/(pi.D2). 24 V =4*0,0075/(3,142*0,0602) V= 2,65 m/s Observação: A ABNT recomenda 2,5m/s para colunas de 75 mm. 4. EQUAÇÃO DE ESTADO: Fluido homogêneo e incompressível: tec=ρ Fluido homogêneo e compressível: ρ ρ d dp V dV dpE =−= gás ideal: RTp ρ= com R = R0/M
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