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Sistema Reprodutor Masculino • Puberdade masculina: aumento dos testículos, aparecimento dos pelos pubianos, aumento progressivo do pênis, engrossamento da voz, aparecimento de pelos faciais e axilares (além dos corporais), aumento da oleosidade na pele e acne e estirão de crescimento • 3 estágios da puberdade masculina: - Adrenarca: alterações hormonais nas glândulas adrenais - Gonadarca: maturação das características sexuais primárias (testículos) e secundárias (desenvolvimento de pelos pubianos). - Espermarca: primeira ejaculação de sêmen de um menino\ Semenarca: capacidade de ejacular ✓ Ginecomastia: no início da puberdade, uma parte da testosterona é convertida em estrogênio (enzima aromatase), o que pode gerar aumento da glândula mamária, na maioria dos casos diminui ao longo do tempo Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal • Com a maturação sexual, neurotransmissores do SNC estimulam o hipotálamo a produzir GnRH (hormônio gonadotrofina). Esse hormônio por meio sistema porta hipotalâmico-hipofisário estimula a adenohipofise a secretar LH (luteinizante) e FSH (folículo estimulante). • O FSH atua sobre as células de Sertoli nos testículos, sendo responsável pela espermatogênese. Estas células circundam as células espermáticas e proporcionam suporte estrutural no epitélio, formando junções entre elas, as quais guiam as células espermáticas em direção ao lúmen dos túbulos seminíferos à medida que se passa os estágios da espermatogênese. Também são responsáveis pela formação da barreira hematotesticular a qual cria um ambiente especializado e imunologicamente seguro para o desenvolvimento do espermatozoide. As células de sertoli secretam a inibina responsável pela inibição da produção de FSH e GnRH (feedback negativo) • O LH atua nas células de leydig, produzindo andrógenos: testosterona, androstenediona. A testosterona participa do feedback negativo da hipófise e do hipotálamo, e atua na diferenciação física masculina. Como é um hormônio esteroide, não pode circular livremente pela corrente sanguínea, portanto, se anexam em proteínas que as transportam até os tecidos que irão agir. Assim, se desanexam e atravessam a membrana, neste momento o hormônio deixa de ser testosterona e passa a ser denominado pelo nome de outro androgênio, como: DHEA e androsterona. - Características sexuais primárias: estão relacionadas diretamente a reprodução (testículo, próstata, produção de esperma) -Características sexuais secundaria: ligadas ao dimorfismo sexual externo (desenvolvimento do pênis, pelos faciais, modificação da voz) • O eixo é funcional na vida intrauterina, fica inibido durante a infância e retorna à atividade na puberdade, ainda não há um consenso sobre a explicação desse retorno. Espermatogênese • Produção do gameta masculino: espermatozoide • Nos túbulos seminíferos, há várias células germinativas, as quais sofrem mitose. Passando a ser denominadas de espermatogônias do tipo A (células tronco que originam novas espermatogônias) e do tipo B (continuam a espermatogênese). Com o processo de interfase, há aumento do volume e duplicação do material genético, o que transforma a espermatogônia B em espermatócito primário. Essa célula passa pela meiose 1, a qual diminui a ploidia, gerando 2 espermatócitos secundário. Esses espermatócitos sofrem meiose 2, gerando 4 células haploides: espermátides, as quais se diferenciaram em espermatozoide (espermiogênese), ocorrendo a condensação nuclear, redução do citoplasma, formação do acrossoma e da cauda. Infertilidade masculina • Infertilidade: incapacidade de reproduzir durante um ano tendo relações sexuais regulares e sem métodos contraceptivos • Causas: infecção, obstrução do epidídimo, ducto deferente ou ejaculatório, varicocele, hormonais • Espermograma: é o principal exame de avaliação da infertilidade, analisa as condições químicas e físicas do sêmen e as propriedades do espermatozoide • Também pode se fazer constatação de fertilidade pela dosagem de hormônios (FSH, LH e testosterona), ecografia (obstrução do trato genital) e estudos genéticos GENITAL MASCULINO Órgãos genitais masculinos • Gônadas: testículo • Vias condutoras: ducto deferente, ejaculatório, uretra e epidídimo • Glândulas anexas: próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais • Órgãos genitais externos: escroto e pênis • Sistema de ductor • Ducto deferente - Continuação da cauda do epidídimo que conduz os espermatozoides até o ducto ejaculatório • Ducto ejaculatório - Glândula seminal + ampola do ducto deferente- dilatação que atravessa a próstata até chegar à uretra • Uretra - é o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; -Parte prostática da uretra: passa através da próstata. -Parte membranácea da uretra: passa através dos músculos profundos do períneo -Parte esponjosa da uretra: quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do pênis (parte do bulbo do pênis e parte do corpo do pênis) • Epidídimo -Localização: ao longo da margem posterior de cada testículo. -Cabeça: ductos eferentes do testículo se unem aos ductos do epidídimo -Corpo: parte média estreita -Cauda: parte inferior menor. Na sua extremidade distal, a cauda do epidídimo continua como o ducto deferente. -Função: maturação dos espermatozoides, ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes durante a excitação sexual, armazena espermatozoides, que permanecem viáveis até vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante esse período é reabsorvido. • Glândulas anexas • Próstata -Localização: inferior a bexiga -Função: secreção acrescentada ao líquido seminal: (1) ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos espermatozoides para a produção de energia. (2) Várias enzimas proteolíticas quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. (3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. (4) A plasmina seminal do líquido prostático é um antibiótico que pode destruir as bactérias. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de diversos canais prostáticos. • Glândula bulbouretral -Localização: inferior da próstata -Função: secretam uma sustância alcalina e muco que protege os espermatozoides, controla o pH da uretra, lubrifica a extremidade do pênis • Vesículas seminais -Localização: entre o fundo da bexiga e o reto -Função: secretam um líquido que contêm frutose para produção de energia dos espermatozoides e de natureza alcalina ajudando a neutralizar a uretra masculina e o trato genital feminino • Órgãos genitais externos • Escroto -Localização: bolsa musculo-cutânea suspensa por trás do pênis -Estrutura: contém testículo, epidídimo e parte do ducto deferente, pele frouxa e texturizada mais escurecida e revestida por pelos, possui glândulas sebáceas, a bolsa é dividida em dois compartimentos internos por um septo de tecido conjuntivo, irrigação sanguínea e a inervação são extensas. -Função: protege as estruturas nele alojado, regula a temperatura dos testículos • Pênis - Contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. Tem uma forma cilíndrica e é composto por um corpo, uma glande e uma raiz. -Corpo do pênis: é constituído por três massas cilíndricas de tecido, cada uma circundada por túnica albugínea. As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa médio-ventral menor, o corpo esponjoso do pênis. A pele e uma tela subcutânea envolvem todas as três massas, que consistem em tecido erétil (composto por diversos seios revestidos por células endoteliais e circundados por músculo liso e tecido conjuntivo e elástico.) -Glande do pênis: extremidade distaldo corpo esponjoso do pênis é uma região um pouco aumentada; a sua margem é a coroa. A uretra distal aumenta no interior da glande do pênis e forma uma abertura terminal em forma de fenda, o óstio externo da uretra. Recobrindo a glande em um pênis não circuncidado está o frouxamente ajustado prepúcio do pênis. -Raiz do pênis: é a porção proximal. Consiste no bulbo do pênis, a continuação posterior expandida da base do corpo esponjoso do pênis, e o ramo do pênis, as duas porções separadas e cônicas do corpo cavernoso do pênis. Microscopia das estruturas • Epidídimo: epitélio pseudoestratificado com esterocilios, fibras musculares e tecido conjuntivo • Testículo: lóbulos separados por septo de tecido conjuntivo - Túnica vaginal: epitélio pavimentoso simples-externo -Túnica albugínea: conjuntivo denso não modelado -Lóbulos testicular: interior tem túbulos seminíferos • Túbulo seminífero: circundados por tecido intersticial (vaso sanguíneo) e grupos de células. Células de sertoli suporte para espermatogênese. Células de leyding produz testosterona Uma túnica serosa (túnica vaginal do testículo), é derivada do peritônio e se forma durante a descida dos testículos, recobre parcialmente os testículos. Uma coleção de líquido seroso na túnica vaginal do testículo (hidrocele) pode ser causada por lesões nos testículos ou inflamação do epidídimo. Em geral, não é necessário tratamento. Internamente à túnica vaginal do testículo, o testículo é circundado por uma cápsula fibrosa branca composta por tecido conjuntivo denso irregular (túnica albugínea) se estende internamente formando septos que dividem o testículo em uma série de compartimentos internos (lóbulos dos testículos). Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados (túbulos seminíferos contorcidos) onde os espermatozoides são produzidos. • Pênis • Glândula seminal • Ducto deferente Descida dos testículos • Os testículos desenvolvem-se no retroperitônio, na região abdominal, e precisam se deslocar caudalmente e atravessar a parede abdominal até chegarem ao escroto. A passagem pela parede abdominal ocorre através do canal inguinal, situado logo acima da metade medial do ligamento inguinal. A entrada no canal é pelo anel inguinal profundo (interno) próximo ao tubérculo púbico. • Próximo ao final do segundo mês, o mesentério urogenital liga os testículos e os mesonefros à parede abdominal posterior. Com a degeneração dos mesonefros, a ligação funciona como um mesentério para a gônada (liga o órgão à parede). Caudalmente, ele se torna ligamentoso e é conhecido como ligamento genital caudal. A partir do polo testicular caudal, projeta-se uma condensação mesenquimal rica em matriz extracelular, o gubernáculo. Antes da descida dos testículos, essa faixa de mesênquima termina na região inguinal entre os músculos oblíquos externo e interno do abdome, em diferenciação. Mais tarde, conforme os testículos começam sua descida na direção do anel inguinal interno, forma-se uma porção extra-abdominal do gubernáculo, que cresce da região inguinal para as protuberâncias escrotais. Quando os testículos atravessam o canal inguinal, essa porção extra-abdominal entra em contato com o assoalho escrotal • O processo é influenciado por hormônios, incluindo andrógenos e MIS. Durante a descida, a irrigação sanguínea para os testículos proveniente da aorta é retida, e os vasos testiculares se estendem de sua posição lombar original até os testículos no escroto. • Os testículos descem através do anel inguinal e acima da borda do osso púbico, e estão no escroto por ocasião do nascimento. Os testículos são cobertos, então, por uma prega refletida do processo vaginal. A camada peritoneal que recobre os testículos é a camada visceral da túnica vaginal; o remanescente do saco peritoneal forma a camada parietal da túnica vaginal. O canal estreito que conecta o lúmen do processo vaginal à cavidade peritoneal desaparece no nascimento ou um pouco depois.
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