Prévia do material em texto
ANTIBIOTICOTERAPIA - 1928: Fleming e a descoberta da penicilina - 1961: 513 antimicrobianos e hoje 8000 QUIMIOTERAPIA · Usa quimioterápicos no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos: ANTIMICROBIANOS (natural ou sintético) ANTIBIÓTICOS (natural): são compostos produzidos por microrganismos capazes de destruir ou inibir o crescimento de outros. · Todo antibiótico é um antimicrobiano, mas nem todo antimicrobiano é um antibiótico. · Semi-sinteticos: melhor estabilidade, propriedades farmacocinéticas e espectro de ação. · Impedem a multiplicação e provocar a morte do microrganismo. · CLASSIFICAÇÃO: 1) Espectro de ação - Amplo - Reduzido 2) Modo de ação - Bactericidas (matam) A) Destruição dependente da concentração: aminoglicosídeos e quinolonas. V bB) Destruição dependente do tempo: beta-lactâmicos e vancomicina. - Bacteriostáticos (apenas inativam) – evitar em imunocomprometidos 3) Estrutura química a) Beta-lactâmicos: penicilinas b) Sulfonamidase drogas relacionadas: sulfametoxazol c) Quinolonas: norfloxacina d) Tetraciclinas: doxiciclina e) Derivados do nitrobenzeno: cloranfenicol f) Aminoglicosídeos: gentamicina g) Macrolídeos: eritromicina h) Polipeptídicos: polimixinaB i) Glicopeptídicos: vancomicina j) Poliênicos: AnfotericinaB 4) Mecanismo de ação · OBJETIVOS DA ANTIBIOTICOTERAPIA - Eficácia clínica (melhorar sinais e sintomas) - Prevenção de complicações agudas e sequelas - Erradicação do agente infeccioso · FATORES QUE INTERFEREM NA ANTIBIOTICOTERAPIA - Seleção do fármaco a) Penetração da droga no LCR b) Antibiograma, sorologia, biomol c) Associações corretas (sinergismo) – CUIDADO para intensificação de reações adversas. d) Profilaxia adequada e) Dosagem, via, duração do tratamento, custo, idade e gravidez f) - presença de patologias (insuficiência hepática, renal) g) Toxicidade - Chegada ao local de infecção - Estado clínico - Remoção de abscessos - Histórico de hipersensibilidade - Adesão ao tratamento TERAPIA ANTIMICROBIANA IDEAL · Agente único e específico, resposta eficiente, (<MIC >potencia), baixa toxicidade, diminuir presença de resistentes. · Quando se sabe a etiologia, usar drogas de MENOR espectro e MAIOR potência e sugurança. TERAPIA ANTIMICROBIANA empírica · Seleção do antimicrobiano baseada em ACHADOS CLÍNICOS · NÃO há identificação do microrganismo e nem da sensibilidade deste o fármaco · Comum na urgência · Uso de microbianos de AMPLO espectro · No dia a dia pouco se pede avaliação de antibiograma. Usa-se amoxicilina, azitromicina ( casos de dor de garganta- estreptococos) · Infecções no trata gastrointestinal é melhor quinolonas. ASSOCIAÇÕES DE FÁRMACOS ANTIMICROBIANOS NECESSIDADE RISCOS Pacientes graves Aumento da toxicidade e dos custos Infecções polimicrobianas Reduzir cepas resistentes Uso de doses menores Redução da eficácia- antagonismo farmacológico Sinergismo TERAPIA PROFILÁTICA · Prevenção de infecções em situações de ELEVADO RISCO · Exemplos: a) Extração dentária - amoxicilina b) Tuberculose e meningite (caso haja contato com infectados) - rifampicina c) Pré-operatório - d) Febre reumática – Penicilina G · CUIDADO! – alteração da microbiota, predispondo o paciente a outras infecções RESISTÊNCIA -- O antimicrobiano não produz efeito sobre a infecção a) TRANSMISSÃO HORIZONTAL – Transferência de plasmídeo B) MECANISMOS 1- REDUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INTRACELULAR DO FÁRMACO a) Produção de enzimas hidrolíticas: beta-lactamases b) Bomba de efluxo: transportadores ativos da membrana que transportam antimicrobiano para fora da célula. 2) ALTERAÇÃO DO ALVO - A bactéria pode reprogramar ou camuflar os alvos dos fármacos. - EX: enterococo resistente a vancomicina: alteração da sequência terminal normal da D_ALA-D-ALA por D-ALA-D-LACTATO. Isso promove redução de 1.000x a afinidade de ligação a vancomicina. PRESCRIÇÃO E DISPENSAÇÃO · Exigência de RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL em 2 vias (modelo c1) – retenção de uma via · Vendido somente sob prescrição médica · Controle da movimentação por SNGerenciamento de Produtos Controlados. · - Validade da receita de antimicrobianos: 10 dias ANTIMICROBIANOS inibidores da síntese da parede celular bacteriana BETA-LACTÂMICOS: MECANISMO DE AÇÃO · Ligam-se à proteínas específicas, proteína de ligação à penicilina (PLP), interferindo na síntese de peptideoglicanos, levando à morte bacteriana. · Inibem a síntese de peptideoglicano da parede celular bacteriana, por inibirem a enzima de transpeptidação (transpeptidases ou PBP ou PLP) que forma ligações cruzadas das cadeias peptídicas ligadas ao arcabouço do peptideoglicano. · Penicilinas naturais/vancomicina e bacitracina atuam sobretudo em GRAM + PENICILINAS - Não são drogas “centrais” no tratamento antimicrobiano. - Naturais (G e V) - Semi-sintéticas (penicilinas + radicais) · Penicilina G, Meticilina e Oxacilina: resistentes as penicilinases estafilocócicas e menos potentes contra os microrganismos sensíveis as penicilinas naturais. · Algumas penicilinas foram adaptadas (hidrossolúveis) para passar pelos poros na membrana da GRAM : são as amino penicilinas : amoxicilina e ampicilina *Resistentes às penicilinases estafilocócicas ( Staphylo aureus produtor de penicilinases). ** MRSA= expressa uma PLP diferente (sito de ação diferente), logo, os Blac não agem. *** Atenção para as que agem contra as PSEUDOMONAS PIPERACILINA - Excelente contra pseudomonas, E. coli, Klebsiella, outros gram + e gram -. AMINOPENICILINAS FARMACOCINÉTICA - 60% de ligação a albumina - Ampla distribuição nos tecidos e secreções - Pouca penetração nas secreções prostáticas, tecido cerebral e liquido intraocular. - T ½ curto (associada antigamente com probenicida para competir pela absorção e aumentar o tempo de meia vida da amoxicilina) - Excreção renal: 10% filtração e 90% secreção tubular ativa - Necessário ajustar a dose em pacientes nefropatas. RESISTÊNCIA AOS BETALACTÂMICOS - Produção de enzimas inativadores (betalactamases) - Modificação da estrutura da PBP, impedindo a ligação do antimicrobiano. fármacos inibidores da enzima beta-lactamases · Usado quando tem resistência aos beta-lactâmicos · São falsos substratos para as enzimas, por também ter anel Blac · Amoxicilina: + clavulonato/+sulbactam · Piperacilina com: +tazobactam (uso hospitalar)/+avibactam EFEITOS ADVERSOS DAS PENICILINAS A) HIPERSENSIBILIDADE (dor, calor e rubor) – ao se ligar a proteínas pode se expressar como Antígenos. B) DIARRÉIA (microbiota) C) ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS (anemia hemolítica) D) NEUROTOXICIDADE (raro, convulsões) E) NEFROTOXICIDADE (rara, em doses elevadas) CEFALOSPORINAS - mais eficazes do que as penicilinas, inclusive contra as penicilinases resistentes PRIMEIRA GERAÇÃO - Cefalexina – faringite, sinusite e pneumonias – GRAM + e GRAM _ SEGUNDA GERAÇÃO - Cefaclor – sepse intrabdominal e ginecológica – MENOR potencia contra GRAM + e MAIOR contra anaeróbios. Uso também em GRAM - terceira GERAÇÃO - Ceftazidima e Ceftriaxona – meningites (– boa penetração no SNC) , algumas pneumonias e endocardites. quartA GERAÇÃO - Cefepima – melhor que a de 3ª para S áureos, Nisseria, Enterobacter. É estável a beta-lactamase – menor resistência!! quintA GERAÇÃO - Ceftarolina – (anti MRSA) – adequada para alérgicos a aoxacilina e glicopeptídeos. Sem ação contra Pseudomonas. Intravenosa · Penicilina G benzatina – risco de reações adversas rara, indicado na gestação - Devo usar inibidores das beta lactamases com cefalosporinas? Tipo de beta lactamases (enzimas produzidas pela bactéria que degradam o fármaco) a) NÃO - lactamases de espectro estreito/penicilinases – degradam apenas beta lactâmicos mais simples e NÃO degradam cefalosporinas b) SIM - Beta lactamases de espectro estendido ou ESBL – degradam penicilinas e cefalosporinas. O que fazer? Trocar por cabapenêmico ou fazer associação com tazobactam e avibactam (inibidores das enzimas) · Clearence de creatinina deve ser >90, o normal. BETA LACTÂMICOSCARBAPENÊMICOS - IMIPENEM (EV/IM) * Alta potencia e amplo espectro de ação * Todos os cocos GRAM + * Todos os bastonetes GRAM – * Todos os ANAERÒBIOS É degradado por uma enzima no túbulo renal, por isso para poder ser usado é associado a cilastatina, um inibidor da enzima dipeptidase ou desidropeptidase. - MAIOR risco de convulsões - MEROPENEM *Mesmo espectro *MENOR risco de convulsões *MAIOR penetração no SNC Substitui o emipenem - ERTAPENEM * Meia vida maior, podendo ser administrado em dose únida diária * MAIOR atividade contra P aeruginosa e Acinetobacter · Resistência – enzimas cabapenemases: KPC: Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase – produtora de carbapenemases - Como tratar? Ceftazidima + avibactam e outras MONOBACTÂMICOS - AZTREONAM: espectro estreito para GRAM – (Serratia sp. P aeruginosa, Nissserias GLICOPEPTÍDEOS · Ainda são inibidores da síntese de parede · Vancomicina: produzida por Strepto orientalis, hidrossolúvel e muito estável. (EV) – uso hospitalar · Teicoplanina – mais lipossolúvel, boa penetração tecidual e tempo de meia vida prolongado. (EV e IM) – ATIVA contra GRAM + · MEA: Inibem a síntese da parede celular aose ligar no terminal D-ALA – D-ALA da mureína, inibindo a polimerização do peptídeoglicano. – (não é o mesmo alvo da PLP) · VANCOMICINA para SARM e vancomicina + cefalosporina de 3 geração para meningite pneumocócica. · Reações adversas: náusea e vômito, flebite, rubor cutâneo e exantema (S do Homem Vermelho – liberação de histamina). Febre por fármaco. Hipotensão. Dores musculares e ototoxicidade (furosemida também tem). NEFROTOXICIDADE · RESISTÊNCIA: Há mudança no aa do terminal, troca-se ALA por lactato, com isso o medicamento não consegue mais se ligar. BACITRACINA · Não é glicopeptídeo · Espectro estreito – ativo contra GRAM + · MEA: inibe a síntese da parede celular ao interferir na desfosforilação do ciclo transportador lipídico que transfere subunidades de peptídeoglicano para a parede celular em crescimento. · Uso tópico INIBIDORES DA SINTESE PROTEICA · Subunidade 50s – catalisa a formação das ligações peptídicas · Subunidade 30s – decodificação exata da mensagem do mRNA *Em mamíferos temos subunidades diferentes (60 e 40s) por isso os medicamentos não atuam. ** Os antimicrobianos atuam inibindo SP de procariontes, mas a seletividade não é absoluta. *A2,3 e 4 são grupos e o A.1 é um fármaco que não se enquadra em nenhum dos grupos. **em dosagens baixas são bactericidas e em altas bacteriostáticos. ***Os aminoglicosídeos são bactericidas – interagem com a porção 30s, provocando uma leitura incorreta do código do RNAm. 1 CLORANFENICOL – 50s · Interfere com a ligação do RNAt ao complexo RNAm-ribossomo. · Inibe a formação das ligações peptídicas, ao interferir com o posicionamento do RNAt no sítio A · Inibe a enzima peptidiltransferase · Espectro amplo – ANAERÒBIOS · Conjuntivite bacteriana · Significativa toxicidade – BAIXO USO SISTEMICO – inibição do RNA mitocondrial de mamíferos · Tópico e oftálmica · RA: Gosto metálico (amoxicilina também) Sindrome Cinzenta do RN – dificuldade em conjugar e eliminar a droga – hipotensão e respiração irregular Alterações hematológicas · I: inibidor enzimático da P-450: varfarina e fenitoína/ antagoniza efeitos bactericidas das penicilinas e aminoglicosídeos. – reduz o metabolismo das bactérias, e os de parede precisam de um metabolismo bom. A.2 LINCOSAMINAS OU LINCOMICINAS – 50s · Inibe formação das ligações peptídicas ao interferir com o posicionamento do RNAt no sítio A e interações com o sítio P. · Lincominica e clindamicina · Bacteriostático · Espectro amplo · Uso: Strepto pyogenes, aureus, agalactiae · NÂO uso: enterococos, meningococos · Via IM e EV (cuidado) · Não responde ao Haemophilus Influenzae · Antimalárica · Acne e infecções de pele · RA: EV - Bradicardia, arritmias, hipotensão. VO- colite pseudomembranosa. Rash e alterações hematológicas. A.3 MACROLÍDEOS – 50s · Eritromicina, claritromicina e azitromicina · Espectro amplo incluindo ação contra alguns protozoários (toxoplasma). · USOS: infecções pulmonares (Legionella) e coqueluche e difteria ( eritromicina) · ERITROMICINA: sais para tirar o sabor desagradável e melhorar absorção VO. 2 escolha para sífilis. Uso na gestação. Profilaxia de febre reumática. Uso em jejum. - Por ser inibidor enzimático, reduz ação da varfarina, digoxina, carbamazepina e teofilina. - Efeito pró-cinético (esvaziamento gástrico). · AZITROMICINA: mais potente para GRAM -. Uso em sinusites. Meia vida longa. Eliminação nas fezes. EM JEJUM · CLARITROMICINA - Não tem que tomar em jejum · RA: Eritromicina causa mais pirose. Inibidor da P-450 · Azitromicina e claritromicina: diarréia e arritmias – prolonga o intervalo QT · RESISTÊNCIA: esterases, modificação do sítio de ligação ribossômico, bomba de efluxo. · TRATAMENTO DE H. PYLORI: Amoxicilina + claritromicina. Se persistir com o tempo suspender associação e indicar metronidazol e demais novos. A.4 OXAZOLIDINONAS – 50S · LINEZOLIDA · Melhor para GRAM + · Bacteriostático · Uso em infecções resistentes aos antimicrobianos tradicionais. · VO e EV · RA: Depressão medular (trombocitopenia, anemia e granulocitopenia) e neuropatia periférica (sensação dolorosa e perda sensorial nas mãos e pés. INIBIDORES DA SUBUNIDADE 30S B.1TETRACICLINAS · Curta duração: tetraciclina (não usar em gestantes e crianças) e nem laticínios. Sequestro de Ca dos ossos e dos dentes (manchas- displasia) ./clortetraciclina e oxitetraciclina · Ação intermediária: metaciclina · Ação prolongada: doxiciclina e minociclina - 2 geração - Amplo aspecto - Bacteriostátco VO - Uso em riquetsioses e cólera B.2 AMINOGLICOSÍDEOS MEA : Interagem com a porção 30s provocando leitura incorreta do código do RNAm. · Bloqueia a iniciação da SP · Bloqueia a posterior tradução e estimula a terminação prematura · Incorporação de aa incorretos (proteínas incorretas-lise) - Uso maior em GRAM – - Muito hidrossolúveis - a) Estreptomicina: tuberculose b) Amicacina – c) Gentaminica - mais potente quando sensível d) Tebramicina – colírios para conjuntivite · Associação com beta lac: este aumenta sua permeabilidade, em seringas e tempos diferentes. · I: in vitro: formação de precipitado (ruim) In vivo: sinergismo (bom) · RA: OTOTOXICIDADE , são os principais. E NEFROTOXICIDADE. NECROSE do túbulo proximal (lisossomos), peroxidação lipídica e estresse oxidativo). Bloqueio neuromuscular não-despolarizante SULFAS – FÁRMACOS QUE INTERFEREM COM O METABOLISMO DO PABA (sulfonamidas) · São análogos do PABA: Ácido Paraminobenzóico, inibição por competição. · Inibem a síntese purinas inibindo a síntese de DNA · SULFAMETOXAZOL (ação intermediária) E SULFADIAZINA · Trimetoprima não é sulfa, mas interfere na síntese de folato (atua na enzima diidrofolato redutase). Indicado associação (sulfametoxazol + trimetoprima) – Bactrin, pois o sulfa não é usasdo sozinho pelo risco de selecionar resistentes. · São bacteriostáticas · Ação intestinal 4- Sulfas vaginais: sulfacetamida/sulfatiazol e sulfabenzamida – associação destas três sulfas. · Não tem ação contra anaeróbios e MRSA -USOS: Infecções respiratórias/próstata e urinário/gastrointestinal/sepse e meningites/ inflamatória crônica/ febre reumática (profilaxia em casos de alergia a penicilinas)/ uso tópico: queimaduras e feridas. - RA: Nefrotoxicidade (cristalúria) (cristais insolúveis)/ Hipersensibilidade – Stevens Johnson, relacionada a lesões de pele, olhos e mucosas/ Kernicterus – depósito de bilirrubina no SN devido ao seu deslocamento ligada a albumina causando encefalopatia. · Não deve ser usado na gestação I: Hipoglicêmico das sulfonilureias/ anticoagulante da warfarina e nefrotoxicidade da ciclosporina INIBIDORES DA REPLICAÇÃO DO DNA (fluorquinolonas), METRONIDAZOL E POLIMIXINAS. QUINOLONAS ( 2, 3 e 4 são fluorquinolonas) - 1 GERAÇÃO: ácido nalidíxico (pequeno espectro) - 2 GERAÇÃO: ciprofloxacino e norfloxacino (amplo espectro) - 3 GERAÇÃO: levofloxacino (uso restrito e cuidadoso em idosos) e gatifloxacino- 4 GERAÇÃO: maxifloxacino · MEA: Inibem as enzima topoisomerases do tipo II: DNA girasse (relaxamento do DNA) e topoisomerase IV (separa cromossomos filhos) · USOS: trato urinário, respiratória, gastrointestinal, gonorréia (muita resistência) – usa-se mais azitromicina e ceftriaxona · São os fármacos de escolha contra Carbúnculo (antraz) – Bacilus Anthracia (gram +) · Absorção e biodisponibilidade diminuída em presença de magnésio, alumínio e zinco, ranitidina e omeprazol. · Alguns inibem a CYP -450, logo, a meia vida de alguns fármacos que são por ela metabolizados irá aumentar- teofilina, varfarina e ciclosporina. · NÃO deve ser usada na gestação. (usa penicilinas e cefalosporinas) · ARTROPATIA é característica. · HIPOGLICEMIA pelo gatifloxacino · Disturbios do SNC · Prolongamento do intervalo QT · RISCO de aneurisma e Daorta em idosos · Mutação das enzimas topoisomerases são o principal mecanismo de resistência. METRONIDAZOL · Uso em parasitas intestinais e baterias anaeróbias. · Pro-fármaco que precisa se reduzido para formar um metabólito ativo capaz de formar compostos citotóxicos reduzidos, que se ligam as proteínas , membranas e DNA nas células-alvo, causando lesão grave. PRINCIPAL LESÃO NO DNA. · Parasitas intestinais e bactérias anaeróbias apresentam grande potencial REDOX. (capaz de doar elétrons (reduzir) ao metronidazol · FERREDOXINAS - Gosto metálico e náusea - Neuropatia - NÃO usar no primeiro trimestre da gestação - EFEITO DISSULFIRAM : o dissulfiram inibe as enzimas que metabolizam o álcool, então o paciente tem muito mal estar gastrointestinal, toxicidade, com a ingestão de bebida alcoólica. Esse quadro é de feitos semelhantes por outro fármaco. Polimixinas · Poli B e E (colistina) · Ligam-se aos constituintes lipoproteicos da membrana externa de gram – e destroem sua barreira osmótica seletiva, causando desequilíbrio e morte celular. · Devido a sua TOXICIDADE (NEURO E NEFRO) usado em casos restritos de multirresistência. · VIA TÓPICA e parenteral ANTIMICOBACTERIANOS TUBERCULOSE · Alguns bacilos apresentam: crescimento lento, estado de dormência, parede celular impermeável a fármacos, residir no interior do macrófago e capacidade de desenvolver resistência o que dificulta a ação de muitos medicamentos. · 2ª fase é de manutenção · Sem interferências, dura 6 meses. (no tratamento, após 15 dias para de transmitir) · Isoniazida pode ser usada isoladamente por 6 meses. Penetra facilmente nas células, atuando tanto intra quanto extracelulares. Mehor em bacilo ativo. MEA: inibe a síntese de lipídios percursores do ácido micólico (parede).RA: hepatotoxicidade e neuropatia periférica (pode se associar com piridoxina) · Rifampicina faz parte da classe “rifamicinas” junto com a rifabutina e rifaminicina. MEA: inibe a síntese de RNA, ao se ligar à enzima RNA polimerase. COLORAÇÂO ALARANJADA. Indução enzimática P-450. · Pirazinamida é ativa principalmente em bacilos dentro de macrófagos. Hepatotoxicidade. · Etambutol inibe as enzimas arabinosil transferases interferindo na biossíntese de arabinogalactano, principal polissacarídeo da parede celular da micobactéria. A VANTAGEM é que não apresenta (ou pouco) hepatotoxicidade. RA: neuropatia optica. · Estreptomicina é da classe dos aminoglicosídios. ATUA inibindo a síntese protéica na subunidade ribossomal 30s. Tem ação de bactericida, ativa contra bacilos extracelulares. IM ou EV. Também apresenta pouco hepatotoxicidade. · OUTRAS alternativas - Claritromicina - Ciprofloxacino - Etionamida - Capreomicina - Ciclosserina HANSENÍASE (LEPRA) Dapsona (sulfonamida) é o mais utilizado · Inibe a enzima diidropteroato sintase (semelhante as demais sulfonamidas). Concentra-se na pele (T1/2 vida de 1 a 2 das) · Uso associado com rifampicina e clofazimina. · 3 ou mais ANOS · Talidomida imunimodulador – inibidor do TNF-alfa, usado no tratamento, mas controlado pelo risco de teratogenese. ANTIFÚNGICOS · Ideal: amplos espectro (>50 patógenos). Baixa toxicidade. Múltiplas vias de adm. Excelente penetração nos tecidos -LCR, urina e ossos. INIBIDORES DA VIA DE SINTESE DO ERGOSTEROL - Inibidores da enzima esqualeno epoxidase · TERBINAFINA: t1/2 de 300 horas (cura com tratamento de 1 ano)/ acúmulo na pele, unhas e gordura./ Uso em onicomicoses, micoses de pele, couro cabeludo, etc.. · Não indicado na gravidez · Hepatotoxicidade · Urticaria - INIBIDORES DA ENZIMA 14-a – ESTEROL DESMETILASE · Azólicos: IMIDAZÓLICOS · (cetoconazol) indicado para dermatite seborreica, infecções do estrato córneo, mucosa escamosa. ESTÀ envolvido com a inibição de enzimas CYP-450, que por sua vez está envolvida com a síntese de androgênios (suprarrenais e gônadas). Pode reduzir síntese de andrógenos e pre-dispor ginecomastia. · MICONAZOL TRIAZÓLICOS · FLUCONAZOL é primeira escolha para candidíase sistêmica, esofágica e meningite coccidióide. NÂO efetivo para aspergilose. · ITRACONAZOL · I: antiácidos, inibidores da bomba de prótons e antagonistas H2 – reduzem a absorção dos azólicos, pois a absorção oral máxima ocorre em pH ácido. (eles aumentam o pH) – OBS: isso não prejudica o fluconazol. · R: Mutação das enzimas P-450 e bomba de efluxo. ANTIGÚNGICO TÓPICO · Amorolfina – também inibe a via do ergosterol · Bloqueia enzimas D14-redutase e D7-D8 isomerase. · O acúmulo de esqualeno e de outros metabólitos intermediários originam a ação fungicida. · USO tópico B – DESESTABILIZADORES DA MEMBRANA FÚNGICA · PADRAO OURO para infecções sistêmicas. · Ligam-se ao ergosterol promovendo desestabilização da membrana fúngica. Produzem canais ou poros que alteram a permeabilidade da membrana, permitindo o extravasamento de constituintes celulares. · POLIENOS OU POLIÊNICOS: Anfotericina B (esse é o padrão)e Nistatina (uso tópico) – substituído pelo fluconazol. · Afinidade 500x maior pelo ergosterol do que pelo colesterol. SEGURA NA GESTAÇÂO. Usado com lipossoma para melhorar biodisponibilidade E REDUZIR toxicidade. · RA: tempestade de citocinas, febre, calafrios, TOXICIDADE RENAL GRAVE C. INIBIDORES DA SINTESE DA PAREDE FÚNGICA Inibição não competitiva da síntese de B-(1,3)-D-Dglicanos. A ruptura da integridade da parede celular resulta em estresse osmótico, lise da célula e morte. * EQUINOCANDINAS – caspofungina – baixa toxicidade/ via parenteral/ uso em candidíase esofágica e candidemia. *GRISEOFULVINA – inibe mitose dos fungos através de sua ligação a tubulina e a uma proteína associada aos microtúbulos, rompendo assim a organização do fuso mitótico. Acumula-se em células precursoras de queratina/ É indutor enzimático, acelera o metabolismo de varfarina e estrogênio. - Sem varfarina o tempo de protrombina é 1. Com o seu uso o tempo aumenta para cerca de 2-3. Se usar junto com griseofulvina, ela acelera a metabolização da droga, com isso o efeito é reduzido levando a queda do o INR. INR < 1 eleva risco de trombose. *FLUCITOSINA – pró-fármaco – é transportado para dentro do fungo e somente lá torna-se metabólito ativo. Atua inibindo a enzima timidilato sintase. Pode-se usar como antineoplásicos. (algumas células cancerígenas ativam ela também) CICLOPIROX - Inibe transporte de elementos essenciais na célula fúngica, desregulando a síntese de DNA, RNA e proteínas. USO tópico.