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Direito Penal Extinção da Punibilidade Artigos Principais 1. Ementa: Código Penal 93 ao 120. 2. Esses Slides: CP 93 a 95 3. LEP – 202 4. CP 63 e 64 (Reincidência) 5. CPP 743 a 750 (Reabilitação) Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Tal sigilo é inútil pois o artigo 202 da LEP já determina: Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei. O instituto é de pouco efeito prático sendo muito mais moral do que efetivo. A única função concreta é extinguir o efeito acessório do artigo 92, III, “a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.” e outros previstos em lei especial, como a inabilitação para ser empresário do condenado por crime falimentar (art. 181 da lei 11.101/05) 3. André Estefam aduz ser útil como via alternativa ao MS no caso de descumprimento do 202 da LEP. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP A referência ao artigo anterior determina que ainda que reabilitado aquele que teve como efeito da condenação a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (quando o agente recebe pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública ou superior a 4 anos nos demais casos) ou a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado não vai poder ser reintegrado na situação anterior. Assim sendo, o único efeito da condenação reversível é a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso (comum em caso de homicídio ao volante). Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP 1. Cleber Masson, aduz existir a diferença que para o reabilitando a única autoridade que pode ter acesso aos registros é o juiz criminal, conforme determinado pelo artigo 748 do código penal. Entretanto, manter o registro em sigilo é de extrema dificuldade na presente era, pois exigiria a extirpação de todos os registros eletrônicos e os DJE’s que são indexados por buscadores e agregadores. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP 3. Cumpre lembrar que, para efeitos judiciais (instrução de um processo criminal), ter- se-á acesso a todas as informações relativas aos antecedentes penais do agente, até porque tais dados têm relevância capital para a análise de diversos institutos processuais (como a concessão de liberdade provisória, a elaboração de proposta de transação penal ou suspensão condicional do processo) e penais (notadamente a prolação da sentença e a dosagem da pena, quando se analisa eventual primariedade, antecedentes e conduta social do agente, entre outros fatores). Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP A renúncia da vítima não precisa ser expressa. Nesse sentido 2. Capez: Se já se operou a prescrição da dívida no âmbito cível, dispensa-se o requisito da reparação do dano (TJSP, APL 000821996200182606-06/SP). 5. Bittencourt critica a exigência do domicilio no país, sob a alegação de falta de razoabilidade da exigência sendo uma limitação sem sentido e o pouco interesse do código em reparar a vítima, sendo esta uma das poucas hipóteses que o código impõe a reparação para a concessão de benefício. 4. Gueiros e Japiassu justificam pela facilidade de averiguar o bom comportamento a exigência de permanência no país. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa. A doutrina aduz que é incabível a reabilitação para antecipar o prazo de não aplicação da reincidência. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Lembrando – art. 63 e 64: Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação. não se consideram os crimes militares próprios e políticos Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Lembrando que trata-se a reabilitação de mera SUSPENSÃO dos efeitos da condenação, podendo a qualquer tempo ser revogado no caso de condenação como reincidente. Conforme vimos, entretanto, passados 5 anos, todavia, isso não é mais possível, pois a pessoa volta a ser tecnicamente primária. Termo inicial do prazo para ser computado do sursis ou livramento é a audiência admonitória. Reabilitação – Art. 93 a 95 do CP Lembrando que trata-se a reabilitação de mera SUSPENSÃO dos efeitos da condenação, podendo a qualquer tempo ser revogado no caso de condenação como reincidente. Conforme vimos, entretanto, passados 5 anos, todavia, isso não é mais possível, pois a pessoa volta a ser tecnicamente primária. Termo inicial do prazo para ser computado do sursis ou livramento é a audiência admonitória. Reabilitação - Procedimento– Art. 743 ao 750 do CPP Requerimento dirigindo ao juízo originário, pois já exaurida a jurisdição da execução. Instruído com I - certidões comprobatórias de não ter o requerente respondido, nem estar respondendo a processo penal, em qualquer das comarcas em que houver residido durante o prazo a que se refere o artigo anterior; II - atestados de autoridades policiais ou outros documentos que comprovem ter residido nas comarcas indicadas e mantido, efetivamente, bom comportamento; III - atestados de bom comportamento fornecidos por pessoas a cujo serviço tenha estado; IV - quaisquer outros documentos que sirvam como prova de sua regeneração; V - prova de haver ressarcido o dano causado pelo crime ou persistir a impossibilidade de fazê-lo. Reabilitação - Procedimento– Art. 743 ao 750 do CPP Obrigatória a oitiva do MP Da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso de ofício, apesar de existir divergência em doutrina minoritária. Os artigos contém trechos incompatíveis com a reforma da parte geral do CP de 1984. Sendo assim, pelaquestão cronológica prevalece o CP. Além do prazo ser de 2 anos (ao invés de 4/8 do CPP), inexiste também o prazo para novo pleito, contido no art. 749. O pleito é personalíssimo e a morte extingue o procedimento. Da decisão que denegar cabe apelação e não mais RESE