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CITOPATOLOGIA HEPÁTICA - PORTFÓLIO

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Prévia do material em texto

portfólio da disciplina de Citopatologia proposto 
pela professora Dr. Maiara Bernardes Marques e 
realizado pela discente do curso de farmácia da 
Universidade Federal do Oeste da Bahia, Ivanilde 
Carmo dos santos. 
 
 
Citoportifólio 
 
 2 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
PARTE I 
 
 Apresentação ..................................................................................................... 
 Divisão do portfólio .............................................................................................. 
 Ensino remoto .................................................................................................... 
 Metodologia ativa ............................................................................................... 
 
PARTE II 
 
 Conhecendo um pouco sobre a citopalogia ...................................................... 
 O que é? ............................................................................................................ 
 Fatos históricos importantes .............................................................................. 
 Alguns protagonistas históricos da Citopatologia ............................................... 
 Ramos que a citologia abrange .......................................................................... 
 As correlações da Citopatologias com a área farmacêutica ............................... 
 
PARTE III 
 
 Cirrose Hepática ................................................................................................ 
 Um pouco sobre a anatomia do fígado .............................................................. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE I 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
Bem vindo 
 
 
Temida por algumas pessoas e 
amada por outras, o mecanismo de 
metodologia ativa cada vez mais 
difundido no âmbito acadêmico, 
vem ganhando espaço e fazendo 
parte da educação das novas 
gerações. 
É sempre impreciso definir o que 
se pode esperar de uma classe ou 
turma quando inicia-se um 
processo de aprendizagem onde o 
aluno é o protagonista. Isso por 
que, todos são seres humanos com 
suas individualidades e suas 
próprias capacidades e limitações, 
então sempre é uma surpresa a 
colheita dos resultados, mas muito 
pode-se esperar. 
Desafios também serão rotina, e 
esses poderão ser enfrentados 
quando emergirem necessidades 
de adaptação do conjunto de 
aprendizado, e imprevistos 
poderão ser vistos como 
oportunidades para inovar, para 
identificar problemas e criar 
soluções, o que é de grande 
importância não somente na vida 
acadêmica, como também na vida 
diária e rotina de cada indivíduo 
da sociedade. 
Esse portfólio é uma ferramenta 
dessa metodologia, e através dele, 
eu autora e você leitor, iremos 
experimentar na prática a 
construção de conhecimento da 
disciplina de citopalogia, 
lecionada online no período 
suplementar letivo da 
Universidade Federal do Oeste da 
Bahia na forma de portfólio. 
A disciplina será lecionada 
integralmente online, devido às 
circunstâncias atuais de 
pandemia, com isso, torna-se 
ainda mais desafiador e novo esse 
momento de ensino e 
aprendizagem. Então torna-se 
ainda mais imprevisível o que 
 
 
pode-se esperar da disciplina, mas 
pelo método de organização 
 
 
 
docente e institucional para esse desafio, muita coisa boa vai sair!!! 
Desse modo, quais os prós e contras que o ensino remoto pode nos proporcionar? 
Vejamos em um ponto de vista logo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então seja bem-vindo (a) e vamos lá!!! 
 
 
 
 
 
 Contato presencial 
 
 
 
 Atividade prática 
 
 
 
 
 Imprevistos tecnológicos 
 
 
 
 
 Adaptação de aprendizado 
 
PRÓS CONTRAS 
 O tempo 
 
 
 
 
 Praticidade de entrega 
 
O aluno tem a vantagem de realizar atividades 
assíncronas em seu próprio tempo, onde se 
encontre melhor inspirado. 
 Disponibilidade de materiais 
 
Contato afetivo e de confiança não são 
necessariamente os mesmos 
Atividades práticas ficam de difícil ou 
impossível realização 
Pode haver queda de sinal entre as 
transmissões, falta de internet para enviar um 
trabalho entre outras. 
Cada indivíduo tem sua forma de 
aprender, então alguns se adaptarão 
facilmente e se darão muito bem... 
mas nem todos. 
O aluno e professor podem entregar as 
atividades a qualquer momento, visto que 
serão entregues virtualmente, e dentro do 
prazo, de casa. 
Não será necessário se deslocar de casa, e 
todos os materiais da disciplina podem ser 
disponibilizado online e de graça. 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE II 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONHECENDO UM POUCO SOBRE A 
CITOPATOLOGIA 
 
CITOPATOLOGIA 
Vem do grego: 
Cito --- Kytos --- célula 
Pato --- Pathos --- sofrimento, dor, doença 
Logia --- Lógos --- estudo, teoria 
 
 
Logo: se trata do estudo das 
alterações patológicas a nível 
celular. Serve para identificar 
doenças malignas ou não, para 
definir o curso do tratamento da 
doença. 
Entre as doenças diagnosticadas por 
essa ciência estão: 
 
Câncer de mama, câncer de colo de 
útero, câncer de próstata, inflamações 
da região cérvico vaginal, infecções 
por microrganismos como fungos, 
parasitos e bactérias... entre outras 
 8 
 Fatos históricos importantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns acontecimentos foram muito 
importantes para o desenvolvimento da 
Citopatologia, que é uma ciência muito nova e 
só foi amplamente utilizada nos últimos 50 anos 
O microscópio foi a invenção primordial pro 
desenvolvimento dessa e de várias ciências. 
Esta se deu no século XVII e sendo aprimorada por 
anos até chegar nas mãos de Hooke e Leeuwenhoek 
que detalharam suas descobertas com o 
microscópio e alavancaram o estudo das células. 
 
 
O exame Papanicolau, utilizado 
para prever patologias uterinas e 
vaginais foi um marco da 
Citopatologia. Em 1925 o Dr George 
Papanicolau conseguiu identificar 
células cancerígenas em um 
esfregaço vaginal que só foi 
implementado a partir de 1939 e 
amplamente utilizado até hoje!! 
 9 
Alguns Protagonistas históricos da 
Citopatologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
George Papanicolaou, Grego que foi para os EUA e lá 
desenvolveu o marco da história da Citopatologia o 
exame “Papanicolau” com auxílio de sua esposa 
Andromachi Mavroyenis. Um exame simples que 
permite detectar precocemente o câncer de colo e 
útero. 
Na foto ao lado vemos Papanicolaou e sua esposa 
e técnica na universidade em que trabalhavam, 
Andromachi. (Fonte: greece is jornal) 
Klebs e Leucke fizeram estudos de células de líquido 
ascítico em pacientes com tumores ovarianos e 
produzindo mais conhecimento em 1817. (na foto a 
esquerda temos Edwin Klebs. Fonte: Science). 
 10 
Atuações da Citopatologia 
 
 
 
As correlações da Citopatologia com a 
área farmacêutica 
 
Nesse momento do 
portfólio, faremos uma 
associação pessoal e 
relacionada de como a 
Citopatologia pode se 
encaixar e ser importante 
no meio farmacêutico e 
Citopatologia
Diagnóstico de 
doenças não 
suspeitadas
auxiliar no 
desenvolvimento 
de novas terapias 
identificação 
precoce de 
doenças 
cancerígenas
acompanhamento 
da evolução 
terapeutica
confirmação 
dianóstica de 
doenças 
suspeitadas
detecção de lesões 
e definição da 
causa destas
 11 
para os estudantes dessa 
área. 
A área farmacêutica 
é extremamente ampla, 
abrange diversa, se não 
todas as áreas da ciência 
o que a torna uma área 
onde as possibilidades 
são incrivelmente 
numerosas, e tudo isso 
depende da força de 
vontade de quem busca 
se aperfeiçoar.Dessa forma então, 
visto todos os aspectos 
anteriormente referentes 
a Citopatologia, como 
associar estes conceitos e 
conhecimentos com as 
possíveis atuações do 
Farmacêutico e possíveis 
contribuições para a área 
da saúde? 
O farmacêutico já 
tem seu espaço na área 
de análises clínicas, o 
conhecimento 
citopatológico apurado 
será um complemento 
infalível para se tornar 
um excelente 
profissional nessa área, 
visto que nem em todos 
os procedimentos este 
será responsável pela 
coleta da amostra, no 
entanto, será ele quem 
fará a confecção do 
esfregaço e análise. 
Essa é uma etapa 
extremamente 
importante e de muita 
responsabilidade, pois é 
com ela que as decisões 
clínicas de tratamento 
 12 
farmacológico, 
terapêutico ou de 
Caráter cirúrgico serão 
tomadas pelo clínico 
responsável. 
Isso reforça ainda 
mais a importância da 
confiabilidade do 
resultado da análise 
citopatológica para 
fornecer o diagnóstico 
clínico do paciente e ser 
útil na tomada de 
decisões.
Esse conhecimento 
também é fundamental 
para se estudar mais 
sobre as patologias, para 
conhecer 
detalhadamente o 
mecanismo patológico e 
processo doença para o 
farmacêutico que 
trabalha na indústria ou 
com pesquisa de síntese 
farmacológica. Isso será 
também muito 
importante para 
pesquisa de novos 
tratamentos, marcadores 
tumorais, novos alvos 
farmacológicos, novas 
maneiras de detecção 
precoce de patogenias 
entre muitas outras 
possibilidades. A 
Assim então, concluímos 
essa parte do portfólio 
adentando minimamente 
no universo de 
possibilidades que a 
Citopatologia pode estar 
ofertando para essa área 
em específico o que não 
exclui outras áreas.
 
 
 13 
 
PARTE 
III 
 
 14 
 
 
 
 
 
 
 Cirrose Hepática 
A cirrose é uma doença que se manifesta no fígado, 
o órgão humano responsável pelas atividades de 
desintoxicação e metabolização, síntese de proteínas 
e outras moléculas, degradação de hormônios, 
armazenamento de substâncias, como o glicogênio 
no nosso organismo. Agora vamos conhecer um 
pouco sobre esse órgão, falar um pouco sobre seu 
tecido e suas células saudáveis e em seguida 
abordaremos o mesmo após ser atingido pela 
patologia. 
 
Um pouco sobre a anatomia hepática 
 
O fígado é a maior glândula do 
corpo humano, fica localizado 
abaixo do diafragma e 
profundamente as costelas 7 a 
11 e por seu tamanho ocupa uma 
extensa área abdominal. 
Chegamos a terceira e última parte deste portfólio, 
obrigada por chegar até aqui!! Nessa parte foi indicado que 
escolhêssemos uma patologia e falamos sobre ela citando 
os aspectos citopatológicos. Aqui nesse portfólio veremos 
um pouco sobre a doença “Cirrose Hepática”. 
 vamos lá!!! 
 15 
Também abriga anexado em seu interior outra 
glândula muito importante para o corpo humano, a 
vesícula biliar, mas não falaremos dela por aqui!!É 
altamente vascularizado, seu peso varia de 1200 a 
1500 gramas e é dividido em 4 lobos. 
 
Tecido hepático 
o tecido hepático apresenta um parênquima lobular, 
ou seja é organizado em lóbulos individuais com uma 
estrutura semelhante a um hexágono com uma veia 
no meio. Então basicamente o tecido é constituído de 
várias dessas estruturas hexagonais. 
Na imagem abaixo, retirada de um guia de histologia 
bem fundamentado e conhecido, o histology guide, 
podemos observar a estrutura do tecido hepático 
saudável e sua forma de organização. Selecionei um 
lóbulo hepático para facilitar a visualização, nele 
poderemos ver e entender sua forma hexagonal e a 
veia que fica em seu centro. Observe! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: histology guide 
Veia central 
do lóbulo 
 16 
 
 
 
 
AS CÉLULAS HEPÁTICAS 
 
As células do fígado são chamadas de hepatócitos, 
correspondem a aproximadamente 80% da células do 
órgão e delas que falaremos, outracélula também 
presente mas que não abordaremos detalhadamente 
aqui são as células de Kupffer que fagocitam os 
Nessa imagem podemos observar agora isoladamente a estrutura de um lóbulo hepático, podem haver 
entre os lóbulos tecido conjuntivo, o que explica a definição da margem observada nessa imagem. 
Fonte: blog dinâmica celular 
 17 
eritrócitos gastos, também as células estreladas que 
armazenam vitamina A e produz colágeno. 
Os Hepatócitos apresentam um diâmetro de 
aproximadamente 20-30μm. Possui citoplasma e em 
seu centro um núcleo, alguns núcleos podem ser 
poliploides devido ao seu tamanho. 
As células o fígado se organizam em filamentos, 
também chamados de cordas, por isso é possível 
identificar em alguns textos que elas se organizam de 
forma cordonal. Na imagem a seguir poderemos ver 
os hepatócitos e sua forma de organização de 
maneira mais prática. 
 
 
 
 
Essas células são altamente ricas em mitocôndrias, 
cada célula contem aproximadamente 2 mil 
Núcleo do 
hepatócito 
Acúmulo de 
lipofuscina 
Formato 
cordonal 
Veia de 
nutrição 
do lóbulo 
Citoplasm
a do 
hepatócito 
 18 
mitocôndrias por serem células de alta e constante 
atividade celular. 
O citoplasma dos hepatócitos tem coloração 
eosinófila e apresentam aspecto granular quando 
coloridos para observação pelos grumos basófilos 
que representam as mitocôndrias e a grande 
quantidade de ribossomos livres. 
As outras organelas que merecem atenção quando 
falamos do hepatócito são o retículo endoplasmático 
rugoso e o complexo de golgi. O primeiro é rico em 
lisossomos e peroxissomos, o que é fundamental 
visto a atividade desintoxicante realizada por essas 
células, e o segundo é bem desenvolvido. 
Com a idade os hepatócitos podem acumular 
lipofuscina, que correspondem aos estoques de 
glicogênio e lipídio e apresentam coloração 
acastanhada. 
 
FUNÇÃO DOS HEPATÓCITOS 
 
 Agora vamos falar um 
pouco sobre como 
funcionam os hepatócitos, 
o que produzem e como 
reagem para tornar 
possível que sejam 
exercidas as funções do 
órgão hepático no nosso 
organismo. 
 19 
Com relação as sínteses por ele realizadas, 
principalmente podemos citar a síntese de albumina 
sérica, fibrinogênio e fatores de coagulação com 
excessão dos fatores 3 e 4. 
Outra função do fígado é o metabolismo de 
carboidratos e os hepatócitos agem também 
sintetizando apoproteinas onde eles formam e 
exportam lipoproteínas, o VLDL e o HDL. 
Na atividade de desintoxicação os 
hepatócitos são novamente os 
protagonistas visto, que estes em a 
capacidade de metabolizar, 
desintoxicar e inativar compostos 
exógenos como drogas, inseticidas e compostos 
endógenos como os esteroides. 
Atividades fundamentais e 
exercida frequentemente com o 
sangue que por ele passa para 
manter a homeostasia. Uma das 
funções mais importantes de 
desintoxicação dos hepatócitos é 
a transformação da amônia em ureia para que esta 
última possa ser excretada do organismo. 
 
 
 
 
 
 
Oos hepatócitos 
tem um tempo de 
vida médio de cerca 
de 5 meses e uma 
altíssima 
capacidade de se 
regenerar. 
 20 
 
Cirrose hepática: Epidemiologia e caráter social 
 
Segundo Brunner, 2012, a cirrose hepática é uma 
doença crônica caracterizada pela substituição do 
tecido hepático normal por fibrose difusa que rompe a 
estrutura e a função do fígado. 
É uma das principais causas de doença hepática 
crônica, e as doenças hepáticas crônicas em seu 
conjunto são a 4º causa de morte em todo o mundo, 
e a cirrose em si, estima-se que seja responsável pela 
morte de cerca de 1,1% das mortes no mundo. 
Em 2015 afetava cerca de 2,8 milhões de pessoas no 
mundo e foi causa de cerca de 1,3 milhões de mortes. 
Nos EUA e no Brasil morrem mais homens de cirrose 
do que mulheres, podemos associar esse índice aos 
dados de consumo abusivo de álcool onde a liderança 
é ocupada por homens. E o álcool pode levar de 10 a 
20% dos consumidores abusivos a desenvolver 
cirrose. 
Dessa forma os homenssão 2 vezes mais afetados, 
e a maioria dos pacientes tem entre 40 e 60 anos . 
Nos países com menor renda os riscos de morbidade 
e mortalidade são maiores por litro de álcool (principal 
causa de cirrose hepática). De acordo com a 
Organização mundial da saúde- OMS, a doença foi 
em 2004 a décima oitava causa de morte no mundo. 
No Brasil os dados epidemiológicos dessa doença 
são extremamente escassos 
 21 
 
 
 
 
 
E quando atingido pela cirrose hepática? 
 
As células do fígado apresentam uma incrível 
capacidade de regeneração. É comum que o tecido 
regenerado seja bem organizado e realize 
adequadamente sua função. Porém, em alguns 
casos, quando os hepatócitos são lesionados com 
frequência, observa-se a formação de nódulos, e o 
tecido regenerado não se apresenta bem organizado. 
Essa condição é chamada de cirrose, um processo 
que não pode ser revertido. A cirrose é causada, por 
exemplo, pelo consumo exagerado do álcool ou até 
mesmo por doenças como a hepatite. 
A hepatite alcoólica se 
caracteriza por 
Hepatócitos lesionados 
devido à degeneração, 
necrose irregular, infiltrado 
de 
Polimorfonucleares e fibrose 
nos espaços de Disse. É conhecida como um 
precursor da cirrose. 
Esta é caracterizada por desenvolvimento de fibrose 
que leva à formação de nódulos de 
 22 
Regeneração, quando já há distorção arquitetônica 
do fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
QUAIS AS CAUSAS DA CIRROSE 
HEPÁTICA? 
 
 
 
 
Consumo excessivo de álcool 
infecções (hepatites virais) 
alterações metabólicas
alterações nutricionais
autoimunidade
Medicamentos parasitoses outros 
 23 
FISIOPATOLOGIA DA CIRROSE 
 
A cirrose se caracteriza por uma série de faixas de 
fibrose, que é tecido não funcional ocupando o 
espaço do tecido funcional perdido, e nódulos de 
regeneração. 
As células de Kupffer que citamos anteriormente ao 
sofrerem injúrias por uma série de toxinas (que 
podem ser medicamentos metabolizados, álcool, e 
outras drogas ou infecções), passam então a secretar 
uma série de citocinas inflamatórias, essas citocinas 
agem nas células que começam então a produzir 
colágeno. 
 
 
 
 
 
UFRJ 6.30 & 6.3C.5 FÍGADO. CIRROSE. DETALHE DE NÓDULOS DE REGENERAÇÃO. 
OBSERVE QUE VÁRIOS HEPATÓCITOS ENCONTRAM-SE TUMEFEITOS. ACIMA E À 
DIREITA OBSERVE OS SEPTOS CONJUNTIVOS FIBROSOS (AZUL). TRICROMÁTICO DE 
MASSON, MÉDIO AUMENTO. 
 24 
A patogênese da cirrose também envolve estresse 
oxidativo e disfunção do metabolismo lipídico. 
Estudos puderam demonstrar que a resposta à 
hipóxia tem papel essencial em seu desenvolvimento 
e está ligada a geração mitocondrial de espécies 
reativas de oxigênio (ROS). 
 
 
 
UFRJ 6.30 & 6.3C.10 FÍGADO. COLESTASE. OBSERVE O PIGMENTO BILIAR CASTANHADO-
ESVERDEADO NO CITOPLASMA DE VÁRIOS HEPATÓCITOS. VÁRIOS HEPATÓCITOS TÊM MAIS DE 
UM NÚCLEO COM NUCLÉOLO EVIDENTE (REGENERAÇÃO). H&E, GRANDE AUMENTO 
 
Note na imagem acima a degeneração das células 
hepáticas e como já perdem seu caráter de 
ordenação cordonal. 
 25 
 
 
Há na patologia também um dano nos capilares 
sinusoides, por que eles acabam perdendo duas 
frenestrações, o que leva a prejudicar as trocas 
gasosas entre o sangue e os hepatócitos da região, 
pra piorar ainda mais a situação as células estreladas 
tornam-se miofibroblastos diminuindo o diâmetro do 
sinusoides e tendo então a possibilidade de uma 
evolução para hipertensão portal intra-hepática. 
Dessa forma, os hepatócitos não terão nutrição 
adequada e suficiente, o que acaba por levar a morte 
destas células e formação de tecido necrótico e 
fibrose por cicatrização e como o tecido perde a 
função de metabolizar o acumulo de adipócitos 
também está presente no quadro de cirrose hepática. 
É um quadro geralmente irreversível, mas se 
diagnosticado precocemente pode haver uma 
reversão da fibrose. São lesões que não ocorrem da 
noite pro dia, ocorrem em um longo prazo que varia 
de meses a anos. 
 
 26 
 
 
É é possível identificar nessa imagem que as células estão necrosadas, e com fibrose. Há 
vacúolos citoplasmáticos e o núcleo se encontra claro, em algumas células já nem é mais 
possível visualizar e o citoplasma está totalmente tomado pelas fibras cicatriciais. Fonte da 
imagem: Patologia I UFBA/ MICROSCOPIA 
 
 
 
Aqui podemos 
ver os adipócitos 
tomando conta 
de todo o espaço 
que as células 
tinham 
juntamente com 
vacúolos. Essa 
imagem é a 
cirrose advinda 
de uma 
complicação de 
outra doença, a 
esteatose 
hepática. 
Fonte: Patologia 
I UFBA 
microscopia 
 
 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO INFLAMATÓRIO NA 
CIRROSE 
 
 28 
Tendo em vista os sinais da inflamação: 
calor, rubor, edema, dor, vejamos primeiro 
a nível celular e em seguida no próximo 
tópico com os sintomas, vamos associar 
também. 
 
 
 
 
Focos isolados ou espalhados de células sofrem 
tumefação e necrose. A tumefação resulta do 
acúmulo de gordura e água. 
 
 
 
Hepatócitos espalhados acumulam meadas 
emaranhadas de filamentos intermediários de 
citoceratina e outras proteínas, visíveis como 
inclusões citoplasmáticas eosinofílicas nos 
hepatócitos em degeneração. 
 
 
 
Neutrófilos permeiam o lóbulo e acumulam-se ao 
redor de hepatócitos em degeneração. 
 
 
Tumefação e necrose de hepatócitos 
Cospúsculos de Mallory. 
Reação neutrofílica. 
 
Fibrose 
 
 29 
 
 
A hepatite alcoólica quase sempre é acompanhada 
de fibrose sinusoidal e perivenular 
acentuada; a fibrose periportal às vezes predomina, 
sobretudo com episódios repetidos de ingestão de 
alcoólica. 
 
Sinais e sintomas 
 
 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico pode ser feito por: 
 
anorexia, perda 
de peso, 
desnutrição
fadiga e 
debilidade 
muscular
prurido
icterícia
edema de 
membros
hepato 
esplenomegalia
telangiectasias
unhas 
esbranquiçadas
hérnia 
abdominal
 30 
 Avaliação clínica 
 Avaliação laboratorial 
 Endoscopia 
 Diagnóstico por imagem 
 Avaliação histopatológica (biópsia) 
 
Adentrando um pouco mais na avaliaçãoo 
laboratorial, vejamos as moléculas 
analisadas: 
 
 Aminotransferase 
 Enzimas colestásticas 
 Bilirrubinas 
 Hb e ht 
 Tempo de protrombina 
 Proteínas 
 Sódio 
 
TRATAMENTO 
O único tratamento definitivo para a cirrose hepática 
é o transplante de fígado, onde o fígado cirrótico é 
subtituído (por um fígado inteiro, no caso de doador 
cadáver, ou de parte dele, no caso de transplante 
 31 
intervivos). E também evitar a progressão da doença 
cortando a causa da mesma pela raiz. 
 Então a melhor medida é a prevenção! Que consiste 
em uma boa alimentação, consumo moderado de 
bebidas alcóolicas, não tabagismo e outras drogas, 
estar atualizado com as vacinas antivirais 
(principalmente das hepatites B e C). 
 
 
BÔNUS 
 
Por que a escolha dessa patologia? 
 
Por ser um dos órgãos que acho mais interessantes 
juntamente com o rim. E por já ter afetado pessoas ao 
meu redor com essa patologia, então saber mais é 
sempre uma forma de sanar a curiosidade de como a 
situação de deu e ajudar com o processo de 
informação correta e confiável para ajudar outras 
pessoas em relação a prevenção ou conhecimento 
sobre a própria doença em si caso conheça outras 
pessoas, e assim disseminar para mais e mais 
pessoas podendo ser de grande ajuda. 
 
Como foi realizar a confecção desse portfólio? 
 
 32 
Inicialmente foi extremamente fácil e rápido, por 
serem assuntos que facilmente poderiam ser 
associados com as aulas que tivemos. O fato da 
proposta ser totalmente aberta também influenciou 
muito no andamento do portfolio, ainda assim foi um 
desafio, a Citopatologia é uma ciência muito nova e 
não tem conteúdos especificamente só seu, é uma 
junção de várias áreas, então ao mesmo tempo que 
se tem uma variedade enorme de fontes para buscar 
informações elas não são citopatologicamente 
aprofundadas.Isso se deu bastante no momento em que 
alcançamos a confecção da parte 3, onde foi 
extremamente fácil encontrar informações clínicas 
sobre a patologia, sobre a histologia convencional do 
tecido saudável, porém das células hepáticas em 
específicos foi complicado principalmente os 
aspectos patológicos dela. 
No fim foi um desafio extremamente produtivo, 
acredito que tenha um pedacinho de mim e dos 
momentos de aula. E uma abordagem bem completa 
apesar de bem resumida da patologia escolhida. 
E, é isso!!! 
 
Obrigada por chegar até aqui, espero que tenha 
aproveitado!!!! 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atlas_citopatologia_ginec
ologica.pdf 
 
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https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.pinter
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kYNgJGsiJHEcbPnOds&ust=1604364591381000&source=images&
cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMC6nYfS4uwCFQAAAAAdAAAAAB
AJ 
 
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atlas_citopatologia_ginecologica.pdf
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https://cbc.org.br/papanicolau-o-pai-da-citopatologia/
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.pinterest.com%2Fpin%2F373587731587780086%2F&psig=AOvVaw34IFkYNgJGsiJHEcbPnOds&ust=1604364591381000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMC6nYfS4uwCFQAAAAAdAAAAABAJ
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https://www.greece-is.com/the-amazing-story-of-the-man-who-developed-the-pap-test/
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DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA NO BRASIL, UMA VISÃO EPIDEMIOLÓGICA 
ALCOHOLIC LIVER DISEASE IN BRAZIL, AN EPIDEMIOLOGIC VIEW Arthur S. 
Rocha1 ; Bianca B. Meneguetti¹; Douglas F. Vasconcelos¹; Gabriela S. Magalhães¹; 
José Roberto C. Nogueira¹; Júlia M. Neves¹, 2018
 
 
 
 
 
 
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