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ADMINISTRAÇÃO 
MODERNA E 
PÓS-MODERNA
E-book 1
Andrea Micchelucci
Neste E-Book:
Introdução ���������������������������������������������������� 3
Teorias administrativas, ênfase e 
enfoques �������������������������������������������������������4
Entendendo as teorias ����������������������������� 7
Evolução histórica das teorias de administração ��8
Administração científica ��������������������������������������� 19
Taylorismo ������������������������������������������������������������� 22
Fordismo ���������������������������������������������������������������� 24
Teoria clássica ������������������������������������������������������ 27
Teoria burocrática ������������������������������������������������� 29
Considerações finais�������������������������������34
Síntese ���������������������������������������������������������36
2
INTRODUÇÃO
Você já percebeu que o maior desafio do administra-
dor é gerir pessoas e processos, ou seja, a organiza-
ção? O fator humano ou os relacionamentos são atual-
mente um grande desafio para os Administradores que 
precisam estar sempre atentos para falar no momento 
adequado e ter o cuidado com o tom de voz, de modo 
que a ação seja bem recebida pelo colaborador�
A proposta desta disciplina é passar por toda a evolu-
ção da Administração ao longo dos anos, analisando 
como as pessoas pensavam e agiam profissionalmente 
em relação às tarefas ou atividades desempenhadas�
Aqui, você terá argumentos e contextos para entender 
como surgiram as grandes ideias formalizadas por meio 
de teorias da Administração, cujo objetivo era sempre o 
desafio da liderança frente aos liderados e, consequente-
mente, a busca por melhores resultados organizacionais�
Imagine rapidamente como seria ter vivido seus 18 
anos em outra época totalmente diferente desta; 
como seria seu vestuário, seu comportamento com 
seus familiares, amigos; como eram as indústrias e 
quais valores prezavam. Há muitos filmes de época 
interessantíssimos que retratam o comportamento 
da sociedade, economia com suas indústrias e os 
serviços sociais de apoio (saúde, educação)�
Vamos explorar essa experiência de modo bem objetivo, 
prático e reflexivo para que você tenha condições de asso-
ciar os feitos de época com a evolução da Administração�
3
TEORIAS 
ADMINISTRATIVAS, 
ÊNFASE E ENFOQUES
Uma organização é formada por tarefas, estrutura, 
pessoas, ambiente e tecnologia, e a integração de 
todos estes quesitos permite o funcionamento de 
uma organização�
O grande desafio sempre foi alcançar a eficiência (agi-
lidade) e eficácia (qualidade), buscando o aumento da 
produção e da lucratividade (baixo custo)� A partir des-
ta definição, muitos pesquisadores, almejando essa 
combinação, centraram soluções na otimização de 
tarefas, tipos de estruturas (organização e hierarquias), 
nas pessoas (trabalhando a motivação e a comuni-
cação), no ambiente (associando as estruturas com 
as relações humanas) e na tecnologia (simulação de 
ambientes com as facilidades do uso de tecnologias)�
Essa é a grande argumentação para o início das pes-
quisas e surgimento das Teorias da Administração, 
organizadas sob a Abordagem Clássica (foco na 
operação e estrutura), Pré-sistemas ou Humanística 
(foco na gestão de pessoas e, algumas, contemplan-
do também a estrutura), Pós-sistemas (estudo de 
todos os fatores internos e externos que interferem 
no funcionamento de uma organização sem perder 
o foco e objetivos) ou Novas Abordagens (busca 
incessante pelo acompanhamento da Tecnologia, 
Inovação e Sustentabilidade)�
4
Abordagem
Clássica operação estrutura
pessoas estrutura
Pré-Sistemas
ou 
Humanísticas
ambiente objetivos
Pós-Sistemas
e Novas
Abordagens
Figura 1: Grupos e Abordagens no estudo da Administração. Fonte: 
Elaboração Própria.
Observamos, nessa estrutura, a evolução dos con-
ceitos sempre buscando a combinação de recursos, 
pessoas, tecnologia e a sustentabilidade que repre-
senta a continuidade do negócio no futuro� São muitos 
desafios que o Administrador precisa enfrentar para 
que sua empresa se mantenha plena, produzindo o 
pretendido em metas com os melhores recursos mate-
riais e tecnológicos, gestão de pessoas e responsabi-
lidade social. Isso significa que não há uma hierarquia 
ou disputa entre a melhor ou pior Teoria, existe a que 
melhor se adapta a cada tipo de negócio�
Pense, por exemplo, na indústria automotiva� 
Continua com a produção em série e adota melho-
rias que vieram com a Tecnologia� Já os bancos, 
mudaram e muito sua forma de atendimento (call 
centers, máquinas, melhorias de processos, novas 
tecnologias) reduzindo o número de atendentes 
5
presenciais� A produção de móveis de cozinha é 
outro interessante exemplo, antes necessitava de 
um elevado número de marceneiros que, posterior-
mente, foram substituídos por máquinas totalmente 
automatizadas, ou seja, quase sem envolvimento 
humano no processo produtivo� Novas indústrias de 
tecnologia como a Microsoft (fundada em 1975), a 
Apple (1976), e a Google (1998) surgiram nos últi-
mos 45 anos e dominaram o mercado de varejo e a 
economia mundial�
Essa reflexão é só para dar uma ideia de como as 
organizações mudam e, se não ficarem atentas às 
tendências e novos negócios, podem perder mer-
cado (reduzindo suas vendas) e até encerrar suas 
atividades�
6
ENTENDENDO AS 
TEORIAS
A boa compreensão da Teoria faz com que você, 
além de entender o processo, tenha a ideia pelas 
imagens de como as pessoas se comportavam em 
diferentes níveis de relacionamento (trabalho, família, 
grupos, hábitos)� Observe que, ao longo dos anos, o 
desenvolvimento ou a evolução de uma Teoria para 
outra sempre volta ao principal objetivo que é o au-
mento das vendas com base na redução de custos 
e aumento da produtividade� A combinação do au-
mento de vendas, redução de custos e gastos gera 
o lucro ou a rentabilidade empresarial�
A grande crítica que iniciou já com a revolução in-
dustrial é que os empresários sempre concentram 
o lucro em suas rendas, sem o compartilhamento 
com seus empregados� A busca incessante pelo lu-
cro pressiona os trabalhadores a, muitas vezes, se 
esforçarem além do que sua saúde permite, sem 
ganhar nenhuma recompensa fruto deste esforço�
A Organização Mundial da Saúde apresenta de modo 
recorrente inúmeros estudos buscando soluções para 
o elevado aumento de doenças mentais e físicas 
decorrentes de ansiedade e estresse�
As pesquisas buscam associar a produtividade, não 
apenas com o enfoque da eficiência (agilidade e pro-
dutividade), mas contemplando também a eficácia 
7
(qualidade do produto)� Esse fato insere duas gran-
des áreas da ciência: a sociologia, pelo estudo do 
comportamento da sociedade, e os negócios, que 
visam o crescimento, desenvolvimento e a lucrativi-
dade das organizações.
Nesse sentido, surgem as discussões de época, 
apoiadas por Teorias Modernas e Pós-modernas� Não 
há como dissociar o comportamento e os negócios 
nos estudos teóricos, uma vez que se complementam 
na arte de gerenciar e gerir recursos financeiros e 
tangíveis (mobiliários, tecnologias) e pessoas (com-
portamento em grupo, do indivíduo e intangíveis)�
Vários autores com formação em engenharia, socio-
logia, direito dentre outras áreas buscam, ao longo do 
tempo, explicar o funcionamento das relações de ca-
pital (produtividade, lucratividade) e humanas (amadu-
recimento da população, melhores condições de vida).
Na busca por explicações, surgem ideias tidas como 
Teorias que, para serem aceitas, precisam ser publi-
cadas em renomadas revistas acadêmicas da área ou 
legitimadas (reconhecidas) pelos usuários (pessoas 
envolvidas na discussão)�
Evolução histórica das teorias 
de administração
Iniciaremos este módulo com um estudo histórico 
para localizar você na forma como as Teorias da 
Administração foram evoluindo e alguns marcos histó-
8
ricos de época, afinal não há sentido buscar entender 
o funcionamento de uma organização sem analisar 
a forma de convívio em sociedade, aspectoseconô-
micos e a base da infraestrutura (educação e saúde)�
1903 Administração científica
Frederich Winslow Taylor, engenheiro, propôs uma 
teoria que foca na realização de tarefas alme-
jando a produtividade no menor tempo e custo 
organizacional�
Sendo assim, propôs a racionalização do trabalho 
por meio do monitoramento de tempo e movimentos� 
De modo prático e aplicado, se você treinar todos os 
dias o chute a gol, você estará mais bem preparado 
e com maiores chances de acertar o pênalti do que 
outra pessoa que nunca jogou futebol�
Taylor propôs exatamente esse treino, quanto mais 
repetitivo for o movimento do funcionário na produ-
ção, mais rápido (eficiente) ele será na finalização 
de seu trabalho� O foco estava na força física, nada 
de conversa por parte dos funcionários� Todos os 
aspectos estavam voltados ao movimento repetitivo 
sem foco em qualquer outra questão que pudesse 
tirar a concentração do operário� Uma vez que os mo-
vimentos, na maior parte das indústrias, eram físicos, 
ou seja, dependiam de força, era dada preferência 
pela contratação de empregados do sexo masculino� 
Algumas exceções se aplicavam a outras indústrias, 
como de moda, cujo trabalho não requeria esforço 
físico e, por conta disto, contratavam mulheres�
9
Taylor era americano de New Jersey, de família tradi-
cional e rica, estudou Engenharia Mecânica, passou 
em Direito em Harvard, mas não estudou� Iniciou 
sua carreira profissional como aprendiz industrial 
em uma fábrica de bombas hidráulicas, a Enterprise 
Hydraulic Works, na Filadélfia. As indústrias se inte-
ressavam pela implantação das técnicas propostas 
por ele, já que estas aumentavam a produtividade e 
a lucratividade�
Seu principal crítico foi Henry Mintzberg, o qual afir-
mou que a obsessão com a eficiência permite benefí-
cios mensuráveis e quantificáveis que cegam o outro, 
deixando os valores sociais de lado� Os métodos de 
Taylor também foram contestados por intelectuais 
socialistas sob o argumento do esgotamento progres-
sivo dos trabalhadores no local de trabalho e a subse-
quente deterioração do trabalho, movido pelo capital, 
que usa os métodos repetitivos e monótonos, redu-
zindo ainda mais as habilidades dos trabalhadores�
Figura 2: Fábrica de roupas em Illinois, Chicago. Fonte: Wikipédia 
Disponível em: wikipedia
10
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emma_Goldman
A imagem mostra algumas operárias americanas em 
plena atividade fabril na época de 1903� Observe a 
fisionomia, as vestes e, ao fundo, o chefe do setor 
observando o processo produtivo� É incrível pensar 
que, em 1903, os funcionários produziam sem qual-
quer tipo de conversa ou aproximação pessoal� De 
certa forma, parecem bem insatisfeitas!
A sociedade, nessa época, é dividida em classes, 
alguns pesquisadores, como Karl Marx e Frederich 
Engels, movimentavam os operários pela incessante 
busca de seus direitos, desafiando os donos de indús-
trias a pensarem em uma relação de troca valorizada 
entre o trabalho, possibilitando melhores condições de 
vida (saúde, alimentação) aos operários� Grandes dis-
cussões sociais eram promovidas pelos pensadores 
na época, buscando a compreensão do valor do tra-
balho e a recompensa financeira nas classes sociais 
dominantes (empresários) e nas demais, compostas 
por camponeses, operários e pequenos produtores�
REFLITA
No mundo contemporâneo, estamos expostos 
a uma série de situações advindas do trabalho, 
como: crise nervosa causada por longas jorna-
das, estresse e ansiedade causada pela pressão 
por metas, ser mal visto por questionar direitos 
e/ou melhorias nas organizações, como aumen-
to de salário, mobiliários, etc�
11
Esse fato se repete ao longo da história das In-
dústrias, desde 1903, com a Administração 
Científica.
A grande reflexão neste caso é: o que poderia ter 
sido feito desde essa época para a melhoria da 
relação entre indústria (ou produtividade) e traba-
lhadores (ou operários)?
1909 – Teoria da burocracia
Max Weber, jurista e economista alemão, também 
considerado um dos fundadores da sociologia, devi-
do ao gosto por estudar comportamentos da socieda-
de (saúde, relacionamento, trabalho, empregabilida-
de, modos e padrões de vida e atitudes), tal como na 
teoria científica proposta por Taylor, também busca 
a racionalidade no trabalho, no entanto, já com a 
formalização e divisão das etapas�
Weber propôs documentar por meio de regras e 
procedimentos todas as tarefas dos funcionários 
por hierarquia, de modo que cada um tenha claro o 
que precisa executar durante seu horário de serviço� 
Segundo as bases da Teoria da Burocracia, quanto 
mais claro estiver o procedimento, mais rápida será 
a produção do produto e maior o número final de 
peças/serviços produzidas (os)�
12
Figura 3: Normas e Procedimentos. Fonte: freepik.
A base da Teoria da Burocracia é a produção de re-
gras, normas e procedimentos, que muitas vezes 
pode ficar inviável e não prever os desafios impen-
sados que acontecem no dia a dia� Esse ponto é o 
mais criticado pelos outros teóricos�
Marx Weber, em 1904, lançou o livro A ética protes-
tante e o “espírito” do capitalismo com o objetivo 
de associar as práticas econômicas ao pensamento 
religioso� Para o autor, a economia e o princípio da 
racionalidade do trabalho advém da religião, pois o 
trabalho ascético e a disciplina moral, tal como o 
comportamento associado, são formas de salva-
ção� A obra foi lançada na mesma época em que o 
autor propôs a Teoria da Burocracia, voltada para a 
racionalidade das regras e processos seguidos pelos 
operários objetivando o aumento da produtividade�
13
https://br.freepik.com/fotos-gratis/prateleira-com-blocos-de-notas-amarelos-velhos_1976709.htm#page=1&query=estudo%20hospital&position=46
SAIBA MAIS
Os livros de sociologia trazem excelentes referên-
cias aos autores da época e seus pensamentos� 
O livro Teorias Sociológicas Modernas e Pós-
-modernas, citado na bibliografia, é uma excelen-
te fonte para compreensão da política econômi-
ca e relações sociais de época.
Figura 4: O mundo em 1909. Fonte: wikipedia.
A Figura 4 nos mostra pouca diferença no processo 
produtivo em 1903 e 1909, no entanto, aparentemente 
as atividades ficaram mais organizadas após a abor-
dagem burocrática de Weber� A sensação é que cada 
operário está ciente de sua função e campo de atuação�
Sob o aspecto político social, continuam a busca pela 
explicação do capitalismo e o estudo das relações 
14
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d6/Antoinette_sim_1909.jpg
entre as indústrias e o direito da classe operária na 
partilha do lucro�
SAIBA MAIS
Assista ao filme Tempos Modernos (1936)� Nele 
é feita uma analogia ao modelo de sociedade de 
época dando enfoque à produtividade a qualquer 
custo� A história retrata o trabalhador de uma fá-
brica que sofre uma crise nervosa por trabalhar 
de forma excessiva� Ele é levado para cuidar de 
sua saúde e, quando retorna, encontra a fábrica 
fechada� O operário acaba sendo confundido 
com um líder político responsável por uma greve 
e é preso� Charles Chaplin (protagonista) resume 
as mais diversas contradições sociais da vida ur-
bana moderna: alienação dos processos produti-
vos, exploração do trabalhador, engajamento po-
lítico, problemas penitenciários e consumismo�
Fique curioso e assista!
1914 – Fordismo
Na mesma linha da Administração Científica propos-
ta por Taylor, Henry Ford seguiu o modelo de produ-
ção em massa, organizando o processo em linha de 
produção� O objetivo de Ford, empresário na época, 
era reduzir os custos de sua fábrica de automóveis, a 
famosa FORD� Ele acreditava que barateando os cus-
tos alcançaria um maior número de consumidores�
15
A forma encontrada por Ford para baratear os custos 
foi a padronização da cor dos carros e nenhuma dife-
renciação de modelos, ou seja, sempre o mesmo pro-
cesso produtivo, sem alteração, permitindo agilidade 
física com movimentos repetitivos padronizados�
Antes da implantação do processo produtivo a baixo 
custoem linha de produção, os automóveis eram 
feitos artesanalmente e levavam muito tempo para 
ficar pronto. No início, a baixo custo, realmente gran-
de parte da população comprou o veículo, elevando 
consideravelmente o consumo de carros na época 
(século 20)�
Figura 5: Fordismo modelos padronizados de carros pretos. Fonte: 
estudopratico.
A Figura 5 mostra o acúmulo de carros padronizados 
da Ford em estoque que, em 1980, foi objeto de seu 
declínio, quando a Toyota apresentou um modelo 
16
https://www.estudopratico.com.br/fordismo/
“enxuto”, no qual associava demanda à produção, 
ou seja, só produzia a quantidade de carros que se 
vendia em um mês� O baixo estoque da Toyota con-
tribuiu para a redução de custos, sendo o processo 
todo denominado de Toyotismo�
1916 – Teoria clássica
Ocorreu junto à Revolução Industrial com a proposta 
de Henry Fayol, teoria conhecida como Fayolismo� 
Fayol propôs a organização hierárquica seguindo os 
princípios de:
• Divisão do trabalho;
• Autoridade e responsabilidade;
• Unidade de comando;
• Disciplina, direção e organização; 
• Remuneração, interesses gerais;
• Centralização, hierarquia e ordem;
• Equidade, estabilidade, iniciativa e espírito de 
equipe�
17
Figura 6: Organização de Atividades por Fayol. Fonte: industrialde-
velopment
Entendida esta primeira etapa, vamos nos aprofun-
dar nas teorias sob a perspectiva da Abordagem 
Clássica�
Vale mencionar que, de 1914 a 1918, ocorreu a Primeira 
Guerra Mundial, fundamentada por alguns historiado-
res pelo fato da Itália e Alemanha terem ficado fora do 
processo de colonização da Ásia e da África� França e 
Inglaterra, ao contrário, estavam se desenvolvendo eco-
nomicamente com a exploração das colônias� O início foi 
exatamente em 1914 e a finalização em 1918, com apro-
ximadamente 10 milhões de mortos, arrasou a produção 
agrícola, além de gerar enormes prejuízos econômicos� 
A produção no período estava centrada nas Indústrias 
Bélicas operadas, principalmente, por mulheres, enquanto 
os homens se concentravam nas batalhas�
18
https://industrialdevelopement.weebly.com/how-it-affects-us-today.html
https://industrialdevelopement.weebly.com/how-it-affects-us-today.html
REFLITA
O filme A onda (1981 ou 2008) questiona a pos-
sibilidade de ocorrer uma nova ditadura na Ale-
manha� O enredo exibe alguns alunos que parti-
cipam de uma experiência semanal, na qual um 
professor implanta um regime autoritário e os 
alunos tornam-se seus subordinados� A experi-
ência demonstra como as pessoas reagem em 
determinados contextos e como suas atitudes 
podem ganhar novas proporções – inclusive na 
nossa atualidade� 
De modo reflexivo, questiono o motivo de a socie-
dade alemã ter acreditado no sistema proposto� 
Administração científica
A Revolução Industrial promoveu necessidades or-
ganizacionais voltadas às altas demandas que as 
empresas tinham pela fabricação e entrega de seus 
produtos, baixa qualificação da mão de obra, pro-
cessos produtivos com alta exposição e riscos de 
saúde, cujo foco era o aumento da produtividade a 
qualquer preço�
Nessa época, surgiram a Administração Científica, 
preconizada por Frederich Taylor, e a Teoria Clássica 
de Henry Fayol, cujo foco era produzir mais, em um 
tempo menor�
19
Taylor iniciou os estudos após perder parte de sua 
visão em seu trabalho braçal em uma indústria de 
bombas hidráulicas� Já Fayol encantou-se pelos de-
safios da engenharia, sua área de atuação, e buscou 
saídas para o ritmo acelerado de produção prevendo, 
então, uma organização por estrutura organizacional, 
fundamentada em atividades e hierarquias�
SAIBA MAIS
Vale a pena ler o artigo Entre flores e canhões 
na Grande Guerra (1914-1918): o final da Belle 
Époque e o começo do “breve século XX” em um 
álbum de retratos fotográficos, autoria de Marco 
Antonio Stancik� As fotos são maravilhosas e re-
tratam o estilo de vida na época� Disponível para 
consulta no link:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt
&nrm=iso. Acesso em: 05 ago� 2019�
A ideia é que o controle funciona se forem dadas ordens 
pela chefia e executadas pelos operários, valorizando a 
força física sem quase nenhuma interação com os de-
mais colaboradores� Prezava-se pelo volume produtivo 
e pouco se preocupava com a saúde do trabalhador� 
Apesar do crescimento desenfreado da indústria com 
inúmeros pedidos de entrega, pouco se fez pela classe 
trabalhadora que, inversamente ao aquecimento da 
economia, tinha uma remuneração insatisfatória e que 
pouco auxiliava nas despesas mensais�
20
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso
Como o processo produtivo dependia de força física, 
a preferência era por trabalhadores homens e fortes, 
sem problemas de saúde, que realmente demons-
travam pelo seu porte a capacidade de produção de 
peças ou produtos�
É nesse momento pós-revolução industrial que surge 
a divisão do trabalho entre os que pensam e os que 
executam� O panorama industrial vigente (varieda-
de de empresas em tamanhos diferenciados, pro-
blemas de baixo rendimento, elevada concorrência, 
alto volume de perdas, insatisfação dos operários, 
decisões mal formuladas etc.), inspirou a criação de 
uma Ciência da Administração que substituísse o 
empirismo e a improvisação, até então dominantes�
Taylor e Fayol roubaram a cena nessa época propon-
do soluções como a produção em série e a divisão 
de tarefas�
Abordagem
Clássica da
Administração
Administração
Científica
Ênfase nas
Tarefas
Ênfase na
Estruturas
Teoria
Clássica
Taylor
Fayol
Figura 7: Abordagem Clássica da Administração. Fonte: Adaptado de 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.
21
Taylorismo
Frederich Taylor, em 1903, propôs como solução a 
organização da produção em tarefas. O filme Tempos 
Modernos, de Charles Chaplin, evidencia o que foi 
a produção em tarefas� Os operários repetiam seus 
movimentos durante exaustivas horas de trabalho, 
participando de parte da produção de um produto, o 
que seria hoje uma etapa da linha de montagem no 
processo produtivo� Uma indústria automotiva conta 
com robôs para fazerem a força física e movimen-
tação da peça de modo que esta seja produzida em 
série, tal como um funcionário pinta a porta de um 
carro, o outro inclui a fechadura, outro insere o vidro, 
de modo que, ao final da linha de produção, a porta 
esteja pronta para ser instalada no carro�
O mais interessante é que, muito embora as condi-
ções possam ter mudado com a vinda de um am-
biente mais seguro (segurança do trabalho) e con-
fortável (arejado, com iluminação adequada para o 
desenvolvimento da tarefa), ainda assim, o processo 
produtivo conta com a produção seriada, como as 
automotivas e cosméticas� Essa teoria presume que 
quando é dado ênfase na tarefa, preocupa-se apenas 
com o esforço físico que o colaborador faz e quanto 
mais ele produz mais produtos são vendidos, geran-
do, consequentemente, mais lucro�
Nessa teoria, não há valorização do relacionamento 
interpessoal, sequer uma gestão democrática que 
permite a troca de ideias entre pares e lideranças� 
22
Esse comportamento se traduz na intensificação de 
classes que separam os donos de indústrias da clas-
se operária e trabalhadora, também conhecida como 
proletária� Há estudos na sociologia que fundamen-
tam o início do capitalismo a partir do momento em 
que essas divisões de classes surgem na economia 
dando mais direitos aos ricos e condições precárias 
aos pobres� Os movimentos de insatisfação da clas-
se proletária surgem a partir da falta de subsídios 
básicos e da noção das injustiças geradas por essa 
acentuada diferença financeira.
Muito embora o movimento taylorista esteja focado 
na produtividade e no interesse da empresa em au-
mentarseus lucros, é sempre necessário associar os 
comportamentos humanos ao cenário e tempo (ano) 
em que o fato acontece� Como exemplo, associamos 
os sistemas de governo mais ou menos democrá-
ticos justificando as ações sociais, movimentos ou 
crenças da maioria da população� Na época de Taylor, 
os operários começavam uma associação de interes-
sados em lutar por seus direitos em face de tantas 
injustiças e, em 1914, surge o primeiro sindicato dos 
trabalhadores de modo oficial.
Podcast 1 
23
https://famonline.instructure.com/files/120803/download?download_frd=1
Fordismo
Outro teórico que se destacou na Administração 
Científica foi Henry Ford, da Cia de Carros Ford. Henry 
Ford criou inúmeros avanços e deixou sua marca na 
Teoria e Prática da Administração, fundamentando 
a produção em massa a níveis altíssimos�
A figura de Ford está mais associada à linha de mon-
tagem móvel na qual cada peça ou componente pode 
ser montado em qualquer sistema ou produto final. 
No seu processo produtivo, a padronização foi reali-
zada com base em um único sistema de calibragem, 
sendo o produto dividido em partes e a sua fabrica-
ção, em etapas�
Cada operário tem pré-definida uma tarefa inserida no 
processo de modo repetitivo incorrendo na especiali-
zação do trabalhador� No começo, a Ford trabalhava 
artesanalmente, ou seja, não havia a organização 
do processo produtivo em etapas� Os trabalhadores 
estavam sempre na mesma área de montagem e 
tinham por responsabilidade apanhar as peças no 
estoque e levá-las para sua área de trabalho� Isso 
tomava um tempo enorme!
Para tornar esse trabalho mais eficiente, as peças 
passaram a ser entregues em cada posto, não ha-
vendo a necessidade de deslocamento de todos os 
funcionários�
Em seguida, decidiu-se que cada montador realizaria 
uma única tarefa� No entanto, a movimentação tam-
24
bém levava tempo e, como os montadores tinham 
velocidades diferentes, gerava um conflito de tempo 
com perda de eficiência (agilidade).
Figura 8: Produção em série. Fonte: journaldechambly
As empresas também não tinham a preocupação de 
contratar profissionais totalmente qualificados, pois 
cada operário precisava aprender apenas a executar 
as funções inerentes a uma pequena parte dentro de 
todo o processo de confecção do produto�
A desvantagem da produção seriada é a possível 
perda de qualidade, dado não ter a visão e a com-
preensão da importância de cada etapa no produto 
final. Esse norte ou conhecimento do todo impacta 
na qualidade do produto e os estudos mostram que, 
apesar da agilidade no processo produtivo da Ford, o 
consumidor dessa época ainda preferia outros carros 
tidos com maior qualidade, como o Rolls Royce�
25
https://www.journaldechambly.com/1er-decembre-1913-ford-inaugure-la-premiere-chaine-de-montage-en-automobile/
O fordismo, no entanto, popularizou o consumo de 
carros durante o século 20, ajudando a disseminar o 
produto entre todas as classes econômicas ao redor 
do mundo� Além da “produção em massa” buscada 
na Administração Científica por Frederich Taylor, foi 
também o início do “consumo de massa”�
A baixa nos custos e o aumento das vendas possi-
bilitou o aumento de capital empresarial, no entanto, 
o salário dos trabalhadores continuava baixo e com 
frágeis condições de segurança gerando muitos aci-
dentes de trabalho� Por um lado, havia a euforia dos 
empresários com a elevação da produção e vendas 
e, por outro, a insatisfação dos operários face às 
terríveis condições de trabalho e baixos salários.
Figura 9: Modelo do Carro Ford. Fonte: pixabay
26
https://pixabay.com/pt/photos/oldtimer-automotivo-auto-brouhot-60521/
Teoria clássica
A Teoria Clássica foi uma proposta realizada em 1916 
por Henry Fayol, organizando a estrutura com todas 
as áreas de apoio, de modo que cada uma tenha uma 
responsabilidade específica, agregando com inteligên-
cia a título de departamentos e áreas como Recursos 
Humanos, Operações, Jurídico, Vendas, dentre outras 
já com os níveis hierárquicos (Diretores, Supervisores, 
Coordenadores, Assistentes, Auxiliares)�
Para Fayol, são seis as funções básicas de qualquer 
empresa:
• Funções técnicas – relacionadas à produção de 
bens ou de serviços da empresa�
• Funções comerciais - relacionadas à compra, venda 
e permutação�
• Funções financeiras – relacionadas à procura e 
gerência de capitais�
• Funções de segurança – relacionadas à proteção 
e preservação dos bens e das pessoas�
• Funções contábeis – relacionadas aos inventários, 
registros, balanços, custos e estatísticas�
• Funções administrativas – relacionadas à integra-
ção das outras cinco funções. As funções adminis-
trativas coordenam as demais funções da empresa, 
pairando acima delas�
27
Função
Técnica
Função
Comercial
Função
Financeira
Funções
Segurança
Funções
Contábeis
Funções
Administrativas
$
Figura 10: Organização da Estrutura e Lucratividade. Fonte: 
Elaboração Própria.
Fayol foi duramente criticado pela manipulação dos 
trabalhadores por meio dos incentivos materiais e 
salariais e a excessiva unidade de comando e res-
ponsabilidade� Vale ressaltar que Taylor e Ford não 
se preocupavam com a estrutura administrativa, ape-
nas com o supervisor (função de fiscal) que ficava 
atento ao cumprimento do trabalho pelo operário, já 
Fayol investiu suas pesquisas nessa organização da 
estrutura com base em suas funções.
As críticas à Teoria Clássica da Administração basi-
camente se traduzem na:
• Obsessão pelo comando realização de ta-
refas com base no comando, autoridade e na 
responsabilidade�
28
• Empresa como sistema fechado o planejamento 
rege as ações.
• Manipulação dos trabalhadores desenvolve prin-
cípios que buscam explorar os trabalhadores�
• Inexistência de fundamentação científica das con-
cepções não existe fundamentação experimental 
dos métodos e técnicas estudados por Fayol�
Teoria burocrática
Max Weber, um importante sociólogo e economista 
alemão, é tido como pesquisador responsável pela 
criação da “Teoria da Burocracia” em 1909� Weber, 
em seus estudos, sempre buscou a excelência e, 
para tanto, subsidiou a teoria da burocracia na for-
malização de processos�
Segundo ele, os funcionários desempenham suas 
funções com muita produtividade se sua tarefa esti-
ver claramente definida e descrita para ser cumprida. 
Segundo o pesquisador, quando há definição do papel, 
atividade a ser desenvolvida e um chefe para controlar 
a execução é certo o aumento da produtividade�
Operário Norma eProcedimento Produtividade
Figura 11: Processo Burocrático e a Produtividade. Fonte: Elaboração Própria
29
A figura faz uma representação da produtividade, 
sendo formada pela orientação ou capacitação dos 
funcionários por meio de normas e procedimentos� 
Na teoria da burocracia, a produtividade está direta-
mente relacionada à clareza e divulgação das tarefas 
a serem executadas�
Além da definição dos papéis e atividades, há uma 
organização e padronização operacional que fica 
documentada evitando a pessoalidade nas relações. 
Se no documento há explicação do que e como deve 
ser feita a tarefa, não há necessidade de conversar 
durante o trabalho� Esse fato gera um distanciamento 
entre as pessoas, que apenas executam as normas, a 
hierarquia, e respeitam a autoridade de seus chefes�
Com isso, há uma previsibilidade de entrega de de-
manda uma vez que são realizadas previsões de tem-
po e quantidade em função de medições realizadas. 
Além do controle sobre a demanda produtiva, há uma 
disciplina no cumprimento das entregas diárias por 
parte de todos os funcionários, sendo a comunicação 
realizada de modo bem formal, escrito a fim de evitar 
múltiplas interpretações em ações e procedimentos.
A divisão do trabalho e o caráter formal de realização 
da tarefa buscam a eficiência dentro das organiza-
ções, definindo claramente os papeis, as atividades, 
a hierarquia, acreditando-se na elevação ou aumento 
da produtividade e na redução da ociosidade�
O poder e a autoridade nessa teoria são muito clarosem função do cargo ocupado pelo empregado, acre-
ditando-se que a figura da chefia seja indispensável, 
30
dado que a produtividade só é possível em função 
da cobrança e imposição de metas�
As regras e os procedimentos, portanto, impõem 
poder regulando a conduta do funcionário dentro da 
organização, podendo ser alterados de acordo com 
o cargo que o colaborador ocupa�
A competência e o mérito fundamentam as admis-
sões, promoções e a classificação da função dentro 
da organização� O conselho de administração pode 
não ser liderado por acionista, mas sim por colabo-
rador especializado na função de administrador da 
organização�
Conclui-se que Max Weber teve uma contribuição 
de extrema importância para o desenvolvimento da 
matéria de administração e para a organização das 
empresas e instituições que encontramos nos dias 
atuais�
Weber encontrou problemas nos processos de or-
ganização das empresas e, com seu pensamento 
visionário, contribuiu com as empresas, fornecendo 
parâmetros de regulação operacional, colaborando 
para a formação e desenvolvimento técnico dos co-
laboradores e, consequentemente, da organização�
Dentre as principais características da Teoria da 
Burocracia, podemos destacar: a autoridade, for-
malidade, impessoalidade, hierarquia e divisão do 
trabalho�
31
SAIBA MAIS
Todas as negociações de ações em Bolsa se-
guem regras definidas em Manuais de Contro-
les (também conhecido como Compliance) que 
cumprem definições, por exemplo, de sustentabi-
lidade, ética na apresentação de resultados, etc� 
A teoria da burocracia agrega ao processo de ne-
gociação, uma vez que trouxe a necessidade do 
estabelecimento de regras a serem seguidas por 
concorrentes, deixado a operação mais transpa-
rente e segura aos envolvidos�
Aprofunde seus conhecimentos no site da Bola 
de Valores, disponível em: https://educacional.
bmfbovespa.com.br/quemsomos� Acesso em: 05 
ago� 2019�
Em 1980, a empresa Motorola, na busca de máxima 
qualidade em seu processo produtivo, desenvolveu 
uma metodologia nova denominada Seis Sigma� A 
metodologia envolve a detalhada descrição da tarefa, 
tal como proposto por Weber, complementando essa 
etapa que abrange a revisão da documentação com 
o envolvimento e comprometimento da alta admi-
nistração, habilidades de gerenciamento de projeto, 
priorização e seleção de projeto, revisões da docu-
mentação, foco no cliente�
A contribuição de Weber na formalização e organi-
zação de normas e procedimentos foi fundamental 
para o aprimoramento da gestão organizacional no 
mundo contemporâneo� Suas pesquisas e a Teoria 
32
https://educacional.bmfbovespa.com.br/quemsomos
https://educacional.bmfbovespa.com.br/quemsomos
Burocrática são parâmetros de novas teorias de qua-
lidade com o foco de melhoria contínua dos produtos 
produzidos�
Podcast 2 
33
https://famonline.instructure.com/files/120804/download?download_frd=1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Administração Científica, a Teoria Clássica e a 
Burocracia deram o pontapé inicial nos estudos or-
ganizacionais e tinham por objetivo a redução do 
tempo de produção e o aumento da produtividade, ou 
seja, os funcionários tinham de produzir um número 
maior de produtos em um menor tempo� Esse fato 
remete, inicialmente, à contratação de funcionários 
pela força física, com a capacidade apenas de re-
produzir movimentos em série (Taylor), organizados 
em termos de estrutura institucional (Fayol), além 
de estarem restritos ao cumprimento de normas e 
procedimentos padronizados com restrito relacio-
namento interpessoal (Weber)�
A série proposta se refere à organização de etapas 
de transformação desde a matéria-prima até o pro-
duto final. Apesar do apoio de grandes máquinas, 
exigiam uma força física descomunal dos operários� 
As pesquisas de Taylor não previam a organização 
das tarefas por cargos, hierarquias e remuneração� 
Fayol, notando essa necessidade, partiu da pesqui-
sa de Taylor para cobrir essa deficiência. Já Weber 
observou que, apesar de pessoas, há a necessidade 
de se definir detalhadamente as tarefas de modo 
que estejam claras as atividades dos operários para 
evitar desentendimentos, perda de tempo e aumento 
de custos em função de erros ou ociosidade�
O operário, na época (1903 a 1916), começa a se 
movimentar mostrando sua insatisfação em decor-
34
rência de baixos salários, condições precárias de 
trabalho, problemas de saúde e, em contrapartida, 
notam o aumento do lucro enriquecendo o empresá-
rio sem qualquer tipo de distribuição para as classes 
operárias (proletariado)� Em 1914, surge um grande 
movimento apoiado nas causas de Marx e Engels 
(divisão do capital entre as diferentes classes so-
ciais) que foram os movimentos dos trabalhadores, 
por meio de grupos organizados que reivindicavam 
seus direitos por meio de greves e manifestações 
públicas apoiando os operários�
A evolução das teorias descreve uma evolução natu-
ral, sempre buscando produzir mais no menor tempo 
possível� Até hoje, as indústrias automotivas centram 
esforços em descobrir novas técnicas ou procedimen-
tos que aumentem sua produção em menor tempo� 
As indústrias automotivas japonesas trouxeram várias 
propostas de melhorias operacionais, como redução 
de estoque, aprimoramento da capacitação da mão 
de obra, protocolos de qualidade rumo à incessante 
busca do equilíbrio na relação de custo, qualidade, 
produtividade, competitividade e lucratividade�
A Abordagem Clássica com suas características re-
ducionistas, mecanicistas e analíticas é fortemente 
criticada por pesquisadores que asseguram a neces-
sidade de estudos mais abrangentes, com causas 
de problemas, muitas vezes, inexplicáveis devido 
à possibilidade de ocorrência de fatos não pensa-
dos ou previstos. Essa tensão entre visões promove 
uma abordagem mais ampla que é a denominada 
Abordagem Sistêmica, em 1950�
35
Síntese
ADMINISTRAÇÃO 
MODERNA E 
PÓS-MODERNA
Administração Científica + Fayolismo + Burocracia = Abordagem 
Clássica da Administração (foco na operação e na estrutura
organizacional, visão reducionista e unilateral).
Características da Administração Científica, Fayolismo 
e Burocracia
• Uniformidade na produção;
• Metodologia de trabalho;
• Treinamento;
• Especialização do trabalho;
• Supervisão funcional;
• Normas e procedimentos.
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
CARAVANTES, Geraldo R�; PANNO, Claudia C�; 
KLOECKNER, Monica C� Administração: teorias e pro-
cessos� São Paulo: Pearson, 2005� [Biblioteca Virtual]
CERTO, Samuel C� Administração moderna� 9� ed� São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003� [Biblioteca Virtual]
CHIAVENATO, Idalberto� Administração nos novos 
tempos: os novos horizontes em administração� 3� 
ed� Barueri: Manole, 2014� [Biblioteca Virtual]
GRÜTZMANN, Lidiane� Fundamentos filosóficos 
da administração. Curitiba: InterSaberes, 2014� 
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PILGER, Rosane R� Administração e o meio ambiente. 
Curitiba: InterSaberes, 2013� [Biblioteca Virtual]
RIBEIRO, Corina A� B� C� Teorias sociológicas mo-
dernas e pós-modernas: uma introdução a temas, 
conceitos e abordagens� Curitiba: InterSaberes, 2016� 
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SILVA, Reinaldo O da� Teorias da administração� São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008� [Biblioteca Virtual]
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa� Teorias da adminis-
tração� São Paulo: Pearson Education do Brasil� 
[Biblioteca Virtual]
	Introdução
	Teorias administrativas, ênfase e enfoques
	Entendendo as teorias
	Evolução histórica das teorias de administração
	Administração científica
	Taylorismo
	Fordismo
	Teoria clássica
	Teoria burocrática
	Considerações finais
	Síntese

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