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ADMINISTRAÇÃO MODERNA E PÓS-MODERNA E-book 1 Andrea Micchelucci Neste E-Book: Introdução ���������������������������������������������������� 3 Teorias administrativas, ênfase e enfoques �������������������������������������������������������4 Entendendo as teorias ����������������������������� 7 Evolução histórica das teorias de administração ��8 Administração científica ��������������������������������������� 19 Taylorismo ������������������������������������������������������������� 22 Fordismo ���������������������������������������������������������������� 24 Teoria clássica ������������������������������������������������������ 27 Teoria burocrática ������������������������������������������������� 29 Considerações finais�������������������������������34 Síntese ���������������������������������������������������������36 2 INTRODUÇÃO Você já percebeu que o maior desafio do administra- dor é gerir pessoas e processos, ou seja, a organiza- ção? O fator humano ou os relacionamentos são atual- mente um grande desafio para os Administradores que precisam estar sempre atentos para falar no momento adequado e ter o cuidado com o tom de voz, de modo que a ação seja bem recebida pelo colaborador� A proposta desta disciplina é passar por toda a evolu- ção da Administração ao longo dos anos, analisando como as pessoas pensavam e agiam profissionalmente em relação às tarefas ou atividades desempenhadas� Aqui, você terá argumentos e contextos para entender como surgiram as grandes ideias formalizadas por meio de teorias da Administração, cujo objetivo era sempre o desafio da liderança frente aos liderados e, consequente- mente, a busca por melhores resultados organizacionais� Imagine rapidamente como seria ter vivido seus 18 anos em outra época totalmente diferente desta; como seria seu vestuário, seu comportamento com seus familiares, amigos; como eram as indústrias e quais valores prezavam. Há muitos filmes de época interessantíssimos que retratam o comportamento da sociedade, economia com suas indústrias e os serviços sociais de apoio (saúde, educação)� Vamos explorar essa experiência de modo bem objetivo, prático e reflexivo para que você tenha condições de asso- ciar os feitos de época com a evolução da Administração� 3 TEORIAS ADMINISTRATIVAS, ÊNFASE E ENFOQUES Uma organização é formada por tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia, e a integração de todos estes quesitos permite o funcionamento de uma organização� O grande desafio sempre foi alcançar a eficiência (agi- lidade) e eficácia (qualidade), buscando o aumento da produção e da lucratividade (baixo custo)� A partir des- ta definição, muitos pesquisadores, almejando essa combinação, centraram soluções na otimização de tarefas, tipos de estruturas (organização e hierarquias), nas pessoas (trabalhando a motivação e a comuni- cação), no ambiente (associando as estruturas com as relações humanas) e na tecnologia (simulação de ambientes com as facilidades do uso de tecnologias)� Essa é a grande argumentação para o início das pes- quisas e surgimento das Teorias da Administração, organizadas sob a Abordagem Clássica (foco na operação e estrutura), Pré-sistemas ou Humanística (foco na gestão de pessoas e, algumas, contemplan- do também a estrutura), Pós-sistemas (estudo de todos os fatores internos e externos que interferem no funcionamento de uma organização sem perder o foco e objetivos) ou Novas Abordagens (busca incessante pelo acompanhamento da Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade)� 4 Abordagem Clássica operação estrutura pessoas estrutura Pré-Sistemas ou Humanísticas ambiente objetivos Pós-Sistemas e Novas Abordagens Figura 1: Grupos e Abordagens no estudo da Administração. Fonte: Elaboração Própria. Observamos, nessa estrutura, a evolução dos con- ceitos sempre buscando a combinação de recursos, pessoas, tecnologia e a sustentabilidade que repre- senta a continuidade do negócio no futuro� São muitos desafios que o Administrador precisa enfrentar para que sua empresa se mantenha plena, produzindo o pretendido em metas com os melhores recursos mate- riais e tecnológicos, gestão de pessoas e responsabi- lidade social. Isso significa que não há uma hierarquia ou disputa entre a melhor ou pior Teoria, existe a que melhor se adapta a cada tipo de negócio� Pense, por exemplo, na indústria automotiva� Continua com a produção em série e adota melho- rias que vieram com a Tecnologia� Já os bancos, mudaram e muito sua forma de atendimento (call centers, máquinas, melhorias de processos, novas tecnologias) reduzindo o número de atendentes 5 presenciais� A produção de móveis de cozinha é outro interessante exemplo, antes necessitava de um elevado número de marceneiros que, posterior- mente, foram substituídos por máquinas totalmente automatizadas, ou seja, quase sem envolvimento humano no processo produtivo� Novas indústrias de tecnologia como a Microsoft (fundada em 1975), a Apple (1976), e a Google (1998) surgiram nos últi- mos 45 anos e dominaram o mercado de varejo e a economia mundial� Essa reflexão é só para dar uma ideia de como as organizações mudam e, se não ficarem atentas às tendências e novos negócios, podem perder mer- cado (reduzindo suas vendas) e até encerrar suas atividades� 6 ENTENDENDO AS TEORIAS A boa compreensão da Teoria faz com que você, além de entender o processo, tenha a ideia pelas imagens de como as pessoas se comportavam em diferentes níveis de relacionamento (trabalho, família, grupos, hábitos)� Observe que, ao longo dos anos, o desenvolvimento ou a evolução de uma Teoria para outra sempre volta ao principal objetivo que é o au- mento das vendas com base na redução de custos e aumento da produtividade� A combinação do au- mento de vendas, redução de custos e gastos gera o lucro ou a rentabilidade empresarial� A grande crítica que iniciou já com a revolução in- dustrial é que os empresários sempre concentram o lucro em suas rendas, sem o compartilhamento com seus empregados� A busca incessante pelo lu- cro pressiona os trabalhadores a, muitas vezes, se esforçarem além do que sua saúde permite, sem ganhar nenhuma recompensa fruto deste esforço� A Organização Mundial da Saúde apresenta de modo recorrente inúmeros estudos buscando soluções para o elevado aumento de doenças mentais e físicas decorrentes de ansiedade e estresse� As pesquisas buscam associar a produtividade, não apenas com o enfoque da eficiência (agilidade e pro- dutividade), mas contemplando também a eficácia 7 (qualidade do produto)� Esse fato insere duas gran- des áreas da ciência: a sociologia, pelo estudo do comportamento da sociedade, e os negócios, que visam o crescimento, desenvolvimento e a lucrativi- dade das organizações. Nesse sentido, surgem as discussões de época, apoiadas por Teorias Modernas e Pós-modernas� Não há como dissociar o comportamento e os negócios nos estudos teóricos, uma vez que se complementam na arte de gerenciar e gerir recursos financeiros e tangíveis (mobiliários, tecnologias) e pessoas (com- portamento em grupo, do indivíduo e intangíveis)� Vários autores com formação em engenharia, socio- logia, direito dentre outras áreas buscam, ao longo do tempo, explicar o funcionamento das relações de ca- pital (produtividade, lucratividade) e humanas (amadu- recimento da população, melhores condições de vida). Na busca por explicações, surgem ideias tidas como Teorias que, para serem aceitas, precisam ser publi- cadas em renomadas revistas acadêmicas da área ou legitimadas (reconhecidas) pelos usuários (pessoas envolvidas na discussão)� Evolução histórica das teorias de administração Iniciaremos este módulo com um estudo histórico para localizar você na forma como as Teorias da Administração foram evoluindo e alguns marcos histó- 8 ricos de época, afinal não há sentido buscar entender o funcionamento de uma organização sem analisar a forma de convívio em sociedade, aspectoseconô- micos e a base da infraestrutura (educação e saúde)� 1903 Administração científica Frederich Winslow Taylor, engenheiro, propôs uma teoria que foca na realização de tarefas alme- jando a produtividade no menor tempo e custo organizacional� Sendo assim, propôs a racionalização do trabalho por meio do monitoramento de tempo e movimentos� De modo prático e aplicado, se você treinar todos os dias o chute a gol, você estará mais bem preparado e com maiores chances de acertar o pênalti do que outra pessoa que nunca jogou futebol� Taylor propôs exatamente esse treino, quanto mais repetitivo for o movimento do funcionário na produ- ção, mais rápido (eficiente) ele será na finalização de seu trabalho� O foco estava na força física, nada de conversa por parte dos funcionários� Todos os aspectos estavam voltados ao movimento repetitivo sem foco em qualquer outra questão que pudesse tirar a concentração do operário� Uma vez que os mo- vimentos, na maior parte das indústrias, eram físicos, ou seja, dependiam de força, era dada preferência pela contratação de empregados do sexo masculino� Algumas exceções se aplicavam a outras indústrias, como de moda, cujo trabalho não requeria esforço físico e, por conta disto, contratavam mulheres� 9 Taylor era americano de New Jersey, de família tradi- cional e rica, estudou Engenharia Mecânica, passou em Direito em Harvard, mas não estudou� Iniciou sua carreira profissional como aprendiz industrial em uma fábrica de bombas hidráulicas, a Enterprise Hydraulic Works, na Filadélfia. As indústrias se inte- ressavam pela implantação das técnicas propostas por ele, já que estas aumentavam a produtividade e a lucratividade� Seu principal crítico foi Henry Mintzberg, o qual afir- mou que a obsessão com a eficiência permite benefí- cios mensuráveis e quantificáveis que cegam o outro, deixando os valores sociais de lado� Os métodos de Taylor também foram contestados por intelectuais socialistas sob o argumento do esgotamento progres- sivo dos trabalhadores no local de trabalho e a subse- quente deterioração do trabalho, movido pelo capital, que usa os métodos repetitivos e monótonos, redu- zindo ainda mais as habilidades dos trabalhadores� Figura 2: Fábrica de roupas em Illinois, Chicago. Fonte: Wikipédia Disponível em: wikipedia 10 https://pt.wikipedia.org/wiki/Emma_Goldman A imagem mostra algumas operárias americanas em plena atividade fabril na época de 1903� Observe a fisionomia, as vestes e, ao fundo, o chefe do setor observando o processo produtivo� É incrível pensar que, em 1903, os funcionários produziam sem qual- quer tipo de conversa ou aproximação pessoal� De certa forma, parecem bem insatisfeitas! A sociedade, nessa época, é dividida em classes, alguns pesquisadores, como Karl Marx e Frederich Engels, movimentavam os operários pela incessante busca de seus direitos, desafiando os donos de indús- trias a pensarem em uma relação de troca valorizada entre o trabalho, possibilitando melhores condições de vida (saúde, alimentação) aos operários� Grandes dis- cussões sociais eram promovidas pelos pensadores na época, buscando a compreensão do valor do tra- balho e a recompensa financeira nas classes sociais dominantes (empresários) e nas demais, compostas por camponeses, operários e pequenos produtores� REFLITA No mundo contemporâneo, estamos expostos a uma série de situações advindas do trabalho, como: crise nervosa causada por longas jorna- das, estresse e ansiedade causada pela pressão por metas, ser mal visto por questionar direitos e/ou melhorias nas organizações, como aumen- to de salário, mobiliários, etc� 11 Esse fato se repete ao longo da história das In- dústrias, desde 1903, com a Administração Científica. A grande reflexão neste caso é: o que poderia ter sido feito desde essa época para a melhoria da relação entre indústria (ou produtividade) e traba- lhadores (ou operários)? 1909 – Teoria da burocracia Max Weber, jurista e economista alemão, também considerado um dos fundadores da sociologia, devi- do ao gosto por estudar comportamentos da socieda- de (saúde, relacionamento, trabalho, empregabilida- de, modos e padrões de vida e atitudes), tal como na teoria científica proposta por Taylor, também busca a racionalidade no trabalho, no entanto, já com a formalização e divisão das etapas� Weber propôs documentar por meio de regras e procedimentos todas as tarefas dos funcionários por hierarquia, de modo que cada um tenha claro o que precisa executar durante seu horário de serviço� Segundo as bases da Teoria da Burocracia, quanto mais claro estiver o procedimento, mais rápida será a produção do produto e maior o número final de peças/serviços produzidas (os)� 12 Figura 3: Normas e Procedimentos. Fonte: freepik. A base da Teoria da Burocracia é a produção de re- gras, normas e procedimentos, que muitas vezes pode ficar inviável e não prever os desafios impen- sados que acontecem no dia a dia� Esse ponto é o mais criticado pelos outros teóricos� Marx Weber, em 1904, lançou o livro A ética protes- tante e o “espírito” do capitalismo com o objetivo de associar as práticas econômicas ao pensamento religioso� Para o autor, a economia e o princípio da racionalidade do trabalho advém da religião, pois o trabalho ascético e a disciplina moral, tal como o comportamento associado, são formas de salva- ção� A obra foi lançada na mesma época em que o autor propôs a Teoria da Burocracia, voltada para a racionalidade das regras e processos seguidos pelos operários objetivando o aumento da produtividade� 13 https://br.freepik.com/fotos-gratis/prateleira-com-blocos-de-notas-amarelos-velhos_1976709.htm#page=1&query=estudo%20hospital&position=46 SAIBA MAIS Os livros de sociologia trazem excelentes referên- cias aos autores da época e seus pensamentos� O livro Teorias Sociológicas Modernas e Pós- -modernas, citado na bibliografia, é uma excelen- te fonte para compreensão da política econômi- ca e relações sociais de época. Figura 4: O mundo em 1909. Fonte: wikipedia. A Figura 4 nos mostra pouca diferença no processo produtivo em 1903 e 1909, no entanto, aparentemente as atividades ficaram mais organizadas após a abor- dagem burocrática de Weber� A sensação é que cada operário está ciente de sua função e campo de atuação� Sob o aspecto político social, continuam a busca pela explicação do capitalismo e o estudo das relações 14 https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d6/Antoinette_sim_1909.jpg entre as indústrias e o direito da classe operária na partilha do lucro� SAIBA MAIS Assista ao filme Tempos Modernos (1936)� Nele é feita uma analogia ao modelo de sociedade de época dando enfoque à produtividade a qualquer custo� A história retrata o trabalhador de uma fá- brica que sofre uma crise nervosa por trabalhar de forma excessiva� Ele é levado para cuidar de sua saúde e, quando retorna, encontra a fábrica fechada� O operário acaba sendo confundido com um líder político responsável por uma greve e é preso� Charles Chaplin (protagonista) resume as mais diversas contradições sociais da vida ur- bana moderna: alienação dos processos produti- vos, exploração do trabalhador, engajamento po- lítico, problemas penitenciários e consumismo� Fique curioso e assista! 1914 – Fordismo Na mesma linha da Administração Científica propos- ta por Taylor, Henry Ford seguiu o modelo de produ- ção em massa, organizando o processo em linha de produção� O objetivo de Ford, empresário na época, era reduzir os custos de sua fábrica de automóveis, a famosa FORD� Ele acreditava que barateando os cus- tos alcançaria um maior número de consumidores� 15 A forma encontrada por Ford para baratear os custos foi a padronização da cor dos carros e nenhuma dife- renciação de modelos, ou seja, sempre o mesmo pro- cesso produtivo, sem alteração, permitindo agilidade física com movimentos repetitivos padronizados� Antes da implantação do processo produtivo a baixo custoem linha de produção, os automóveis eram feitos artesanalmente e levavam muito tempo para ficar pronto. No início, a baixo custo, realmente gran- de parte da população comprou o veículo, elevando consideravelmente o consumo de carros na época (século 20)� Figura 5: Fordismo modelos padronizados de carros pretos. Fonte: estudopratico. A Figura 5 mostra o acúmulo de carros padronizados da Ford em estoque que, em 1980, foi objeto de seu declínio, quando a Toyota apresentou um modelo 16 https://www.estudopratico.com.br/fordismo/ “enxuto”, no qual associava demanda à produção, ou seja, só produzia a quantidade de carros que se vendia em um mês� O baixo estoque da Toyota con- tribuiu para a redução de custos, sendo o processo todo denominado de Toyotismo� 1916 – Teoria clássica Ocorreu junto à Revolução Industrial com a proposta de Henry Fayol, teoria conhecida como Fayolismo� Fayol propôs a organização hierárquica seguindo os princípios de: • Divisão do trabalho; • Autoridade e responsabilidade; • Unidade de comando; • Disciplina, direção e organização; • Remuneração, interesses gerais; • Centralização, hierarquia e ordem; • Equidade, estabilidade, iniciativa e espírito de equipe� 17 Figura 6: Organização de Atividades por Fayol. Fonte: industrialde- velopment Entendida esta primeira etapa, vamos nos aprofun- dar nas teorias sob a perspectiva da Abordagem Clássica� Vale mencionar que, de 1914 a 1918, ocorreu a Primeira Guerra Mundial, fundamentada por alguns historiado- res pelo fato da Itália e Alemanha terem ficado fora do processo de colonização da Ásia e da África� França e Inglaterra, ao contrário, estavam se desenvolvendo eco- nomicamente com a exploração das colônias� O início foi exatamente em 1914 e a finalização em 1918, com apro- ximadamente 10 milhões de mortos, arrasou a produção agrícola, além de gerar enormes prejuízos econômicos� A produção no período estava centrada nas Indústrias Bélicas operadas, principalmente, por mulheres, enquanto os homens se concentravam nas batalhas� 18 https://industrialdevelopement.weebly.com/how-it-affects-us-today.html https://industrialdevelopement.weebly.com/how-it-affects-us-today.html REFLITA O filme A onda (1981 ou 2008) questiona a pos- sibilidade de ocorrer uma nova ditadura na Ale- manha� O enredo exibe alguns alunos que parti- cipam de uma experiência semanal, na qual um professor implanta um regime autoritário e os alunos tornam-se seus subordinados� A experi- ência demonstra como as pessoas reagem em determinados contextos e como suas atitudes podem ganhar novas proporções – inclusive na nossa atualidade� De modo reflexivo, questiono o motivo de a socie- dade alemã ter acreditado no sistema proposto� Administração científica A Revolução Industrial promoveu necessidades or- ganizacionais voltadas às altas demandas que as empresas tinham pela fabricação e entrega de seus produtos, baixa qualificação da mão de obra, pro- cessos produtivos com alta exposição e riscos de saúde, cujo foco era o aumento da produtividade a qualquer preço� Nessa época, surgiram a Administração Científica, preconizada por Frederich Taylor, e a Teoria Clássica de Henry Fayol, cujo foco era produzir mais, em um tempo menor� 19 Taylor iniciou os estudos após perder parte de sua visão em seu trabalho braçal em uma indústria de bombas hidráulicas� Já Fayol encantou-se pelos de- safios da engenharia, sua área de atuação, e buscou saídas para o ritmo acelerado de produção prevendo, então, uma organização por estrutura organizacional, fundamentada em atividades e hierarquias� SAIBA MAIS Vale a pena ler o artigo Entre flores e canhões na Grande Guerra (1914-1918): o final da Belle Époque e o começo do “breve século XX” em um álbum de retratos fotográficos, autoria de Marco Antonio Stancik� As fotos são maravilhosas e re- tratam o estilo de vida na época� Disponível para consulta no link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt &nrm=iso. Acesso em: 05 ago� 2019� A ideia é que o controle funciona se forem dadas ordens pela chefia e executadas pelos operários, valorizando a força física sem quase nenhuma interação com os de- mais colaboradores� Prezava-se pelo volume produtivo e pouco se preocupava com a saúde do trabalhador� Apesar do crescimento desenfreado da indústria com inúmeros pedidos de entrega, pouco se fez pela classe trabalhadora que, inversamente ao aquecimento da economia, tinha uma remuneração insatisfatória e que pouco auxiliava nas despesas mensais� 20 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882009000200009&lng=pt&nrm=iso Como o processo produtivo dependia de força física, a preferência era por trabalhadores homens e fortes, sem problemas de saúde, que realmente demons- travam pelo seu porte a capacidade de produção de peças ou produtos� É nesse momento pós-revolução industrial que surge a divisão do trabalho entre os que pensam e os que executam� O panorama industrial vigente (varieda- de de empresas em tamanhos diferenciados, pro- blemas de baixo rendimento, elevada concorrência, alto volume de perdas, insatisfação dos operários, decisões mal formuladas etc.), inspirou a criação de uma Ciência da Administração que substituísse o empirismo e a improvisação, até então dominantes� Taylor e Fayol roubaram a cena nessa época propon- do soluções como a produção em série e a divisão de tarefas� Abordagem Clássica da Administração Administração Científica Ênfase nas Tarefas Ênfase na Estruturas Teoria Clássica Taylor Fayol Figura 7: Abordagem Clássica da Administração. Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 21 Taylorismo Frederich Taylor, em 1903, propôs como solução a organização da produção em tarefas. O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, evidencia o que foi a produção em tarefas� Os operários repetiam seus movimentos durante exaustivas horas de trabalho, participando de parte da produção de um produto, o que seria hoje uma etapa da linha de montagem no processo produtivo� Uma indústria automotiva conta com robôs para fazerem a força física e movimen- tação da peça de modo que esta seja produzida em série, tal como um funcionário pinta a porta de um carro, o outro inclui a fechadura, outro insere o vidro, de modo que, ao final da linha de produção, a porta esteja pronta para ser instalada no carro� O mais interessante é que, muito embora as condi- ções possam ter mudado com a vinda de um am- biente mais seguro (segurança do trabalho) e con- fortável (arejado, com iluminação adequada para o desenvolvimento da tarefa), ainda assim, o processo produtivo conta com a produção seriada, como as automotivas e cosméticas� Essa teoria presume que quando é dado ênfase na tarefa, preocupa-se apenas com o esforço físico que o colaborador faz e quanto mais ele produz mais produtos são vendidos, geran- do, consequentemente, mais lucro� Nessa teoria, não há valorização do relacionamento interpessoal, sequer uma gestão democrática que permite a troca de ideias entre pares e lideranças� 22 Esse comportamento se traduz na intensificação de classes que separam os donos de indústrias da clas- se operária e trabalhadora, também conhecida como proletária� Há estudos na sociologia que fundamen- tam o início do capitalismo a partir do momento em que essas divisões de classes surgem na economia dando mais direitos aos ricos e condições precárias aos pobres� Os movimentos de insatisfação da clas- se proletária surgem a partir da falta de subsídios básicos e da noção das injustiças geradas por essa acentuada diferença financeira. Muito embora o movimento taylorista esteja focado na produtividade e no interesse da empresa em au- mentarseus lucros, é sempre necessário associar os comportamentos humanos ao cenário e tempo (ano) em que o fato acontece� Como exemplo, associamos os sistemas de governo mais ou menos democrá- ticos justificando as ações sociais, movimentos ou crenças da maioria da população� Na época de Taylor, os operários começavam uma associação de interes- sados em lutar por seus direitos em face de tantas injustiças e, em 1914, surge o primeiro sindicato dos trabalhadores de modo oficial. Podcast 1 23 https://famonline.instructure.com/files/120803/download?download_frd=1 Fordismo Outro teórico que se destacou na Administração Científica foi Henry Ford, da Cia de Carros Ford. Henry Ford criou inúmeros avanços e deixou sua marca na Teoria e Prática da Administração, fundamentando a produção em massa a níveis altíssimos� A figura de Ford está mais associada à linha de mon- tagem móvel na qual cada peça ou componente pode ser montado em qualquer sistema ou produto final. No seu processo produtivo, a padronização foi reali- zada com base em um único sistema de calibragem, sendo o produto dividido em partes e a sua fabrica- ção, em etapas� Cada operário tem pré-definida uma tarefa inserida no processo de modo repetitivo incorrendo na especiali- zação do trabalhador� No começo, a Ford trabalhava artesanalmente, ou seja, não havia a organização do processo produtivo em etapas� Os trabalhadores estavam sempre na mesma área de montagem e tinham por responsabilidade apanhar as peças no estoque e levá-las para sua área de trabalho� Isso tomava um tempo enorme! Para tornar esse trabalho mais eficiente, as peças passaram a ser entregues em cada posto, não ha- vendo a necessidade de deslocamento de todos os funcionários� Em seguida, decidiu-se que cada montador realizaria uma única tarefa� No entanto, a movimentação tam- 24 bém levava tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes, gerava um conflito de tempo com perda de eficiência (agilidade). Figura 8: Produção em série. Fonte: journaldechambly As empresas também não tinham a preocupação de contratar profissionais totalmente qualificados, pois cada operário precisava aprender apenas a executar as funções inerentes a uma pequena parte dentro de todo o processo de confecção do produto� A desvantagem da produção seriada é a possível perda de qualidade, dado não ter a visão e a com- preensão da importância de cada etapa no produto final. Esse norte ou conhecimento do todo impacta na qualidade do produto e os estudos mostram que, apesar da agilidade no processo produtivo da Ford, o consumidor dessa época ainda preferia outros carros tidos com maior qualidade, como o Rolls Royce� 25 https://www.journaldechambly.com/1er-decembre-1913-ford-inaugure-la-premiere-chaine-de-montage-en-automobile/ O fordismo, no entanto, popularizou o consumo de carros durante o século 20, ajudando a disseminar o produto entre todas as classes econômicas ao redor do mundo� Além da “produção em massa” buscada na Administração Científica por Frederich Taylor, foi também o início do “consumo de massa”� A baixa nos custos e o aumento das vendas possi- bilitou o aumento de capital empresarial, no entanto, o salário dos trabalhadores continuava baixo e com frágeis condições de segurança gerando muitos aci- dentes de trabalho� Por um lado, havia a euforia dos empresários com a elevação da produção e vendas e, por outro, a insatisfação dos operários face às terríveis condições de trabalho e baixos salários. Figura 9: Modelo do Carro Ford. Fonte: pixabay 26 https://pixabay.com/pt/photos/oldtimer-automotivo-auto-brouhot-60521/ Teoria clássica A Teoria Clássica foi uma proposta realizada em 1916 por Henry Fayol, organizando a estrutura com todas as áreas de apoio, de modo que cada uma tenha uma responsabilidade específica, agregando com inteligên- cia a título de departamentos e áreas como Recursos Humanos, Operações, Jurídico, Vendas, dentre outras já com os níveis hierárquicos (Diretores, Supervisores, Coordenadores, Assistentes, Auxiliares)� Para Fayol, são seis as funções básicas de qualquer empresa: • Funções técnicas – relacionadas à produção de bens ou de serviços da empresa� • Funções comerciais - relacionadas à compra, venda e permutação� • Funções financeiras – relacionadas à procura e gerência de capitais� • Funções de segurança – relacionadas à proteção e preservação dos bens e das pessoas� • Funções contábeis – relacionadas aos inventários, registros, balanços, custos e estatísticas� • Funções administrativas – relacionadas à integra- ção das outras cinco funções. As funções adminis- trativas coordenam as demais funções da empresa, pairando acima delas� 27 Função Técnica Função Comercial Função Financeira Funções Segurança Funções Contábeis Funções Administrativas $ Figura 10: Organização da Estrutura e Lucratividade. Fonte: Elaboração Própria. Fayol foi duramente criticado pela manipulação dos trabalhadores por meio dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e res- ponsabilidade� Vale ressaltar que Taylor e Ford não se preocupavam com a estrutura administrativa, ape- nas com o supervisor (função de fiscal) que ficava atento ao cumprimento do trabalho pelo operário, já Fayol investiu suas pesquisas nessa organização da estrutura com base em suas funções. As críticas à Teoria Clássica da Administração basi- camente se traduzem na: • Obsessão pelo comando realização de ta- refas com base no comando, autoridade e na responsabilidade� 28 • Empresa como sistema fechado o planejamento rege as ações. • Manipulação dos trabalhadores desenvolve prin- cípios que buscam explorar os trabalhadores� • Inexistência de fundamentação científica das con- cepções não existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol� Teoria burocrática Max Weber, um importante sociólogo e economista alemão, é tido como pesquisador responsável pela criação da “Teoria da Burocracia” em 1909� Weber, em seus estudos, sempre buscou a excelência e, para tanto, subsidiou a teoria da burocracia na for- malização de processos� Segundo ele, os funcionários desempenham suas funções com muita produtividade se sua tarefa esti- ver claramente definida e descrita para ser cumprida. Segundo o pesquisador, quando há definição do papel, atividade a ser desenvolvida e um chefe para controlar a execução é certo o aumento da produtividade� Operário Norma eProcedimento Produtividade Figura 11: Processo Burocrático e a Produtividade. Fonte: Elaboração Própria 29 A figura faz uma representação da produtividade, sendo formada pela orientação ou capacitação dos funcionários por meio de normas e procedimentos� Na teoria da burocracia, a produtividade está direta- mente relacionada à clareza e divulgação das tarefas a serem executadas� Além da definição dos papéis e atividades, há uma organização e padronização operacional que fica documentada evitando a pessoalidade nas relações. Se no documento há explicação do que e como deve ser feita a tarefa, não há necessidade de conversar durante o trabalho� Esse fato gera um distanciamento entre as pessoas, que apenas executam as normas, a hierarquia, e respeitam a autoridade de seus chefes� Com isso, há uma previsibilidade de entrega de de- manda uma vez que são realizadas previsões de tem- po e quantidade em função de medições realizadas. Além do controle sobre a demanda produtiva, há uma disciplina no cumprimento das entregas diárias por parte de todos os funcionários, sendo a comunicação realizada de modo bem formal, escrito a fim de evitar múltiplas interpretações em ações e procedimentos. A divisão do trabalho e o caráter formal de realização da tarefa buscam a eficiência dentro das organiza- ções, definindo claramente os papeis, as atividades, a hierarquia, acreditando-se na elevação ou aumento da produtividade e na redução da ociosidade� O poder e a autoridade nessa teoria são muito clarosem função do cargo ocupado pelo empregado, acre- ditando-se que a figura da chefia seja indispensável, 30 dado que a produtividade só é possível em função da cobrança e imposição de metas� As regras e os procedimentos, portanto, impõem poder regulando a conduta do funcionário dentro da organização, podendo ser alterados de acordo com o cargo que o colaborador ocupa� A competência e o mérito fundamentam as admis- sões, promoções e a classificação da função dentro da organização� O conselho de administração pode não ser liderado por acionista, mas sim por colabo- rador especializado na função de administrador da organização� Conclui-se que Max Weber teve uma contribuição de extrema importância para o desenvolvimento da matéria de administração e para a organização das empresas e instituições que encontramos nos dias atuais� Weber encontrou problemas nos processos de or- ganização das empresas e, com seu pensamento visionário, contribuiu com as empresas, fornecendo parâmetros de regulação operacional, colaborando para a formação e desenvolvimento técnico dos co- laboradores e, consequentemente, da organização� Dentre as principais características da Teoria da Burocracia, podemos destacar: a autoridade, for- malidade, impessoalidade, hierarquia e divisão do trabalho� 31 SAIBA MAIS Todas as negociações de ações em Bolsa se- guem regras definidas em Manuais de Contro- les (também conhecido como Compliance) que cumprem definições, por exemplo, de sustentabi- lidade, ética na apresentação de resultados, etc� A teoria da burocracia agrega ao processo de ne- gociação, uma vez que trouxe a necessidade do estabelecimento de regras a serem seguidas por concorrentes, deixado a operação mais transpa- rente e segura aos envolvidos� Aprofunde seus conhecimentos no site da Bola de Valores, disponível em: https://educacional. bmfbovespa.com.br/quemsomos� Acesso em: 05 ago� 2019� Em 1980, a empresa Motorola, na busca de máxima qualidade em seu processo produtivo, desenvolveu uma metodologia nova denominada Seis Sigma� A metodologia envolve a detalhada descrição da tarefa, tal como proposto por Weber, complementando essa etapa que abrange a revisão da documentação com o envolvimento e comprometimento da alta admi- nistração, habilidades de gerenciamento de projeto, priorização e seleção de projeto, revisões da docu- mentação, foco no cliente� A contribuição de Weber na formalização e organi- zação de normas e procedimentos foi fundamental para o aprimoramento da gestão organizacional no mundo contemporâneo� Suas pesquisas e a Teoria 32 https://educacional.bmfbovespa.com.br/quemsomos https://educacional.bmfbovespa.com.br/quemsomos Burocrática são parâmetros de novas teorias de qua- lidade com o foco de melhoria contínua dos produtos produzidos� Podcast 2 33 https://famonline.instructure.com/files/120804/download?download_frd=1 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Administração Científica, a Teoria Clássica e a Burocracia deram o pontapé inicial nos estudos or- ganizacionais e tinham por objetivo a redução do tempo de produção e o aumento da produtividade, ou seja, os funcionários tinham de produzir um número maior de produtos em um menor tempo� Esse fato remete, inicialmente, à contratação de funcionários pela força física, com a capacidade apenas de re- produzir movimentos em série (Taylor), organizados em termos de estrutura institucional (Fayol), além de estarem restritos ao cumprimento de normas e procedimentos padronizados com restrito relacio- namento interpessoal (Weber)� A série proposta se refere à organização de etapas de transformação desde a matéria-prima até o pro- duto final. Apesar do apoio de grandes máquinas, exigiam uma força física descomunal dos operários� As pesquisas de Taylor não previam a organização das tarefas por cargos, hierarquias e remuneração� Fayol, notando essa necessidade, partiu da pesqui- sa de Taylor para cobrir essa deficiência. Já Weber observou que, apesar de pessoas, há a necessidade de se definir detalhadamente as tarefas de modo que estejam claras as atividades dos operários para evitar desentendimentos, perda de tempo e aumento de custos em função de erros ou ociosidade� O operário, na época (1903 a 1916), começa a se movimentar mostrando sua insatisfação em decor- 34 rência de baixos salários, condições precárias de trabalho, problemas de saúde e, em contrapartida, notam o aumento do lucro enriquecendo o empresá- rio sem qualquer tipo de distribuição para as classes operárias (proletariado)� Em 1914, surge um grande movimento apoiado nas causas de Marx e Engels (divisão do capital entre as diferentes classes so- ciais) que foram os movimentos dos trabalhadores, por meio de grupos organizados que reivindicavam seus direitos por meio de greves e manifestações públicas apoiando os operários� A evolução das teorias descreve uma evolução natu- ral, sempre buscando produzir mais no menor tempo possível� Até hoje, as indústrias automotivas centram esforços em descobrir novas técnicas ou procedimen- tos que aumentem sua produção em menor tempo� As indústrias automotivas japonesas trouxeram várias propostas de melhorias operacionais, como redução de estoque, aprimoramento da capacitação da mão de obra, protocolos de qualidade rumo à incessante busca do equilíbrio na relação de custo, qualidade, produtividade, competitividade e lucratividade� A Abordagem Clássica com suas características re- ducionistas, mecanicistas e analíticas é fortemente criticada por pesquisadores que asseguram a neces- sidade de estudos mais abrangentes, com causas de problemas, muitas vezes, inexplicáveis devido à possibilidade de ocorrência de fatos não pensa- dos ou previstos. Essa tensão entre visões promove uma abordagem mais ampla que é a denominada Abordagem Sistêmica, em 1950� 35 Síntese ADMINISTRAÇÃO MODERNA E PÓS-MODERNA Administração Científica + Fayolismo + Burocracia = Abordagem Clássica da Administração (foco na operação e na estrutura organizacional, visão reducionista e unilateral). Características da Administração Científica, Fayolismo e Burocracia • Uniformidade na produção; • Metodologia de trabalho; • Treinamento; • Especialização do trabalho; • Supervisão funcional; • Normas e procedimentos. Referências Bibliográficas & Consultadas CARAVANTES, Geraldo R�; PANNO, Claudia C�; KLOECKNER, Monica C� Administração: teorias e pro- cessos� São Paulo: Pearson, 2005� [Biblioteca Virtual] CERTO, Samuel C� Administração moderna� 9� ed� São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003� [Biblioteca Virtual] CHIAVENATO, Idalberto� Administração nos novos tempos: os novos horizontes em administração� 3� ed� Barueri: Manole, 2014� [Biblioteca Virtual] GRÜTZMANN, Lidiane� Fundamentos filosóficos da administração. Curitiba: InterSaberes, 2014� [Biblioteca Virtual] PILGER, Rosane R� Administração e o meio ambiente. 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