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SEMIOLOGIA DA CRIANÇA

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Semiologia da criança e do adolescente – 2021 
Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
DIFRENCIAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA: 
 Recém-nascido: do primeiro dia até completas 28 dias de vida. 
 Lactente: do 28 dia até 1 ano 11 meses e 29 dias de vida. 
 Pré-escola: de 2 a 4 anos. 
 Escolar: de 5 aos 10anos 
 Adolescência: 11 aos 19 anos. 
 
ANTROPOMETRIA: 
Será sempre necessário colcoar as medicas obtidas no gráfico, a fim de evitar erros e conferir as 
medidas. 
 
 Aferição do peso- LACTENTES: uso da balança pediátrica, que necessita da colocação do 
lençol antes de tara devido à temperatura gelada da balança que pode causar desconforto 
no bebe. Isso deve ser feito antes de calibrar/ tarar. 
 Aferição do peso- maiores de 24 meses ou aqueles com peso SUPERIOR À 15KG: torna-se 
necessário o uso da balança de adulto. 
 GANHO DE PESO: 
AOS 6 MESES DOBRO DO PESO DE NASCIMENTO 
AOS 12 MESES TRES VEZES O PESO DE NASCIMENTO 
AOS 24 MESES QUATRO VEZES O PESO DE NASCIMENTO 
 
 ESTATURA: 
-Comprimento: medido com o indivíduo deitado- comum em lactentes. Vale ressaltar que tanto o 
pescoço quanto os calcanhares devem manter um ângulo de 90 graus durante essa aferição. 
 
-Altura: realizada com o indivíduo de pé. Na posição de Frankfurt – individuo olhando para frente, 
coluna reta e pes apontados para frente. 
 
 PERÍMETRO CEFÁLICO: a fita passa pelo occipício e pela glabela, semelhante a um cocar 
de índio. O PC normal ao nascimento é de 35cm, com o decorrer do crescimento da criança 
ele vai aumentando: 
-1° trimestre: aumenta cerca de 2cm ao mês 
-2° trimestres: 1cm ao mês 
-3° e 4° trimestres: 0,5 cm ao mês 
-2° ANO: 2cm ao ano. 
MEDIDA DA TEMPERATURA: 
A medida mais confiável de aferição de temperatura corporal é a via retal e oral, entretanto por 
uma questão usual e pratica adotou-se a aferição axilar, considerada menos precisa. 
Hipertermico a partir da temperatura retal : acima de 38,3°C 
 Temperatura oral: acima de 38°C 
 Temperatura axilar: acima de 37,8°C. 
ANAMNSE EM PEDIATRIA: 
 A anamnese em pediatria terá tempo variável, visto que quando ocorre o surgimento de uma 
criança em estado agudo de inicio recente ou grave, a entrevista poderá ser realizada de 
maneira mais rápida, sendo mais objetiva. Por outro lado, consultas ambulatórias são mais 
longas , entretanto um objetivo deve ser traçado, para que a consulta não seja improdutiva. 
 A parte mais importante da anamnese é a identificação da queixa, sintoma ou problema 
que motivou o paciente a ir a consulta. 
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE: 
 Crianças de 2/3 anos não so podem como devem participar da anamnese 
 Não tratar acompanhantes com termos como “mãezinha, paizinho, vozinha”, busque 
sempre perguntar seu nome e chama-lo pelo nome, isso aumenta a confiança em você 
profissional, além disso é necessário perguntar o vínculo que o acompanhante tem com a 
criança. 
ANAMNSE PROPRIAMENTE DITA: 
 Identificação 
 Queixa principal 
 HDA 
 Interrogatório sintomatológico (na pratica não é feito por completo, deve ser guiado de 
acordo com a queixa principal) 
 Antecedentes fisiológicos: é de extrema importância perguntar sobre a gestação e o 
nascimento- realização de pré-natal (médico deve ver o cartão de pré-natal), tipo de parto e 
de nascimento (pré-maturo ou a termo), peso do nascimento, intercorrências perinatais, 
além dos testes de triagem neonatais. Esses questionamentos são importantes, visto que a 
saúde da criança hoje é um reflexo de como foi a saúde da gestação, parto e nascimento. 
 Antecedentes pessoais patológicos: é de extrema importância perguntar sobre alergias, 
principalmente à medicamentos; cirurgias; traumas e acidentes; transfusões internações; 
vacinas; doenças crônicas; medicamento de uso e doenças progressivas. Caso trata-se de 
adolescente de vida sexual ativa pergunte sobre histórico obstétrico e de paternidade. 
 Antecedentes pessoais familiares/histórico familiar: é importante perguntar se na família 
tem casos de crianças falecidas de doenças/causas desconhecidas. Síndrome da morte 
súbita do lactente. 
 Hábitos d vida: alimentação; rotina de sono; pessoas que residem em mesma casa; 
condições de moradia 
A rotina está muito ligada aos hábitos dos pais. 
Se adolescente perguntar sobre atividade sexual- protegida, desprotegida- uso de drogas e álcool. 
ANAMNESE DO ADOLESCENTE: 
 HERBIATRIA: é a parte da pediatria que busca atender/ cuidar de adolescentes. 
 É entendida como o processo de transição entre a infância e a via adulta. 
 Os adolescentes são um grupo heterogêneo de indivíduos que necessitam de um olhar para 
as diferenças. 
 Geralmente não querem ir às consultas, o que os torna bastante resistentes 
 Quando falamos de tratamento de doenças crônicas, devemos ficar atentos visto que esses 
apresentam considerada resistência à aderência ao tratamento, tendendo a largá-lo 
ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE: 
 Evitar ambientes que remetam a infância, ambiente deve ser adequado para que ele se sinta 
seguro 
 Eles tem direito à privacidade, ou seja, podem permanecer sozinhos 
 Vale ressaltar que privacidade é diferente de confidencialidade, vão existir confidencias que 
deverão ser contadas aos pais, sendo essas aquelas que colocam a vida do paciente ou de 
terceiros em risco 
 
 
COMO PODE SER A CONSULTA: 
 Ouvir o adolescente acompanhado do acompanhante.; posteriormente ouvir o adolescente 
sozinho 
 O acompanhante não deve ser ouvido sozinho, sem que o adolescente esteja presente 
ANAMNESE: 
 Esse momento da consulta implica coletar informações sobre o paciente, familiares e o 
ambiente onde vive. 
 Necessita ser ampla e abordar os aspectos físicos, psíquicos, sociais, culturais, sexuais e 
espirituais. 
 Motivo da consulta – nem sempre é uma patologia 
 Histórico da situação atual e pregressa do paciente, incluindo agravos e doenças 
 Estado vacinal (verificar o cartão de imunizações) 
 Dados da gestação, parto e condições de nascimento, e peso ao nascer 
 Hábitos de vida 
 Ambiente familiar e moradia 
 Crenças, percepção corporal, autoestima, preocupação excessiva com dietas 
 Questões sexuais, primeira relação, sexo protegido 
 Sono0, adolescentes necessitam de 9-10h de sono 
Síndrome da adolescência normal 
 Busca da identidade adulta: desvalorização do conhecimento trazido pelos pais ou 
familiares 
 Tendência a andar em grupos 
 Crises religiosas 
 Perda da percepção dos pais como heróis 
 Deslocação temporal: o que mais existe é o “agora” 
 Evolução da sexualidade 
 Atitude social reivindicatória 
 Contradições sucessivas 
 Variação de humor e animo 
Fases da adolescência 
 Precoce: 10 aos 14 anos – se distanciam dos pais e começam a sentir as mudanças do corpo 
 Média: 15 aos 17 anos- comportamento estereotipado devido a sua busca por inserção na 
sociedade 
 Tardia ou madura: 17 aos 20 anos 
Desenvolvimento neurológico 
 amigdala: responsável pelos sentimentos primários de medo e 
raiva, nesta época apresenta impulsividade 
 Lobo temporal: expande-se até os 16-17 anos: emoções, memória, audição, processamento 
de informações sonoras e visuais 
 Lobo parietal: processa informações espaciais e sensoriais do corpo- volume maior em 
torno de 10-12 anos 
A testagem e entrega dos exames anti-HIV devem ocorrer na presença dos pais ou responsáveis. 
Após 12 anos, a realização desses exames relaciona-se ao princípio da autonomia, assim como a 
participação do resultado a outras pessoas, após avaliação de suas condições de discernimento. 
Trabalho na adolescência 
 Vínculo empregatício: permitido aos maiores de 16 anos 
 Aprendiz: permitido aos maiores de 14 anos- contrato especial de trabalho com tempo 
determinado 
 Crianças e adolescentes são vistos como mão de obra mais barata e facilmenteabusáveis 
pelos adultos 
SEMIOLOGIA DA CABEÇA E PESCOÇO 
■ Vias aéreas superiores: nariz, seios paranasais, faringe, laringe- naturalmente colonizadas 
por bactérias 
■ Vias aéreas inferiores: traqueia, brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar – ambiente 
estéril 
Nariz: Superfície relativamente grande (devido aos cornetos que aumentam a superfície), 
Vasculatura rica, Epitélio ciliado.; via aérea que aquece e umidifica o ar, participando do olfato e 
gustação. 
-Filtra partículas minúsculas,5micro 
-Quando uma pessoa respira por aparelhos o ar não passa pelo nariz, então ele precisa ser 
aquecido e umidificado 
-Alternância entre as narinas: a cada duas as narinas alternam seu fluxo de ar de uma narina 
para outra, através da congestão alternando os cornetos, evitando o ressecamento. 
-O caminho natural das secreções e nariz e engolir 
-Produção de muco por dia: em torno de 1 litro 
-Qualquer fator que cause irritação nas cavidades nasais fará com que essa produção aumente 
 Seios paranasais: 
 
Os seios têm a função de tornar o crânio mais leve; dar ressonância à voz.; aquecer e umidificar o 
ar.; regular a pressão intranasal; contribuir para a secreção de muco. 
As células etmoidais quando congestionadas causam pressão nos olhos, causando dor = sinusite 
Não se faz raio-x para diagnostico de sinusite 
 Coriza: Secreção produzida nas cavidades nasais 
Caracterização: 
-Hialina 
-Espessa 
-Amarelada 
 -Esverdeada 
Não existe relação entre a cor da secreção com a etiologia da infecção 
O melhor descongestionante é o soro fisiológico. 
Rinorreia e hábito de fungar Consistem em corrimento de secreção atra-vés das cavidades nasais. As secreções podem deixar 
a cavidade nasal através das narinas ou das coanas. Neste último caso, pode ocorrer sensação de incômodo na faringe ou de 
gotejamento nasal posterior, além de pigarro ou tosse seca. Em crian-ças, a rinorreia geralmente se associa ao hábito de fungar. 
A secreção pode ter os aspectos aquoso, se-roso, mucoso, purulento, seromucoso, muco-purulento, seropurulento ou 
piossanguinolento, podendo ainda se associar à formação de crostas. A secreção serosa, denominada coriza, é o resultado de 
uma atividade glandular exagerada, assim como de uma transudação da rede capilar nasal. Secreção serosa, fluida e clara está 
presen-te na rinite alérgica ou na rinite vasomotora, em fases iniciais do resfriado comum, e pode estar relacionada ao efeito 
direto de substâncias irrita-tivas sobre a mucosa nasal. Nas doenças alérgicas, a rinorreia aquosa pode estar associada a 
lacrime-jamento, espirros e sensação pruriginosa no nariz, nos olhos, no canal auditivo externo, na faringe e na laringe. 
As secreções purulentas e suas variações (mu-copurulenta, seropurulenta), de aspecto viscoso e de cor amarelada, representam 
uma resposta flo-gística da mucosa nasal. São frequentes nas fases finais do resfriado comum e nas sinusites bacte-rianas 
agudas. Somente a presença de secreção purulenta não indica necessariamente um quadro de sinusite bacteriana aguda ou 
crônica. Quando a secreção é unilateral, geralmente associada com odor fétido, deve-se suspeitar de corpo estranho. A 
imperfuração coanal unilateral, a sinusite odon-togênica e a sinusite fúngica também podem se manifestar com secreção 
unilateral. 
 Dor de garganta ou odinofagia, está associado tanto a infecção viral quanto bacteriana 
As infecções causam ressecamento da mucosa, isso causa a dor, além disso o gotejamento 
retrofaríngeo que provoca irritação da mucosa. 
 Espirros: Sintoma frequentes nas infecções de vias aéreas superiores virais e na rinite 
alérgica 
 Prurido: Característico da rinite alérgica, pessoas que tem frequentes crises possuem a 
Saudação alérgica 
 Tosse: Associada ao gotejamento pós nasal, Será seca ou produtiva dependendo da 
quantidade de secreção, Normalmente piora à noite devido a posição relacionado ao0 
gotejamento, Pode ser sinal de inflamação nos brônquios 
 
 Respiração bucal crônica 
 
 Apnéia: é a interrupção da ventilação, pode ser central ou de origem obstrutiva, Hipertrofia 
de amigdalas e adenoides- principal fator predisponente 
 Ronco: é necessário observar a frequência e a intensidade. O ronco intenso é o que persiste 
por mais de 4 noites na semana associado a apneia e ronco ressucitativo deve levar à 
suspeita de síndrome da apnéia obstrutiva do sono 
 Características morfológicas da cavidade bucal: 
A boca do recém-nascido tem alta sensibilidade, o que lhe permite levar tudo para a boca e 
reconhecer objetos, entre eles o mamilo materno. O exame clínico da cavidade bucal começa 
observando a face do bebê e o vedamento labial. 
 
O aspecto correto vedamento labial, é aquele em que a mandíbula encontra-se retraída em relação 
à maxila ifgvdfvvjfjfjbvjfbvjfbvjbfjvbfjvbfjbvjfbvjfbvjfbvjfbvjbfvjbfjbfjvbfjvbfjvbfjvbfjvbfjvbjvjfvbfj 
-Hipotonia no fechamento labial: relacionado ao fato de o bebe estar respirando pela boca, deve 
ser tratado caso contrário pode alterar o crescimento facial assim como alterar o padrão da 
musculatura orofacial. 
 
 Cavidade intra bucal do recém-nascido: 
Os processos alveolares que estão cobertos pelos abaulamentos gengivais que, ao segmentar, 
indica os locais de desenvolvimento dos dentes (linha presente na região bucal, quando ela se 
rompe é sinal de que os dentes vão nascer). O nome desta linha é Cordão fibroso de Robin e 
Magitot, ele colabora com vedamento dos maxilares, o que ajuda durante a sucção. Boca edentada 
da criança apresenta mucosa gengival de cor rosada, firmemente aderida. 
 
-Nódulo de Bohn: Pequeno cisto de coloração branca originado pela reminiscência do tecido 
mucoso glandular. 
 
-Pérola de Epstein: Pequenos cistos de coloração branca originada pela reminiscência dos tecidos 
epiteliais. 
-Freio do teto labial persistente: Prega de tecido fibroso e formato triangular, tem sua inserção 
anormal que pode dificultar os movimentos labiais, causar um efeito desarmônico na estética 
dentária ou ainda afetar a fonação de algumas letras, além de interferir na escovação. 
 
-Anquiloglossia: Alteração congênita. Freio lingual curto e aderido ao assoalho bucal. Pode 
interferir no aleitamento materno e na fala. A avaliação pode ser feita em conjunto com um 
fonoaudiólogo. 
 
 Dentição: os dentes de leite são formados quando os bebes ainda estão dentro da barriga 
da mãe entre a sexta semana e o quarto mês de gestação. Já os dentes permanentes se 
formam entre os 4 meses de gestação aos 10 meses de idade. 
-Dentes natais e neonatais: Dente natal: quando a criança nasce com o dente 
Dente neonatal: quando há nascimento de dentes em até 30 dias de vida do recém-nascido 
A extração desses dentes é indicada quando existir mobilidade, risco de aspiração ou deglutição e 
quando o dente apresentar borda cortante, podendo provocar ferimentos na base da língua do 
bebê ou nos mamilos da mãe durante o aleitamento materno. 
 
-Erupção dentária: 
6 a 8 meses: erupção dos primeiros dentes, em geral os incisivos centrais inferiores 
24 a 30 meses (2 anos e 2 anos e meio): a dentição decídua ( de leite) está completa com 20 dentes 
e permanece até em torno de 6 anos de idade 
-Contraindicado: gel à base de benzocaína e lidocaína 
• Benzocaína: risco de metemoglobinemia 
• Lidocaína: pode provocar convulsões, arritmias, vasodilação, bradicardia e PCR 
 
Contraindicado: colar de âmbar, SEM COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA e RISCO DE ASFIXIA. 
■ Para aliviar o desconforto no crescimento dos dentes é indicado Analgésico via oral 
(paracetamol) e Mordedores. 
 Dentição permanente: A sequência favorável da erupção contribui para o desenvolvimento 
normal da oclusão. A erupção inicia pelos primeiros molares permanentes, no espaço 
posterior aos molares decíduos, conseguido pelo prévio crescimento contínuo da mandíbula 
em tamanho. A dentição permanente écompletada aos 13 anos da criança, totalizando 32 
dentes. Alguns ainda podem ter os terceiros molares – também conhecidos como sisos – 
que geralmente erupcionam por volta dos 18 anos de vida. 
 A partir do surgimento do primeiro dente deve ser iniciada a escovação pelo menos duas 
vezes ao dia com dentifrício fluoretado (pasta de dente com flúor), na quantidade de um 
grão de arroz 
 A recomendação da SBP e da AAP é que a partir do nascimento do primeiro dente a criança 
inicie o acompanhamento odontológico 
A inspeção da boca e da faringe da criança exige habilidade, delicadeza e uma boa interação médico-paciente. A criança 
geralmente mostra resistência em abrir a boca e permitir o toque da espátula em sua língua. É o momento do exame em que 
devemos usar artifícios e brincadeiras, evitando manobras violentas. Como pode trazer algum desconforto e choro, a inspeção 
da boca e da faringe deve ser realizada ao final, evitando-se assim o comprometimento da avaliação das ore-lhas e do nariz. 
Todas as estruturas devem ser avaliadas (lá-bios, bochechas, dentes, gengivas, língua, pala-to, assoalho e glândulas salivares) 
com a criança sentada e iluminação adequada, a qual pode ser realizada com lanternas comuns. Inicia-se pelos lábios, 
pesquisando-se sua integridade ou presen-ça de deformidades congênitas (fissura labial) ou adquiridas (infecção e trauma). 
Lábios entreabertos, hipotônicos e ressecados com interposição de língua mediante a pronúncia de alguns fonemas, associados 
ou não a proble-mas oclusivos, sugerem quadros de respiração predominantemente oral (sindrome do respirador oral – SRO) 
devido a fatores obstrutivos nasais. As bochechas, as gengivas e a língua são ava-liadas com o auxílio da espátula. O assoalho 
da boca deve ser verificado solicitando-se à criança, quando possível, que eleve a língua até o palato duro. O palato deve ser 
avaliado fletindo-se a ca-beça e solicitando a emissão da vogal a, a fim de possibilitar a visualização da mucosa do palato, 
bem como a simetria dos movimentos. Observar a úvula e, quando bífida, realizar o toque do pala-to com abaixador de língua 
à procura de possível fenda submucosa, importante na etiologia das oti-tes recorrentes e na produção da voz hipernasal. 
DESENVOLVIMENTO DO CRANIO: 
Crânio se desenvolve a partir do mesênquima, ao redor do cérebro em formação, tendo como principal estímulo o crescimento 
do encéfalo. 
. Ao término do primeiro ano de vida, a criança apresenta o crânio de tamanho correspondente a 90% de um adulto. Os 10% 
restantes crescem até a idade de 7 anos. Ao final do segundo ano de vida, as suturas já estão praticamente fechadas e o 
crescimento observado a partir dessa época se faz por absorção óssea na tábua interna e deposição óssea. A fontanela posterior 
se fecha por volta do segundo ou terceiro mês de vida e a anterior, por volta dos 2 anos e meio de idade. No exame do crânio 
da criança devem ser observados o tamanho, a forma, a consistência, as fontanelas e as suturas. 
 PERÍMETRO CEFÁLICO: a fita passa pelo occipício e pela glabela, semelhante a um cocar 
de índio. O PC normal ao nascimento é de 35cm, com o decorrer do crescimento da criança 
ele vai aumentando: 
-1° trimestre: aumenta cerca de 2cm ao mês 
-2° trimestres: 1cm ao mês 
-3° e 4° trimestres: 0,5 cm ao mês 
-2° ANO: 2cm ao ano. 
Vale ressaltar que um recém-nascido costuma ter cerca de 34-35cm. 
Microcefalia é o termo usado para descrever uma cabeça anormalmente pequena para a idade. Como o crescimento do crânio 
depende de forças determinadas pelo cérebro em expansão, a micro-cefalia é um indicador de redução do tamanho do cérebro. 
Macrocefalia Também denominada macrocrania, a ma-crocefalia caracteriza uma cabeça anormalmente grande. É assim 
considerada quando o perímetro cefálico encontra-se 2DP acima da média normal para idade e sexo (percentil superior a 98). 
 
 
O crânio de um recém-nascido é desproporcionalmente grande em comparação com as outras 
partes do esqueleto, mas a face é pequena em comparação com a calvária, e corresponde a cerca 
de um oitavo do crânio. No adulto, o esqueleto da face representa um terço do crânio. O grande 
tamanho da calvária em lactentes resulta do crescimento e desenvolvimento precoces do encéfalo 
e dos olhos. 
-o bb tem a calvaria maior que o restante da cabeça( por isso achamos que eles tem cabeção) 
 Exame do crânio: 
Observar: 
-Dimensões: Avaliar o perímetro cefálico 
• Aumento- macrocefalia- causa mais comum é a hidrocefalia 
• Diminuição- microcefalia- causa mais comum é a atrofia encefálica 
• O crescimento normal do crânio é de acordo com as necessidades do conteúdo 
 
-Forma 
Assimetria da cabeça: Pode ser decorrente de pressões exercidas durante o parto 
Achatamento occipital: permanência por longos períodos deitado. Se o bebe permanece deitado 
com a cabela lateralizada e sempre para o mesmo lado: achatamento parietoccipital assimétrico 
 
Padrão venoso subcutâneo: Pode estar presente na hipertensão intracraniana, que provoca o olhar 
em sol poente (aumento da pressão intracraniana faz com que os olhos fiquem para baixo). A 
criança fica com um cabeção em formato de lâmpada- cabeça do megamente. 
 
 
-Consistência 
-Estado das suturas 
Cranioestenose: é o fechamento prematuro de uma ou mais suturas cranianas. 
 
 
 
-Fontanela 
Palpação da fontanela anterior: Abaulamento: relacionado principalmente a hipertensão 
intracraniana 
Fontanela deprimida: desidratação e desnutrição 
OFTALMOSCOPIA: 
Entre os problemas oftalmológicos com maior incidência na infância estão o estrabismo (desalinhamento ocular), a ambliopia 
(baixa visão com a melhor correção óptica e não totalmente provocada por anormalidade estrutural do olho) e problemas 
refracionais (miopia, hipermetropia e astigmatismo). Estrabismo ocorre em aproxima-damente 4% das crianças. Ambliopia 
unilateral está associada ao estrabismo em 50% dos casos, com 40% das crianças com estrabismo manifesto desenvolvendo 
ambliopia. Estudos de prevalência estimam variação entre 1% e 5%, dependendo da população estudada e da definição 
adotada, mas 2% são um valor considerado conservador. Erros de refração significativos ocorrem em 20% das crianças até a 
adolescência. 
 
 
Fechamento da fontanela anterior: Varia entre os 6 e os 18 meses de idade. Fechamento 
prematuro- antes de 6 meses: pode ocorrer em crianças normais. Deve-se ter atenção ao 
crescimento do crânio 
Atraso no fechamento- após os 18 meses: pode ocorrer no raquitismo, sífilis congênita, 
síndromes genéticas 
 
A sala tem que ser escura, procurar o reflexo vermelho(quando a luz bate na retina). Para realizar 
este exame a mãe deve segurar a cabeça da criança. O oftalmoscópio deve ser posicionado a uma 
distância de aproximadamente 30 cm de cada olho do bebê, e o reflexo vermelho deve ser visto 
homogêneo e simétrico em ambos os olhos. 
A presença de alguma opacidade nos meios transparentes (córnea, cristalino e vítreo) ou uma patologia retínica de extensão 
razoável provoca-rão um reflexo vermelho alterado. Uma catarata tanto pode bloquear o reflexo vermelho como re-fletir a 
luz, provocando um reflexo branco. 
 
 Estrabismo: crianças de ate 2 meses tem estrabismo normal exotropia , Esotropia ao 
nascimento os olhos alinhados . Pacientes com estrabismo após os 2 meses devem ser 
encaminhados ao oftalmologista. Estrabismo é o desalinhamento dos olhos. O alinhamento 
ocular é um dos requisitos necessários para o desenvolvimento visual normal. A visão 
binocular depende da integração da imagem retiniana dos dois olhos em uma única 
imagem. 
 
FUNDOSCOPIA O oftalmoscópio de mão (oftalmoscópio di-A reto) possibilita a visualização do nervo óptico, dos vasos 
retínicos e da fóvea. O nervo óptico será visualizado no lado medial da fóvea. A fóvea é visualizada pedindo-se ao paciente 
para olhar diretamente na luz do oftalmoscópio no momento de realizarmos a oftalmoscopiadireta. Podemos visualizar 
também um pequeno reflexo no centro da fixação, que é a fovéola. O disco do nervo óptico tem a coloração rósea, e as 
margens são nítidas. Quando suas margens estão borradas, especialmente nos casos de associação com hemor-ragias, podemos 
estar diante de um papiledema. A escavação do disco óptico está localizada na sua parte central e é delineada pelos vasos 
retínicos. 
 
 Vias lacrimais: ao nascer os bebes não tem lagrimas, As lágrimas têm ação protetora sobre 
os olhos (lubrificação, bactericida), metabólica (oxigenação) e óptica. Inicia sua produção 
entre a 1ª e a 2ª semana de vida. A patologia mais frequente é a obstrução congênita da 
via lacrimal, ocorrendo em mais de 50% dos recém-nascidos. Trata-se de uma 
imperfuração da válvula de Hasner no final do ducto lacrimonasal, com retenção de lágrima 
e secreção no sistema lacrimal. A resolução espontânea ocorre até 1 ano de idade na 
maioria dos casos. Válvula de hasner se estimulada nos faz chorar, ela se localiza no nariz, 
por isso que quando choramos o nariz entope. 
 
 Glaucoma na infância: Doenças rara (glaucoma congênito), provoca o aumento da Pressão 
intraocular. Lesão no nervo óptico e causa Impacto no desenvolvimento do globo ocular. 
Diminuição da acuidade visual. O glaucoma pode ser provocado pelo uso de corticoide, por 
isso não se deve usar colírio com corticoide, devemos usar o com TOBRAMICINA apenas. 
A rubéola congênita pode provocar o glaucoma congênito. 
- Sinais de alarme para Glaucoma congênito: Epífora sem secreção (lacrimejamento abundante) 
Fotofobia 
Blefarospasmo 
Queixa dos familiares de aumento do globo ou assimetria entrenos olhos 
Dificuldade de fixação com o olho acometido 
Aumento do diâmetro da córnea 
Aumento do globo ocular (buftalmo) 
Perda de brilho da córnea 
Ausência de reflexo vermelho 
 
OUVIDO: 
A tuba auditiva retificada na criança predispõe às infecções no ouvido. 
 
• Otocone: O formato afunilado é importante, pois penetra no meato acústico externo com 
mais facilidade. Seu diâmetro varia conforme a idade do paciente; a sua forma, não. 
2,5 milímetros – crianças até 3 anos de idade 
3,0 milímetros – para crianças de 3 anos até cerca de 12 anos de idade 
4,0 milímetros – crianças mais de 12 anos e adultos 
5,0 milímetros – adultos com canal muito largo 
 Para recém-nascidos e lactentes jovens, devemos tracionar o pavilhão auricular 
inferiormente 
 a melhor posição para otoscopia e aquela em que a criança esteja sentada no colo da mãe, 
principalmente as de menor idade, de modo que permita contenção adequada da cabeça, 
evitando-se movimentos que prejudicam a visão monocular do otoscopio. 
Deve-se examinar primeiramente as orelhas para evitar a hiperemia da membrana timpânica causada pelo choro durante o 
exame. Outras variáveis também interferem no com-portamento do pequeno paciente durante a con-sulta, como: 1. Tempo 
longo de permanência na sala de espera torna a criança impaciente. 2. Distrações (televisão, vídeos, papel, lápis colo-rido, 
brinquedos etc.) durante o tempo de per-manência na sala de espera ajudam a manter a criança mais calma e cooperativa. 3. 
A decoração do consultório deve ser adequada para as crianças, sem objetos que possam provo-car acidentes e com atrativos 
para diverti-las. 
 Características da membrana timpânica normal 
 
• Translúcida 
• Cinza-perolada 
• Brilhante 
• Côncava 
• Visualização do cabo do martelo 
 Características da membrana timpânica na OMA 
 
• Hiperemiada 
• Opaca 
• Abaulada 
• Convexa 
Otalgia ou “dor de ouvido” Caracteriza-se por dor na orelha. É manifes-tação comum e frequente na pediatria. As crianças 
menores, entre 12 e 36 meses, costumam apresentar dificuldade na caracterização da dor. É primária, quando tem origem na 
própria orelha (infecções, traumatismos, tumores etc.), ou secundária ou refle-xa, quando se origina em outro sítio ou órgão 
(distúr-bios na ATM, nas nevralgias faciais e dentárias, nas parotidites etc.). Pode se apresentar isoladamente ou associada a 
outros sinais e sintomas. Os mais comuns são prurido, sensação de plenitude auricular (“ouvi-do cheio”), purgações (otorreia), 
edemas, eritemas, furunculoses, alterações auditivas, paralisias faciais, coriza e congestão nasal. Na otalgia sem sinais maio-
res de acometimento da orelha, suspeita-se de que a dor seja reflexa, originada em outros sítios. 
Otorreia (“purgação”) Caracteriza-se pelo fluido que escorre da orelha pelo conduto auditivo externo. Pode se apresentar 
como líquido (otoliquorreia), sangui-nolento (otorragia), purulento, piossanguinolento (purulento e sanguinolento), fibrinoso, 
mucoso, seroso ou seromucoso. Pode ser consequência de traumatismo craniano, otite externa, otite média aguda, otite média 
com efusão e otite crônica. 
EXAME FÍSICO: 
A inspeção visual e a palpação englobam o pavilhão auricular, o trágus, o conduto auditivo externo, a região retroauricular 
da mastoide e os linfonodos regionais, procurando identificar a presença de edema, rubor, calor e dor. 
Otoscopia 
 
SISTEMA REPIRATORIO- VIAS AÉREAS INFERIORES 
As ramificações das vias aéreas se iniciam no período embrionário e terminam na 17ª semana de 
gestação, quando o número total de gerações brônquicas se completa. A partir dai, não há mais 
desenvolvimento das vias condutoras, havendo apenas aumento contínuo de seu tamanho e 
calibre. 
 Estágio embrionário (da quarta à sétima semana): abrange o surgimento do 
divertículo respiratório até os segmentos broncopulmonares 
 Estágio pseudoglandular (da oitava à 16ª semana): sua denominação deve-se à 
aparência de glândula do pulmão nesse período; há o crescimento dos ductos nos 
segmentos broncopulmonares 
 Estágio canalicular (17ª à 26ª semana): ocorre a formação dos bronquíolos 
respiratórios e o aumento da vascularização 
 Estágio de saco terminal (26ª semana ao nascimento): os sacos alveolares organizam-
se nas extremidades dos bronquíolos respiratórios, e o epitélio dos alvéolos diferencia-
se nos pneumócitos do tipo I e nos pneumócitos do tipo II, responsáveis por secretar 
surfactante (diminui a tensão superficial nos alvéolos, prevenindo a atelectasia- 
colabamento alveolar) 
 ATENÇÃO AOS BEBES PREMATUROS- necessidade de cuidados intensivos, 
administração de surfactante. 
 Estágio pós-natal (do nascimento até os oito anos): há inicialmente um aumento de 
tecido conjuntivo entre os sacos alveolares, mas depois há uma diminuição, favorecendo 
as trocas gasosas. 
TOSSE: é a manifestação principal em muitas doenças respiratórias, e talvez seja a queixa mais 
frequente de crianças que procuram atendimento médico. Os estímulos que causam a tosse podem 
se originar centralmente, como na tosse psicogênica, ou podem estar localizados na via aérea ou 
no parênquima pulmonar. Pode também ser de origem extrapulmonar, como nos casos de irritação 
da pleura, diafragma e pericárdio, ou até mesmo por estimulo do ramo auricular do nervo vago, 
por cera ou corpo estranho no conduto auditivo externo. A tosse é, na verdade, um mecanismo de 
proteção das vias aéreas. Pessoas com problemas neurológicos graves, que apresentam o reflexo 
da tosse reduzido ou mesmo abolido, apresentam infecções de vias aéreas inferiores em maior 
frequência. 
DISPNEIA: dificuldade respiratória referida pelo paciente ou observada ao exame físico. Pode ser 
devida ao aumento da resiste ̂ncia das vias aéreas, à diminuição da elasticidade pulmonar, ao 
aumento do trabalho respiratório e, freqüentemente, à combinação desses fatores. 
 
SIBILANCIA - ruído prolongado de timbre elevado, musical, de intensidade variável, 
frequentemente audível tanto pelo paciente como pelo médico. É mais comum na expiração e 
indica obstrução parcial de um ou mais brônquios grandes. É o som passando por um espaço 
mais estreito do que o habitual. 
 Sibilancia- Por vezes, só é audível após a administração de broncodilatador,particularmente nas obstruções intensas das vias aéreas, e em alguns pacientes com 
tosse crônica. 
 A presença de sibilos está associada com doença reativa das vias aéreas, 
particularmente quando ocorre de forma paroxística 
 O seu desaparecimento, após a administração de broncodilatador, é importante no 
diagnóstico de asma brônquica. 
 
 
 A sibilância súbita surge subitamente sugere a possibilidade de corpo estranho, e deve 
ser cuidadosamente investigada. 
BAQUEAMENTO DIGITAL- é um alargamento focal do tecido conjuntivo das falanges terminais 
dos dedos das mãos e dos pés, observado predominantemente na sua superfície dorsal. Aparece 
em casos de hipóxia crônica ou devido a condição genética. 
 
 
ANAMNESE- 
 A idade do paciente, quando da primeira apresentação, é importante porque as doenças 
respiratórias que se manifestam logo após o nascimento muito provavelmente são 
herdadas ou decorrentes de malformações. Alguns agentes etiológicos causam doenças 
respiratórias em determinadas faixas etárias. Exemplos: infecc ̧ões causadas por 
citomegalovírus são raramente vistas depois de período neonatal. Pneumonias por 
Chlamydia e por estreptococo do grupo B são causadas por exposic ̧ão da criança a esses 
agentes durante o nascimento. O quadro clínico pode diferir, para uma mesma patologia, 
na dependência da idade da criança. Crianças pequenas com pneumonia apresentam 
predominantemente, quadro de insuficiência respiratória, enquanto nas crianças 
maiores predomina o quadro toxêmico. 
 HABITOS DE VIDA- Crianças menores de 2 anos, as que frequentam berçários ou 
creches e aquelas que têm irmãos mais velhos frequentando escola, apresentam seis a 
nove episódios de infecção das vias aéreas superiores ao ano, levando os pais a 
acreditar que seus filhos são portadores de doença crônica. 
 A história da doença deve ser documentada com detalhes, considerando seu início, 
duração, o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram, suas manifestações e 
tratamentos realizados, bem como o impacto que causa no paciente e na família 
 Avaliar intercorrências no pré-natal, tais como infecções ocorridas na mãe ou no feto, a 
duração da gravidez, multiparidade, distúrbios metabólicos e exposição à nicotina ou 
outras drogas, situações essas que podem afetar indiretamente o desenvolvimento dos 
pulmões. O tipo do parto, as condições do recém- nascido ao nascer, o escore de Apgar, 
a ocorrência de asfixia ou algum tipo de desconforto respiratório, aspiração de mecônio, 
necessidade de utilização de oxigênio ou intubação também devem ser averiguados. 
 Muitas doenças do aparelho respiratório em crianças têm um componente genético, 
como, por exemplo, a fibrose cística, asma. 
 Deve-se interrogar se há consanguinidade na família, ou sobre a existência dessas 
patologias entre os familiares do paciente. 
 Antecedente familiar de asma, atopia, tuberculose, enfisema, fibrose cística e infecções 
de repetição necessitam ser excluídos. 
 Pacientes com hipersensibilidade alimentar podem reagir com broncoespasmo, quando 
expostos a alérgenos alimentares, como, por exemplo, o leite de vaca. 
 Devemos obter informações detalhadas sobre as condições habitacionais do paciente. 
Verificar a existência de animais de estimação, como cachorro, gato, pássaros. 
 Ênfase deve ser dada ao quarto da criança. Carpete, tapete, cortinas, bichinhos de 
pelúcia, prateleiras, excesso de móveis no quarto, além do tipo de material utilizado nos 
travesseiros e roupas de cama, podem funcionar como desencadeantes de sensibilização 
ou de crises de asma ou rinite alérgica. 
EXAME FÍSICO: 
Inicialmente, deve-se avaliar o padrão respiratório através da determinação da frequência 
respiratória, do esforço e do ritmo respiratório. 
 A frequência respiratória deve ser avaliada com o paciente em repouso ou 
preferentemente dormindo. 
 Observa-se o número de vezes que há elevação do abdome ou ausculta-se o ruído da 
respiração com auxílio do estetoscópio. 
 A contagem deve ser feita por pelo menos 1 minuto. 
Idade Taquipneia 
< 2 meses ≥ 60 irpm 
2 meses até 
completar 1 ano 
FR ≥ 50 irpm 
1 a 4 anos ≥ 40 irpm 
 
 
 Avaliar se há sinais de aumento do esforço durante o ciclo respiratório. Os sinais que 
apontam para presença de desconforto respiratório são as retrac ̧ões torácicas (tiragem), 
o uso da musculatura acessória da respiração, batimento das asas do nariz. Batimento 
das asas do nariz pode estar presente quando a inspirac ̧ão está muito curta, e é um 
sinal sensível de desconforto respiratório. 
 
 Pausas respiratórias de menos de 6 segundos são comuns em crianças menores de 3 
meses. 
 Respiração periódica do recém-nascido: movimentos respiratórios por 10 a 15 
segundos intercalados por pausa respiratória por 5 a 10 segundos, 3 vezes consecutivas. 
 Esse padrão é comum em recém-nascidos prematuros após o 1º dia até a 44ª semana, 
e, nos a termo, é observado entre a 1ª semana e 2 meses. 
A palpação é útil para confirmar algumas alterações observadas durante a inspeção, tais como 
deformidades torácicas, ausência do músculo peitoral, presença de gânglios anormalmente 
aumentados, e também para detectar alterações da expansibilidade e da transmissão da voz 
através da caixa torácica. 
A percussão é Poucas vezes realizada em Pediatria, devido às pequenas dimensões do tórax da 
criança. 
A ausculta é a parte mais importante do exame físico do tórax, e compreende a audição dos ruídos 
normais e anormais do aparelho respiratório, durante a inspiração e a expiração, e também da 
ressonância vocal. Ruídos respiratórios – o murmúrio vesicular da criança é mais forte e mais rude 
que o do adulto porque a parede do tórax é mais fina na criança. Apresenta-se com reforço na 
região do lobo superior direito e na região da bifurcação da traqueia; e os tempos inspiratório e 
expiratório são iguais. 
 Sopro tubário é o Ruído intenso inspiratório e expiratório, ou somente expiratório, mas sempre 
com expiração prolongada, encontrado nas condensações e cavidades. 
Roncos são ruídos intensos, contínuos, audíveis tanto à inspiração como à expiração, podendo 
desaparecer com a tosse ou inspiração profunda, e traduzem estenose ou secreções em brônquios 
de grande calibre. 
Sibilos são produzidos por edema, secreção ou espasmo da musculatura brônquica, acometendo 
brônquios de pequeno calibre, sendo intensos, agudos e contínuos nas duas fases da respiração. 
Estertores crepitantes são finas bolhas audíveis ao final da inspiração, provocados pelo 
descolamento das paredes alveolares do liquido existente nos alvéolos. Estertores subcrepitantes 
são decorrentes da passagem do ar pelos brônquios ou bronquíolos com as secreções presentes 
nesses locais. São audíveis tanto à inspiração como à expiração e comumente encontrados nos 
quadros de bronquite. 
Corticóide não é xarope!!! 
 O estudo “Oral Corticosteroid Exposure and Adverse Effects in Asthmatic Patients” 
publicado em dezembro de 2018 na revisita Pediatrics concluiu que: 
 A exposição a ≥4 prescrições de corticosteroide oral no ano foi associada a um aumento 
estatisticamente significativo das chances de osteoporose, hipertensão, obesidade, diabetes 
tipo 2, úlceras gastrointestinais e / ou sangramentos, fraturas e catarata. 
 O estudo “Oral Corticosteroid Exposure and Adverse Effects in Asthmatic Patients” 
publicado em dezembro de 2018 na revisita Pediatrics concluiu que: 
 O risco de eventos adversos está relacionado ao número de prescrições independentemente 
da dose ou duração 
Uma criança saudável pode ter até 9 episódios de IVAS no ano. Se cada vez que houver aparição 
de sintomas no sistema respiratório for prescrito corticoide oral, aumentará e muito o risco de 
ç9eventos adversos. Então para o tratamento das infecções das vias aéreas devemos lavar as 
narinas com soro fisiológico e beber bastantelíquido (principalmente água). 
Para aqueles que precisam utilizar corticoides recomenda-se corticoide inalatório, Dose em 
microgramas a fim de causar um menor efeito sistêmico. 
 
Algumas doenças cursam com alterações importantes na consistência das secreções 
produzidas pelas vias aéreas: 
 Fibrose Cística – também chamada mucoviscidose: Doença genética, que envolve o mau 
funcionamento do transporte de sódio e cloro nas membranas celulares é uma doença 
multissistêmica 
Respiratório: muco espesso, que provoca dificuldade respiratória com gravidade variável e 
infecções de repetição 
Digestivo: íleo meconial, bloqueio dos ductos pancreáticos 
Endócrino: diabetes 
 Bronquite Plástica: Doença rara caracterizada, principalmente, pela presença de moldes ou 
cilindros mucofibrinosos que podem obstruir a árvore traqueobrônquica, causando tosse, 
dificuldade respiratória, sibilância e febre 
 
Geralmente ocorre em pacientes com fibrose cística, asma e no pós-operatório de cirurgia cardíaca, 
fazendo parte do diagnóstico diferencial com insuficiência respiratória de início agudo. 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 
ANAMNESE- Quais os pontos importantes para elaborar hipóteses diagnósticas e diagnósticos 
diferenciais para doenças cardiovasculares? 
 
 
 
HISTÓRIA PRÉ-NATAL 
 
 Uso de medicamentos na gestação>: Perguntar sobre uso de medicamentos ou outras 
substâncias que possam ter efeito teratogênico: 
 Hidantoína, carbamazepina, Warfarin, talidomida, ácido retinóico , derivados de lítio, uso 
abusivo de álcool 
 
Prega epicântica: cuidado para não confundir com pessoas de descendência oriental. 
 
Doenças maternas: 
 Diabetes materno: Miocardiopatia hipertrófica, transposição de grandes artérias, CIV 
Insulina insuficiente na circulação materna=> glicemia materna e fetal elevadas=> insulina 
elevada no feto=> a insulina fetal estimula o crescimento de órgãos e tecidos, incluem-se neles o 
miocárdio. 
• Lupus eritematoso sistêmico -> Bloqueio atrioventricular 
• Rubéola -> Estenose periférica de ramos pulmonares 
• Coxsackie -> Miocardite fetal 
• Citomegalovírus -> Miocardite fetal 
HISTÓRIA PERINATAL: 
Na mãe: amniorrexe prematura (“bolsa estoura antes do tempo”), febre, uso de sedativos ou 
anestésicos. CAUSA: Maior risco de sepse e desconforto respiratório => Diagnóstico diferencial 
com cardiopatia. 
Na criança: 
 Cianose 
 Prematuridade 
 Sofrimento fetal 
 Asfixia perinatal 
ATENÇÃO PERGUNTAR SEMPRE SE O BEBE NASCEU NO TEMPO CERTO, A TERMO, E SE AO 
NASCER ELE FICOU JUNTO DA MÃEOU FOI LEVADO PARA INCUBADORA, INFERMARIA OU UTI 
NEONATAL. 
Síndromes genéticas associadas a cardiopatias congênitas: 
 Trissomia do 21- síndrome de Down 
 50% apresentam algum tipo de malformação cardíaca 
 Defeito do septo atrioventricular (DSAV) 
 Comunicação interventricular (CIV) 
 BTetralogia de Fallot 
Trissomia do 18- Síndrome de Edwards E Trissomia do 13- síndrome de Patau 
• Cursam com comprometimento cardíaco, principalmente com a comunicação 
interventricular (CIV) 
• 
Síndrome de EDWARDS: 
 
SINDROME DE TURNER 
 
PODE CAUSAR: 
 Estenose aórtica 
 Miocardiopatia 
 Coarctação da aorta 
HISTORIA FAMILIAR: 
 Cardiopatia prévia na família 
Um irmão e um dos pais ser portador de cardiopatia congênita aumenta o risco na criança 
 Infarto agudo do miocárdio em indivíduos com idade inferior a 50 anos 
Investigação de dislipidemia na família 
Morte súbita 
Associada a doenças genéticas: miocardiopatia hipertrófica, síndrome do QT longo, síndrome de 
Brugada 
 Hipertensão arterial sistêmica em vários familiares 
Monitoração da pressão arterial, principalmente na adolescência. 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR- SINIAS E SINTOMAS 
Considerar a época em que foi notado 
 Recém-nascidos: 
Sopros nas primeiras horas de vida: regurgitação valvar. Sopros após 6 horas de vida: regurgitação 
valvar ou cardiopatias congênitas. Algumas cardiopatias congênitas manifestam-se apenas após 
a queda da resistência vascular pulmonar. 
• Crianças entre 2 e 4 anos: 
Geralmente trata-se de sopro inocente, mas pode ser um caso de cardiopatia estrutural não 
detectada anteriormente. 
Cardiopatia com hiperfluxo pulmonar => cansaço às mamadas, sempre interrompendo o ritimo de 
mamada. Como o bebe esta diminuindo seu temo de mamada , ele ira perder peso e com isso ira 
crescer menos do que o esperado. 
Baixo debito cardíaco + aumento do consumo energético do miocárdio+ baixa ingesta de nutrientes 
= crescimento abaixo do esperado. 
 Cianose: quantidade elevada d hemoglobina não oxigenada no sangue. => coloração azulada 
da pele. 
-Fatores que influenciam a cianose: Anemia, Coloração da pele, Velocidade do fluxo arterial na 
periferia. 
 Periférica ou acrocianose- em geral relacionada a um fenômeno benigno secundário (pode ser pelo 
frio) 
Cianose central 
Notada em: 
• Língua 
• Mucosas 
• Leito ungueal 
 Cianose diferencial: quando há diferença de coloração entre regiões do corpo. 
- Principais causas da cianose: 
• Hipoventilação alveolar 
• Difusão prejudicada 
• Alterações na relação ventilação/perfusão 
• Transporte inadequado de oxigênio pela hemoglobina 
• Shunt direita-esquerda no sistema cardiovascular. 
• Metemoglobinemia: Causa rara de cianose 
• Metemoglobina: Forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio 
Antídoto: azul de metileno. 
Qual a origem da cianose? 
• Administrar oxigênio a 100% durante 15 minutos. (lembrando que o oxigênio no ar 
ambiente apresenta concentração de 21%) 
• Se não houver elevação relevante da Pressão arterial de oxigênio (PaO2) sugere 
cardiopatia congênita 
• Caso a PaO2 se eleve maior probabilidade de a cianose não ser relacionada a 
cardiopatia congênita. 
Por que ocorre cianose nas cardiopatias? 
1) Obstrução do fluxo de sangue venoso sistêmico para os pulmões 
2) Mistura de sangue rico e pobre em oxigênio 
DISPNEIA: 
• Sensação de dificuldade respiratória 
• Pode ser um sinal ou um sintoma 
• Em pediatria é um sintoma subjetivo, muitas vezes relatado pelo acompanhante 
É desencadeada por: 
1)Hiperfluxo pulmonar 
2) Edema intersticial pulmonar 
3) Diminuição da difusão de oxigênio 
4) Hipoxemia 
Caracterização da dispneia: 
 Início 
 Modo de instalação: súbita ou progressiva 
 Frequência 
 Duração 
 Fatores desencadeantes 
 Fatores de alívio 
 Intensidade 
 Fatores associados 
 
 
INTOLRÂNCA AO EXRCÍCIO: Fisiopatologia devido ao baixo debito cardíaco somado ao aumento 
de consumo de energia relacionado à sobrecarga cardíaca. 
• Recém-nascidos: Dificuldade de sucção 
• Lactentes: Dificuldade de sucção e na alimentação 
• Crianças maiores e adolescentes: diminuição da capacidade física para acompanhar 
atividades adequadas à idade 
SINCOPE= LIPOTIMIA OU DESMAIO 
1) Incapacidade de aumentar o débito cardíaco subitamente por obstrução de saída do ventrículo 
esquerdo 
2) Resposta anormal dos tônus vasomotores: não há vasoconstrição para a manutenção adequada 
da pressão sanguínea 
3) Alterações neurológicas, como crises convulsivas 
• Mais comum na adolescência 
• Causas mais comuns: vasovagal ou ortostática 
• Sintomas que precedem: diaforese (transpiração excessiva), náuseas, visão turva 
• Fatores que predispõem: banhos quentes, temperatura ambiente elevada, períodos 
prolongados em pé 
PALPITAÇÃO: Sensação de palpitação, ritmo cardíaco irregular e taquicardia 
• Crianças muito magras podem referir palpitação devido a consciência da frequência e ritmo 
cardíaco normais 
DOR CARDÍACA: 
 Sintoma comum na infância, mas RARAMENTE é de origem cardíaca 
Causas extracardíacas: 
• Pele: lesões inflamatórias 
• Dor músculo- esquelética=> Causa mais frequente! 
• Dor osteocondral 
• Pleurisia = pleurite 
• Pericardite 
• Dor irradiada 
DOR MÚSCULO ESQUELÉTICA: 
• Aguda 
• Localizada na junção costocondral 
• Aumenta durantea inspiração 
• Causas: osteocondrite, mialgia, fratura de costela, síndrome do deslizamento de costela 
Causas cardíacas de dor torácica na infância 
 Cardiopatias adquiridas: pericardite, miocardite, doença de Kawasaki (é uma vasculite) ou 
arritmias. 
Miocardite pode ocorrer após infecções virais que cursam com sintomas respiratórios ou 
gastrointestinais. 
• Obstrução à via de saída do VE 
• Dissecção aórtica 
• Ruptura de aneurisma do seio de valsava 
• Anomalias de artérias coronárias 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR- EXAME FÍSICO 
Em uma visão geral nos devemos analisar o estagio de desnutrição; fácies de sofrimento crônico; 
peso e altura. 
Cardiomegalia -> pode provocar proeminência do tórax esquerdo devido a contração cardíaca 
contra uma caixa costal elástica. 
Pectus carinatum- sindrome de Marfan 
 
Pectus excavatum- prolapso de valva mitral 
 
Tórax assimétrico>: 
 
Ictus cardíaco visível: Sobrecarga de volume do ventrículo esquerdo 
 
Palpação 
 Impulso ventricular 
 Frêmito: indica presença de sopro no mínimo 4+/6+ 
 Bulhas cardíacas 
Pulsos 
 Frequência em repouso 
 Recém-nascido- 125 bpm 
 Lactente- 120 bpm 
 5 a 8 anos- 100 bpm 
 12 a 16 anos -85 bpm 
 Ritmo- extrassístoles ventriculares isoladas são comuns em adolescentes 
 Amplitude- pulso amplo x pulso fino 
 Simetria- coarctação da aorta 
 Variação- oscilações da amplitude em um mesmo local 
 
Pressão Arterial 
 Seleção adequada do manguito Comprimento suficiente para envolver 80 a 100 % do 
membro, sem sobreposição. Largura suficiente para cobrir 2/3 da distância entre o ombro 
e o cotovelo. 
 Ambiente tranquilo 
 Criança quieta e cooperativa 
 Manguito pequeno: Valores artificialmente elevados 
 Manguito maior: Valores menores que a realidade 
Ausculta 
 Ambiente silencioso 
 Paciente em mais de uma posição: os ruídos cardíacos alteram ou são mais fáceis de 
auscultar em determinadas posturas 
B1: Fechamento das valvas mitral e tricúspede 
B2: Fechamento das valvas semilunares, mais audível na borda esternal esquerda alta. Durante 
a inspiração há uma diferença de 0,05 segundo entre os componentes aórtico e pulmonar da 
segunda bulha. 
B3: Enchimento rápido ventricular, Ritmo de galope. Pode ser audível em crianças não 
cardiopatias, mas não é comum. Observada em disfunções miocárdicas e sobrecargas 
volumétricas. Mais audível com a campânula do estetoscópio. 
 
B4: Contração atrial na diástole final, mais audível com a campânula, produz ritmo de galope, 
Diminuição da complacência do ventrículo direito. 
Estalido de abertura: 
 Ruído de alta frequência associado à estenose mitral 
Clicks: 
 Ruídos curtos, agudos, de alta frequência, mais audíveis com o paciente sentado ou em pé 
Sopros 
 As crianças têm a parede torácica fina- o som do sopro dispersa facilmente 
 grau 1: audível apenas com ausculta cuidadosa 
 grau 2: sopro discreto, porém facilmente audível 
 grau 3: sopro moderado, porém sem frêmito 
 grau 4: sopro intenso, acompanhado de frêmito 
 grau 5: sopro intenso, detectado com o estetoscópio tocando levemente o tórax 
 grau 6: sopro intenso, detectado mesmo sem o estetoscópio estar tocando totalmente o tórax 
 Classificação em relação ao tempo 
 Sistólico 
 Diastólico 
 Contínuo 
 Observar Localização e irradiação 
Sopro inocente 
 
 • São mais facilmente audíveis nos estados circulatórios hipercinéticos (febre, anemia) 
 • São em geral sistólicos e raramente contínuos 
 • Nunca são diastólicos 
 • Têm curta duração e baixa intensidade (graus I a III) 
 • Não se associam a frêmito ou ruídos acessórios (estalidos, cliques) 
 • Localizam-se em uma área pequena e bem definida, sem irradiação 
 • As bulhas são sempre normais 
 • Associam-se com radiografia de tórax e eletrocardiograma normais 
Sopro de Still 
 É o sopro inocente mais frequente, detectado em 75 a 85% das crianças em idade escolar, 
sendo raramente encontrado em lactentes. 
 É melhor detectado na borda esternal esquerda média ou entre a borda esternal baixa e o 
apêndice xifoide, na posição supina, e ocorre no começo da sístole. Tem características 
vibratórias, musicais, de baixa intensidade, e nunca é rude. 
 Pode desaparecer com a pressão do aparelho sobre o tórax, e a intensidade diminui com a 
posição de pé. O diagnóstico diferencial é com CIV de pequeno diâmetro, miocardiopatia 
hipertrófica e estenose subaórtica discreta, cujos sopros são de maior intensidade, não se 
alteram com a mudança de posição e podem estar associados a frêmito. 
Ausculta pulmonar 
Cardiopatias que aumentam o fluxo sanguíneo pulmonar podem cursar com estertores creptantes 
ou sibilos expiratórios. 
Palpação abdominal 
Hepatomegalia- elevação da pressão venosa central. 
Baqueteamento digital 
Secundário à hipoxemia crônica 
Pode ser de origem genética 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
RECORDANDO A FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGSTÓRIO: 
 Esôfago: conecta a boca ao estomago 
Peristalse primária: induzida pela deglutição 
Peristalse secundária: estimulada pela distensão da parede do esôfago. 
Normalmente a gente só tem a peristalse primaria. 
Esfíncter esofagiano e refluxo: 
Inferior: faz a comunicação do esôfago com o estomago, ele fica contraído para evitar que o 
conteúdo gástrico volte para o esôfago. 
O refluxo esofágico tanto na criança quanto em adultos, s da devido ao relaxamento desse esfíncter 
esofagiano inferior. 
 Deglutição: 
Deglutição própria do lactnte pequeno ou pré-eruptiva: a secreção de forma coordenada dá 
seguimento à deglutição com o uso dos músculos faciais. É a forma de como o bebe engole antes 
de ter os dentes 
Deglutição do adulto ou pós-eruptiva: independente da sucção e se evidencia após a erupção do 
dente ou aparecimento da mastigação consequente ao amadurecimento do sistema nervoso 
central. 
Um bebe que sta em deglutição pré eruptiva não pode dar angu com feijão, mingau ... ele não sta 
apto para deglutir esse tipo de alimentação. Ele so consegue deglutir líquidos. 
 Estômago: armazena os alimentos, promove o processo de fragmentação, processo de 
digestão e transfere os alimentos para o duodeno. A medida que o alimento vai sendo 
deglutida, a musculatura lisa o estomago relaxa , adequando a capacidade do órgão ao seu 
conteúdo. Por isso qu quando a pessoa come muito o estomago vai realmente dilatando, ele 
tem essa capacidade de se moldar. Outra coisa importante é que o tempo de esvaziamento 
gástrico é variável independente de ser criança, adulto ou idoso. Cada um ente fome em um 
determinado tempo, isso tudo é variável. ´individual, não tem padrão. 
 Intestino delgado: ele vai se dividir em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. A digestão 
tem seu inicio na amilase salivar, ela começa a boca, continua no estomago com a secreção 
gástrica e a grande absorção de nutrientes ocorre no intestino delgado. 
Síndrome do intestino curto, algumas crianças tem essa síndrome..não é tão comum. Ela é 
consequente de uma malformação do intestino e ai a criança precisa retira-lo e ai da problemas d 
má absorção, desnutrição, atraso no crescimento e desenvolvimento somado às hospitalizações 
prolongadas. 
 Intestino grosso: é muito comum que crianças tenham queixas de constipação, fezes muito 
duras, ressecadas que provocam dor na hora da evacuação. A primeira coisa que devemos 
avaliar em um paciente com queixa de constipação é avaliar a agua, a quantidade de agua 
que ele esta ingerindo. 
Absorção de agua , formação das fezes... 
 Fígado: Faz a síntese de albumina, de fatores de coagulação, atua no suprimento de 
carboidratos de proteínas, armazena nutrientes e isso pode ser insuficiente nos dois 
primeiros anos de vida de quem nasceu prematuro, por isso que a suplementação de 
vitaminas de um pré-maturo é diferente da criança que nasceu a terma. O fígado participa 
do sistema reticulo endotelial e do metabolismo dos fármacos toxinas.Por isso qu muitos 
medicamentos que são utilizados em adultos não podem ser usados por crianças por conta 
da imaturidade do fígado. O fígado da criança tem mais dificuldade de metabolizar alguns 
medicamentos. 
PERGUNTAS GERAIS: anamnese normal- identificação – questão do peso, alimentação, apetite , 
emagrecimento e febre. Histórico de alimentação pregressa e atual principalmente no primeiro ano 
de vida. A partir dos três meses de idade a gente inicia a suplementação e ferro. Quem toma leite 
de vaca muito cedo, corre mais riscos de desenvolver alergias. Condições de saneamento básico. 
SINAIS E SINTOMAS: 
REGURGITAÇÃO: retorno passivo, em esforço, do alimento ou secreções do estômago à boca, sem 
náuseas e sem a participação dos músculos abdominais. Acontece as vezs que tomamos muito 
liquido, muito refrigerante... o bebe tem muito isso devido à incompetência d seu esfíncter 
esofagiano inferior. 
VOMITO: expulsão violenta do conteúdo gástrico pela boca, que pode ser precedida de náuseas, 
palidez, taquicardia, taquipneia ,sudorese e sialorreia. Porque o vomito ele tm uma preparação, é 
um esforço ativo do estomago para expulsar aquele conteúdo, tem uma movimentação e ai vai 
precisar de mais sangue no sistema digestivo, por isso que quando a pessoa vai vomitar ela tem 
essa palidez, porque o sangue que esta na periferia vai para a parte central a fim de fazer 
movimento de vômito. 
*atenção ao estímulo vagal que pode provocar vomito, colocar dedo na garganta, escova de dets, 
momento de intubação... 
Investigação de vômitos e regurgitações: 
- Frequência: se a ocorrência é diária, número de vezes durante o dia 
-Época de início: nos primeiros dias de vida ou após quantas semanas messes ou anos de vida... 
-Relação com o tipo de alimentação- com aleitamento materno, opôs a introdução de qual tio de 
formula infantil, após introdução de comida. 
-Seletividade – se sua ocorrência esta associada à alimentação líquidos, pastososou sólidos, 
presença de sintomas associados (febre,diarreia, cólica..) 
-Relação com a alimentação: se independente da alimentação, se no momento. 
DISFAGIA OROFARÍNGEA: dificuldade ou até incapacidade para deglutir alimentos. 
DISFAGIA ESOFÁGICA: dificuldade no transito alimentar pelo esôfago 
ODINOFAGIA: dor que segue com a ingestão de alimentos , que pode ocorrer isoladamente ou, 
mais frequente, associada à disfagia. 
PIROSE: sensação de azia ou queimação de localização geralmente retroesternal, ao nível do 
apêndice xifoide, podendo refletir para o epigástrio, para ambos os lados do tórax. Localizada bem 
na região onde está terminando o esófago. 
AEROFAGIA: é a deglutição de grande quantidade de ar. A eructação (arroto) ocorre com 
consequência de excesso de ingestão de ar durante as refeições ou devido à ansiedade. Contribui 
com o refluxo. 
Engolir o ar pode provocar consequências ruins principalmente no bebe, porque ele vai ficar com 
o estomago distendido por conta de engolir ar. Por isso que para dar a mamadeira não pode dar 
com ela deitada de modo que fique metade ar metade liquido na porção de seu bico, deve-se 
inclinar a mamadeira para que o bebe mame somente o leite. 
SOLUÇO: contração do diafragma sozinha sem que haja a necessidade. Causas patológicas- 
hérnia hiatal, megaesôfago, doenças do sistema nervoso central, irritações do nervo frêmito. 
 
SIALORREIA, SIALOSE OU PTIALISMO: produção de saliva, que ocorre nas doenças de esôfago do 
tipo obstrutiva e também na fase em que os dentes dos bebes estão nascendo. 
HEMATEMISE OU VOMITO COM SANGUE: eliminação de sangue vivo ou em borra de sangue ( o 
sangue mais digerido), caracterizado pela hemorragia digestiva alta, cuja sede do sangramento se 
localiza desde a boca até o ângulo de Treitz. 
 
Sintoma frequente em pediatria, seguido de resfriado. 
 
Quando a dor tem origem exclusiva no intestino, sem que haja participação peritoneal, sua 
localização é em geral imprecisa, sendo indicada pelo paciente em região próxima à umbilical. 
Quando há peritonite generalizada a dor é difusa em todo o abdome. Deve-se olevar em conta que 
muitas vezs, a criança não é capz de precisar o local da dor e apontar o local da doe em todo o 
abdome. 
Irradiação: a dor pode ser por distensão das paredes do intestino ou por contração da sua 
musculatura quando muito intenssa é irradiada para o dorso. A dor da peritonite restrita no 
quadrante inferor direitoou esquedo pode irradiar-se para a base da coxa, independente da 
intensidade do estímulo doloroso. 
 
 
 
 
 
É a dor que a criança tem que não tem uma causa orgânica específica, mas é uma dor real. Análoga 
à cefaleia tensional. Quando a criança esta passando por uma situação adversa ela vai sentir essa 
dor abdominal funcional. 
 
 
Pode ter alteração digestiva, onde a criança vai achar que a digestão dela não está sendo bem feita 
 
 
ELIMINAÇÃO DE SANGUE: 
 Melena: fezes pretas, viscosas, aderentes e fétidas 
 Enterorragia sangue puro saindo do anus 
 Hematoquezia fezes misturadas com sangue vivo 
HABITO INTESTINAL: 
 Frequência: 
1° semana de vida e uma a 9 evacuações por dia 
 Formato: escala de fezes 
 
Tipo 1 e 2 significam que tem pouca agua nas fezes. 
OUTRAS INFORMAÇÕES: 
 Dor 
 Desconforto 
 Dificuldade na passagem das fezes 
 Sensação de esvaziamento retal incompleto 
 Prolapso retal 
 Fezes gordurosas que boiam no vaso 
 Fezes que frequentemente entopem o vaso sanitário 
 Sangramento 
Lactentes em aleitamento materno exclusivo: 
 Pseudo diarreia do lactente: evacuações amolecidas e sem forma, varias vezes ao dia sem 
pera de peso. É o padrão normal dessa criança , compatível com a sua idade. 
 Pseudo constipação do lactente: criança fica com um intervalo maior variando de 3 a 10 
dias sem dificuldade de eliminação. Isso é normal para bebe devido à grande absorção a 
formação de fezes demora mais. 
NÃO PODE TER DIFICULDADE NA EVACUAÇÃO. SEM PERDA DE PESO. PARA LACTENTES= 
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO. 
DISQUEZIA DO LACTNTE : 
Esforço, gemidos e vermelhidão na face 10 a 20 minutos antes de evacuar, ante da eliminação de 
fezes amolecidas. Provavelmente é secundara à incodenação entre o aumento da pressão 
abdominal e o relaxamento pélvico necessário para que ocorra a evacuação. Não há intervenção 
além da tranquilização da família 
CONSTIPAÇÃO: 
 AGUDA: comum em pós operatório 
 CRONICA: 
DIARRIA: eliminação de fezes liquidas , três ou mais vezes ao dia. 
OUTRAS ALTERAÇÕES: 
 Comportamento de retenção: atitudes que criança adota para evitar a evacuação. 
Escape fecal: perda involuntária de conteúdo fecal consequente à retenção de fezes o reto. 
Encoprese: evacuação em local ou momento inapropriados –origem psiquiátrica 
Incontinência fecal: falta de controle esfincteriano. 
Cólica do lactente: 
Simeicona –não funciona só o goto doce que acalma a criança depois que passa o gosto a criança 
volta a chorar. 
Colic-calm – composto homeopático importado usado na ora da dor- em torno de 100 reais 
Colickids- tbm é importado custa m torno de 120 reais, reduz a cólica do lactente, mas pode ser 
substituído pelo lactobacilos reutetti 100MLH para cada 5 gotas – forma manipulada fica mais ou 
menos 40 reais. Forma a flora no intestino e após 10 dias vemos a redução da cólica 
Exame físico: 
Primeiro vamos analisar o estado geral : pele mucosa desnutrição 
Icterícia 
A ordem do exame abdominal tm que ser seguida 
Inspeção : forma e volume 
 Abdome globoso: predomínio do diâmetro anteroposterior sobre o transversal, o abdome 
dos bebes são assim. 
 Abdome em batráqueo: predomínio do diâmetro transversal sobre o anteroposterior. 
Semelhante a um sapo. – relacionaod à hepatomegalia. 
 Abdome em avental: obesidade 
 Abdome retraído ou escavado: parede abdominal retraída, com formato escavado –
relacionado à desnutrição. 
 Abdome pendular:pretrusão da porção inferior da parede 
 Abdome plano 
ABAULAMENTO LOCALIZADO: 
 Distensão dos seguimentos digestório do tubo digestivo 
 Visceromgalias acentuadas 
 Tumores 
 Hérnias 
 
CICATRIZ UMBILICAL: 
 Mediana 
 Simétrica 
 Com depressão circular ou linear. 
COTO UMBILICAL: 
 Após o nascimento, o coto umbilical começa a secar e ficar branco-azulado. 
 Em seguida começa a escurecer e seca mais até cair 
 Até o 15° dia de vida ocorre a queda do coto umbilical. 
GRANULOMA UMBILICAL: 
 Defeito de cicatrização 
 Formação de um broto de tecido de granulação que se ergue do fundo da cicatriz umbilical 
 Vermelha, o aspecto úmido e há presença de secreção serosa ou sanguinolenta 
 Tratamento uso de solução salina. 
 
ONFALITE: 
 Infecção da pele e tecidos moles do umbigo regiões circundantes. 
 Se não for tratada, pode atingir uma maior área da parede abdominal e os tecidos mais 
profundos ou causar sepse. 
 Tratamento – antibioticoterapia. 
 
CATETERISMO UMBILICAL: Um procedimento muito utilizado em neonatologia para obter acesso 
venoso no RN na sala de parto, quando necessárias manobras de reanimação ou para 
procedimentos específicos. 
ONFALOCELE: defeito da parede abdominal, na inserção do cordão umbilical, com herniação de 
órgãos abdominais. É associada à anomalias cromossômicas. O intestino entra no lugar do cordão 
umbilical. 
 
GASTROQUISE: defeito total na espessura da parede abdominal, de localização paraumbilical, 
associado a evisceração do intestino fetal. Não está associada a outras malformações fora do trato 
gastrointestinal.É para umbilical, diferente da onfalocele. Relacionada à mães jovens ou velhas 
demais. Muito relacionado à síndrome do intestino curto. 
AUSCULTA: ausculta-se sempre nos quatro quadrantes, um mínimo de 15 segundos em cada um. 
O som auscultado é denominado d ruídos peristálticos ou hidroaéreos. O normal é escutar 5 
ruídos por minuto, ou no mínimo 1 a cada 2 minutos. 
PERCUSSÃO: inicia-se a percussão na fossa ilíaca direita. Para realizar a percussão do abdome, 
o examinador deve estar do lado direito do paciente, com a mão esquerda espalmada, 
delicadamente, sobre a parede abdominal, mantendo o dedos afastados um do outro. A percussão 
é feita com o dedo médio ou indicador da mão direita sobre os dedos da mão esquerda, exceto o 
polegar. O colón sigmoide é a porção do intestino grosso mais acessível à percussão, porque está 
próximo à parede abdominal. Quando há presença de fecaloma, pode-se pela percussão , definir 
sua extensão pela transição entre o som maciço – corresponde à impactação fecal e o som 
timpânico – consequente à distensão colônicaa montante pelo acumulo de gases. Som timpânico= 
ar. 
PERCUSSÃO DO BAÇO: o baço normal não produz maciez em sua área de projeção na parede 
abdominal. O baço patologicamente aumentado produz maciez no espaço de traube. 
 
Palpação : sempre que possível tentar conversar com a criança e observar facies enquanto é feita 
palpação. A mão espalmada, uma só mão ou ambas as mãos, sobre a parede anterior do abdome 
e os dedos ligeiramente fletidos movimentam-se à medida que a palpação se aprofunda. O paciente 
deve respirar calmamente aproveitando-se a fase expiratória, que diminui a tensão do abdome 
para a palpação profunda. A palpação incial avalia a tensão da parede abdominal: com as pontas 
dos deds, dois a três abalos são realizados em cada uma das regiões da parede abdominal. 
A contração do abdome pode ser generalizada ou localizada. A contratura é conhecida como 
abdome em tábua. A contratura localizada situa-se, por exemplo, na foss ilíaca direita na 
apendicite aguda e no flanco direito na colecistite aguda. 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL: tem como objetivo avaliar as alterações da pele, tecido celular 
subcutânea, a sensibilidade, a temperatura e a continuidade da parede abdominal. 
 
SINAL DE BLUMBERG: a cmprssão lenta da parede abdominal no ponto apendicular seguida por dscompressão busca 
provocar dor no momento da descompressão quando o peritôeo esta inflamado. 
 
 
 
SISTEMA GENITURINÁRIO: 
 Cerca de 1.200 ml de sangue passam pelos rins a cada minuto 
 Todo o sangue do corpo é filtrado pelos rins 60 vezes por dia. 
 Muito pouco de todo esse sangue supre as necessidades nutritivas dos rins. Esse grande 
fluxo sanguíneo torna possível a manutenção da homeostasia do organismo 
FUNÇÕES ESSENCIAIS DOS RINS: 
Equilíbrio: 
 Hídrico 
 Eletrolítico 
 Ácido - básico 
 Função reguladora hormonal 
 Excreção de catabólitos 
ANAMNESE: 
Gestação parto e nascimento: Pré-natal: 
 Malformações estruturais do rim ou do trato urinário fetal são frequentemente reveladas 
através do ultrassom materno 
 Atualmente é o meio mais comum de levantar suspeitas de alterações que necessitem 
encaminhamento dessas crianças para o nefrologista ou urologista pediátrico 
PRÍODO NEONATAL: 
 As malformações do trato urinário estão relacionadas ao maior risco de óbito neonatal, 
principalmente quando ocorrem lesões bilaterais ou associadas a oligoidrâmnio (diminuição 
de líquido amniótico) 
Número de vasos umbilicais: a artéria umbilical única está associada com anormalidade renal 
em 30% dos casos, sendo a aplasia, a hipoplasia e a extrofia de bexiga exemplos dessa 
anormalidade. 
 Uso de cateteres umbilicais: pode estar associado com trombose arterial e renal, que se 
caracteriza por hematúria, aumento do tamanho dos rins e insuficiência renal. 
 Diurese após o nascimento: cerca de 90% dos recém-nascidos apresentam diurese dentro 
das primeiras 24 horas de nascimento. Após esse período, se persistirem sem diurese, 
devemos sempre investigar a presença de patologias renais. 
Antecedentes pessoais familiares: 
 Perguntas sobre os genitores, familiares portadores de anomalias congênitas ou doenças 
em que se suspeite de um componente genético 
 Algumas doenças, como as litíases renais, nefrites hereditárias (síndrome de Alport), 
síndrome nefrótica congênita, doença renal policística e o refluxo vésico-ureteral primário 
são exemplos de patologias renais com características familiares. 
Informações importantes na anamnese: 
 O reaparecimento de enurese em uma criança que já  controla a bexiga, com surgimento 
de fadiga, palidez e retardo de crescimento, pode significar provável presença de 
insuficiência renal crônica 
 O surgimento de hematúria em uma criança em idade escolar pode ser devido a 
glomerulonefrite difusa aguda. Nesses casos, devemos sempre pesquisar a presença de 
infecção prévia (amigdalite ou piodermite) 
 As idades de aquisição do controle vesical diurno e noturno devem ser investigadas e 
documentadas. A história de hematúria ou quadro sugerindo infecção urinaria pode ser 
relevante para o problema renal atual. 
 Na perda crônica de sal das tubulopatias e na doença renal crônica, observa-se 
costumeiramente um aumento do apetite por sal, em detrimento de alimentos doces. 
SINAIS E SINTOMAS: 
 Doenças renais graves podem estar presentes sem nenhuma sintomatologia, ou 
estar associadas com sinais e sintomas não diretamente relacionados com o trato 
urinário, como o atraso de crescimento e a presença de deformidades 
esqueléticas 
INFECÇÃO NO TRATO URINÁRIO: A ITU apresenta uma maior incidência no sexo 
masculino durante o período neonatal. Após os primeiros meses de vida, torna-se muito 
mais frequente no sexo feminino. Recém-nascidos e lactentes podem apresentar apenas 
sinais inespecíficos: icterícia, perda de peso, vômito, diarreia. A partir do 2º ano de vida, 
ou, mais especificamente, a partir do momento em que ocorre o controle esfincteriano 
vesical, as infecções urinarias serão sintomáticas, com enurese, dor suprapúbica, 
urgência miccional, disúria e polaciúria, além da febre. 
HEMATÚRIA: A hematúria pode ser macro ou microscópica. 
Quando a urina assume coloração diferente da normal, variando dovermelho vivo ao 
marrom, diz-se que a hematúria é macroscópica. 
Todos os casos com suspeita de hematúria devem ser submetidos a exame de urina para 
confirmação diagnóstica. 
CONTROLE VESICAL: 
 O controle vesical durante o dia geralmente se estabelece por volta do 2º ou 3º ano 
de vida e, à noite, cerca de 12 a 18 meses mais tarde. 
 Crianças que permanecem secas durante o dia podem eventualmente ter um 
“acidente”, quando agitadas ou ansiosas. 
 Existe uma parcela da população infantil que apresenta enurese noturna (“xixi na 
cama”) até 5 anos de idade, sem que tenha qualquer significado patológico. 
 Oligúria: existe quando a eliminação urinária diária é menor que 300 mL/m²/24 
horas, ou menor que 0,5 ml/ kg/hora nas crianças e 1,0mL/kg/hora nos neonatos 
 Anúria: diurese inferior a 50 mL/24 horas 
 Poliúria e polidipsia: distúrbios renais associados com poliúria incluem o diabetes 
mellitus e o diabetes insipidus (nefrogênico ou central), e alguns tipos de 
insuficiência renal, especialmente no período neonatal 
 Estrangúria: eliminação lenta e dolorosa da urina, em consequência de espasmo 
uretral ou vesical 
 Polaciúria: é a micção frequente, em pequenos volumes. Considera-se normal nos 
2 primeiros anos de vida e, após essa faixa etária, suas causas em geral são as 
mesmas da disúria. 
 Disúria: é a dificuldade de micção ou emissão dolorosa e difícil da urina 
 Nictúria: significa maior eliminação de urina durante a noite que durante o dia. 
Em geral dois terços de urina são eliminados durante o dia e um terço à noite. O 
surgimento de nictúria pode significar a dificuldade em concentrar a urina, como 
ocorre na insuficiência renal. 
CAUSAS DA OLOGO-ANÚRIA: 
 Pré -renais: quaisquer processos que provoquem diminuição da pressão sanguínea 
no interior do glomérulo, reduzindo a taxa de filtração, tais como hipotensão 
arterial, desidratação etc. 
 Renais: quando existe lesão do parênquima renal (GNDA, síndrome nefrótica, 
síndrome hemolítico-urêmica etc.) 
 Pós-renais: obstrução mecânica ou funcional das vias urinárias, principalmente 
por cálculos, tumores, síndrome de lise tumoral ou malformações congênitas. 
RETARDO DE CRESCIMENTO NA DOENÇA RENAL: 
 Ingestão calórica inadequada 
 Alteração do metabolismo de proteínas, de carboidratos e de gorduras 
 Acidose metabólica 
 Distúrbios hidroeletrolíticos 
 Alterações no metabolismo e do hormônio de crescimento, do paratormônio, da 
vitamina D e da eritropoietina 
EDEMA: 
 Acúmulo anormal de líquidos no tecido intersticial, é característico de condições 
onde ocorra alteração da pressão hidrostática ou da pressão oncótica dos tecidos 
 Antes de ser notado, o edema é precedido por ganho de peso, e, frequentemente, é 
o único sinal externo de doença renal. 
 Mudanças na quantidade do edema podem ser avaliadas através da pesagem do 
paciente 
 O edema de origem renal é simétrico. 
 Edemas unilaterais de extremidades indicam trombose venosa ou edema linfático. 
 Os sintomas acompanhantes servem para elucidar o diagnóstico diferencial entre o 
edema renal e outras etiologias, principalmente com o edema de origem cardíaca e 
hepática. 
 No edema renal, geralmente não há dispneia, a não ser que haja restrição 
respiratória pela ascite volumosa e/ou intensa hipervolemia. 
EXAME DO EDEMA: 
 Inspeção: a região edemaciada encontra-se pálida, hipotérmica, tumefeita e tensa. 
 Os relevos e depressões ósseas estão apagados, assim como as dobras cutâneas. 
 Palpação: a palpação firme deve ser empregada na caracterização do edema 
maleolar (tornozelos), tibial ou sacral; o dedo do examinador deve ser pressionado 
no local por alguns segundos, para assegurar que o líquido de edema subjacente 
seja deslocado, dando lugar ao aparecimento de uma depressão transitória 
comumente chamada sinal do cacifo ou do godê, que é característico de edema mole 
como o encontrado nas doenças renais. 
 Edemas duros, não depressíveis (sinal do godê negativo), são encontrados no 
mixedema, na inflamac ̧ão crônica e na estase venosa crônica. 
PRESSÃO ARTERIAL: 
 É recomendável medir a pressão arterial em toda criança com idade superior a 3 
anos 
 Manguito adequado 
 Comprimento suficiente para envolver 80 a 100 % do membro, sem sobreposição. 
 Largura suficiente para cobrir 2/3 da distância entre o ombro e o cotovelo. 
EXAME FÍSICO NA DOENÇA RENAL: 
 Avaliação do estado geral da criança (grau de comprometimento), se há quadro de 
choque ou falência circulatória, se a respiração é adequada, qual o nível de 
consciência e se a criança está sentindo dor. 
 O humor da criança deve ser avaliado: se está feliz ou tristonha, alerta e lúcida ou 
sonolenta e obnubilada. 
 O estado de cuidado da criança deve ser verificado (se a criança está limpa, bem 
cuidada ou maltratada, sem higiene adequada). 
 A inspeção das mucosas, conjuntivas e leito ungueal pode mostrar evidências de 
anemia. Outros quadros sugerindo doença renal crônica são baixa estatura e 
deformidades esqueléticas 
 A avaliação adequada do estado nutricional requer que as medidas de peso e 
estatura sejam interpretadas nas curvas de crescimento 
 O exame da pele pode revelar manchas “café-com-leite” que estão presentes na 
neurofibromatose, doença que pode estar associada com estenose de artéria renal e 
hipertensão arterial. 
 Presença de 6 ou mais manchas café-com-leite com tamanho maior que 1,5cm 
 
 FUNDO DE OLHO: O exame de fundo de olho pode revelar o grau de 
comprometimento vascular da hipertensão arterial, como a presença de 
estreitamento arteriolar, hemorragias, exsudatos e edema de papila. 
 PAVILHÃO AURICULAR: As deformidades do pavilhão auricular podem estar 
associadas com anomalias renais. Apêndices auriculares e fistulas branquiais fazem 
parte do quadro clinico da síndrome brânquio-oto-renal 
SÍNDROME BRANQUIO-OTO-RENAL: 
 1-)Hipoacusia condutiva , sensoneural ou mista 
 2-) Fossetas pré–auriculares 
 3-) Defeitos estruturais na orelha externa, média e interna; 
 4-) Fístulas ou cistos branquiais; 
 5-) Anormalidades renais, desde hipoplasia até degeneração renal bilateral 
 
EXAME DO ABDOME: 
 A diferença entre ascite e massa abdominal não é difícil, a menos que ambas estejam 
presentes. 
 Os sinais clínicos de onda líquida, macicez móvel e a fácil depressão do abdome 
servem para confirmar a presença de ascite. 
PALPAÇÃO DE MASSA ABDOMINAL: 
 Uma massa suprapúbica, na linha mediana, numa criança pré-púbere, com 
freqüência representa uma bexiga distendida. 
 Aumento da bexiga pode significar obstrução intrínseca da uretra, incluindo 
obstrução neurogênica ou, ainda, válvula de uretra posterior (em meninos), porém 
mais frequ ̈entemente resulta da relutância ou inabilidade da crianç̧a em urinar por 
causa de dor, medo, estranheza de um novo ambiente ou depressão do sensório. 
 O tumor de Wilms, tumor renal maligno mais frequente na infância, apresenta-se 
como uma massa volumosa que ocupa uma das lojas renais, com superfície lisa ou 
com grandes lobulações. 
 O tumor de Wilms não ultrapassa a linha média. 
SISTEMA NEUROLÓGICO; 
ANAMNESE: 
A forma de instalação e a evolução da doença frequentemente fornecem pistas importantes 
para o diagnóstico. Com relação à forma de instalação, as doenças podem ser 
categorizadas como de instalação: 
 Súbita 
 Aguda 
 Insidiosa. 
Deve-se proceder sempre a uma revisão cuidadosa da história do desenvolvimento 
neurológico, com o objetivo de determinar se a criança era normal até o início da doença 
atual ou se já apresentava algum tipo de comprometimento. 
 Gestação, parto e nascimento: 
 A revisão dos eventos perinatais é importante. 
 Muitas crianças que posteriormente apresentam atraso no desenvolvimento tiveram 
problemas alimentares, sobretudo regurgitação e cólicas excessivas, ou necessidade 
de mudança frequente de fórmulas lácteas. 
 História de problemas de sono

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