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Distúrbios do sistema urinário (resumo)

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Distúrbios do sistema urinário 
Introdução – função: 
• Excreção de dejetos metabólicos 
• Filtração sanguínea 
• Regulação do volume e composição do líquido extracelular (LEC) 
• Manutenção do equilíbrio acidobásico e da pressão sanguínea 
• Produção de hormônios 
Introdução – funcionalidade: a urina é formada no interior dos rins, em uma região conhecida 
como néfrons. Nos néfrons tem a cápsula de Bowman, dentro da cápsula tem os glomérulos e 
é onde ocorre a filtração. Ligado a cápsula, existe um longo tubo divido em três partes: túbulo 
proximal, alça de Henle e túbulo distal. O duto coletor é importante para fazer a concentração 
de urina. 
Filtração 
• Ocorre no interior da cápsula de Bowman, ou seja, nos glomérulos 
o Filtração do sangue 
Reabsorção 
• Algumas substâncias do filtrado são reabsorvidas para o sangue 
• Ocorre no túbulo contorcido proximal 
o Reabsorção de 100% glicose, aminoácidos e vitaminas, reabsorção de parte do 
Na, Cl e água 
• Ocorre na alça de Henle 
o Tem como função principal reabsorver água – parte descendente 
o Reabsorção de Na e Cl – parte ascendente 
o Importante para manter a homeostase 
• Ocorre no túbulo contorcido distal 
o Reabsorve um pouco de água, Na e Cl, K 
o Tem grande importância na regulação da quantidade de K e Na 
• Na absorção – sangue para néfron; na reabsorção – sangue para néfron para sangue 
novamente 
Excreção 
• Ocorre no duto coletor 
o Eliminação de água e ureia – a urina é formada principalmente de água, ureia 
e creatinina, além de outros sais minerais 
 
Doenças do trato urinário inferior 
 Urolitíase em cães – definição: 
São concreções que são causadas por cristaloides e matéria orgânica, e podem ser fisiológicos, 
patológicos quando são criados em excesso/alteração fisiológica do animal, ou congênitos 
adquiridos. 
Urolitíase em cães – etiologia: 
A supersaturação da urina com sais, combinada a um alto aporte de minerais e proteínas na 
dieta é um dos fatores primários para formação de cálculos. E consumo reduzido de água. 
Concentração alta de sais na urina. 
Diminuição da frequência de micção podem favorecer a formação de cristais e cálculos, pois a 
precipitação de cristais ocorre quando a urina torna-se supersaturada. A diminuição causa 
retenção urinária de sais e cristais. 
pH urinário favorece a cristalização. Existem cristais que se formam na urina ácida ou básica; 
quanto mais proteína mais ácida é a urina. 
A presença de matriz orgânica (núcleo) é precondição para formação de urólitos, atuando 
como nidus sobre o qual ocorre a deposição de cristais que crescem e formam urólitos. O 
nidus poderia ser qualquer coisa, como um coágulo, proteína, debris celulares, etc. 
A cristalúria é a consequência da supersaturação da urina com substâncias, em geral minerais, 
ou redução da solubilidade dos cristais (pH). 
Anormalidades congênitas. 
Medicamentos (diuréticos, cortisona, suplementos minerais). 
ITU – bactérias produtoras de uréases. 
Redução do fluxo dos cristais pelo trato urinário é a consequência da aderência dos cristais a 
mucosa, corpos estranhos (ex.: sutura) e atonia vesical. 
Urolitíase em cães – composição dos urólitos e predisposição: 
• Estruvita (fosfato amoníaco magnesiano) 55.4% 
Ocorre mais em cadelas do que em cães machos. 
Geralmente são maiores do que os de oxalato de cálcio. 
Tem formato liso. 
Em cães, ao contrário dos gatos, a maioria dos cálculos de estruvita é induzida por infecção. 
Schnauzer, Pug, Poodle, Beagle, Teckel. 
• Oxalato de cálcio 27.5% 
Mais comuns em cães machos, idosos e castrados. 
Raças pequenas como Bichon Frise, Schnauzer Miniatura, Lula da Pomerânia, Maltês e 
Yorkshire. 
• Uratos (ácido úrico e urato de amônia) 6.6% 
Maior frequência em machos. 
Dálmatas, Bulldog ingleses, Schnauzers Miniatura, Yorkshire Terriers e Shih Tzus. 
• Cistina 1.4% 
Quase exclusivo de machos. 
Teckel, Basset, Bulldog, Yorkshire. 
• Fosfato de cálcio 
• Sílica 
• Mistos 
• Ácido úrico 
No cão da raça Dálmata somente 1/3 do ácido úrico é convertido em alantoína, fazendo com 
que o ácido úrico não seja transformado e se acumule, já que é pouco solúvel em água e 
portanto difícil de eliminar do organismo. Como consequência, os animais desta raça estão 
predispostos a apresentarem cálculos urinários de ácido úrico. 
A conversão do ácido úrico em alantoína é reduzida em cães da raça Dálmata. A hipótese mais 
aceita é a de que nesses cães as membranas celulares dos hepatócitos sejam parcialmente 
impermeáveis ao ácido úrico. Essa falha causa um aumento na concentração de ácido úrico, 
causando também um aumento na excreção urinária deste. O ácido úrico é bem menos solúvel 
na urina que a alantoína, e no Dálmata, a reabsorção do ácido úrico nos túbulos renais é 
reduzida, o que causa um aumento da concentração urinária de ácido úrico e de urato sódico 
(o sal do ácido úrico), aumentando o risco de formação de urólitos de urato ácido de amônio 
nessa raça. 
Acomete cães entre 3 a 7 anos (média de 5 anos). 
Urolitíase em cães – ureterolitíases (cálculo ureteral – ureter) ou cálculo renal: 
Apresentação clínica 
• Dor abdominal 
• Hematúria (sangue vermelho vivo) 
• Nefromegalia (hidronefrose) – excesso de líquido; acúmulo de urina 
• Anorexia (falta de apetite) 
• Depressão 
• Febre (ITU) 
• Nem sempre há obstrução 
Apresentação clínica – cálculo vesical (sem obstrução uretral) 
• Disúria (dor ao urinar) 
• Estrangúria (micção lenta e dolorosa da urina) 
• Hematúria 
• Polaquiúria (necessidade de urinar mais vezes que o normal) 
• Bexiga urinária vazia 
• Sinais sistêmicos geralmente ausentes 
Apresentação clínica – cálculo uretral (com obstrução uretral) 
• Polaquiúria 
• Estrangúria 
• Disúria 
• Iscúria = retenção urinária (obstrução completa) – dificuldade de urinar e de esvaziar 
completamente a bexiga 
• Incontinência urinária 
• Hematúria 
• Repleção vesical - quantidade de urina retida na bexiga 
• Ruptura vesical 
• Uremia (pós-renal) – condição que envolve níveis anormalmente elevados de resíduos 
no sangue 
Urolitíase em cães – abordagem diagnóstica: 
• Histórico + exame físico 
• Exames: urinálise (identifica o pH, tipo de cristais e ITU) + cultura, função renal e 
hemograma 
• RX e USG 
o O contraste no RX depende da densidade radiográfica 
o Objetivo do RX: verificar presença de urólitos, localização, quantidade, 
tamanho, densidade e forma 
• Levar em consideração 
o Predisposição racial 
o Urolitíase em parentes 
• Analisar cálculos expelidos 
Urolitíase em cães – urólitos de estruvita: 
• Na presença, a urina fica alcalina 
• São cristais de magnésio e fosfato de amônio 
• São lisos ou espiculados 
• São radiopacos 
• Predispõe em Schnauzer mini 
• Passível de dissolução: dieta calculolítica + antibiograma (tempo médio de 6 a 12 
semanas) 
• Possível cirurgia (pielotomia = abertura da pelve renal; nefrectomia = retirada do rim) 
• Dieta – a ração urinária o animal usa por no máximo 6 meses, a ração renal a vida toda 
• Fluidoterapia (cateterização) 
• Utilização de antibióticos, analgésicos, ômega e homeopatia 
Urolitíase em cães – urólitos de oxalato de cálcio: 
• Na presença, a urina fica ácida 
• São cristais de oxalato e cálcio 
• Incluem fatores como hipercalcemia (nível de cálcio alto no sangue) e hipercalciúria 
(nível de cálcio alto na urina) 
• São lisos e arredondados 
• São radiopacos 
• Predisposição nas raças: Schnauzers mini, York, Poodle, Lhasa, Shih tzu 
• Remoção cirúrgica 
Urolitíase em cães – obstrução uretral: 
• Fluidoterapia 
• Cateterização e hidropropulsão = é um método não cirúrgico que pode resolver o 
problema se as pedras forem suficientemente pequenas para passar pela uretra. Sob 
anestesia, um cateter urinário é inserido e uma solução salina é introduzida na bexiga. 
Depois, o veterinário aplica uma pressão suave na bexiga para expelir as pedras. Esse 
método nem sempre eliminatodas as pedras mas pelo menos se pode obter alguns 
cálculos para análise 
• Introdução e manutenção da sonda 
• Uretrostomia = é a técnica cirúrgica utilizada em casos de obstrução parcial ou total da 
uretra de cães machos de qualquer idade 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – definição: 
Grupo heterogêneo de doenças que acometem o trato urinário inferior dos felinos, causando 
disúria, hematúria, polaquiúria e, em machos, obstrução uretral. 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – fatores predisponentes: 
• Idade: animais jovens (2 a 5 anos) 
• Sexo: fêmeas e machos 
• Sedentarismo/obesidade 
• Estresse e confinamento 
• Hereditariedade (gatos de pelo longo, siamês) 
• Dieta – alimento balanceado seco 
• Concentração urinária de magnésio 
• Proteína de origem vegetal 
• pH urinário 
• Concentração urinária – padrão alimentar 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – mecânicas: 
• Massa intraluminal, urólitos ou tampões 
• Neoplasia intramural, inflamação ou fibrose da bexiga ou uretra 
• Produção de mucoproteína em defesa à agentes diversos 
• Herpesvírus 
• Massas extramurais intrapélvicas como lesão prostática 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – funcionais: 
• Aumento do tônus uretral 
• Dissinergia reflexa 
• Lesão do neurônio motor superior afetando a função da bexiga 
• Dor ou espasmo uretral 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – achados clínicos: 
• Hematúria 
• Desidratação 
• Depressão profunda 
• Dor na palpação 
• Bexiga distendida 
• Hipotermia 
• Disúria / estrangúria / polaquiúria 
• Urinar em locais não usuais (periúria) 
• Lambedura do prepúcio (dor) 
• Obstrução uretral (machos) 
• Desidratação, êmese, anorexia 
• Arritmias cardíacas (hipercalemia)/ bradicardia 
 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – diagnóstico: 
• Anamnese + exame físico 
• Na palpação abdominal encontra-se bexiga distendida, espessada, repleta e firme 
• Expressão manual: improdutiva ou gotas (os gatos eliminam a urina em gotas ou 
incompleta) 
• Exames complementares: urinálise, urocultura, US ou RX, ureia, creatinina e potássio 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – desobstrução uretral: 
• Sedação/anestesia 
• Acesso vascular, fluidoterapia, cistocentese e cateterização vesical 
• Introdução parcial da sonda e hidropropulsão – solução fisiológica, lubrificação aquosa 
(proporção 1:1) 
• Introdução e manutenção da sonda 
• Abordagem emergencial padrão pelo ABC (Ar – patência de via aérea, Boa respiração e 
Circulação) 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – tratamento: 
• Manter animal sondado – circuito fechado 
• Corrigir: azotemia, distúrbios hidroeletrolíticos 
• Dieta úmida 
• Acidificantes urinários 
• Antibióticos /AINES ou ANE 
• Atropina (00,2-00,4mg/Kg) 
• Propantelina, diazepam, acepram 
• Manejo 
o Frequência alimentação 
o Exercitar o gato 
o Dieta/condroitina/ômegas 
o Maior frequência de ingestão de água 
o Evitar estresse 
o Tratamento cirúrgico 
Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF) – manejo do gato não obstruído: 
• Tratamento da causa de base 
• Alteração da dieta 
• Alteração dos hábitos alimentares e ingestão de água 
• Reduzir o estresse , sedentarismo e obesidade 
Síndrome do rim policístico: 
Doença genética autossômica dominante, ou seja, apenas um alelo é o suficiente para causar a 
doença 
Nascem com os rins normais e com o tempo formam os cistos 
O animal que tem não pode reproduzir 
Tem problema hepático e cardíaco 
• Raça: principalmente persa 
• Rim policístico – PKD (polycystic kidney disease) 
• Diagnóstico – PCR e USG (só começa a identificar a partir de 1 ano) 
• Prognóstico 
• Tratamento suporte 
Doenças do trato urinário superior 
Insuficiência renal aguda (IRA) – definição: 
É uma síndrome clínica caracterizada por aumentos abruptos nas concentrações séricas de 
creatinina e ureia. 
Deterioração da função renal num período de horas a dias. 
Perda da habilidade dos rins em excretar toxinas e manter o equilíbrio hídrico, eletrolítico e 
acidobásico. 
Crise urêmica. 
Existem casos que a ureia e creatinina estão altas e não é IR, por exemplo, desidratação severa 
Insuficiência renal aguda (IRA) – terminologia: 
• Doença renal 
• Insuficiência renal 
• Azotemia 
• Uremia 
Insuficiência renal aguda (IRA) – princípios gerais: 
• Tempo de evolução (lesão-sinais) = menor que uma semana 
• Ocorre azotemia causada por lesão de parênquima renal 
• Lesões renais potencialmente reversíveis ainda estão presentes 
• Não houve tempo para desenvolvimento de adaptação funcional 
• Existe possibilidade de haver recuperação da função renal 
Insuficiência renal aguda (IRA) – azotemia: 
Pré-renal 
Surge da diminuição da perfusão renal e retenção dos produtos do catabolismo do nitrogênio 
O acúmulo de substâncias nitrogenadas ocorre devido a situações que diminuam o volume 
sanguíneo, interferindo na chegada de sangue aos rins, como por exemplo insuficiência 
cardíaca, perda de fluidos (diarreia), diuréticos, choque séptico e anestesia. 
Está acima do funcionamento dos rins. 
Renal 
Nesse tipo de azotemia ocorre o acúmulo de substâncias nitrogenadas devido à falha no 
processo de excreção dessas substâncias pelos rins, levando ao aumento da concentração de 
ureia e creatinina no plasma. A azotemia renal normalmente acontece devido à doença túbulo-
intersticial com inflamação e edema, injúria isquêmica e injúria tóxica do túbulo, 
glomerulonefrite. 
Acontece nos rins. 
Pós-renal 
Resulta da obstrução do trato urinário ou uroabdomên. 
Esse tipo de azotemia é caracterizado pelo aumento desproporcional da ureia em relação à 
creatinina devido a alterações do fluxo urinário ou obstrução das vias excretoras, podendo ser 
causada por injúria obstrutiva dos túbulos renais, obstrução do fluxo, obstrução uretral ou 
ruptura do trato urinário. 
Acontece abaixo dos rins. 
Insuficiência renal aguda (IRA) – predisposição: 
• Idade (idosos) 
• Iatrogenia (doença causada por complicações médicas, como resultado de um 
tratamento) 
• Infecções virais, fúngicas ou bacterianas 
• Parasitas 
• Câncer 
• Amiloidose (causada por depósitos anormais de um certo tipo de proteína no rim) = 
acúmulo anormal de proteína 
• Inflamação 
• Doenças autoimunes 
• Trauma 
• Reação tóxica a venenos ou medicamentos 
• Doenças congênitas e hereditárias 
Insuficiência renal aguda (IRA) – exposição a nefrotoxinas: 
A isquemia renal ou exposição a nefrotoxinas causam lesão tubular que varia de degeneração 
à necrose, e é referida como nefrose ou necrose tubular aguda. 
 
Depois das lesões existe a fase de recomposição. Todo organismo agredido tenta se recuperar. 
No caso da IRA, essa recuperação ela pode não ocorrer ou pode ocorrer, mas pode se curar 
totalmente ou parcialmente. 
Insuficiência renal aguda (IRA) – principais achados clínicos: 
Sintomas gastrintestinais: anorexia, êmese, diarreia, hematoquezia. 
Estes sinais apresentam início recente, e um histórico de longa data de poliúria ou polidipsia 
não deve estar presente. Polidipsia e poliúria pode ter ou não, depende da parte acometida. 
Sinais neurológicos: tremores, convulsões, coma. 
Hálito urêmico, necrose de língua, úlceras gengivais. 
Taquipneia. 
Crise urêmica – excesso de ureia e creatinina no sangue. 
 
Insuficiência renal aguda (IRA) – diagnóstico laboratorial: 
• Perfil bioquímico (creatinina sérica, ureia, cálcio/fósforo, potássio, glicose, ALT) 
• Urinálise 
o Análise do sedimento urinário (cilindros hialinos e granulosos) 
o Densidade menor 1,025 
o Enzimas intratubulares GGT e NAG (indicador precoce de lesão tubular) 
Insuficiência renal aguda (IRA) – avaliação laboratorial: 
• Hemograma e PT 
• Sorologia para leptospirose 
• Pressão arterial 
• Ultrassom abdominal 
• RX de tóraxe abdômen 
• Biópsia renal 
Insuficiência renal aguda (IRA) – princípios gerais do tratamento: 
• Os objetivos são os mesmos independentemente da causa do problema 
• Tentar impedir ou minimizar novas agressões 
o Restaurar e manter a perfusão renal 
o Parar, se possível, o uso de drogas potencialmente nefrotóxicas 
• Corrigir as alterações hidroeletrolíticas e do balanço acidobásico 
• Estimular a diurese, assim que o paciente estiver hidratado 
• Instituir terapia de suporte para: controlar a gastroenterite urêmica (hipergastrinemia) 
o Cimetidina 
o Ranitidina 
o Omeprazol 
o Sucralfilm 
• Instituir terapia de suporte para: controlar os vômitos 
o Metoclopramida (pró-cinético) 
o Ondansetrona 
o Citrato de Maropitant 
• Instituir terapia de suporte para: combater as possíveis infecções e prover suporte 
nutricional 
• Diálise peritoneal 
• Hemodiálise 
• Adequar continuamente, a terapia de suporte hidroeletrolítico e nutricional, à medida 
que for sendo recuperada a função renal 
Reverter a oligúria/anúria 
• Primeiro passo é a reidratação 
• Diuréticos osmóticos: 
o Glicose 10% 
o Manitol (20%): 0,25 a 0,5 g/kg PV – não repetir se não ocorrer diurese após a 
dose inicial 
• Furosemida + dopamina (juntos) 
o Dopamina: 2 a 5 mg/kg em Glicose 5% 
o Furosemida: 2 a 4 mg/kg, IV 
Insuficiência renal aguda (IRA) – prognóstico: 
Depende essencialmente da gravidade das lesões renais. 
O prognóstico varia de favorável a reservado para os pacientes que conseguem sobreviver à 
fase crítica e recuperam a funcionalidade renal. 
Insuficiência renal crônica (IRC) – definição: 
Ocorre quando os mecanismos compensatórios não são mais capazes de manter as principais 
funções excretórias, regulatórias e endócrinas em pacientes com DRC. A retenção resultante 
de solutos nitrogenados, desarranjos do balanço hídrico, acidobásico e eletrolítico, e falha na 
produção de hormônios constituem a síndrome da IRC. Um diagnostico de IRC é realizado 
quando essas anormalidades estiverem presentes por 3 meses ou mais. 
Doença de parênquima renal com comprometimento da função renal – de desenvolvimento 
prolongado. Parênquima renal comprometido, rins não se recuperam e os néfrons não tem 
mais função – não tem cura. Estabilizar e fazer com que possa desenvolver lentamente. 
Potencial para reparo das lesões já foi exaurido. 
Os néfrons sobreviventes já sofreram as adaptações para compensar as perdas ocorridas. ¾ 
dos néfrons de ambos os rins já perderam a sua função. 
A função renal intrínseca não irá mudar a não ser para pior. 
A IRC é caracterizada por deterioração insidiosa e progressiva da função renal, que leva à 
poliúria seguida por azotemia e, eventualmente, uremia. 
A taxa de progressão da lesão renal é muito variável. 
Os primeiros sintomas podem não ser percebidos e a precipitação de uma crise urêmica pode 
dar a falsa impressão de um processo agudo. 
Insuficiência renal crônica (IRC) – causas possíveis: 
A causa primária pode ser uma glomerulonefrite ou doença inflamatória túbulo-intersticial. 
Geralmente a causa é multifatorial e não pode ser determinada quando a IRC é detectada. 
 
Insuficiência renal crônica (IRC) – funcionalidade: 
 
O rim é responsável pela retenção de cálcio; o insuficiente renal não consegue reter cálcio; 
perda de cálcio – retenção de fósforo (?); o insuficiente renal desenvolve hipocalcemia e 
hiperfosfatemia – ativa o paratormônio – tira cálcio dos ossos para jogar no sangue (ossos 
fracos = fraturas com facilidade). 
Sinais de hiperfosfatemia 
• Calcificação cardiovascular (quando está em excesso, o fósforo sanguíneo liga-se ao 
cálcio circulante, formando o fosfato de cálcio, uma substância insolúvel que precipita 
nos vasos sanguíneos e provoca a calcificação destes vasos, obstruindo o fluxo normal 
de sangue) 
• Calcificação dos tecidos moles 
• Hiperparatiroidismo secundário 
• Osteopenia (diminuição da massa óssea) 
• Aumento do risco de fraturas 
• Anemia 
• Hipertensão 
Insuficiência renal crônica (IRC) – anemia arregenerativa (normocítica normocrômica): 
A principal causa é a produção inadequada de eritropoietina pelos rins doentes para atingir a 
demanda por novas hemácias em razão da perda por hemólise e hemorragia. 
Diminuição do tempo de vida das hemácias. 
A disfunção plaquetária na DRC promove perda sanguínea insidiosa e continua (ex.: 
hemorragia gastrintestinal). 
A ausência de correlação entre níveis de PTH e hemoglobina ou dosagem de EPO é um pouco 
surpreendente, uma vez que o hiperparatireoidismo primário e secundário HPT são 
classicamente associados a anemia, uma vez que o PTH pode inibir diretamente a eritropoiese 
e induzir fibrose. 
Insuficiência renal crônica (IRC) – diagnóstico: 
• Combinação de dados do histórico com dados obtidos ao exame 
o Histórico de poliúria-polidipsia 
o Existência de anemia (comprometimento da função eritropoiética) 
o Azotemia estável ou progressiva (semanas ou mais) 
o Rins diminuídos e de contorno irregular 
o Osteodistrofia secundária renal 
Mesmo com o diagnóstico concluído, a complementação e repetição de exames é importante 
para: descobrir alterações que possam ser causa de lesões renais adicionais, orientar a terapia, 
acompanhar a progressão da doença. 
• Urinálise 
• Ureia 
• Creatinina 
• Hemograma 
• Cálcio/fósforo 
• USG (80 a 95% de sensibilidade) 
Exames complementares 
• Proteína sérica 
• Lipídeos 
• Colesterol 
• Calcitriol 
• Eritropoetina 
• Determinação da massa óssea e calcificação distrófica 
• PTH 
• Biopsia renal 
Os objetivos são similares independentemente da causa primária da IRC → resolver ou 
minimizar problemas pré ou pós renais que possam causar lesões renais adicionais → evitar 
estresse e doenças iatrogênicas. 
Insuficiência renal crônica (IRC) – tratamento médico conservativo: 
• Oferecer dieta com menor teor proteico (proteína de alto valor biológico) 
• Manter o apetite 
• Corrigir acidose metabólica 
o Manter as concentrações sanguíneas de bicarbonato entre 17 e 22mEq/L 
o Suplementação com bicarbonato de sódio por via parenteral ou oral (84g de 
bicarbonato de sódio em 1 litro de água, sendo esta solução conservada em 
geladeira e administrada na quantidade de 1 a 1,5ml para cada 10kg de peso, 
por via oral ou junto com o alimento) 
• Corrigir hipopotassemia (felinos) 
o Diminuir 4mEq/ L (mesmo sem sinais clínicos) 
o 2-6mEq/animal/dia IV 
o Gluconato de potássio 
o Alguns estudos têm recomendado suplementação com baixas doses 
(2mEq/animal/dia) de potássio para todos os gatos com insuficiência renal 
crônica 
• Corrigir hipocalemia – 0,5mEq/Kg/h 
• Corrigir hiperfosfatemia ou diminuir 6mg/dl 
o Hidróxido de alumínio ou carbonato de cálcio 
o Avaliar a cada 10 a 14 dias 
• Corrigir hipocalcemia 
• Corrigir deficiência de calcitriol 
o Suplementação com baixas doses de vitamina D3 ativada 
• Controlar hipertensão arterial 
o Bloqueadores de canais de cálcio – amlodipina (0,625 – 1,25mg/dia) em gatos 
o Cloridrato de benazepril, enalapril – inibidor da ECA (em cães e gatos) 
• Corrigir e prevenir a desidratação 
• Corrigir a anemia 
o Suplementos 
o Transfusões 
o Eritropoietina 
o Desenvolvimento de anticorpos anti-eritropoietina, convulsões, hipertensão 
sistêmica, hiperpotassemia e trombocitose 
• Adaptar a dosagem de drogas que venham a ser utilizadas 
• Suplementação com ômega 3 
• Homeopatia 
Insuficiência renal crônica (IRC) – controle da hipertensão: 
Iniciar com restrição de sódio na dieta. 
Se não resolver associar diurético. 
Se não resolver associar droga anti-hipertensiva. 
Cuidado com a somatória dos efeitos – monitorar o paciente. 
Insuficiência renal crônica (IRC) – prognóstico: 
A curto prazo: paciente portador de IRC, em crise urêmica, pode melhorar substancialmente 
com terapia hidroeletrolítica e terapia de suporte. 
Com terapia de manutenção, o portador de IRC pode viver bem,apesar da deficiência. 
O tempo de sobrevida satisfatória, para o paciente em tratamento de manutenção, é muito 
variável e imprevisível.

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