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3 - PLANEJAMENTO DA MONTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS

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PLANEJAMENTO DA MONTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS 
ODONTOLÓGICOS 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO 
Para construir, reformar com o intuito de ter um Consultório Odontológico, precisa-se 
pensar em condutas funcionais, soluções arquitetônicas e engenharia. Para isso, devem 
ser seguidas legislações pertinentes a isto, como RDC/ Anvisa nº 50 21/02/02– Resolução 
de Diretoria Colegiada/Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Legislação Estadual 
e Municipal que são aplicadas para isto. 
O Consultório Odontológico é formado por: 
• Conjunto de salas 
• Mobiliários 
• Equipamentos 
• Aparelhos 
• Instalações 
Deve-se pensar em RACIONALIZAR sempre? Mas Porquê? 
 
1. Aumento da produtividade 
2. Redução de infecção cruzada 
3. Redução de riscos ocupacionais 
4. Redução de acidentes 
 
Na elaboração da construção de um consultório devo ter o planejamento da planta 
deste consultório, uma aprovação PRÉVIA pela Vigilância Sanitária (solicitada por Planos 
odontológicos) e como se dará a execução disso. 
O Consultório Odontológico pode apresentar: 
 
1. Sala de Recepção 
2. Sala Clínica 
3. Administração 
4. Secretaria 
5. Escritório 
6. Laboratório 
7. Esterilização 
8. Salas de Raios X 
9. Sala de Revelação 
10. Sala de máquinas 
11. Copa 
12. Depósito 
13. Instalações sanitárias 
14. Sala de Reuniões 
15. Sala de Prevenção 
 
A Sala Clínica Individual deve ter uma dimensão ideal de 9m2. É sugerido que seja no 
mínimo 3m X 3m. Se a Sala Clínica for coletiva, dependerá do número de cadeiras e 
equipamentos, contudo, a distância mínima da cabeceira para a parede deve ser de 0,8 
m. Já a distância mínima laterais da parede de 1m. E, entre duas cadeiras, a distância 
deverá ser de 2m, para que se tenha o tráfego do paciente e profissional. 
A Sala Clínica deve apresentar também: 
1. Instalações hidráulicas – água fria e esgoto 
2. Instalações Elétricas – pontos de força e iluminação 
3. Iluminação artificial X natural 
4. Ventilação natural X forçada 
5. Gases Medicinais – oxigênio, ar comprimido, vácuo medicinal 
 
Com relação aos ambientes de apoio: 
 
1. A sala de espera deve apresentar 1,2m2 POR PESSOA 
2. O deposito de material de limpeza (DML) com área mínima de 2m2 e equipado 
com tanque 
3. Sanitários para pacientes e público com área mínima de 1,6m2 
4. Central de material esterilizado (CME) 
A Central de Material Esterilizado deverá apresentar: 
1. Dois ambientes contíguos: SUJO e LIMPO 
No SUJO, ocorrerá a Lavagem e descontaminação. Neste ambiente deverá ter: Pia, 
bancada, pia e guichê para a área limpa- área mínima de 4,8m2 
No LIMPO, ocorrerá o Preparo/Esterilização/Estocagem de material. Neste ambiente 
deverá ter: Bancada, equipamento de esterilização, armários e guichê de distribuição de 
material, com área mínima de 4,8m2. 
O Fluxo de trabalho na Central de Material Esterilizados será: 1. Recebimento de material 
sujo, 2. Separação e lavagem do material, 3. Preparo do material, 4. Esterilização, 5. 
Armazenamento e distribuição. 
No caso de o profissional apresentar um consultório individual, o Centro de Material 
Esterilizado - CME poderá ser substituída por uma bancada com pia e equipamentos de 
esterilização, com rotinas de assepsia e manuseio de materiais. 
É permitido que o Deposito de Material de Limpeza – DML em edifício seja substituída por 
um carrinho de limpeza, lembrando que deve ser realizado a Higienização do carrinho e 
dos materiais utilizados. 
Os Materiais de Acabamento, para piso, teto e parede devem ser resistentes à lavagem 
e ao uso de desinfetantes e, áreas críticas e semicríticas devem apresentar: superfícies 
monolíticas (lisas), cerâmicas ou material de revestimento utilizados e rejuntamento 
(piso/parede) não deve absorver mais que 4% (áreas críticas). A Pintura deve ser realizada 
com tintas elaboradas à base de epóxi, PVC, poliuretano ou outras destinadas a áreas 
molhadas, pois devem resistir à lavagem, ao uso de desinfetantes. Se o piso for pintado, 
a pintura deve resistir também à abrasão e aos impactos. 
Na área crítica não é permitido uso de divisórias removíveis, assim deverá empregar 
paredes pré-fabricadas, com acabamento monolítico. 
Já na área semicrítica as divisórias podem ser utilizadas, contudo, devem ser resistentes 
ao uso de desinfetantes e à lavagem com água e sabão. 
Em qualquer ambiente, não deve haver tubulações aparentes nas paredes e tetos. Se 
houver, os mesmos devem ser protegidos por um material resistente a impactos, à 
lavagem e ao uso de desinfetantes. 
Os aparelhos de refrigeração utilizados para guarda de material odontológico, não 
servirão simultaneamente para guarda de alimentos, bebidas ou água. E os bebedouros 
não devem ser instalados dentro da área de atendimento. 
Sobre o rodapé, deve-se evitar o tradicional ressalto do rodapé, que permite o acúmulo 
de pó. 
Pode-se empregar películas protetoras nos vidros para a proteção contra o sol e redução 
do acúmulo de poeira. As persianas e cortinas são permitidas, todavia, deve-se 
apresentar limpeza com rigor e rotineiramente 
Referente às instalações elétricas e iluminação, o sistema de iluminação artificial, deve 
proporcionar boa visibilidade, sem ofuscamentos ou sombras em todos os ambientes. As 
lâmpadas fluorescentes e luminárias dotadas de refletores para melhor distribuição da 
luz. A sala clínica, bem como o consultório deve apresentar pontos de força distribuídos 
ao longo da bancada para os equipamentos, já que não pode utilizar em um mesmo 
ponto para diversos equipamentos (extensões ou benjamins). As instalações devem ser 
embutidas ou protegidas por material resistente a impactos, à lavagem e ao uso de 
desinfetantes. 
Com relação ao Sistema de Climatização, é permitida a ventilação natural ou forçada, 
para evitar o acúmulo de fungos (bolores), gases e vapores condensados. Sabe-se que o 
ar condicionado de janela e minisplits não efetua a renovação do ar necessária para a 
manutenção de uma boa qualidade do ar ambiente de interiores. Por isso, as tomadas 
de ar exterior devem ser localizadas de forma a evitar a aspiração de descargas de 
exaustão de cozinhas, sanitários, laboratórios, lavanderia e também a evitar a 
proximidade a depósitos de lixo, centrais de gás combustível, grupos geradores, centrais 
de vácuo, estacionamentos, bem como de outros locais onde haja possibilidade de 
emanação de agentes poluidores ou gases nocivos, estabelecendo uma distância 
mínima de oito metros desses locais. As tomadas de ar exterior deverão ser providas, no 
mínimo, de filtros classe G3 e dotadas de telas de proteção de material resistente à 
corrosão. 
Os dutos de ar, quando utilizados, devem ser unidos por meio de juntas flangeadas, à 
prova de vazamentos. As dobras, conexões e acessórios dos dutos também devem ser 
estanques. Todo retorno de ar deve ser feito através de dutos, sendo vedado o retorno 
através do forro (plenum). 
A instalação e a manutenção de equipamentos de pequeno porte, como aparelhos de 
janela e minisplits, devem ser efetuadas conforme preconizado nos manuais do 
fabricante. A manutenção de equipamentos e/ou instalações de capacidade igual ou 
superior a 5 TRs (15.000 kcal/h = 60.000 Btu/h) deverá ser efetuada sempre sob a supervisão 
de engenheiro mecânico (responsável técnico) habilitado pelo CREA para tal fim, 
observando- se os critérios da Portaria GM/MS n.º 3.523, de 28 de agosto de 1998, e 
RE/Anvisa n.º 9, de 16 de janeiro de 2003. 
Referente ao abastecimento de água, todos os serviços devem ser providos de 
reservatórios de água (caixa d’água) e recomenda-se efetuar a limpeza periódica dos 
reservatórios e a análise da qualidade 
As instalações hidrossanitárias devem estar ligadas a rede pública de coleta e tratamento 
de esgoto, assim, todo o esgoto pode ser lançado sem qualquer tratamento. Porém, se 
não houver a rede de coleta e tratamento, o esgoto terá que receber tratamento antes 
de ser lançadoem rios, lagos, etc. O sistema de esgoto deve ser projetado com desnível 
suficiente para escoar todo o volume de detritos apenas pela ação da gravidade, ou 
seja, diferencial de altura constante em todo o percurso. A tubulação utilizada deve 
possuir, no mínimo 40 mm de diâmetro. 
Com relação a proteção radiológica, o profissional deverá verificar qual o revestimento 
das paredes, uma vez que a radiação não deve passar por ela. Além disso, deverá 
apresentar manutenção dos equipamentos de RX, os procedimentos de segurança como 
proteção do operador e equipe, processamento do filme e o uso do dosímetro individual 
Se o profissional empregar durante seus atendimentos os gases medicianais, que consiste 
no uso do oxigênio, ar comprimido e óxido nitroso, o mesmo deve seguir as seguintes 
recomendações: os gases devem ser armazenados em um local ventilado de forma 
natural, protegidos, mantidos na posição vertical, apresentar dispositivos de segurança 
de forma a evitar quedas ou tombamentos. E, os cilindros e as mangueiras devem possuir 
cores diferenciadas e facilmente identificáveis. 
O compressor de ar do equipo odontológico não deve ser instalado no banheiro, ou seja, 
lugar arejado (fora do consultório). Atualmente são silenciosos. 
Para o controle do Ar e Analgesia Inalatória, o sistema de exaustão para diluição de 
resíduos de gás anestésico, ou seja, o profissional deve ser capacitado para tal manuseio, 
já que devem ser realizadas 20 trocas de ar por hora. O fluxo de ar deve ser unidirecional 
- zona respiratória do paciente ao piso - meio externo. O ar exaurido não deve retornar a 
outros ambientes do serviço odontológico. 
Caso as unidades estejam implantadas em pavimentos térreos, o ar exaurido não deve 
ser lançado em áreas com fluxo de pessoas, tais como pátios, calçadas e outras áreas 
públicas. Sempre que possível, o ar de exaustão deve ser descarregado 2 m acima do 
telhado e com o jato na vertical, evitando-se risco ou incômodo para os edifícios vizinhos 
ou para o próprio edifício. O aparelho de exaustão deve ser fixado em alvenaria, 
evitando-se sua instalação em esquadrias ou outras superfícies passíveis de vibração. A 
vibração e o nível de ruído gerado não devem exceder 35db. O sistema deve observar 
os níveis de ruídos estabelecidos pela norma ABNT NBR 6401. 
Recomenda-se o insuflamento de ar externo por meio de grelhas localizadas no teto que 
direcionam o fluxo de ar para baixo, garantindo a mistura correta e diluição do gás 
anestésico inutilizado. Poderá ser adotado o controle de temperatura, visando garantir 
condições mínimas de conforto ao paciente e à equipe odontológica. O insuflamento do 
ar condicionado no ambiente deve ser projetado de modo a reduzir ao máximo a 
indução do ar ambiente, possibilitando que o ar introduzido na parte central do recinto 
gere o mínimo de turbulência. Não é permitida a instalação de equipamentos que 
apresentem insuflamento e retorno de ar na mesma unidade, fazendo circular o ar pelo 
recinto e causando interferências no fluxo unidirecional. 
No caso de sistema central de ar condicionado, o ar dos consultórios não deve, em 
qualquer hipótese, retornar ao sistema. Esse sistema deve considerar a carga térmica 
gerada no processo de exaustão e troca mínima de ar (20 trocas por hora), bem como 
as características ambientais locais. Não é permitida a instalação de equipamentos que 
apresentem insuflamento e retorno de ar na mesma unidade, fazendo circular o ar pelo 
recinto e causando interferências na direção do fluxo. 
 
Área de uma sala clínica de acordo com a Federação internacional de Odontologia

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