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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Resenha Crítica de Caso Luiz Paulo Oliveira Branco Gazola Trabalho da disciplina Avaliação Econômica em Projetos Renováveis Tutor: Prof. Marcio Jorge Gomes Vicente Brasília - DF 2020 2 AVALIAÇÃO ECONÔMICA E DE RISCO DE UM PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO Referência: RUARO, Laura J; ETGES Ana P.B.S.; Avaliação Econômica e de Risco de um Projeto de Implementação de um Sistema Solar Fotovoltaico; VII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Gramado, 17 a 20 de abril de 2018. O artigo Avaliação Econômica e de Risco de um Projeto de Implementação de um Sistema Solar Fotovoltai, publicado no VII Congresso Brasileiro de Energia Solar em Gramado no ano de 2017, apresenta um levantamento de viabilidade técnica e econômica da instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica em uma indústria de beneficiamento de vidro de pequeno porte localizada em Porto Alegre/RS. Com o crescimento da demanda global de energia e o aumento da preocupação com o meio ambiente, as autoras trazem a preocupação com a matriz energética Brasileira, que atualmente, é predominantemente derivada de energia hídrica e com a crise hídrica no país nos últimos anos, o sistema mostrou-se incapaz de suprir a demanda de energia, tendo necessidade de aumentar os despachos das termoelétricas, aumentando o custo da energia. O fenômeno supra cima citado, foi o ponto de partida para que investimentos cada vez maiores fossem feitos para ampliar a contribuição percentual de outras fontes de energias, com o foco em energias limpas e renováveis. Com isso houve um salto considerável de projetos de usinas fotovoltaicas. O principal marco para a difusão de sistemas fotovoltaico no Brasil foi a resolução nº 687 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), trouxe facilidade ao processo 3 de conexão destes sistemas à rede de distribuição de energia. Segundo as autoras, estes sistemas ainda apresentam custos elevados, sendo um grande obstáculo para se tornar competitivo e ser difundido em maior escala. O artigo inicia contextualizando seus referenciais teóricos para o estudo, introduzindo o contexto de Energia Solar Fotovoltaica, Tarifa de Energia e os Métodos de análise econômica de investimento em projetos e Análise de Risco. As autoras citam como um fator importante a instalação dos módulos solares fotovoltaicos, que o bom funcionamento está ligado à escolha do ângulo de inclinação e do ângulo de orientação, conhecido como ângulo azimutal. Para o projeto dados importantes são: área do painel solar, estimativa de geração de energia, fator de capacidade e incidência da radiação. Como a estimativa do valor futuro da tarifa de energia é muito incerta, no estudo apresentado, foram consideradas quatro fontes de dados para este cálculo: preço de eletricidade históricos, preços antecipados, modelos de simulação de oferta e demanda e opiniões de especialistas. O artigo apresenta também os principais métodos utilizados para avaliar a viabilidade econômica de um projeto, sendo eles: Valor Presente Líquido (VPL), Taca Interna de Retorno (TIR) e o Payback. Para a aplicação prática, as autoras mencionam a escolha de um módulo fotovoltaico credenciado no BNDS, para possibilitar a simulação de financiamento por meio de linha de crédito do FINAME. Calculada a área disponível, estimativa do custo de energia, foi escolhido um projeto com 322 painéis com potência estimada em 48,3 kWp; fator de capacidade de 14,88% com uma geração média anual de 62.710,74 no primeiro ano de análise. O valor total de investimento foi de R$ 475.458,51. Para a primeira análise, obteve-se os seguintes resultados da análise econômico: VPL = R$-222.518,81; TIR real = 7,97% e Payback descontado acima de 25 anos. 4 Devido as grandes incertezas de algumas variáveis utilizados no cálculo, como o custo da energia futuro, foram inseridas algumas variáveis de parâmetros por meio de uma análise de risco, com isso obteve-se a probabilidade negativa do VLP de 71,5%. O artigo apresentado conclui que um projeto fotovoltaico no Rio Grande do Sul é inviável devido à grande possibilidade de se obter um VLP negativo. A principal causa apresentada pelas autoras é o elevado custo para implantação do sistema e o principal fator de risco é a incerteza para o cálculo do custo de energia. Tendo em vista que o artigo foi publicado no início de 2018 com base de dados de anos anteriores, esse estudo se torna totalmente desatualizado devido à grande redução dos custos de implantação de sistema solares nos últimos anos. Há um crescimento muito grande de novos sistema em instalação, mostrando viabilidade econômica e melhoria na aplicabilidade.
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