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Em todos os casos em que uma superfície se move em relação a outra superfície, existe uma força contrária a esse movimento. Esta força chama-se atrito, ou resistência ao movimento. O atrito é, em alguns casos, necessário e útil, como nos sistemas de freio, e em outros casos indesejáveis, porque dificulta o movimento e consome energia motriz sem produzir o correspondente trabalho. Nessa condição, o atrito precisa ser o menor possível. Considerando o tipo de contato entre as superfícies em movimento, podemos distinguir: Atrito sólido e Atrito fluido. Assim esse relatório tratará especificamente do Atrito nos Fluidos e Movimento em trajetórias Curvilíneas. Um fluido é uma substância, geralmente é um líquido ou um gás, que possui a capacidade de escoar. Quando há uma velocidade relativa entre um fluido e um corpo sólido, uma força de arrasto é experimentada pelo corpo, essa força se opõe ao movimento relativo e é paralela à direção do movimento relativo do fluido. Considerando os casos em que o fluido é o ar, o corpo é rombudo e pontiagudo e o movimento relativo é rápido o suficiente para formar redemoinhos no ar atrás do corpo. Nessa situação, a magnitude da força de arrasto está relacionada ao módulo da velocidade relativa por meio da equação. C - coeficiente de arrasto ρ - massa específica do ar A - área da seção reta efetiva do corpo Existem três tipos diferentes de forças de arrasto: arraste de superfície, arraste de forma e arraste de onda. ATRITO DOS FLUIDOS E MOVIMENTO EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS O arraste de superfície é a força causada pela movimentação de um corpo em direção oposta ao fluido. Ela surge graças ao contato entre o fluido e o corpo, por meio de uma camada de contato imediata à superfície do corpo. Esse tipo de arraste é muito explorado nas competições profissionais de natação, em que se usa roupas lisas, capazes de diminuírem consideravelmente o arraste do fluido enquanto o nadador desloca-se em meio líquido. O arraste de forma está relacionado à uma diferença de pressão entre diferentes partes de um corpo que se desloca por meio de um fluido. Quando um corpo desloca-se com velocidade suficientemente alta através de um fluido, logo atrás dele surge uma região de turbulência, cuja pressão é menor do que a pressão à frente do corpo. Essa diferença de pressão resulta em um arrasto contrário ao sentido de movimento do objeto. O arraste de onda só ocorre quando algum corpo desloca-se próximo à superfície da água, como quando os nadadores empurram a água para baixo, sendo empurrados para cima, mas também perdendo parte de sua energia cinética em razão da “barreira” de água que se forma na sua frente. Outro exemplo seria o de um navio, que forma ondas de arraste em frente à sua proa, quando em movimento. Quando um corpo descreve uma circunferência, ou um arco de circunferência, com velocidade escalar constante, pode-se dizer que esse corpo se encontra em movimento circular uniforme. O corpo também possui uma aceleração centrípeta, que é dirigida para o centro da circunferência, cujo módulo é dado por A força centrípeta é a força que age sobre os corpos no movimento circular em certa trajetória curvilínea. Por meio dela, é possível mudar a direção da velocidade de um corpo em uma trajetória circular, atraindo-o para o centro. Com o intuito de demonstrar a atuação da força centrípeta, é relevante uma análise do . globo da morte O globo da morte consiste em uma grande esfera de metal que é utilizada como atração em circos, por exemplo, para que um motociclista realize movimentos dentro do espaço. No globo da morte, as propriedades da força centrípeta são exploradas com o objetivo de impedir que a moto não caia. A moto em um globo da morte está sujeita a cair quando estiver em seu ponto mais alto, por isso quando uma pessoa se movimenta com a moto no globo, ela necessita aplicar uma velocidade mínima para não cair ao completar uma volta. Figura 1 - Globo da morte É possível observar que a força peso (P) sempre se dirige para baixo, e a força normal (N) está apontando para o centro da esfera. Nota-se também que no movimento circular realizado, a velocidade é constante, mas a direção e o sentido do vetor mudam, pois variam com a aceleração centrípeta (acp). acp = v² / R Na direção do raio da trajetória, a força centrípeta é determinada pela soma das forças que agem sobre o objeto. Fcp = N + P O módulo da força centrípeta é dado por: Fcp = m . acp. Então a velocidade mínima é determinada por meio da equação: vmin = √ Portanto, percebe-se que a velocidade mínima para dar uma volta segura só depende do tamanho do globo, e não das massas do piloto e da moto. Essa mesma ideia pode ser aplicada no cálculo a velocidade mínima de um carrinho de montanha russa quando ele faz um looping. A força de resistência que ocorre no movimento de um corpo em um fluido depende da forma do corpo, da sua velocidade em relação ao fluido e da viscosidade do fluido. Entre duas superfícies em movimento relativo separado por uma película fina e contínua de fluido existe atrito. O atrito dos fluidos é um tipo de atrito em que ocorre quando há um fluido separando duas superfícies em contato. Em síntese, a força de arraste tanto pode ser aerodinâmica como hidrodinâmica, para os casos em que o corpo desloca-se em meios gasosos e líquidos, respectivamente. Muitas vezes pode-se inibir a ação deste atrito com a aplicação de lubrificantes. Estes lubrificantes são usados para diminuir o atrito entre peças, pois há um deslizamento entre as moléculas do fluido evitando o contato dos dois materiais. Outro ponto central da apresentação foi movimento circular uniforme (MCU), que ocorre quando um móvel qualquer movimenta-se sobre uma trajetória circular com velocidade de módulo constante. O estudo desse movimento é fundamental, pois permite a compreensão do funcionamento de motores, sistemas compostos por engrenagens e roldanas, podendo ser aplicado até no movimento de satélites naturais e artificiais. REFERÊNCIAS TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro - RJ: LTC, 2014. 1 v. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: mecânica. 10. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2016. 1 v.
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