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CADEIAS-PRODUTIVAS-DO-AGRONEGÓCIO-ANÁLISE-GERAL-APOSTILA-1

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NÚCLEO DE PÓS-
GRADUAÇÃO 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
DISCIPLINA 
 
 
CADEIAS PRODUTIVAS DO 
AGRONEGÓCIO – ANÁLISE 
GERAL 
 
SUMÁRIO 
 
CADEIAS PRODUTIVAS ................................................................................... 3 
CARACTERÍSTICAS DAS CADEIAS DE PRODUÇÃO .................................. 4 
APLICABILIDADE DO CONCEITO DE CADEIA PRODUTIVA ....................... 6 
FORMATAÇÃO DE CADEIAS PRODUTIVAS ................................................ 6 
ESTUDO DE CADEIAS PRODUTIVAS E SISTEMAS LOGÍSTICOS ........... 10 
OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTUDO DE CADEIAS PRODUTIVAS E 
SISTEMAS LOGÍSTICOS ................................................................................ 11 
INSERÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ........................................................ 13 
AGRONEGÓCIO .............................................................................................. 14 
CADEIAS DE SUPRIMENTOS E REDES DE EMPRESAS .......................... 15 
ALGUNS EXEMPLOS DE CADEIAS PRODUTIVAS ....................................... 17 
CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ .................................................................. 17 
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE.................................................................. 19 
CADEIA PRODUTIVA DA PECUÁRIA DE CORTE ...................................... 21 
CADEIA PRODUTIVA DA AVICULTURA DE CORTE .................................. 23 
CADEIA PRODUTIVA DA CANA DE AÇÚCAR ............................................ 26 
CADEIA PRODUTIVA DO MILHO ................................................................ 31 
COOPERATIVAS ............................................................................................. 33 
AS COOPERATIVAS NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL ............................ 35 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 39 
 
 
CADEIAS PRODUTIVAS 
 
Cadeia Produtiva, ou o mesmo que supply chain, pode ser definida como 
um conjunto de elementos (“empresas” ou “sistemas”) que interagem em um 
processo produtivo para oferta de produtos ou serviços ao mercado consumidor. 
Em razão da globalização, evolução dos mercados consumidores, e 
avanços tecnológicos de processos produtivos e dos ferramentais de 
gerenciamento; o conceito de cadeia produtiva tem aprimorado. 
Especificamente, para matérias primas agroalimentares e derivados, 
cadeia produtiva pode ser visualizada como a ligação e inter-relação de vários 
elementos segundo uma lógica para ofertar ao mercado commodities agrícolas 
in natura ou processadas. Commodities são ativos negociados sob forma de 
mercadorias em bolsa de valores, como por exemplo: café, soja, açúcar e boi. 
Neste contexto, conforme a metodologia proposta pela EMBRAPA às 
cadeias produtivas do agronegócio são caracterizadas por possuírem cinco 
segmentos que envolvem os seguintes atores: 
a) Fornecedores de Insumos: referem às empresas que têm por finalidade 
ofertar produtos tais como: sementes, calcário, adubos, herbicidas, fungicidas, 
máquinas, implementos agrícolas e tecnologias. 
b) Agricultores: são os agentes cuja função é proceder ao uso da terra 
para produção de commodities tipo: madeira, cereais e oleaginosas. Estas 
produções são realizadas em sistemas produtivos tipo fazendas, sítios ou 
granjas. 
c) Processadores: são agroindustriais que podem pré-beneficiar, 
beneficiar, ou transformar os produtos in-natura. Exemplos: (a) pré-
beneficiamento - são as plantas encarregadas da limpeza, secagem e armazém 
de grãos; (b) beneficiamento - são as plantas que padronizam e empacotam 
produtos como: arroz, amendoim, feijão e milho de pipoca; (c) transformação - 
são plantas que processam uma determinada matéria prima e a transforma em 
produto acabado, tipo: óleo de soja, cereal matinal, polvilho, farinhas, álcool e 
açúcar. 
d) Comerciantes: Os atacadistas são os grandes distribuidores que 
possuem por função abastecer redes de supermercados, postos de vendas e 
mercados no exterior. Enquanto os varejistas constituem os pontos cuja função 
é comercializar os produtos junto aos consumidores finais. 
e) Mercado consumidor: é o ponto final da comercialização constituído por 
grupos de consumidores. Este mercado pode ser doméstico, se localizado no 
país, ou externo quando em outras nações. 
 
 
Figura 1: Representação esquemática de uma cadeia produtiva de produto de origem vegetal, 
segundo metodologia da EMBRAPA. Fonte: https://betaeq.com.br 
 
Conforme a figura, os atores do sistema cadeia produtiva estão sujeitos a 
influências de dois ambientes: institucional e organizacional. O ambiente 
institucional refere aos conjuntos de leis ambientais, trabalhistas, tributárias e 
comerciais, bem como, as normas e padrões de comercialização. Portanto, são 
instrumentos que regulam as transações comerciais e trabalhistas. 
O ambiente organizacional é estruturado por entidades na área de 
influência da cadeia produtiva, tais como: agências de fiscalização ambiental, 
agências de créditos, universidades, centros de pesquisa e agências 
credenciadoras. 
As agências credenciadoras podem ser órgãos públicos como às 
secretarias estaduais de agricultura ou empresas privadas. Essas em alguns 
casos possuem a função de certificar se um determinado seguimento da cadeia 
atende quesitos para comercialização e/ou exportação. 
Isso ocorre, por exemplo, na certificação de: (i) produtos com Identidade 
Preservada – IP; e (ii) segmentos da cadeia produtiva quanto aos atendimentos 
de padrões de qualidade internacionais, tais como as séries ISO 9000. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS CADEIAS DE PRODUÇÃO 
 
As cadeias produtivas apresentam algumas características comuns, 
relacionadas ao seu funcionamento. As principais são: 
- Visão Sistêmica: a análise estrutural e funcional do processo produtivo 
afasta-se da análise setorial, centrando-se na visão sistêmica, o que ocorre 
devido às inter-relações existentes entre os elos. Os processos não ocorrem 
isoladamente, mas sim de forma interativa; 
- Elevação do processo de divisão do trabalho: cada elo é responsável por 
uma parte do processo produtivo, o que reflete na intensificação da divisão do 
trabalho, que, por sua vez, proporciona uma melhor identificação das diversas 
atividades da cadeia; 
- Interdependência dos elos: assim como os processos, os agentes 
econômicos da cadeia também são interdependentes, agindo de forma interativa 
dentro do sistema; - Padrões de comportamento: à medida que o processo de 
interdependência se intensifica, padrões de comportamento podem ser 
observados entre os agentes da cadeia; 
- Dinâmica Empresarial: o desenvolvimento das atividades, em termos de 
cadeias, tem exigido do produtor rural maior eficiência, produtividade e 
qualidade, levando-o a absorver as novas tecnologias e a desenvolver 
competências essenciais para sua inserção à Globalização Econômica; 
- Equidade: algumas características anteriormente citadas 
(principalmente a visão sistêmica e a interdependência dos elos) sugerem que 
deve haver crescimento conjunto entre os integrantes da cadeia e, 
consequentemente, equidade na apropriação dos recursos, afinal, se o sistema 
cresce, todos os seus componentes devem crescer proporcionalmente. No 
entanto, apesar de sua plausibilidade teórica, na prática, esta característica nem 
sempre é comprovada, uma vez que os agentes econômicos interagem no 
mercado sob diferentes condições, sendo que os elos crescem em proporções 
desiguais. 
A dinâmica das cadeias de produção traz uma série de vantagens ao 
produtor, de modo que os principais objetivos do desenvolvimento do processo 
produtivo em cadeia são: redução de custos, ganhos em competitividade de 
preços, elevação do nível de qualidadedos produtos, maior rapidez na produção, 
diferenciação dos produtos, maior agregação de valor, desenvolvimento de 
procedimentos voltados à sustentabilidade e inserção das atividades 
agropecuárias no mercado globalizado. 
 
APLICABILIDADE DO CONCEITO DE CADEIA PRODUTIVA 
 
O entendimento do conceito de cadeia produtiva possibilita: (1) visualizar 
a cadeia de forma integral; (2) identificar as debilidades e potencialidades; (3) 
motivar o estabelecimento de cooperação técnica; (4) identificar gargalos e 
elementos faltantes; e (5) certificar quanto aos fatores condicionantes de 
competitividade em cada segmento. 
Sob a ótica de cada participante, elemento da cadeia, a maior vantagem 
da adoção do conceito está no fato de permitir entender a dinâmica da cadeia, 
principalmente, na compreensão dos impactos decorrentes de ações internas e 
externas, respectivamente. 
Por exemplo, no caso de ações internas pode ser citado o efeito 
decorrente da organização de agricultores em cooperativas. Nesta situação por 
meio das cooperativas os associados: (i) compram e comercializam insumos, (ii) 
armazenam e comercializam commodities, e (iii) beneficiam ou transformam 
matérias primas. Isto geralmente imprime maior grau de competitividade para o 
grupo de associados. 
Como ações externas podem ser citadas os impactos decorrentes, por 
exemplo, da: (i) alteração ou criação de alíquotas de impostos, (ii) imposição de 
barreiras alfandegárias aos produtos destinados a exportação, (iii) normatização 
de procedimentos de classificação, e (iv) definição de exigências por parte do 
mercado consumidor quanto aos padrões de qualidades física, sanitária e 
nutricional. 
 
FORMATAÇÃO DE CADEIAS PRODUTIVAS 
 
A constituição das cadeias produtiva não segue padrões pré-
estabelecidos. Pois, cada arranjo depende de inúmeras variáveis, que 
normalmente estão associadas aos contextos regionais e as exigências de 
mercado. No caso específico das cadeias produtivas de produtos de origem 
vegetal são apresentados dois exemplos nas Figuras 2 e 3. 
Na Figura 2 é representada uma cadeia produtiva dedicada. Isto significa 
que fluxos de insumos, matérias primas, produtos e capitais, bem como, os 
repasses de tecnologia ocorrem sob regências contratuais. E estes são 
estabelecidos para garantir a fidelidade entre os segmentos e elementos da 
cadeia. 
Sob esse cenário são definidas estratégias para o estabelecimento de 
competitividade e o uso dos recursos de logística. É amplamente reconhecida, 
que a cooperação entre os segmentos e elementos da cadeia é a ferramenta 
mais eficaz para o sucesso no mercado interno e externo. Ou seja, quanto mais 
efetiva é a cooperação; maiores são presença de mercado e competitividade. 
Na Figura 3 é representada uma cadeia produtiva com integração 
horizontal. Neste caso os elementos de um dado segmento podem executar a 
mesma função em várias cadeias, como também, vários elementos podem 
executar a mesma função em um dado segmento. Nesse caso, há maior 
liberdade dos elementos quanto ao repasse de produtos. No entanto, isto faz 
requerer maior grau de capitalização e de capacidade gerencial dos elementos. 
 
Figura 2: Representação de uma cadeia produtiva tipo dedicada. Fonte: http://www.agais.com 
 
 
Figura 3: Representação de uma cadeia produtiva com integração horizontal. Fonte 
http://www.agais.com 
 
 Logística pode ser conceituada como: 
a) “Logística - é o processo de planejar, implementar e controlar, 
eficientemente, ao custo correto, (i) o fluxo e armazenagem de matérias-primas, 
(ii) o estoque durante a produção e produtos acabados, e (iii) as informações 
relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo. 
Isto visando atender aos requisitos do cliente”. (Council of Logistics 
Management) 
b) Logística - É o sistema de administrar qualquer tipo de negócio de forma 
integrada e estratégica; planejando e coordenando todas as atividades, 
otimizando todos os recursos disponíveis, visando o ganho global no processo 
no sentido operacional e financeiro. (Definição de Marcos Valle Verlangieri, 
diretor do Guia Log). 
c) Logística Empresarial - Trata-se de todas as atividades de 
movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto 
de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos 
fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito 
de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. 
(Definição de Ronald H. Ballou em seu livro "Logística Empresarial") 
 Portanto, ao sumarizar estes conceitos, tem-se que: Logística é um 
conjunto de métodos de controle contábil, tributário, financeiro e operacional dos 
fluxos de matérias primas e produtos acabados deste os pontos de fornecimento 
até os pontos consumidores, envolvendo fatores, tais como: estruturas de 
armazenagem; plantas de pré-beneficiamento, beneficiamento, ou de 
transformação, estações de transbordos, modais de transporte e meios de 
comunicação. 
 Ao ser analisado os conceitos de logística e cadeia produtiva pode ser 
concluído que estes são indissociáveis. Uma vez que logística implica em 
promover a dinâmica entre os elementos de uma cadeia produtiva de tal forma 
estabelecer tráfegos de informações, recurso financeiro, matérias prima e 
produtos acabados. 
 O estabelecimento da logística no que refere ao tráfego de informação 
implica no uso de meios de comunicação como a escrita, correios, telefonia, 
internet, rádio e televisão. Assim são estabelecidas formas de comunicação que 
podem abordar situações, tais como: (i) a divulgação de normas, (ii) a emissão 
de pedidos de compra, (ii) a reclamações do mercado consumidor quanto ao não 
atendimento de padrões, e (iii) a realização de campanhas publicitárias com o 
objetivo de aumentar as vendas. 
 O tráfego de recursos financeiros em um sistema de logística refere-se a 
fatores, tais como: a lógica do fluxo de ordens de pagamento, o pagamentos de 
tributos, o estabelecimento de contratos futuros e as operações de câmbio. 
 No que se refere ao tráfego de matérias primas e produtos acabados são 
empregados os transportes por via aérea, terrestre e aquaviária. O emprego da 
modalidade aérea no Brasil é aplicada ao transporte de produtos perecíveis 
como frutas, exemplo mamão no estado do Espírito Santo, e pescados in natura. 
 Por via terrestre são empregados os modais rodoviários e ferroviários. O 
modal rodoviário é caracterizado pela (i) maior flexibilidade na escolha de rotas 
em razão da densidade das malhas viárias existentes; (ii) a flexibilidade de 
horários devido a não existência de esquemas rígidos de controle de tráfego; (iii) 
a possibilidade de efetuar o transporte deste o ponto de partida ao de chegada 
sem necessidade de transbordo; (iv) a possibilidade de integrar a sistemas 
intermodal e multimodal; e (v) alto custo de manutenção dos veículos e dos eixos 
de transporte. O modal ferroviário caracteriza por possuir grande capacidade de 
carga em relação ao seu custo operacional, pois com 1 litro de óleo diesel, um 
caminhão pode desloca 30 t por 1 km, enquanto que um trem movimenta 125 t 
por 1 km. No transporte de commodites agrícolas tem sido caracterizado pelo 
transporte intermodal rodoferroviário, em que são utilizadas estações de 
transbordo em que são descarregados os caminhões e carregados os vagões. 
 Quanto ao transporte aquaviário os modais empregados são marítimos e 
hidroviários. O marítimo tem sido empregado para cargas como carnes 
congeladas, madeira e grãos. E o hidroviário para madeira e grãos. 
 O estabelecimento da forma de transporte apropriada para uma dada 
carga fundamenta-se escolha do modal, sendo necessário considerar: (i) o 
tamanho do lote – o que pode ser expresso em unidade de volume ou de peso; 
(ii) a quantidade de lotes a serem carreados por um dado eixo de transporte, oque define a densidade de transporte que é expressa em toneladas por 
quilometro; (iii) à distância a ser percorrida, e (iv) as características da 
mercadoria, tais como: valor, perecibilidade e periculosidade. 
 
ESTUDO DE CADEIAS PRODUTIVAS E SISTEMAS LOGÍSTICOS 
 
Para o estudo, análise, planejamento e gerenciamento de cadeias 
produtivas e sistema logístico é importante o entendimento dos seguintes 
conceitos: sistema e engenharia de sistemas. 
a) Sistema 
Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos que interagem 
segundo uma lógica para o alcance de uma ou mais metas. Assim, por exemplo, 
no caso de uma fábrica, os elementos são as diversas máquinas (estações de 
trabalho) dispostas segundo um fluxograma lógico em que a meta é a fabricação 
de um ou mais tipos de produtos. 
Essa definição está altamente relacionada aos propósitos de estudo de 
sistemas e implica em: entender, analisar, projetar, modificar, preservar, e se 
possível controlar a performance. Para atingir estes objetivos é necessário no 
estudo de sistema: (i) selecionar o conjunto de elementos de acordo com os 
objetivos do estudo, (ii) estabelecer a inter-relação dos elementos, (c) definir a 
fronteira do sistema, e (iv) selecionar a variáveis de interesse. Se assim for feito, 
todos fatos de interesse serão englobados no estudo. 
Considerando os aspectos abordados, o complexo logística e cadeia 
produtiva constitui um sistema. Deste modo, para a condução de estudos deste 
complexo devem ser utilizados os mesmos ferramentais empregados no estudo 
de sistemas. 
b) Engenharia de Sistemas 
O termo Engenharia de Sistemas pode ser definido como a arte de 
planejar, implementar, operacionalizar e gerenciar sistemas produtivos de forma 
otimizada considerando fatores de ordem operacional, econômica e ambiental. 
Para tanto, devido à complexidade dos sistemas reais devem ser empregados 
ferramentais de Pesquisa Operacional - PO. 
Pesquisa Operacional – PO (Researches Operations - RO) pode ser 
definida como o ramo da matemática que disponibiliza ao homem, o tomador de 
decisão, uma coletânea de ferramentas que possibilitam a modelagem de 
sistemas reais. As ferramentas podem ser técnicas de controle de processo 
(estatística aplicada), programação linear, teoria de jogos, redes neurais e 
simulação de processos. 
No caso específico da simulação, a sua adoção tem trazido benefícios, 
tais como: (a) previsão de resultados na execução de uma determinada ação, 
(b) redução de riscos na tomada decisão, (c) identificação de problemas antes 
mesmo de suas ocorrências, (d) eliminação de procedimentos em arranjos 
industriais que não agregam valor, (e) redução de custos com o emprego de 
recursos (mão-de-obra, energia, água e estrutura física), (f) revelação da 
integridade e viabilidade de um determinado empreendimento em termos 
técnicos e econômicos, e (g) condução de experimentos tipos: análise de 
sensibilidade, comparação de cenários, otimização e simulação de Monte Carlo. 
Para o uso da técnica de simulação é necessária a implementação de 
modelos. Estes tratam da descrição da lógica do funcionamento de sistemas 
reais. Para a implementação dos modelos em computadores são utilizadas: (a) 
linguagens de programação, como: FORTRAN, Visual Basic, C e PASCAL, ou 
(b) linguagens de simulação, como: SLAM, GPSS, GASP, POWERSIM, ARENA 
e EXTEND. 
 
OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTUDO DE CADEIAS 
PRODUTIVAS E SISTEMAS LOGÍSTICOS 
 
 Para o estudo e análise de cadeias produtivas e sistemas logísticos 
devem ser implementadas as seguintes ações: (1) identificar os elementos e 
tipificar suas funções - o que implica em destacar qual é o produto final de cada 
segmento; (2) compor a lógica de ligação e inter-relação de cada elemento 
considerando os passos anteriores e subsequentes; (3) compreender os fluxos 
produtos ao longo da cadeia; (4) compor as matrizes de custo; (5) identificar para 
cada ponto às parecerias e as concorrências; (6) delimitar os limites do sistema; 
(7) especificar recursos em termos humanos, insumos, tecnologias e capital; e 
(6) identificar os gargalos do sistema. 
Neste cenário, por exemplo, podem ser estabelecidas metas, tais como: 
a) Promover o aprimoramento dos métodos de produção e 
comercialização. Isto requer adoção de novas tecnologias e técnicas de 
gerenciamento. 
b) Identificar e desenvolver novos serviços e funções para uma dada 
commodity. Isto pode configurar, por exemplo, na: (i) organização e treinamento 
dos fornecedores para o atendimento dos padrões de comercialização; (ii) 
introdução de inovações tecnológicas, (iii) promoção de exportação, e (iv) 
reorientações de pesquisas e práticas extensionistas. 
c) Promover inovações nas atividades agrícolas. Produtos de alto valor 
comercial requerem a constante inovação tecnológica. Isto é uma consequência 
natural devido às exigências do mercado, o que ocorre devido a forte 
concorrência entre os fornecedores. 
d) Gerenciar os métodos de controle de qualidade. Programas de 
alimentos seguros utilizam o conceito de cadeia produtiva para verificar os 
fatores que impactam negativamente a qualidade física, sanitária e nutricional, 
ao longo da cadeia. Neste caso, pode ser aplicada a técnica APPCC - Análise 
de Perigos em Pontos Críticos de Controle (HACCP –Hazard Analysis and 
Critical Control Point). Esta tem por objetivo identificar e controlar 
sistematicamente os perigos que podem afetar a saúde do consumidor. Isto pode 
ser realizado por meio: (a) do uso do manual BPF - Boas Práticas de Fabricação, 
que descreve normas de higiene pessoal, limpeza e sanitização de instalações 
agroindustriais; (b) da adoção do MIP - Manejo Integrado de Pragas; e (c) da 
observância de normas de segurança no trabalho. 
 
INSERÇÃO DE EMPREENDIMENTOS 
 
Tendo em vista o supra descrito são apresentados a seguir aspectos que 
devem ser observados quando da avaliação da inserção de um empreendimento 
em uma dada cadeia produtiva: 
 • Ter conhecimento da tecnologia a ser empregada para imprimir a 
qualidade física, nutricional e sanitária ao produto a ser ofertado. 
• Ater as tendências de mercado. Por exemplo, na atualidade está em 
voga questões como a comercialização de produtos transgênicos ou orgânicos, 
como também, a definição de parâmetros para o credenciamento de identidade 
preservada – IP. 
• Avaliar os graus de cooperação e integração entre os elementos da 
cadeia, principalmente no ponto de inserção. 
• Identificar os fornecedores de insumos, tais como: defensivos, 
maquinários, lenha, energia elétrica e gás. 
• Ater as exigências estabelecidas pelo ambiente institucional: leis 
ambientais, trabalhistas, tributárias e comerciais; e normas e padrões de 
comercialização. 
• Identificar as entidades participantes do ambiente organizacional: 
agências ambientais, instituições de crédito e seus programas de financiamento, 
agências credenciadoras (secretarias da agricultura e outras) e centros de 
pesquisa. 
• Proceder aos estudos de viabilidade operacional. Para tanto: (i) 
considerar os recursos de logística disponíveis - sistema comunicação, rodovias, 
ferrovias e redes de armazenagem; e (ii) empregar ferramentas de pesquisa 
operacional, tais como: programação linear e simulação. 
• Conduzir estudos de viabilidade econômica. Assim devem ser 
procedidas análises de riscos e incertezas, como também, a determinação dos 
seguintes parâmetros econômicos: VPL – valor presente líquido, TIR – taxa 
interna de retorno, relação custo benefício, e pay-back – tempo de retorno do 
capital. 
 
AGRONEGÓCIO 
 
 
Fonte: https://www.simnoticias.com.br 
 
No Brasil, cerca de 33% do PIB está, de algum modo, ligado às atividades 
do agronegócio, com ações de fabricação de insumos, produção de produtos 
agrosilvopastoris, ou processamento industrial dos produtos. 
Segundo estimativas de produção do CEPEA (Centro de Estudos 
Avançadosem Economia Aplicada), o Brasil se apresenta como um dos mais 
importantes produtores e exportadores do agronegócio mundial (CEPEA). Além 
dos dados, que por si só mostram a importância do setor, vale destacar o papel 
que o setor desempenha como pilar de sustentação da economia brasileira há 
mais de uma década. 
Em primeiro lugar pode-se citar o papel de âncora verde, desempenhado 
pelo setor quando da introdução do Real (moeda) na economia brasileira, pois 
com o Real valorizado, a inflação ficou controlada, geralmente em razão dos 
baixos preços praticados com os produtos primários. Num segundo momento, a 
agricultura sustentou o crescimento econômico, com excepcionais ganhos de 
produtividade que criaram emprego e renda na economia brasileira, amenizando 
os efeitos da crise econômica verificada em outros setores. 
Segundo dados do CEPEA, apesar do PIB brasileiro, de modo geral, 
mostrar um tendência à estagnação, devido à crise econômica, tal queda só não 
foi mais acentuada devido ao desempenho do agronegócio. 
Vale destacar que a agricultura e a pecuária brasileira foram de 
fundamental importância para o crescimento das exportações e a entrada de 
dólares na economia, contribuindo para a blindagem da mesma em relação às 
pressões especulativas externas. 
Assim, independente do grande volume de mão-de-obra ligada ao campo, 
o agronegócio brasileiro é uma área estratégica para qualquer política de 
desenvolvimento, e como tal deve ser tratado pelos órgãos oficiais. 
No Brasil, o Paraná é um dos estados que contribuem para a sustentação 
do agronegócio, pois é um dos principais produtores nacionais de vários 
produtos para mercados de exportação e consumo interno. Com uma economia 
fundamentada no agronegócio, o Estado está entre os três maiores produtores 
brasileiros de grãos e carnes. 
Dentro do estado, a região Noroeste destaca-se pela capacidade e 
variedade de setores do agronegócio. São inúmeras as atividades desenvolvidas 
na região, como a produção de soja, milho, mandioca, cana-de-açúcar, 
bovinocultura de corte e leite, entre outras. Além disso, o noroeste do Paraná 
conta ainda com várias empresas ligadas ao setor agropecuário, entre elas, 
usinas de açúcar e álcool, frigoríficos, receptoras e esmagadoras de grãos. Vale 
ressaltar ainda as diversas cooperativas agropecuárias sediadas ou atuantes na 
região. 
 
CADEIAS DE SUPRIMENTOS E REDES DE EMPRESAS 
 
Acompanhando a evolução social e cultural ocorrida durante os dois 
últimos séculos, as empresas mudaram de forma significativa, e por mais de uma 
vez, sua visão de mercado e, consequentemente, a forma de atuar nesse 
mercado. 
Esse movimento foi fundamental para as empresas na passagem do 
século XX para o século XXI, pois levou a uma nova realidade que marcou o 
atual modelo de concorrência. Ou seja, o modelo da virada do século inclui um 
novo elemento de competição até então pouco explorado, a figura da cadeia de 
suprimentos. 
Para aumentar a competitividade, as empresas passaram a trabalhar de 
forma coordenada com seus fornecedores e distribuidores, pois não lhes bastava 
a eficiência interna. Tal fato deu pela percepção de que muitas das falhas 
observadas se davam pela ineficiência de seus parceiros comerciais. 
Para eliminar tais situações, as empresas passaram a trabalhar de forma 
integrada com seus fornecedores e clientes, identificando as necessidades e 
expectativas destes e as carências e fragilidades daqueles. Esse estreitamento 
entre atores do processo produtivo permitiu a introdução do conceito de cadeia 
de suprimentos. 
A cadeia de suprimentos pode ser definida como a sequência integrada 
de produtores de matérias-primas, processadores de produtos intermediários, 
até a entrega do produto final ao consumidor. Esse processo de criação de 
parcerias entre empresas, ocorrido principalmente após a metade da década de 
90 do século XX, pela gestão conjunta de processos via gerenciamento da 
cadeia de suprimentos. 
 
 
ALGUNS EXEMPLOS DE CADEIAS PRODUTIVAS 
CADEIA PRODUTIVA DO CAFÉ 
 
 
Fonte: http://romiporafm.com.br/site/producao-de-cafe-deve-ser-a-maior-da-historia-com-quase-
60-milhoes-de-sacas/ 
 
A cadeia produtiva do café envolve três ramos principais de atividade: a 
produção do grão de café (arábica ou robusta), o café torrado e moído e os cafés 
solúveis. Os cafés podem ser divididos em dois segmentos principais, os cafés 
commodity e os cafés especiais (Gourmet, Estate Coffee, Orgânico e Fair Trade) 
De maneira mais precisa, a cadeia produtiva do café pode ser dividida em: 
1) Fornecedores de insumos para a produção agrícola; 2) Produtores rurais; 3) 
Cooperativas; 4) Corretores; 5) Indústria de Torragem e Moagem; 6) Indústria de 
solúvel; 7) Exportadores de café verde; 8) Atacado interno e Atacado externo; 9) 
Consumidor interno; 10) Indústria externa; e 11) Consumidor externo. 
A cadeia produtiva do café é pouco ramificada e compreendê-la é uma 
tarefa relativamente simples. Ela é dividida em três ramos principais: produção 
de grãos, indústrias de torrefação e moagem e, por fim, o elo das indústrias 
produtoras de café solúvel. O café verde, uma vez produzido, poderá seguir 
diversas trajetórias, podendo ser exportado em grão diretamente pelo produtor 
ou por intermédio de cooperativas e corretores. Se não for exportado, o grão 
poderá passar por beneficiamento, sendo utilizado por indústrias de torrefação e 
moagem ou pelas indústrias de café solúvel. 
Em sendo utilizado pelas torrefadoras, o processo é simples. O café é 
torrado, moído e posteriormente vendido ao consumidor final no mercado interno 
ou externo. Por outro lado, a indústria de solúveis produz cafés em pó e grânulos 
e tem sua produção voltada ao mercado externo. Este setor, diferentemente do 
elo da torrefação e moagem, é caracterizado por um pequeno número de 
empresas, mas de grande porte, em uma estrutura oligopolizada. 
Funcafé 
O setor cafeeiro conta com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - 
Funcafé, criado pelo Decreto-Lei nº 2.295/86 e estruturado pelo Decreto nº 
94.874/87, que se destina ao desenvolvimento de pesquisas, ao incentivo à 
produtividade e produção, à qualificação da mão de obra, à publicidade e 
promoção dos cafés brasileiros, apoiando a competitividade ao negócio café, 
com linhas de crédito para financiamentos do custeio, estocagem, e aquisição 
de café, e capital de giro para cooperativas, indústrias de torrefação solúvel e 
exportadores. 
A organização do setor está estruturada no Conselho Deliberativo da 
Política do Café - CDPC, instância colegiada e deliberativa, presidido pelo 
Ministro do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA e, conta 
com assessoramento de quatro Comitês Diretores. As entidades privadas são 
representadas pelo Conselho Nacional do Café - CNC, que representa os 
produtores e cooperativas do setor cafeeiro, a Confederação da Agricultura e 
Pecuária do Brasil - CNA, representante dos produtores, a Associação Brasileira 
da Indústria de Café - ABIC, congregando as indústrias de torrefação e moagem, 
a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel - ABICS, agregando as 
indústrias de café solúvel e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - 
CECAFE, reunindo as empresas exportadoras de café. 
Para a safra 2018, as linhas de crédito para financiamento com recursos 
do Funcafé, são de R$ 4,9 bilhões para as finalidades de Custeio, Estocagem da 
produção, Aquisição de Café, Capital de Giro para Indústrias de Torrefação, de 
Solúvel, Cooperativas de Produção e, também para Recuperação de Cafezais 
Danificados. 
Com essas linhas de crédito o Funcafé atende, anualmente, a certa de 
8.000 produtores e cooperativas. 
 
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE 
 
 
Fonte: https://www.diariodaamazonia.com.br 
 
O processo de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite no Brasil teve 
início com a crise de 1929, através da substituição dasimportações, e com a 
expansão do mercado consumidor, trazida pela acelerada urbanização. Nos 
anos 40, várias cooperativas e empresas experimentavam as primeiras 
intervenções do governo em seus preços. 
Nas décadas de 50 e 60, começaram a passar por um processo de 
transformação, com a implementação das estradas, a instalação da indústria de 
equipamentos, surgimento do leite B, as inovações nas embalagens 
(descartáveis) e a vinda das multinacionais que deram um novo impulso ao 
segmento industrial. 
Porém, foi no início da década de 90 que ocorrem grandes avanços neste 
processo de industrialização, uma vez que nesse período começa a ocorrer 
maior abertura de mercado, influenciando profundamente no desempenho da 
cadeia, o que por consequência torna o sistema cada vez mais competitivo, 
sendo que o governo passa a interferir cada vez menos neste setor, ficando a 
formação de preço em função das leis de mercado da oferta e da procura por 
este produto. O incremento na utilização de tecnologias no agronegócio também 
vem sendo cada vez mais importante para o seu desenvolvimento, o que tem 
sem dúvida alguma influenciando diretamente na competitividade da cadeia. 
Além da abertura de mercado ocorrida nos anos 90, outro fator que 
influenciou significativamente o aumento do consumo do produto foi o 
desenvolvimento das embalagens “tetra pak” (leite integral), que proporcionou 
maior período de validade para seu consumo, tendo em vista que uma das 
grandes dificuldades que interferem diretamente na produção do leite é sua alta 
perecibilidade, ao contrário de outros produtos agrícolas, como exemplo do milho 
e soja, os quais armazenados adequadamente in natura, podem permanecer 
estocados por um grande período de tempo até o seu consumo. 
A produção do leite no Brasil está associada principalmente a dois 
setores: de um lado os produtores altamente tecnificados, com rebanhos leiteiros 
e equipamentos especializados para a produção; de outro, os produtores não 
especializados, que se utilizam dos rebanhos de corte para a produção do leite, 
o que, em contrapartida, influencia diretamente na produção média no país. 
Dentre os principais representantes da cadeia produtiva do leite, podemos 
considerar quatro categorias: primeiramente os fornecedores, os quais fornecem 
insumos, máquinas e equipamentos aos produtores; em segundo estão os 
produtores rurais, que podem ser divididos em especializados e não 
especializados; em terceiro a indústria, a qual influencia significativamente na 
cadeia, já que tem o papel de coletar o produto junto aos produtores e ao mesmo 
tempo distribuí-los aos varejistas, supermercados e padarias, os quais são 
considerados o quarto e último elo na categoria deste sistema agroindustrial. 
 
 
 
 
CADEIA PRODUTIVA DA PECUÁRIA DE CORTE 
 
Fonte: https://sistemafaep.org.br/o-diagnostico-da-pecuaria-de-corte-2 
 
De uma maneira geral, a cadeia agroindustrial de carne bovina é formada 
pela indústria de insumos, pecuaristas, indústrias de abate e preparação da 
carne, distribuidores (atacadistas e varejistas) e consumidores finais (internos e 
externos), além das atividades de pesquisa, atividades de apoio e sistema 
financeiro. 
A indústria de insumos é representada por três segmentos: alimentação 
animal, indústria de medicamentos e de genética animal. A atividade de pecuária 
também pode ser dividida em três segmentos: cria (produção de bezerros), recria 
(cria de bezerros e novilhos) e engorda (terminação dos animais para abate). 
Geralmente essas atividades localizam-se na mesma propriedade, mas como o 
uso dos fatores de produção é distinto em cada uma delas, há ganhos na 
localização de cada atividade em regiões em que esses fatores sejam mais 
abundantes. 
Já o segmento de abate e processamento enfrenta o efeito da excessiva 
influência e capacidade de pressão das grandes redes de supermercados, que 
gradativamente vêm aumentando seu poder de barganha no mercado de carnes. 
Esse fator, acrescido do aumento do consumo de outras carnes, principalmente 
de carne branca, tem afetado o poder de mercado e a rentabilidade do segmento 
de abate e processamento, que, tradicionalmente, regulava o mercado de carne 
bovina no país, sendo responsável pela sua organização. 
O segmento representado por atacadistas e varejistas é formado por 
entrepostos revendedores atacadistas, que comercializam a carne ao varejo 
(supermercados, açougues e 'boutiques'), sendo posteriormente 
comercializadas ao consumidor final. Este, por sua vez, é tido como o agente 
direcionador de tendências e mantenedor financeiro de toda a cadeia, pois dele 
partirá, à montante do sistema produtivo, o fluxo de recursos que o fará 
funcionar. É no atendimento de todos os seus desejos e necessidades que as 
ações dos agentes do sistema deverão estar fundamentadas. 
Paralelamente a esses segmentos, algumas outras atividades de apoio 
são fundamentais, como o sistema financeiro, políticas governamentais, 
indústria de embalagens, aditivos, sistemas de inspeção sanitária, transportes, 
sistema de pesquisa e desenvolvimento (P&D), associações de classe, políticas 
de comércio exterior e políticas de renda. 
Como principais produtos dessa atividade destacam-se a carne in natura, 
em cortes, o porcionado (produto destinado principalmente ao mercado externo) 
e os enlatados. 
O ambiente organizacional dessa cadeia agroindustrial é formado pelas 
associações, órgãos de pesquisa e desenvolvimento, sindicatos, entre outros. 
Apesar de não haver uma nítida representação da cadeia por alguma associação 
ou agente, alguns destes possuem maior destaque, seja no âmbito estadual ou 
nacional, como é o caso do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), 
representando os produtores de gado de corte no país, ou dos Fundos de 
Desenvolvimento da Pecuária, de vários estados, os quais são formados com a 
parceria entre o setor público e privado para o desenvolvimento da pecuária do 
Estado de São Paulo. 
O grande número de entidades de classe e associações na cadeia 
agroindustrial de carne bovina com diferentes interesses, e sem uma liderança 
clara, é um dos fatores responsáveis pela baixa coordenação entre os agentes 
formadores desta cadeia, tendo como consequências mais diretas a perda de 
competitividade de todo o sistema. 
 
CADEIA PRODUTIVA DA AVICULTURA DE CORTE 
 
Fonte: http://ruralpecuaria.com.br 
 
A cadeia avícola nacional pode ser desmembrada em três importantes 
áreas: produção de insumos, industrialização e comercialização/distribuição. Em 
relação à produção de insumos, imperam três principais atividades responsáveis 
pelo fornecimento de matérias à indústria: produção de nutrição, medicamentos 
e genética animal. A produção de insumos vegetais vem aumentando nos 
últimos anos, pois para a exportação de carnes, principalmente frango e 
derivados, a alimentação dos animais deve ser predominantemente de alimentos 
de origem vegetal. 
Na área da genética animal, o Brasil possui dependência de empresas 
estrangeiras em relação à importação de avós, como a Hybro norte-americana, 
Agroceres-Ross e CobbVantress Brasil – subsidiária da Cobb-Vantress Inc., por 
não possuir o desenvolvimento interno de linhagens, realizando no Brasil apenas 
atividades de cruzamentos e melhoramentos. 
No sistema de industrialização predominam empresas que realizam parte 
substancial do processo produtivo, ou seja, empresas que compram as matrizes, 
fazem a recria, produzem os ovos, mantêm o controle sobre os incubatórios, 
produzindo os pintinhos de um dia, integram o sistema de produção de frangos 
e realizam o abate e todo o processo de industrialização. 
O sistema de distribuição de frango e derivados consiste de unidades 
atacadistas e de unidades de comércio varejista. Devido à perecibilidade do 
produto, as unidades atacadistas são controladas pela firma proprietária do 
frigorífico/abatedouro, via integraçãoou concessão de franquias. Sua estrutura 
consiste de filiais nos principais centros consumidores, com câmaras frias, frota 
de veículos para distribuição local e equipe de vendedores. As unidades de 
comércio varejista são independentes. Geralmente, o fluxo de produtos ocorre 
diretamente dos abatedouros para grandes estabelecimentos de varejo, ou, no 
caso de exportação, diretamente para os navios com containeres fechados e 
inspecionados no próprio abatedouro. 
O principal produto da cadeia ainda é o frango inteiro, congelado ou 
resfriado, mas, acompanhando a tendência internacional, a participação dos 
cortes de frango e frango industrializado vem crescendo. Apesar de ser um 
produto homogêneo, sendo basicamente uma commodity, o frango inteiro ou em 
partes pode apresentar diferenciações conforme o mercado a que se destina. 
Para exemplificar pode-se citar: o mercado do Oriente Médio que adquire frangos 
inteiros de pequeno tamanho (em torno de 1 kg); o mercado argentino prefere 
frangos grandes (2,5 kg) com a carne amarelada; o mercado asiático adquire 
partes de frangos cortadas de modo característico etc. 
No Brasil, especificamente, o preço é variável fundamental de decisão de 
compra por parte do consumidor. Os principais produtos industrializados, que, 
por possuírem maior valor agregado, são utilizados pelas empresas mais 
modernas para atender à parcela da população com maior poder aquisitivo, são: 
hambúrguer, pastas, pedaços empanados, salsichas etc. Os subprodutos são as 
farinhas de carne, de pena e de sangue, que se destinam a integrar a própria 
ração das aves (nos casos em que ainda não é exigido somente alimentos de 
origem vegetal) ou para a alimentação de outros animais (cães, principalmente). 
O sistema de criação intensiva provocou uma revolução na organização 
da produção, permitindo pela primeira vez a consolidação de estruturas 
produtivas em moldes industriais, o que levou a avanços contínuos nas 
economias de escala. Consequentemente, houve uma queda nos preços 
relativos do frango, tanto em relação a outros tipos de carne como em relação 
aos índices gerais de preços. 
Sobre a organização das atividades de criação de matrizes e de frangos, 
esta é condicionada por determinantes naturais de ordem sanitária e de 
crescimento das aves, como o risco de ataque de doenças, que eleva a 
mortalidade, e a ação de microorganismos não específicos, que reduz a taxa de 
conversão alimentar e de crescimento. Por esse motivo, o sistema de criação de 
matrizes deve cercar-se de cuidados sanitários, devendo estar isolado de 
criações de outros tipos de animais (aves principalmente) e de centros urbanos. 
As granjas de frango devem estar dispersas geograficamente, em raios de 
distâncias que considerem tanto o requisito sanitário como o custo de transporte, 
visando formar um cinturão em torno do abatedouro e da fábrica de ração. Além 
da dispersão espacial, para evitar a transmissão de doenças e microorganismos 
de um lote para outro, após o término de cada lote de aves as granjas devem 
ser submetidas a um vazio biológico de cerca de 15 dias antes de receber novo 
lote. 
Em relação à produção de matrizes, tem-se procurado ajustar o 
instrumental da biologia molecular para a obtenção de aves com melhores 
características genéticas. O uso da seleção assistida por marcadores (MAS), 
para citar uma das técnicas que já vem sendo utilizada em plantas e também em 
suínos para a localização de genes (de resistência a doenças, por exemplo), 
depende, no caso das aves, da identificação de marcadores em número 
suficiente para fazer com que o método seja viável. Já se conhece cerca de 
setecentos marcadores e os mais importantes são aqueles relacionados a genes 
que controlam a gordura dos frangos de corte e traços de desempenho de 
poedeiras. Entretanto, mesmo com os grandes avanços da biologia molecular, a 
seleção convencional continua ainda possuindo grande importância para o 
melhoramento genético em aves. 
As granjas de matrizes, pela facilidade de transporte de pintos de um dia 
em veículos climatizados, podem situar-se em maior distância das granjas de 
frango, para atender à condição sanitária e à eventual necessidade de 
especialização dessa atividade. 
Uma vez atingida a idade e peso adequados, em função da taxa de 
conversão alimentar e de requisições do mercado, o frango deve ser 
imediatamente abatido, sob pena de queda de desempenho na conversão. Os 
custos de transporte de frango vivo e os problemas de quebra de peso em 
transporte a longa distância, também são importantes na determinação do 
arranjo organizacional da produção. 
A localização do sistema de criação deve levar em conta os custos de 
transporte, disponibilidade de mão de obra, e a dispersão das granjas, de forma 
a prevenir problemas sanitários e a não encarecer o transporte interno. 
A favor da localização pelo mercado consumidor está a vantagem de 
oferecer o produto resfriado, que é perecível, tendo curto prazo de validade 
(cerca de 10 dias), e o maior contato com o segmento de distribuição e com o 
mercado consumidor (Batalha e Souza Filho, 2001). 
 
CADEIA PRODUTIVA DA CANA DE AÇÚCAR 
 
 
Fonte: https://blog.strider.ag 
 
A produção de cana de açúcar iniciou-se no período colonial, e se 
transformou em umas das principais culturas brasileiras. O Brasil é responsável 
por mais da metade de todo o açúcar comercializado no mundo, sendo também 
o maior exportador de etanol (AGRIC, 2015). 
O Brasil é o maior produtor mundial de cana de açúcar, com mais de sete 
milhões de hectares plantados, produzindo mais de 480 milhões de toneladas de 
cana, colocando o País na liderança mundial em tecnologia de produção de 
etanol. Além de matéria-prima para a produção de açúcar e álcool, seus 
subprodutos e resíduos são utilizados para co-geração de energia elétrica, 
fabricação de ração animal e fertilizante para as lavouras (AGEITEC, 2015). 
Para a implantação de um canavial, deve se fazer um planejamento da 
área, realizando levantamento topográfico. Nos locais de plantio é feito a 
sistematização do terreno, no qual subdivide a área em talhões. Hoje em dia 
busca-se obter talhões planos mantendo linhas de cana com o grande 
comprimento para evitar manobras das máquinas, ganhando tempo. Os talhões 
de cana são subdivididos quanto a topografia e a homogeneidade do solo, com 
cerca de dez a vintes hectares (ROSSETO; SANTIAGO, 2015). 
Antes do plantio é necessário, planejar o plantio das mudas ou buscar no 
mercado um fornecedor adequado. O plantio da cana pode ser feito manual ou 
mecanizado. O plantio apresenta três etapas principais: corte de mudas; 
distribuição no sulco e corte dos colmos em pedaços menores, dentro do sulco. 
Entretanto, antes de se iniciar o plantio deve tomar alguns cuidados, que 
serão apresentados na sequência. 
Amostragem Do Solo E Escolha Da Cultivar: Após definir a área, fazer 
o preparo e a sistematização do terreno, o produtor deve coletar amostra de solo 
em cada talhão para análise com vistas às operações de correção do solo e 
adubação. 
É muito importante que, antes do plantio, o produtor escolha a cultivar que 
se adapta às características do local onde sua propriedade está estabelecida, 
com o objetivo de melhorar o aproveitamento dos recursos naturais e, 
consequentemente, aumentar a produtividade. Além de certificar-se se a cultivar 
esta sadia, se a cultivar escolhida é resistente às principais moléstias que podem 
ocorrer em canaviais. Após a escolha da cultivar, é importante, ainda, que o 
produtor verifique a procedência das mudas escolhidas, se são sadias e se 
realmente são da variedade escolhida. 
Época De Plantio: A escolha adequada da época de plantio é 
fundamental para o bom desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, que 
necessita de condições climáticas ideais para se desenvolver e acumular açúcar. 
Para seu crescimento, a cana necessita de altadisponibilidade de água, 
temperaturas elevadas e alto índice de radiação solar. A cultura pode ser 
plantada em três épocas diferentes: sistema de ano-e-meio, sistema de ano e 
plantio de inverno. 
Sistema de ano-e-meio (cana de 18 meses): A cana-de-açúcar é plantada 
entre os meses de janeiro e março. Nos primeiros três meses, a planta inicia seu 
desenvolvimento e, com a chegada da seca e do inverno, o crescimento passa 
a ser muito lento durante cinco meses (abril a agosto), vegetando nos sete 
meses subsequentes (setembro a abril), para, então, amadurecer nos meses 
seguintes, até completar 16 a 18 meses. Este período (janeiro a março) é 
considerado ideal para o plantio da cana-de-açúcar, pois apresenta boas 
condições de temperatura e umidade, garantindo o desenvolvimento das gemas. 
Essa condição possibilita a brotação rápida, reduzindo a incidência de 
doenças nos toletes. 
Sistema de ano (cana de 12 meses): Em algumas regiões, a cana-de-
açúcar pode ser plantada no período de outubro a novembro. Este sistema deve 
ser utilizado de forma restrita. 
- Vantagens: Quando se tem grandes áreas para plantio, uma segunda 
época de plantio facilita o gerenciamento e aperfeiçoa a utilização de máquinas 
e de mão-de-obra, que ficam subdivididas entre o período de plantio de cana de 
ano-e-meio e cana de ano. 
- Desvantagens: Menor produtividade que a cana de 18 meses, uma vez 
que a cana de ano tem apenas sete ou oito meses de crescimento efetivo (um 
verão); o preparo do solo para o plantio da cana de ano pode ser dificultado, uma 
vez que há pouco tempo para o preparo, incorporação do calcário e de outros 
corretivos etc. Logo após a colheita anterior é necessário arrancar as soqueiras 
para um novo plantio. Com o início da estação chuvosa, ocorrem poucos dias 
úteis para operações agrícolas e, se a área de plantio for muito grande, é 
necessária elevada quantidade de mão-de-obra nesse período e em algumas 
situações e para variedades floríferas, a utilização de inibidores de florescimento 
pode ser necessária. 
Plantio de inverno: com o uso da torta de filtro que contém cerca de 70 a 
80% de umidade, aplicada no sulco de plantio, é possível plantar a cana-de-
açúcar mesmo no período de estiagem. A torta fornece a umidade necessária 
para a brotação. Se ainda for feita uma fertirrigação com vinhaça, ou mesmo 
irrigação, o plantio da cana pode ocorrer durante o ano todo. 
Espaçamento e profundidade: A escolha do espaçamento tem grande 
importância, pois possibilita a otimização de atividades, como o uso intensivo de 
maquinas e colheita, além de melhor distribuir a planta, para que ela não esteja 
em um espaço limitado. 
O espaçamento adequado contribui para o aumento da produção, pois 
interfere favoravelmente na disponibilização de recursos como luz, água e 
temperatura – variáveis consideradas determinantes para que haja aumento de 
produção. O espaçamento do plantio deve variar de acordo com a fertilidade do 
terreno e as características da variedade recomendada. No caso da cana-de-
açúcar, o espaçamento entre sulcos pode variar de um metro a 1,8 m. 
Quantidade Necessária De Mudas: A quantidade de mudas varia entre 
10 a 15 toneladas por hectare. Na época de plantio adequada e a qualidade da 
muda é excelente, pode ser optar por menores quantidades de mudas. 
As mudas são canas jovens, com oito a dez meses, plantadas em 
condições ótimas, bem fertilizadas, com controle de pragas e doenças. É 
necessária a distribuição de ao menos 12 gemas por m de sulco. Para o plantio 
em épocas de estiagem, é necessário dar preferência para densidade de 15 a 
18 gemas por metro. 
Colheita: Corte manual: é o modo mais comum de colheita da cana-de-
açúcar, porém é alvo de muitas polêmicas relacionadas à queima da cana antes 
da colheita, que visa facilitar o corte, e apresenta uma desvantagem por precisa 
der muita mão de obra. 
Corte mecanizado: Estima-se que o corte mecanizado proporcione 
redução de cerca de 20% dos custos de produção, quando comparado com o 
corte manual. Entretanto, o corte mecanizado no Brasil ainda precisa ser 
aprimorado, pois as máquinas nacionais utilizadas nessa atividade ainda são, 
em sua maioria, precárias, apresentando baixo rendimento e necessitando 
frequentemente de manutenção 
Fase Industrial – Processamento: A cana-de-açúcar é a principal 
matéria-prima para a indústria sucroalcooleira brasileira. A agroindústria da cana 
envolve etapas, como: produção e abastecimento da indústria com matéria-
prima; gerenciamento dos insumos, resíduos, subprodutos e da versatilidade da 
produção - de açúcar ou álcool; armazenamento e comercialização dos produtos 
finais. Estas etapas devem ser executadas com o emprego de técnicas eficientes 
de gerenciamento (ALCARDE, 2015). 
A colheita, carregamento, transporte, pesagem, pagamento da cana pela 
qualidade, descarregamento e lavagem, são operações determinantes para um 
bom desempenho industrial. Estas etapas devem ser realizadas em sincronia 
com as operações industriais para que não ocorra sobre abastecimento, o que 
demanda armazenamento, com consequente queda na qualidade ou falta de 
cana para a moagem, ocasionando atrasos na produção. 
Após a colheita, a cana é transporta para a usina. Na indústria, a cana 
pode ter dois destinos: produção de açúcar ou de álcool. 
 
 
CADEIA PRODUTIVA DO MILHO 
 
 
Fonte: https://maissoja.com.br/seminario-reforca-cadeia-produtiva-do-milho-safrinha-no-
tocantins/ 
 
O milho é o principal macroingrediente para a produção de rações. Dada 
a importância na competitividade do mercado brasileiro de carnes, a produção 
do grão tem aumentado gradativamente (especialmente na segunda safra). 
Segundo dados da Conab, desde 1989/90, o volume de milho produzido no 
Brasil expandiu-se em mais de 30 milhões de toneladas. 
A produção brasileira de milho tem apresentado tendência de elevação 
desde o fim da década de 80. Fatores microeconômicos, como a maior 
rentabilidade – expressa por um aumento no preço recebido pelo produtor, 
associados a fatores macroeconômicos, como a desregulamentação da 
economia (menor intervenção estatal) e a eliminação de tarifas sobre produtos 
importados (Tratado de Assunção), conduziram a produção nacional de grãos a 
uma realidade mais competitiva. 
Expostos a maior competição com o milho importado, produtores 
brasileiros precisaram buscar aumentos contínuos de produtividade, o que 
ocasionou crescimento na produção nacional. O início da década de 90 foi um 
período caracterizado por importação maior de milho, principalmente dos países 
do Mercosul. Entre outros fatores, os incentivos à soja, os efeitos de escala 
decorrentes da maior produção e a disseminação da cultura pelo Brasil são 
responsáveis pelo aumento de produtividade do milho de segunda safra. 
De acordo com dados da Conab, a área plantada com milho safrinha 
expandiu em mais de 5 milhões de hectares desde 1989/90. As regiões Centro-
Oeste e Sul foram as grandes responsáveis pelo expressivo aumento na área 
plantada com milho safrinha. O incremento foi de mais de 3 milhões de hectares 
no Centro-Oeste e de 2 milhões de hectares no Sul. 
A produção brasileira de milho está concentrada nas Regiões Sul, Centro-
Oeste e Sudeste. Os quatro maiores Estados produtores (Paraná, Mato Grosso, 
Rio Grande do Sul e Minas Gerais) são responsáveis por mais de 50% da 
produção nacional. 
Apesar dos aumentos contínuos na produtividade do grão, a cadeia 
brasileira de milho ainda tem baixa expressão no mercado externo; o Brasil não 
é um exportador tradicional do grão. Assim, a produção brasileira segue a 
tendência determinada pelas condições do mercado doméstico, apresentando 
pouca interação com o mercado internacional. Da mesma maneira, a formação 
dos preços do milho no Brasil é grandemente influenciada por fatores do próprio 
mercado, sendo pouco afetada por movimentos no mercado mundial do grão.A formação dos preços internos do milho é dependente de condicionantes 
regionais de oferta e demanda, que vêm registrando alterações nos últimos anos 
com o crescimento significativo da produção de milho safrinha. 
Como a comercialização constitui o processo de ligação entre a produção 
e o consumo, a análise do inter-relacionamento dos segmentos intermediários a 
esse processo se torna fundamental para o entendimento do mercado. Entre as 
características desse sistema a serem destacadas, estão sua abrangência, no 
que diz respeito a produtos finais, e sua interação com os demais sistemas 
agroindustriais como insumo. Se por um lado o milho é empregado como 
matéria-prima em diversos produtos finais, em mercados distintos, por outro a 
maior parte do milho toma a forma de insumo em diversos outros sistemas 
agroindustriais, principalmente voltados à produção animal. 
A tendência de aumento no consumo de milho por parte da indústria de 
carnes deve ser mantida nos próximos anos. Tal fato se deve ao baixo uso de 
substitutos ao milho na alimentação animal (aves e suínos, principalmente) e às 
projeções de expansão dessas atividades. 
 
 
 
COOPERATIVAS 
 
 
Fonte: https://cooperativaempauta.com.br/o-que-e-cooperativa/cooperativas/ 
 
As cooperativas agroindustriais são organizações tradicionais no espaço 
rural. Criadas para dar respostas econômicas, são organizações que têm a 
capacidade de intervir na realidade social da população aí localizada. Em outras 
palavras, são intermediárias das economias de seus cooperados, procurando 
beneficiá-los com melhores condições de negociação de preços junto à indústria 
de insumos e com ganhos na venda de seus produtos. Pode-se também articular 
com diferentes atores do sistema para promover a agregação de valor. Assim, 
simultaneamente, a organização cooperativa tem entre seus objetivos ser um 
dos atores locais que cumpre inúmeras funções para promover melhores 
condições de vida para seus associados. 
 As cooperativas do ramo agropecuário representam cerca de 50% do 
Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do país e envolvem mais de um milhão de 
associados. São mais de 1.500 cooperativas agrícolas que geram 188.777 
empregos diretos demonstrando a significativa importância para a economia 
nacional (MAPA, 2017; OCB, 2017). As cooperativas podem fazer parte de uma 
Central integrando-se verticalmente na produção. Ou seja, produtores rurais, 
Cooperativas Singulares e Central fazem parte de um único sistema, conhecido 
como modelo federado, mediante o qual a produção dos associados (oferta) 
sofre processos de agregação de valor que lhes permitam atender à demanda 
de forma que se obtenham maiores benefícios para os cooperados. Trata-se, 
assim, de sistemas de coordenação entre dois ou mais estágios sucessivos de 
produção, tecnologicamente separáveis. 
 A relevante questão que se coloca é se o modelo federado de 
cooperativas vem dando conta de atender e prover tais benefícios almejados 
pelos cooperados e cooperativas, como redução de custos através de melhor 
poder de barganha na aquisição de insumos, melhoria na negociação com o 
mercado, em especial quando se trata de produtos perecíveis, ganhos de 
eficiência advinda da capacidade coordenadora das cooperativas e redução dos 
riscos associados às ações conjuntas. 
 Dessa forma, a proposta da integração vertical é oportunizar a melhoria 
da eficiência no processo produtivo, a redução de custos de controle e de 
transações, o acesso a informações estratégicas para a tomada de decisões 
sobre produção e comercialização, além de possibilitar a especialização nas 
distintas fases produtivas e, com isso, permitir agregar valor aos produtos 
produzidos. 
 Estudos recentes sobre o cooperativismo agropecuário, no Estado do 
Paraná, com as nove maiores cooperativas identificou que dos anos 2000 até 
2014 os movimentos estratégicos destas organizações foram no sentido da 
integração vertical e da diversificação da produção, almejando agregar valor aos 
produtos e serviços dos cooperados e de suas cooperativas (RODRIGUES, 
2016). 
 Em suma, esta situação parte do pressuposto de que o desafio das 
cooperativas no modelo federado de cooperativas é ordenar a cadeia produtiva 
de forma eficiente e eficaz, atendendo às necessidades dos consumidores, 
captando sua preferência, estimulando os produtores associados a produzir para 
atender essa demanda e também para receber melhores preços pela sua 
produção. Logo, para que as cooperativas tragam resultados econômicos, 
financeiros e sociais para os cooperados seria necessário, em primeira instância, 
um trabalho que permitisse atender às preferências dos consumidores e adequar 
às tecnologias agroindustriais, transferindo informações e conhecimentos para 
os demais elos dessa cadeia de valor, em especial, aos cooperados. 
 Assim, para que haja uma adequação da oferta da matéria prima às 
especificações do produto final, é necessário um controle do fluxo de 
informações, para responder agilmente às condições impostas pela demanda. 
Paralelamente, é necessário que as características e problemáticas da oferta (a 
realidade e potencialidade da produção dos cooperados) sejam especialmente 
consideradas para se posicionar adequadamente nos mercados. Isto exige muito 
profissionalismo, adequada governança, tomada de decisões rápidas, redução 
de custos, estrutura de capital para investimentos, processos de melhoria 
constante na qualidade e, ainda, ter cooperados comprometidos e fidelizados 
com a cooperativa. 
 
AS COOPERATIVAS NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL 
 
 As cooperativas agroindustriais funcionam, na maioria das vezes, na 
interface entre a agricultura e a indústria, tanto na indústria de insumos ou bens 
agrícolas, quanto na indústria que compra a oferta proveniente da agricultura 
para seu processamento, distribuição e comercialização. 
 Entretanto, nas últimas décadas, diante da intensificação dos processos 
de modernização na agricultura, as cooperativas que são partes do sistema 
agroindustrial (SAI) tiveram que avançar por todos os elos da cadeia produtiva 
para a produção de produtos agroindustriais, desde a produção de insumos até 
a chegada do produto final ao consumidor, com o intuito de gerar melhores 
resultados para seus cooperados. 
 Frente a importância do setor agropecuário para economia do Brasil, os 
sistemas agroindustriais configuram-se como estratégicos para um maior 
alinhamento deste segmento produtivo dentro das cadeias, de modo a agregar 
valor de mercado aos produtos e equilibrar mais os ganhos em cada elo das 
cadeias. Para isso, é necessário assegurar aos atores do SAI o acesso as 
ferramentas e metodologias de gestão que garantam sua competitividade 
individual e sistêmica necessárias aos processos de tomada de decisão. 
 A complexidade do SAI está ligada a uma composição de inúmeras 
cadeias produtivas e seus subsistemas na produção agropecuária e no 
agronegócio, englobando o fornecedor de insumos e equipamentos, a 
propriedade agrícola, as indústrias de processamento (agroindústrias), as 
empresas de comercialização (comércio atacadista e varejista) até a inserção 
em mercados. 
 Existem duas formas de integração produtiva, a horizontal e a vertical. A 
integração horizontal é formada pela união de duas ou mais unidades produtivas 
na mesma hierarquia, constituída sob o controle de uma empresa ou associação 
de produtores. Já a integração vertical são estágios ou setores de produção 
agrupados em hierarquias diferentes no mercado, sob o controle de uma 
empresa ou conglomerado. Para o autor, a relação entre os agentes do SAI é 
melhor definida quando demonstrados os tipos de integração vertical. 
 Nessa perspectiva, o conhecimento do complexo sistema agroindustrial, 
no qual a cadeia produtiva se insere, torna-se de fundamental importância para 
a tomada de decisão da gestão cooperativa, definindo as prioridadesno 
processo de inserção da cadeia produtiva cooperativa nesse sistema. Deve ser 
considerado que, crescentemente, as cadeias produtivas do sistema 
agroindustrial têm que responder eficientemente às tendências do mercado 
consumidor. 
 Este ambiente é dinâmico e exige das cooperativas uma gestão 
profissionalizada, ética e pautada pelos princípios cooperativistas que estejam 
em sintonia ao atual contexto, qual seja: de um mercado cada vez mais 
concorrido e exigente. No entanto, elas não necessariamente poderão 
implementar as mesmas estratégias das demais formas de organização 
empresarial. As cooperativas têm que encontrar suas próprias estratégias 
competitivas, priorizando as necessidades demandadas também por seu quadro 
social. As empresas podem escolher, por exemplo, mudar de clientes ou de 
fornecedores a qualquer momento para garantir sua competitividade, entretanto, 
esse não é o caso das organizações cooperativas. Elas devem encontrar 
alternativas econômicas para os seus associados (fornecedores), de acordo com 
as características socioeconômicas destes, ou, ainda, promover as mudanças 
produtivas ou de gestão que os viabilizem economicamente, assim como devem 
dar resposta às necessidades de insumo destes cooperados (clientes). 
 A sobrevivência do cooperativismo em um mundo cada vez mais dinâmico 
está ligada à sua gestão no que se refere à profissionalização, transparência e 
praticidade. Porém, Soto (2008) alerta sobre a relevância de adequar as 
estratégias da gestão cooperativa aos princípios do cooperativismo. Uma vez 
que devem ser vistos não só como uma prática de boas intenções, mas como a 
tradução de atos cotidianos concretos que guiarão a gestão de maneira eficaz. 
 Portanto, uma gestão eficiente e eficaz da cadeia produtiva do 
empreendimento cooperativo, articulando a montante desde a produção nas 
propriedades rurais dos associados, permitiria que houvesse uma melhor 
adequação do sistema de produção em toda a cadeia cooperativa às exigências 
dos consumidores, respondendo às necessidades dos produtores associados e 
promovendo as mudanças tecnológicas adequadas. Assim, a forma de articular 
a participação do quadro social na gestão cooperativa influencia, diretamente, 
na competitividade empresarial destas organizações. Nisto, a comunicação tem 
um papel de destaque, dado que se deve articular corretamente a gestão 
econômica de toda a cadeia de valor, considerando o perfil e necessidades dos 
associados e dos consumidores finais para poder atender eficientemente os 
mercados. Para tal, é fundamental também promover a participação e o 
compromisso dos associados que permitam viabilizar com êxito essa inserção 
estratégica da cooperativa em mercados competitivos. 
 Entende-se que as cooperativas agropecuárias podem ser um 
instrumento de organização social para que o produtor rural melhore suas 
condições socioeconômicas e a qualidade de vida de suas famílias. Entre as 
possíveis vantagens da cooperativa estaria a venda de insumos a preços mais 
acessíveis e permitir um melhor preço na venda da produção dos associados, 
podendo implementar sistemas de agregação de valor aos produtos fornecidos 
por eles. Isso pode ser realizado na própria cooperativa ou conjuntamente com 
outras ao unir-se numa Cooperativa Central. 
 
CONCLUSÃO 
 
A Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das 
quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a 
constituição de um produto final (bem ou serviço). Trata-se, portanto, de uma 
sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) 
integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, 
desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. 
Compreende, portanto, os setores de fornecimento de serviços e insumos, 
máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção, processamento, 
armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo), serviços de 
apoio (assistência técnica, crédito, etc.). Setores estes, intimamente interligados, 
trazendo à tona a necessidade de um olhar responsável para o todo, e não 
somente para um só setor, pois, com as engrenagens funcionando em harmonia, 
o bom resultado também atinge a todos. 
 
 
 
 
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