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Prévia do material em texto

Gabrielle Coimbra Mundim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ouvido, Nariz e Garganta 
 
 2020 
 
 
Anatomia dos ouvidos
 
O aparelho auditivo divide-se em 
três porções: orelha externa, orelha média e 
orelha interna (labirinto). 
 Orelha externa: 
A orelha externa compreende; 
o O pavilhão da orelha é 
constituído por um esqueleto fibrocartilagíneo e 
possui uma face externa e outra interna. A externa 
está voltada para fora e para diante, 
apresentando saliências e depressões que lhe 
conferem aspecto característico. 
o O meato acústico externo é um 
canal sinuoso que prolonga a concha até a 
membrana do tímpano. 
 Orelha média: 
o A orelha média compreende a 
caixa do tímpano, colocada entre as orelhas 
externa e interna. 
o Comunica com a nasofaringe 
por intermédio da tuba auditiva e com as células 
mastóideas através de um canalículo, o aditus ad 
antrum. 
o A membrana do tímpano é 
formada por três camadas: externa, interna e 
média. 
o No interior da caixa do tímpano 
estão os ossículos da orelha média: martelo, 
bigorna e estribo. 
 
 Orelha interna 
 Também denominada labirinto, 
visto que contém o labirinto membranoso. Divide-
se em dois segmentos: 
o Anterior: constituído pela 
cóclea e destinado à função auditiva. 
o Posterior: aparelho vestibular 
destinado ao equilíbrio. 
 
Fisiologia da audição 
 
O aparelho auditivo desempenha 
duas funções primordiais: auditiva e a vestibular. 
o A orelha externa tem a função 
de coletar e encaminhar as ondas sonoras até a 
orelha média. O pavilhão tem a função de 
orientação sobre a origem da fonte sonora. 
o A orelha média tem funções 
primordiais de transmissão e amplificação da 
onda sonora. A função da tuba auditiva é manter 
o arejamento das cavidades da orelha média, o 
que é assegurado graças à abertura intermitente 
da tuba no ato de deglutir. 
o A orelha interna é o segmento 
do aparelho auditivo no qual a vibração sonora se 
transforma em estímulo nervoso específico ao 
nível do órgão de Corti, de onde é conduzido aos 
centros corticais da audição. 
O aparelho vestibular ou 
estatocinético é composto pelos ductos 
semicirculares, sáculo e utrículo. 
 Ouvidos 
o Os ductos semicirculares 
exercem ação sobre o equilíbrio dinâmico do 
corpo em movimento. 
o Os órgãos otolíticos (sáculo e 
utrículo) presidem o equilíbrio estático, que nos 
fornece a noção exata da posição do corpo e da 
cabeça no espaço. 
 
Exame clínico 
 Anamnese 
o História clínica do paciente: 
idade, sexo, profissão, hábitos de vida e 
condições socioeconômicas. 
o A surdez por otosclerose surge 
na mocidade, geralmente entre os 20 e os 40 
anos. Maior prevalência no sexo feminino. 
o A presbiacusia é a surdez que se 
instala na idade avançada, em geral, após os 70 
anos. 
o A otite média serosa incide de 
maneira marcante na criança até os 10 anos de 
idade. 
o A doença de Ménière é mais 
comum em adultos de 40 e 50 anos. 
 
 Sinais e sintomas 
o Otalgia: dor de ouvido. as vezes 
é uma dor referida devida à carie dentaria, 
sinusite, amigdalite e faringite aguda 
(anastomoses nervosas). 
o Otorreia: saída de líquidos pelo 
ouvido. 
Líquidos claros como água 
provenientes do líquido cefalorraquidiano. 
Os serosos, mucocatarrais ou 
purulentos têm origem em alterações da orelha 
externa, como eczemas, otites externas, 
furúnculos, em otites médias agudas ou crônicas e 
em rnastoidites crônicas. 
o Otorragia decorre de 
traumatismos do meato acústico externo, ruptura 
da membrana timpânica ou fraturas na base do 
crânio. 
o Prurido pode ser causado por 
eczema, diabetes, hepatite crônica e linfomas. 
o Disacusia significa perda da 
capacidade auditiva, que pode ser leve ou 
moderada (hipoacusia), acentuada (surdez) ou 
total (anacusia ou cofose). A disacusia pode ser: 
Disacusia de transmissão, devida a 
lesões situadas no aparelho transmissor da onda 
sonora; orelhas externa e média e líquidos 
labirínticos. 
Disacusia neurossensorial ou de 
percepção, quando o fator lesivo se localiza no 
órgão de Corti. 
o Zumbidos são sensações 
auditivas subjetivas, que ocorrem sem que haja 
estímulo exterior. As causas dos zumbidos podem 
ser óticas e não óticas. 
Óticas encontram-se tampão de 
cerume obturante, corpo estranho, otite externa, 
inflamações agudas ou crônicas da orelha média, 
timpanosclerose, otosclerose, obstrução tubária, 
afecções da orelha interna, doença de Méniere, 
ototoxicoses, otosclerose coclear, trauma sonoro 
e presbiacusia. 
Os não óticos podem ser causados 
por hipertensão arterial, angiospasmo, estase 
cefálica, hipertireoidisrno, menopausa e 
tabagismo. 
o A vertigem labiríntica consiste 
em uma sensação subjetiva na qual o paciente 
acredita estar girando em torno dos objetos 
(vertigem subjetiva) ou que os objetos estão 
girando em torno dele (vertigem objetiva). 
 
Exame físico 
 Inspeção 
A inspeção possibilita reconhecer 
os processos inflamatórios e neoplásicos do 
pavilhão da orelha, os cistos, as fístulas congênitas 
(coloboma), as reações edematosas da região 
mastóidea no decurso da mastoidite aguda e da 
furunculose do meato acústico externo, os corpos 
estranhos, as rolhas ceruminosas e os pólipos do 
mesmo meato acústico e as malformações 
congênitas da orelha externa. 
 Palpação 
A palpação fornece elementos de 
valor na orientação diagnóstica pela 
comprovação de pontos dolorosos à pressão do 
antro mastóideo nas mastoidites agudas, assim 
como do pavilhão da orelha nas otites externas 
agudas. Poderá, ainda, revelar reações 
linfonodais periauriculares nos processos 
infecciosos das orelhas externa e média. 
 Otoscopia 
A otoscopia consiste no exame do 
meato acústico externo e da membrana do 
tímpano, por intermédio de um espéculo 
auricular. 
 
Exames complementares 
 Prova de Weber 
O diapasão de 512 cps (ciclos por 
segundo) é colocado no vértice da abóbada 
craniana. Normalmente, sua vibração é 
percebida igualmente por ambos os ouvidos 
(Weber "indiferente"). 
o Quando há surdez unilateral, 
entretanto, as vibrações são bem mais audíveis 
por um dos ouvidos. 
o Quando se trata de surdez 
unilateral por lesão da orelha interna (surdez 
neurossensorial), a vibração sonora é mais bem 
percebida pelo ouvido normal. 
o Quando há lesão da orelha 
média ou do ouvido externo (surdez de 
transmissão), a vibração sonora é mais audível 
pelo ouvido surdo. Diz-se, então, que o Weber está 
lateralizado, para a esquerda ou para a direita. 
 
 Prova de Rinne 
Esse exame compara a percepção 
dos sons transmitidos pelo ar ou através da 
condução óssea através do osso temporal (p. 
mastóide). Desta maneira, pode-se rapidamente 
suspeitar se uma pessoa tem perda auditiva 
condutiva. 
o Normal = Rinne positivo 
(CA>CO) 2:1. 
o Se não volta a ser escutada- 
alterado= Rinne negativo (CO>CA). Perda 
auditiva condutiva, comprometimento do ouvido 
médio. 
 
Doenças do ouvido 
 Otite externa 
 
 A otite externa aguda 
caracteriza-se por processo inflamatório da pele 
do canal auditivo externo (dermatite). 
o As causas desencadeadoras 
do processo infeccioso são múltiplas: retenção de 
água no meato acústico externo, permanência 
prolongada de corpos estranhos, corrimentos 
purulentos crônicos das otites médias, ferimentos 
ou escoriações do epitélio em consequência de 
instilações cáusticas e do atrito no ato de coçar o 
ouvido. 
o Há exsudação serosa, que 
pode tornar-se purulenta. 
A dor é, por vezes, intensa, piora ao 
toque do trágus e é exacerbada pela 
mastigação, irradiando-se, com frequência, à 
região temporal. 
o O edema inflamatório pode 
chegar a obstruir completamente o lúmen do 
meato (com hipoacusia consequente). 
 A otite externa eczematosa 
caracteriza uma reação de hipersensibilidade da 
pele do meato acústico externo e/oudo pavilhão 
da orelha. 
o Os sintomas são pruridos de 
intensidade variável e o corrimento auricular 
seroso de coloração amarelado. 
o No exame físico, nota-se 
descamação epitelial difusa, ao lado de edema 
mais ou menos acentuado do meato externo. 
 Otite externa grave ocorre, 
geralmente, em paciente diabético ou muito 
debilitado. 
o O agente etiológico mais 
frequente é a Pseudomonas • aerugmosa. 
o Instalam-se otorreia purulenta, 
dor rebelde e processo de osteíte do meato 
acústico externo. 
o A otoscopia revela tecido de 
granulação no meato, geralmente não deixando 
ver a membrana do tímpano. 
 Furúnculo do meato acústico 
o É uma infecção estafilocócica 
do órgão pilossebáceo, decorrente de 
contaminação local desencadeada por um dos 
fatores etiológicos da otite externa aguda. 
o Sintomas princpais são dor 
“desesperante”, reação linfonodal de vizinhança 
e infiltração edematosa retroauricular. 
 Otomicose 
o Trata-se de processo 
inflamatório do meato acústico externo por 
fungos do gênero Candida albicans e Aspergillus, 
este último nas suas espécies niger, fumigatus e 
albus, que geralmente evolui com dor intensa e 
lancinante. 
o No exame otoscópico, 
comprovam-se massas de descamação epitelial 
e de conglomerados de micélios de coloração 
variável. 
 Rolha ceruminosa 
o A secreção normal das 
glândulas ceruminosas desempenha papel 
protetor, no sentido de aglutinar e reter partículas 
estranhas e microrganismos. Certos indivíduos 
apresentam hipersecreção ceruminosa que leva 
à constituição de verdadeira rolha, cuja causa 
determinante permanece desconhecida. Esta 
rolha com frequência acarreta surdez súbita e 
acentuada, sendo necessário removê-la. 
 
 Otites médias agudas 
 
 Otite média simples. 
o Predominante no grupo infantil. 
o Manifesta-se por dor súbita, às 
vezes intensa, no fundo do meato acústico 
externo, acompanhada de hipoacusia, sensação 
de ouvido "cheio" ou "entupido" e ruídos subjetivos. 
o Geralmente, pode regredir 
espontaneamente em 3 a 4 dias. 
 Otite média aguda do lactente 
o Observada no lactente. 
o A membrana do tímpano tem 
aspecto normal, mas sua punção revela pus na 
orelha média. 
o Acompanhado de alguns 
sintomas, como febre elevada, diarreia aquosa e 
rebelde, vômitos e perda rápida de peso. 
 Otite média aguda necrosante 
o Em geral, instala-se no decurso 
de febres eruptivas, notadamente sarampo e 
escarlatina. 
o Surgem otorreia purulenta e 
lesões irreversíveis da mucosa da caixa do 
tímpano e até, eventualmente, processos 
osteíticos dos ossículos. Tende à cronicidade, 
dando origem às otites médias crônicas. 
 Otite média aguda serosa 
o Caracteriza-se pelo acúmulo 
de líquido, seroso ou mucoso no interior da orelha 
média. 
o Em geral não provoca dor, mas 
há a sensação de ouvido cheio. 
 Otites médias crônicas 
 Otite média crônica simples 
É quase sempre secundária a uma 
otite média aguda necrosante. 
O exsudato é mucocatarral ou 
mucopurulento, permanente ou intermitente 
 Otite média crônica 
colesteatomatosa 
o O colesteatoma é uma bolsa 
cística, limitada por uma membrana que se 
denomina matriz e é responsável pelo 
crescimento do colesteatoma. 
o Esse mesmo tipo de cisto 
também é encontrado nas cavidades do ouvido. 
o Presença de otorréia fétida e 
permanente. A deficiência auditiva é, em geral, 
acentuada. 
 
 Mastoide aguda 
o Infecção bacteriana da 
mastoide caracterizada por processo de osteíte 
das trabéculas ósseas. 
o Os principais agentes 
infecciosos são: Escherichia coli e Staphylococcus 
(em recém-nascidos), Streptococcus, 
Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. 
o Há dor espontânea e à pressão 
da mastoide, junto com elevação da 
temperatura. A mastoidite exteriorizada acarreta 
edema retroauricular e deslocamento do 
pavilhão da orelha para diante. O exame 
radiográfico não só confirma o diagnóstico, mas 
também assinala a extensão das lesões. 
 Labirintite 
o Invasão infecciosa 
intralabiríntica, isto é, a labirintite propriamente 
dita: vertigem, zumbidos e surdez neurossensorial. 
o A evolução de uma labirintite 
purulenta pode gerar uma complicação 
intracraniana (meningite, abscesso do cerebelo). 
 Otosclerose 
o Caracteriza-se por 
Osteodistrofia da cápsula óssea labiríntica e 
consequente ancilose da platina do estribo na 
janela oval. 
 Doença de Ménière 
o Caracteriza-se por uma crise 
hipertensiva endolinfática. 
o Tríade sintomática: vertigens, 
zumbidos e hipoacusia neurossensorial. 
o Surtos intermitentes. 
 
 Trauma sonoro 
o A lesão inicial da disacusia por 
trauma sonoro situa-se na frequência de 4.000 Hz. 
o O estímulo sonoro intenso e 
prolongado afeta o suprimento sanguíneo da 
estria vascular e, em consequência, reduz o 
aporte de oxigênio ao órgão de Corti, o que 
explicaria o mecanismo patogênico do trauma 
sonoro (a cóclea é muito sensível à deficiência de 
oxigênio). 
 Surdez 
o É a diminuição da audição uni 
ou bilateralmente. Considera-se surdo o paciente 
cuja acuidade auditiva esteja abaixo de 70 dB 
(surdez parcial), podendo chegar à perda total. 
o Surdez súbita se instala 
repentinamente, progredindo em horas ou dias, e 
é, em geral, unilateral. 
 Presbiacusia 
o Definida pela deficiência 
auditiva que surge em idade mais avançada. 
o Com a idade, vão ocorrendo 
alterações estruturais em todo o aparelho 
auditivo: o pavilhão da orelha se enrijece, diminui 
o número de fibras elásticas da membrana do 
tímpano, que fica despolida e adquire aspecto 
cinza-mate; por vezes se instala um halo periférico 
branco, de esclerose; os ossículos vão se tomando 
osteoporóticos e surgem processos degenerativos 
articulares que terminam por limitar os movimentos 
da cadeia ossicular. 
 
 
Anatomia do nariz 
As fossas nasais constituem o 
segmento inicial da árvore respiratória; 
comunicam-se com o exterior por intermédio das 
narinas e com a nasofaringe, através das coanas. 
São duas fossas, uma para cada 
lado, que estão separadas por um septo nasal. 
Presença de três saliências 
osteomucosas denominas conchas (inferior, 
média e superior). Entre essas conchas, existem os 
meatos. 
Presença de seios paranasais: 
frontal, maxilar, etmoide e esfenoide. 
 
 
A mucosa nasal é rica em glândulas 
caliciformes (produtoras de muco) e infiltrações 
linfocitárias. 
 
Fisiologia do nariz 
As fossas nasais desempenham 
papel relevante na fisiologia respiratória, 
promovendo a filtragem ou purificação, o 
aquecimento e o umedecimento do ar inspirado. 
A filtração ou purificação do ar 
inspirado é assegurada pela ação mecânica das 
vibrissas (pelos que se implantam no vestíbulo 
nasal), pela função ciliar, pelo reflexo 
esternutatório e, também, pela ação química, 
bactericida, do muco nasal. 
Juntamente com a secreção 
mucosa glandular, os cílios vibráteis formam um 
verdadeiro "tapete mucoso-ciliar" ao longo de 
toda a árvore respiratória, a qual está em contínuo 
trabalho de expulsão e eliminação de partículas 
estranhas e microrganismos. 
Exame clínico 
 Anamnese 
Nariz 
História clínica do paciente: idade, 
sexo, profissão, antecedentes e condições 
socioeconômicas. 
Ozena se instala com mais 
frequencia no sexo feminino e, quase sempre, na 
puberdade. 
Obstrução nasal durante as rinites 
agudas no lactente. 
Os desvios de septo nasal são mais 
comuns nas pessoas brancas. 
A criança não apresenta sinusite 
frontal até os 5 a 7 anos de idade, época em que 
se inicia o desenvolvimento dos seios frontais. 
Ambientes de trabalho poluído 
acarretam rinites agudas ou crônicas. 
 Sinais e sintomas 
 Obstrução nasal decorrente 
das alterações anatômicas, rinites, manifestações 
alérgicas, pólipos, neoplasias benignas e 
malignas, imperfuração coanal congênita. 
A obstrução nasal crônica acarreta 
respiração bucal de suplência e consequente 
transtorno de reflexospulmonares, com prejuízo 
da expansão torácica e da própria ventilação 
pulmonar. 
 Rinorreia é o corrimento nasal. 
Corrimento purulento por uma 
única narina: deve-se pensar na supuração de um 
seio acessório (sinusite) ou que há um corpo 
estranho. 
A secreção torna-se muito fétida 
(sífilis nasal, neoplasias malignas, corpo estranho, 
ozena). 
A secreção serosa pode vir da 
própria mucosa (hidrorreia nasal) ou ser causada 
pelo líquido cefalorraquidiano perdido pela 
lâmina crivada do etmoide (hidrorreia cefálica), 
em geral logo depois de traumatismo acidental ou 
cirúrgico. 
Rinite diftérica, com um corrimento 
seroso: essas rinites são acompanhadas de 
hipertrofia dos linfonodos submandibulares. 
 As crises de espirros ou 
esternutatórias surgem na fase inicial da rinite 
catarral aguda do resfriado comum e exprimem 
reação local de defesa. 
Também são características das 
rinopatias “alérgicas”. O prurido nas crises de 
espirro constitui, praticamente, o selo para o 
diagnóstico de alergia nasal. 
 Alterações de olfato 
Hiposmia= diminuição do olfato. 
Anosmia= abolição do olfato. Podem ter uma 
causa intranasal (pólipos, edema da rinite 
alérgica crônica, hipertrofia dos cornetos), além 
disso, pode estar relacionada ao ozena, lesões 
das terminações nervosas, tumores, abscessos e 
traumatismos. 
Hiperosmia= aumento do olfato. 
Surge na gravidez, hipertireoidismo, neuroses, 
lesões na pongta do lobo temporal. 
Cacosmia= sentir maus odores. Na 
cacosmia subjetiva, somente o individuo percebe 
o mau cheiro, como ocorre na sinusite purulenta 
crônica. Na cacosmia objetiva, o individuo e as 
pessoas que dele aproximam o percebem, como 
corre na sífilis nasal, tumores, corpo estranho, rinite 
atrófica ozenosa. 
Parosmia= interpretação errônea 
de uma sensação olfatória. Perversão do olfato. 
Surge em neuropatias, neurite gripal, aura na 
epilepsia. 
 Dor 
Há dor principalmente nos 
processos inflamatórios agudos das cavidades 
sinusais e nas neoplasias nasossinusais. 
A dor se agrava à palpação da 
região correspondente ao seio. 
 Alterações da fonação 
As fossas nasais atuam, juntamente 
com as cavidades sinusais paranasais, como 
caixa de ressonância durante a fonação. 
Véu palatino curto ou paralítico, 
vegetações adenoides hipertrofiadas, amplas 
destruições do septo nasal, obstrução nasal 
aguda ou crônica e fenda palatina podem 
causar voz anasalada. 
 Dispneia 
A imperfuração coanal congênita, 
quando bilateral, pode acarretar dispneia, 
cianose, asfixia e até morte. 
A síndrome de apneia do sono 
acontece devido à hipertrofia exagerada das 
vegetações adenoides. Assim, o individuo 
apresentará respiração bucal ruidosa durante o 
sono e sinais de dispneia. 
 Ronco 
É causado por obstáculo à livre 
passagem da corrente aérea pelas fossas nasais e 
faringe. 
Em consequência deste, a úvula e 
o véu palatino vibram durante a passagem do ar 
inspiratório e provocam o ronco. É mais frequente 
em homens e pessoas obesas. 
Epistaxe= sangramento nasal é um 
sinal muito frequente nas patologias nasossinusais. 
Exame físico 
 Inspeção 
A inspeção pode mostrar diferentes 
tipos de nariz. 
A inspeção possibilita também que 
as deformações de origem traumática (fraturas) 
ou decorrentes de destruição das cartilagens 
nasais e/ou partes ósseas sejam reconhecidas, 
como ocorre em certas entidades mórbidas. 
 
 Palpação 
 Crepitação e desnivelamento 
(fratura). 
 Volume e consistência 
(tumoração). 
 Pontos dolorosos. 
 Palpar áreas dos seios frontal e 
maxilar: 
o Acima e sob a sombrancelha. 
o Seios maxilares acima e abaixo 
do processo zigomático. 
 
 
 Rinoscopia 
O exame das fossas nasais faz-se 
por intermédio da rinoscopia anterior e da 
posterior. 
Cabeça do paciente deve ficar 
inclinada para trás. 
Em condições normais, a mucosa é 
de cor vermelho-opaca, úmida, com superfície 
lisa e limpa. 
Avaliar desvio do septo nasal, 
hipertrofia dos cornetos, meatos, assoalho da 
fossa nasal, fenda olfatória, secreção e epistaxe, 
presença de pólipos, neoplasias e corpos 
estranhos. 
Exames complementares 
 Exames radiológicos: 
radiografia e tomografia. 
 Rinoscopia endoscópica. 
 Exame das secreções. 
 Biopsia. 
 
Doenças do nariz e dos seios 
paranasais 
 Rinites 
 43% tem origem alérgica 
Congestão nasal e edema: 
vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular. 
Mucosa nasal e pálida e 
edemaciada (rinite alérgica crônica). 
Espirros e prurido nasal- irritação das 
terminações nervosas. 
Rinorreia ou cooriza- aumento da 
secreção. 
Prega nasal. 
Conjuntivite alérgica. 
 34% tem origem mista. 
 23% tem origem não alérgica: 
Idiopática ou vasomota. 
Infecciosa. 
Medicamentos. 
Hormonal (gravídica). 
 Adenoides 
A hiperplasia das amigdalas 
faríngeas. 
As vegetações adenoides involuem 
fisiologicamente durante e após a puberdade, e 
sua hiperplasia pode existir já no lactente, mas sua 
maior incidência se verifica no decurso da 
primeira infância. 
 Epistaxe 
Hemorragia nasal. 
Com frequência, a epistaxe 
aparece espontaneamente, sendo sintoma 
comum nos estados febris, nas afecções 
hemorrágicas, na pneumonia, na gripe, na febre 
tifoide, na nefrite aguda, na congestão passiva 
produzida pelas obliterações da veia cava 
superior ou nos acessos de tosse da coqueluche. 
 Rinossinusites 
 Agudas (4 semanas) 
Agentes vírus, bactérias (H. 
influenzae, pneumococo, M. catarrharis), fungos e 
alérgenos. 
Sintomas: dor na face, rinorreia 
purulenta unilateral, cefaleia, obstrução nasal, 
gotejamento pós-nasal, cacosmia, hiposmia ou 
anosmia, tosse e febre. 
 Sub-aguda (4 a 12 semanas) 
 Crônica (acima de 12 semanas) 
 Recorrentes (6 ou mais 
episódios ao ano) 
 
 Complicações 
o Celulite periorbitária (etmoidal) 
o Trombose seio cavernoso 
o Meningite 
o Ulceras córneas. 
 Neoplasias 
As neoplasias benignas 
nasossinusais mais frequentes são os papilomas, os 
osteomas e a mucocele. 
A principal neoplasia maligna é o 
carcinoma, que pode ser classificado de acordo 
com sua localização 
 
 
Anatomia da faringe 
A faringe é um conduto 
musculomembranoso que se segue às fossas 
nasais e à cavidade bucal, terminando, embaixo, 
na entrada da laringe e na boca do esôfago. 
Constitui-se em três partes: 
o Superior ou nasal, também 
chamada nasofaringe, epifaringe ou cavum. 
o Média ou bucal, ou oro faringe, 
que corresponde à cavidade bucal. 
o Inferior ou laríngea, também 
denominada hipofaringe ou laringofaringe, que 
prossegue da orofaringe até a parte superior do 
esôfago. 
 
 
Fisiologia da faringe 
o A faringe participa da função 
respiratória, dando passagem às correntes aéreas, 
inspiratória e expiratória; 
o A faringe tem função fonatória, 
fazendo parte do pavilhão de ressonância 
faringobuconasal. 
o A faringe desempenha função 
primordial na deglutição dos alimentos. 
 
Exame clínico 
 Anamnese 
o Processos inflamatórios agudos 
da mucosa orofaríngea (anginas) são mais 
comuns na criança que no adulto. 
o A hiperplasia das amígdalas 
palatinas e das vegetações adenoides é 
considerada fisiológica na criança; porém, na 
puberdade, essas mesmas vegetações involuem 
e atrofiam. 
o O linfoma da amígdala palatina 
é mais frequente no jovem. 
o Carcinoma surge após os 40 
anos de idade. 
o A profissão do paciente: 
faringite granular crônica é comum em 
profissionais da voz. Alguns indivíduos que 
trabalham em ambiente frio estão 
frequentemente predispostos a surtos inflamatórios 
agudos da faringe. 
o O mau estado de conservação 
dos dentes, por vezes, desencadeia surtos de 
amigdalite ou faringite agudas. 
o Uso de tabaco e álcool. 
Faringe 
o Queixa de dor ou percepções 
de lesões na boca. 
o Dificuldade para mastigar. 
Sinais e sintomas 
 Dor de garganta 
A dor à deglutição (odinofagia) é 
encontrada em quase todas as enfermidadesda 
faringe, inflamatórias ou neoplásicas. Com 
frequência, provoca dor reflexa nos ouvidos. Pode 
ocorrer também na neuralgia do glossofaríngeo, 
associada à dor periauricular. 
 Disfagia 
É a dificuldade de deglutir, 
decorrente de processos inflamatórios, 
neoplásicos e paralíticos do véu palatino e dos 
músculos constritores da faringe. Pode ocorrer em 
certos estados emocionais. 
 Halitose 
Causas locais: higiene local 
deficiente, higiene deficiente em aparelhos 
protéticos, doenças gengivais e periodontais, 
caries dentárias, tabagismo, ingestão de 
alimentos fortemente aromatizados, caseum. 
Causas gerais: respiratórias, 
digestivas (jejum prolongado, ingestão de bebida 
alcoólica), metabólicas (diabetes, uremia) e 
psicogênicas (ansiedade). 
 Sialorreia (sialose ou ptialismo) 
produção excessiva de secreção salivar. 
 Xerostomia ou boca seca. 
Exame físico 
 Avaliação das condições gerais 
da boca 
o Higiene bucal. 
o Estado dos dentes. 
o Partes moles. 
o Uso de aparelhos protéticos. 
o Halitose. 
 Inspeção e palpação 
o Lábios: coloração, 
deformidades, simetria, integridade, umidade, 
movimentação, estado de hidratação. 
o Mucosa oral. 
o Palpar ao longo da mucosa 
interna. 
o Palpar ao longo do 
revestimento externo- nódulos ou ulcerações. 
o Retrair as bochechas- 
coloração, edema, sangramento ou lesões. 
o Língua: tamanho, coloração, 
higiene, integridade, sangramento, 
movimentação e simetria. 
Palpação: segurar a língua com 
gaze e lateralizar, palpar em toda extensão, 
palpar região dorsal, áreas endurecidas e 
ulcerações. 
o Gengiva: integridade, 
coloração, edema, hemorragia, processo 
inflamatório e infeccioso. 
o Palato mole e palato duro: 
integridade, ferida palatina, coloração e lesões. 
Inspeção 
Mucosa aderida ao osso 
(queratinização), coloração róseo-pálida com 
matiz cinza-azulado. 
Linha média (estreita) coloração 
esbranquiçada- rafe palatina. 
Palpação polpa do indicador- 
densidade, textura e alterações. 
o Dentes, número, coloração e 
higiene (conservação, cáries). 
o 
o Glândulas salivares. 
 
 
 
Doenças da cavidade oral 
 Candidíase oral 
o Infecção por Candida albicans. 
o Ocorre principalmente na 
infância e velhice. 
o Causas predisponentes: 
etilismo, leucemia, diabetes, uso de ATB ou 
corticoides, hipovitaminose, gravidez, anemia, 
desnutrição e AIDS. 
 Língua geográfica ou glossite 
migratória benigna 
o Placas eritematosas irregulares 
(devido perda de papila filiforme). 
o Circunscrita, circular, borda 
limitada ou linha branco-amarelada delimitada. 
o Varia de forma, tamanho e cor. 
Migratória: pode retornar no 
mesmo local ou áreas diferentes. 
Etiologia: psicológicos (estresse), 
alérgicas, hormonais, diabetes juvenil, fatores 
genéticos, deficiências nutricionais, fissuras na 
língua e fatores hereditários. 
 
 Língua saburrosa 
o Camada esbranquiçada no 
dorso da língua. 
o Acúmulo de microrganismos, 
saliva e células epiteliais descamadas. 
o Causas principais: diminuição 
da produção de saliva, alterações morfológicas 
da língua, descamação epitelial (acima do 
normal). 
 
 Aftas 
o Lesões ulceradas, recidivantes. 
o Localizadas em qualquer região 
da mucosa bucal. 
o Aparecimento repentino. 
o Ocorrem principalmente em 
adolescente e adultos. 
o Fatores relacionados: estresse, 
trauma, menstruação, distúrbios digestivos. 
o Etiologia desconhecida. 
o Cicatrizam em 7 a 14 dias. 
 
 Genfivoestomatite herpética 
o Causada pelo herpevírus 
simples (primo-infecção). 
o Período de incubação de 3 a 7 
dias. 
o Manifestações bucais: 
gengivite, ulcerações rasas, dor, salivação e 
halitose. 
o Sintomas associados: mal estar, 
febre, irritabilidade, anorexia e linfadenopatia. 
 Herpes labial 
 
 Cárie dentária 
o Desmineralização de 
substancias orgânicas. 
o Destruição das substancias 
orgânicas (canalículos dentários e polpas). 
o Etiologia: presença de 
bactérias cariogênicas, suscetibilidade do 
hospedeiro (dente), uso de alimentos ricos em 
carboidratos. 
 Angioderma ou edema de 
Quincke 
o Aumento súbito. 
o Aspecto edematoso não 
depressível labial (macroqueilia). 
o Pode estar associado: 
macroglossia e urticária. 
o Causa: alergia urticária. 
 Parotidite 
o Infecção viral aguda causada 
pelo Paramyxovirus- Caxumba. 
o Tumefação uni ou bilateral das 
glândulas parótidas. 
o Transmissão de gotículas 
salivares. 
o Sinais prodrômicos: cefaleia, 
anorexia, febre, calafrios, náusea, dor 
submandibular. 
 Hipertrofia amigdala 
 
 Neoplasias

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