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Resumo de doenças exantemáticas

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Definição: O sarampo é uma doença exantemática viral 
extremamente contagiosa que pode evoluir para óbitos em 
crianças < 1 ano e desnutridas. No Brasil, inúmeras são as 
medidas de controle do sarampo inseridas desde a introdução 
da vacina em 1968 até o momento atual, oscilando entre 
períodos de casos suspeitos e confirmados no território 
nacional. 
Em 2016, a OMS considerou as Américas livre da circulação 
do sarampo e, desde então o Brasil em fase de eliminação 
autóctone do vírus tanto do sarampo, quanto da rubéola. 
Mecanismo de transmissão: Através de secreções 
nasofaríngeas expelidas ao tossir, falar, espirrar por meio de 
aerossóis com partículas virais que ficam no ar. 
Período de incubação e de transmissão: O período de 
incubação varia de 7-21 dias da data de exposição ao início do 
quadro exantemático. O período de transmissibilidade ocorre 
6 dias antes e 4 dias após o exantema, sendo o pico de 
transmissão 2 dias antes e 2 dias depois do início do exantema. 
Quadro clínico: No período prodrômico ocorre febre > 
38,5oC, tosse inicialmente seca, coriza, conjuntivite não 
purulenta, fotofobia, na região da orofaringe é possível notar 
enantema e, na altura do terceiro molar surgem as manchas 
de Koplik: manchas brancas/amareladas na mucosa oral. Cerca 
de 2-4 dias após o início do quadro intensifica-se aquele 
quadro inicial, o paciente fica prostrado e surge o exantema 
maculopapular morbiliforme, ou seja, existem áreas de pele 
livre de lesão entre as lesões. Este exantema tem progressão 
cefalocaudal (região retro auricular – pescoço – face – tronco 
– extremidades). 
 
 
 
Diagnóstico: O diagnóstico é clinico, mas todos os casos 
suspeitos de sarampo devem ser submetidos a exames 
sorológicos para identificação de IgM e IgG do vírus em 
amostras de soro, urina e swabs de naso e orofaringe. 
A identificação do vírus tem como objetivo conhecer o 
genótipo do mesmo para diferenciar um caso autóctone de 
um importado e diferenciar o vírus selvagem do vacinal, já 
que a vacina é feita com vírus atenuado. 
Para conseguir realizar essas análises, o Ministério da Saúde 
recomenda coleta das amostras até o 7º dia após início do 
exantema, sendo que o IgM é possível ser identificado desde 
o início da doença até 1 mês após a mesma. Importante 
ressaltar que, o material coletado deve ser enviado para o 
laboratório acompanhado daquela Ficha de Notificação. 
Tratamento: Não há tratamento específico, mas é possível 
realizar medidas de suporte com sintomáticos. Recomenda-se 
a administração de vitamina A (palmitato de retinol) em 
menores de 2 anos de idade (< 6 meses: 50.000 UI, 6-12 
meses: 100.000 UI e > 12 meses: 200.000 UI), 1 vez ao dia, por 
2 dias. 
Cuidado com os contactantes e prevenção: Até 4 dias após 
o início do exantema deve ser realizado precaução respiratória 
com uso de máscara N95 e isolamento domiciliar do paciente. 
Deve-se aplicar vacina contra o sarampo até 72h após 
contágio e após este período, em até 6 dias, aplicar 
imunoglobulina. Crianças a partir de 6 meses podem receber 
a vacina, mas, independentemente disto, devem receber as 
doses usuais programadas aos 12 e 15 meses. Para gestantes, 
imunocomprometidos e crianças menores de 6 meses deve-
se aplicar somente a imunoglobulina. 
Complicações: O sarampo pode apresentar complicações 
sobretudo em menores de 1 ano, adultos maiores de 20 anos 
e pessoas com comorbidades. A persistência da febre por 
mais de 3 dias após o início do exantema deve ser um sinal 
de alerta. Dentre as complicações a mais comum é a otite 
média aguda, mas a pneumonia é a complicação responsável 
por maior morbi/ mortalidade nas crianças. 
Além disso, algumas crianças apresentam convulsão febril 
acompanhada ou não de sinais de irritação meníngea e 
hipertensão intracraniana como sinais de encefalite após o 
sarampo, causada por um processo imunológico após a 
respectiva infecção. 
Ocorre também uma encefalite causada pelo sarampo onde 
o vírus ao atingir o sistema nervoso central (SNC), meses após 
o sarampo, pode acarretar epilepsia focal, perda auditiva, 
progressão para coma e até mesmo óbito. Outra complicação 
é a panencefalite esclerosante subaguda (PEES) a qual pode 
ocorrer meses e até 10 anos após o quadro inicial do sarampo, 
 
Sarampo 
 
com piora progressiva das funções motoras e cognitivas, 
convulsões e até morte. 
 
 
 
(TOGAVÍRUS; GÊNERO RUBIVIRUS; FAMÍLIA TAGAVIRIDAE) 
Definição: doença de etiologia viral altamente contagiosa e, sua 
importância epidemiológica está relacionada ao risco de 
abortos, natimortos e à síndrome da rubéola congênita (SRC). 
Após diversas campanhas e ações de vigilância epidemiológica, 
no ano de 2010, o Brasil cumpriu a meta de eliminação da 
rubéola e da SRC e, em 2015 a Organização Pan-americana 
da Saúde (OPAS) declarou as Américas livre da rubéola e SRC. 
Mecanismo de transmissão: A transmissão ocorro por 
gotículas de secreções nasofaríngeas e contato direto com 
pessoas infectadas. 
Período de incubação e de transmissão: O período de 
incubação é entre 12 e 23 dias, sendo o período de 
transmissibilidade 7 dias antes e 7 dias após o início do quadro 
exantemático. 
Quadro clínico: Febre baixa e linfoadenopatia retroauricular 
e/ou occipital e/ou cervical podem ocorrer 5-10 dias antes do 
exantema, no entanto, em crianças pode não ocorrer tais 
pródromos. 
O exantema é maculopapular puntiforme róseo difuso com 
início na face – couro cabeludo – pescoço – tronco – 
extremidades, tais lesões têm curta duração (3 dias ou menos) 
e, conforme o exantema progride para um novo local, as 
manchas presentes no local anterior vão desaparecendo. Em 
alguns casos, nota-se petéquias no palato mole conhecidas 
como sinal de Forschemeir que não é patognomônico.. 
 
 
 
(ERITROVÍRUS – PARVOVÍRUS HUMANO B19) 
Definição: O eritrovírus B19 é um vírus de DNA com tropismo 
por células eritropoiéticas, replicando-se em células eritroides 
da medula óssea. Boa parte dos infectados é assintomático, no 
entanto, devido a estas características do vírus, indivíduos 
saudáveis podem desenvolver aplasia eritroide acompanhada 
do quadro exantemático que veremos a seguir, enquanto que, 
pacientes com doenças hematológicas (síndromes falcêmicas, 
talassemias...) e imunodeprimidos podem desenvolver quadro 
importante da anemia e até crise aplástica. 
Mecanismo de transmissão: Transmitido por via respiratória, 
sobretudo, em comunidades fechadas. Também pode ser 
transmitido por via placentária em caso de mães infectadas, o 
que pode levar a hidropsia fetal. 
Período de incubação e de transmissão: Estima-se que o 
tempo de incubação seja entre 14-21 dias. A transmissão 
ocorre antes do exantema, porém não se sabe ao certo 
quantos durante quantos dias antes do surgimento do mesmo. 
Logo, quando há o surgimento do exantema o paciente não 
elimina mais o vírus, portanto, não há necessidade de 
isolamento. 
Quadro clínico: Geralmente não costuma ter pródromos, mas 
alguns casos surgem sintomas prodrômico leves como mialgia, 
febre, coriza e cefaleia. O exantema maculopapular se inicia 
em face em região malar, dando o aspecto que alguns autores 
chamam de “face esbofeteada” associado a palidez perioral ou 
sinal de Filatov. 
Cerca de 4 dias depois o exantema evolui para membros 
superiores e inferiores, a mácula aumenta de tamanho 
deixando uma palidez central conferindo o aspecto rendilhado 
do exantema que pode durar até 3 semanas. Importante 
ressaltar que após desaparecimento pode haver recorrência 
do eritema após exposição ao sol, variação da temperatura, 
exercícios e estresse devendo-se, portanto, explicar à família 
que tal fenômeno pode ocorrer não significando recorrência 
da doença em si. 
Diagnóstico: O diagnóstico além de clínico, deve ser feito 
através da sorologia com detecção de anticorpos IgM para 
Parvovírus humano B19. 
Tratamento: O eritema infecioso em geral é autolimitado e 
não há tratamento específico.Deve ser realizado tratamento 
de suporte com sintomáticos. 
Cuidado com os contactantes e prevenção: Não é necessário 
realizar o isolamento do paciente, no entanto, deve-se tomar 
cuidados com contactantes caso algum possua 
hemoglobinopatias (conforme veremos a seguir pode haver 
complicações para pacientes com este diagnóstico). 
Rubéola 
Eritema Infeccioso 
 
 
 
 
Não existem medidas de prevenção a serem tomadas, pois 
não há vacina que garanta imunidade contra tal vírus. 
Complicações: A artropatia é uma complicação presente em 
cerca de 8% das crianças infectadas pelo eritrovírus B19, mas 
é mais comum em mulheres adolescentes e adultas infectadas 
por tal vírus. 
Como dito anteriormente, em pessoas com doenças 
hematológicas como doença falciforme, talassemias, anemias 
hemolíticas e aqueles que possuem algum tipo de 
imunodeficiência, podem desenvolver uma crise aplástica 
transitória (CAT) decorrente da infecção viral direta pelo 
parvovírus B19 que bloqueia transitoriamente a produção de 
eritrócitos. 
Com isso, ocorre redução abrupta da hemoglobina, dos 
reticulócitos e dos percussores eritroides na medula óssea 
havendo ou não plaquetopenia e leucopenia. A maior parte 
dos casos apresenta resolução do quadro com 2 semanas, 
porém alguns podem evoluir com óbito. Estes pacientes com 
CAT podem necessitar de transfusão de hemácias durante o 
período de recuperação medular, porém alguns não possuem 
boa resposta ou não têm anticorpos suficientes, sendo 
necessário o tratamento com imunoglobulina humana. 
 
 
(HERPES VÍRUS HUMANO 6 OU 7) 
Definição: Esta doença viral de evolução benigna, também 
chamada de roséola infantum, é causada pelo herpes vírus 6 
e 7, sobretudo, o tipo 6 que é o mais frequente. A doença 
acomete apenas crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, 
sugerindo que haja uma proteção por meio de anticorpos 
maternos e que o vírus seja bastante prevalente na 
comunidade já que na idade pré-escolar quase todas as 
crianças já estão imunes. É mais prevalente em menores de 
2 anos. 
Mecanismo de transmissão: Transmitida por secreção oral. 
Período de incubação e de transmissão: O tempo de 
incubação é de 5-15 dias. A transmissão ocorre na fase de 
viremia que acontece principalmente no período febril. 
Quadro clínico: Assim como sugere o nome da doença, o 
início do quadro clínico é súbito e sem pródromos, 
caracterizando-se por uma febre alta (39-40oC) e contínua 
que resulta em irritabilidade da criança e convulsão febril. Pode 
haver linfonodomegalia associado. 
Após 3-4 dias de febre esta cessa bruscamente e aparece o 
exantema de modo também súbito de aspecto maculopapular 
róseo com lesões que não coalescem com evolução de 
 
 
tronco – face – membros, de curta duração e sem 
descamação. 
 
 
Diagnóstico: Clínico e laboratorialmente pode ser realizada 
sorologia na busca de anticorpos IgM e IgG dos herpes vírus 
6 ou 7. 
Tratamento: O tratamento de suporte é realizado 
principalmente com antitérmicos por conta da febre alta. Em 
caso de imunodeprimidos pode-se usar Ganciclovir pelo risco 
de acometimento do SNC. 
Cuidado com os contactantes e prevenção: O isolamento é 
desnecessário uma vez que, como dito, a maioria das pessoas 
já terá entrado em contato com o vírus e, não existem 
medidas de prevenção a serem adotas. 
 
 
(VARICELA-ZOSTER; FAMÍLIA HERPETOVIRIDAE) 
Definição: Também conhecida por catapora, esta doença 
atualmente é prevenida por vacina na tetra viral o que levou 
a redução da sua incidência (1o dose com 15 meses e reforço 
aos 4 anos de idade). A infecção confere imunidade 
permanente, embora, raramente possa ocorrer um segundo 
episódio de varicela. É uma doença de notificação compulsória 
apenas se caso grave, ou seja, que necessite internação. 
Apesar do maior número absoluto de internações ser entre 
crianças, os adultos têm mais risco de evoluir com 
complicações e óbito. Em crianças imunocompetentes a 
varicela tem curso benigno, repentino e autolimitado. 
Mecanismo de transmissão: Pessoa a pessoa por meio de 
secreções respiratórias ou contato direto e, de modo indireto, 
ocorre por meio do contato com objetos contaminadoscom 
a secreção das lesões de pele (vesículas). 
Período de incubação e de transmissão: O período de 
incubação é de 10-21 dias e a transmissão se inicia 1-2 dias antes 
do surgimento do exantema e permanece até que as lesões 
estejam em fase de crosta. 
 
Exantema súbito 
 
 
 
 
 
 
 
 
Varicela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro clínico: Apesar de na infância não costumar ocorrer 
pródromos, os mesmos podem aparecer como febre 
moderada/ baixa, cefaleia, anorexia e vômito por 2-3 dias. O 
exantema de característica papulovesicular polimórfico 
pruriginoso costuma surgir nas partes cobertas do corpo, 
como couro cabeludo, axilas e mucosas oral e das vias aéreas 
superiores. Tais lesões surgem em surtos de evolução rápida 
coexistindo, em uma mesma região do corpo, diferentes 
estágios: máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas. 
 
Diagnóstico: O diagnóstico da varicela é clínico e costuma ser 
típico não necessitando a realização de testes comprobatórios, 
no entanto, é possível em casos graves quando é necessário 
realizar diagnóstico diferencial pode-se realizar coleta do líquido 
das lesões vesiculares nos primeiros 3-4 dias de erupção. 
Também está disponível sorologia com IgM e IgG. 
Tratamento: O tratamento envolve o uso de sintomáticos 
como anti-histamínicos para atenuar o prurido, antitérmico e 
analgésicos (estes, não salicilatos). O tratamento específico é 
com Aciclovir para menores de 12 anos ou pessoas com 
imunocomprometimento, comorbidades ou risco para 
agravamento do quadro. Além disso, deve-se recomendar a 
lavagem das lesões de pele com água e sabão, bem como é 
fundamental cortar as unhas da criança como forma de 
prevenir lesões de pele secundárias em decorrência o intenso 
prurido. 
 
Cuidado com os contactantes e prevenção: Em situações de 
surto deve-se identificar as pessoas que entraram em contato 
com o caso da doença para realização do bloqueio com vacina 
e imunoglobulina antivaricela. 
A vacina deve seguir as indicações do calendário nacional de 
imunizações e deve ser administrada no período de 120h após 
contato com caso, podendo ser realizada em crianças a partir 
dos 9 meses, devendo manter neste caso, posteriormente, o 
esquema vacinal de rotina. Crianças < 9 meses, gestantes ou 
pessoas imunodeprimidas devem receber a imunoglobulina 
antivaricela na dose de 125UI para cada 10kg. A criança com 
 
varicela deve permanecer em isolamento respiratório e de 
contato até que todas as lesões fiquem em forma de crosta. 
A prevenção deve ser feita através da vacina. 
Complicações: A principal complicação é a infecção bacteriana 
secundária das lesões de pele, causadas por estreptococos e 
estafilococos, em decorrência do prurido que abre porta de 
entrada para estes patógenos presentes na pele e que podem 
causar piodermites, erisipela e celulite. 
A pneumonia intersticial também é uma complicação comum, 
sobretudo, em crianças imucomprometidas sendo importante 
causa de óbito neste grupo. Além disso, podem ocorrer 
manifestações hemorrágicas, hepatites e complicações no 
SNC, esta última é mais frequente em crianças < 5 anos e 
pode tanto atingir o cerebelo causando ataxia, quanto pode 
levar ao quadro de encefalite responsável por sonolência, 
coma e hemiplegia. 
Herpes zoster: Apesar deste quadro ocorrer tipicamente na 
fase adulta, ou seja, não ser classicamente uma doença 
exantemática da infância, o mesmo será abordado de forma 
breve aqui de modo a acrescentar mais elementos para o 
diagnóstico diferencial entre ambas condições que podem 
estar eventualmente presente na infância. A herpes zoster é 
decorrente da reativação do vírus da varicela, pois este após 
a infecção fica latente nos gânglios nervosos podendo ser 
reativado em pessoas adultas (maiscomum) ou em 
crianças/adolescentes que possuam um comprometimento da 
sua imunidade – portadoras de doenças crônicas, neoplasias, 
AIDS, etc. 
 
 
 
Definição: A doença de Kawasaki (DK) é importante causa de 
vasculite na faixa etária pediátrica, sendo causa importante de 
cardiopatia e infarto agudo do miocárdio. Sua etiologia é 
desconhecida, mas acredita-se que seja decorrente de uma 
resposta imune patológica a agentes ambientais ou infecciosos 
em indivíduos com predisposição. O diagnóstico e tratamento 
precoce até o 10o dia da doença é fundamental para a redução 
da complicação mais temidas que é o aneurisma de coronárias. 
Diagnóstico e quadro clínico: O diagnóstico da DK é 
eminentemente clínico, sendo baseado nos seguintes critérios: 
 
A febre costuma ser abrupta com duração de 10-12 dias, 
podendo durar até 4 semanas, uma vez que não responde 
Doença de Kawasaki 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
aos antitérmicos. O exantema ocorre em 90% dos casos e é 
maculopapular polimórfico. Nas extremidades, em 80% dos 
casos nota-se edemas, eritema palmo-plantar e descamação 
laminar em região periungueal. 
Outros achados clínicos podem estar presentes como 
artralgia, diarreia, dor abdominal de modo que a diferenciação 
inicial entre a DK e as outras doenças exantemáticas da 
infância é difícil, sobretudo, nos primeiros dias de doença. 
Boa parte das crianças não preencherá 4 ou mais critérios 
diagnósticos acima, tendo o que é chamada de “DK 
incompleta”, no entanto, naquelas que forem menores de 6 
meses e tiverem febre com mais de 1 semana de duração 
com evidência laboratorial de inflamação (elevação e VHS e 
PCR) sem outra causa conhecida, recomenda-se a realização 
de um Ecocardiograma (ECO). Vale ressaltar que, caso haja 
doença coronariana comprovada por um ECO, não são 
necessários 5 dias de febre para estabelecer o diagnóstico. 
Tratamento: Apesar da incerteza quanto a etiologia, o 
tratamento deve ser instituído precocemente (antes de 
completar 10 dias do início quadro) como forma de evitar 
complicações cardiovasculares e, consiste em administrar 
imunoglobulina 2g/kg em infusão contínua de 10 horas. 
Associado a isto, inicia-se o ácido acetilsalicílico (AAS) em dose 
anti-inflamatória de 80-100mg/kg/dia até que o paciente esteja 
afebril. 
A falha terapêutica ocorre naqueles pacientes que mantêm ou 
têm recorrência da febre após 36h do início do tratamento. 
Nestes casos, pode-se repetir a imunoglobulina até 2 vezes. 
Caso a mesma não seja eficaz pode ser feito pulsoterapia 
com metilprednisolona 30 mg/kg/dia. 
Complicações: Os aneurismas coronarianos são complicações 
que ocorrem precocemente, sendo os de tamanho >8mm de 
diâmetro os mais temidos pelo risco aumentado de obstrução 
e isquemia. Como forma de monitorar o surgimento desta 
complicação e prognóstico ruim de alguns pacientes, 
recomenda-se a realização de ECO em 2 momentos: na fase 
aguda (2-3 semanas após o caso) e com 6-8 semanas. Caso 
em alguns desses resultados apareça o resultado de aneurisma 
de coronárias deve-se proceder um acompanhamento mais 
frequente do caso. 
 
 
Definição: A mononucleose infecciosa é uma doença causada 
pelo vírus Epstein Barr. A infecção pelo vírus Epstein Barr 
(EBV) é comum, afetando cerca de 98% da população 
mundial 1 . Em países em desenvolvimento e populações 
socioeconomicamente desfavorecidas, a infecção primária por 
EBV ocorre normalmente durante a infância e é tipicamente 
assintomática 
 
Epidemiologia: A incidência da infecção sintomática é maior 
em adolescentes e jovens adultos. Em crianças, costuma ser 
subclínica. É rara em adultos mais velhos devido a exposição 
prévia. 1 
Transmissão:: A principal forma de transmissão é através da 
secreção salivar. O EBV pode permanecer viável na orofaringe 
de pacientes com MI por até 18 meses. Estudos mostram que 
também pode ocorrer transmissão sexual 
Clínica: Há presença de linfadenopatia (simétrica, 
moderadamente dolorosa, principalmente na cadeia cervical 
posterior; pode ser generalizada), febre e faringite dolorosa 
(pode ser acompanhada de exsudatos tonsilares e petéquias 
no palato). 
Outras manifestações menos comuns são: esplenomegalia e 
ruptura esplênica, rash cutâneo (maculopapular, urticariforme 
ou petequial), sintomas neurológicos (síndrome de Guillain-
Barré, paralisias de nervos cranianos, meningoencefalites, 
meningite asséptica, mielite transversa, neurite óptica e 
encefalomielite), hepatite, colestase, pneumonia, dentre outros. 
Alguns estudos demonstram que pacientes com EBV 
possuem risco aumentado de desenvolver esclerose múltipla, 
linfoma não-Hodgkin e lúpus eritematoso sistêmico. Pacientes 
que forem equivocadamente tratados com antibióticos 
(principalmente ampicilina e amoxicilina) quase sempre 
apresentam rash maculopapular generalizado 
Laboratório: linfocitose com presença de linfócitos atípicos é 
a alteração laboratorial mais comum. Pode haver neutropenia 
e trombocitopenia leves e autolimitadas. Elevação de 
transaminases pode ser vista na maioria dos pacientes e é 
fortemente sugestiva do diagnóstico de MI. 
Diagnóstico: os testes de anticorpos heterófilos (Monoteste, 
Paul-Bunnell) possuem baixa sensibilidade (85%) e alta 
especificidade (100%). 1 Têm sido gradualmente substituídos 
pela pesquisa de anticorpos específicos para EBV, sendo os 
principais o EBV anti-VCA IgG e IgM.1,2 Os anticorpos não são 
essenciais para o diagnóstico, podendo ser pesquisados em 
situações em que a clínica e o hemograma não são suficientes. 
 
 
Definição: A escarlatina é uma doença infecciosa aguda 
causada pelo estreptococo ß hemolítico do grupo A, produtor 
de toxina pirogênica (eritrogênica), que raramente pode ser 
devida à infecção pelo estreptococo dos grupos C e G. A 
doença ocorre mais frequentemente associada à faringite e, 
ocasionalmente, aos impetigos. Atualmente, a forma toxêmica 
grave é pouco comum.. 
Aspectos epidemiológicos A escarlatina pode ocorrer em 
qualquer idade, sendo mais frequente em escolares entre 5 e 
18 anos. 
Mononucleose 
 
 
 
 
 
 
 
Escarlatina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É rara no lactente, provavelmente devido à transferência de 
anticorpos maternos contra a toxina eritrogênica. Acomete 
igualmente ambos os sexos. A maior taxa (11,3%) de portadores 
sadios ou assintomáticos de estreptococos do grupo A 
encontra-se na faixa etária de crianças, de ambos os sexos, 
enquanto para adultos a taxa é de 0,8%. Em estudo realizado 
na cidade de Recife com 753 escolares de 5 a 19 anos foi 
encontrada uma taxa baixa, de 0,8%, e a frequência foi maior 
na faixa etária de 7 anos. Em estudo realizado em Minas 
Gerais, a prevalência de febre reumática entre escolares foi 
de 3,6/1.000. A distribuição é universal, com maior incidência no 
final do inverno e início da primavera. 
Agente etiológico É o Streptococcus ß hemolítico do grupo 
A (Streptococcus pyogenes), eventualmente dos grupos 
C,DeG. Reservatório O homem é o hospedeiro natural do 
estreptococo do grupo A. Outros possíveis veículos de 
transmissão do estreptococo dos grupos D e G são os 
alimentos e a água. 
Modo de transmissão: A transmissão da escarlatina dá-se por 
contato direto e próximo com paciente que apresenta a 
faringoamigdalite estreptocóccica aguda, por intermédio de 
gotículas de saliva ou secreções nasofaríngeas. Aglomerações 
em ambientes fechados, como creches e escolas, 
principalmente nos meses frios, e após ou concomitante a 
quadros de varicela e feridas cirúrgicas infectadas favorecem 
a transmissão, podendo levar ao aparecimento de surtos. 
Poeira, roupas, utensílios contaminados e outros fômites não 
têm importância significativa na transmissão. A água e os 
alimentos contaminados podem causar surtos de 
estreptococcias (principalmente dos grupos C, D e G). 
Período de incubação da escarlatina: de 2 a 5 dias, sendo 
discutível a transmissão nessa fase da doença. 
Período de transmissibilidade:a transmissão tem seu início 
junto com os primeiros sintomas. Nos casos não tratados e 
sem complicações dura de 10 a 21 dias. Nos adequadamente 
tratados, até 24 horas do início do tratamento. 
Suscetibilidade e imunidade: para que ocorra a doença é 
necessário que o indivíduo infectado não tenha imunidade 
contra o estreptococo (imunidade tipo-específica), nem 
imunidade antitóxica contra a exotoxina pirogênica (toxina 
eritrogênica). Em pacientes que não são tratados 
especificamente para faringite estreptocócica, anticorpos tipo-
específicos são frequentemente detectáveis no soro entre 4 
a 8 semanas após a infecção 
Manifestações clínicas: na escarlatina ocorre um curto período 
prodrômico, geralmente de 12 a 24 horas, no qual pode 
ocorrer febre alta, dor à deglutição, mal-estar geral, anorexia 
e astenia; sintomas estes que podem estar acompanhados de 
náuseas, vômitos e dor abdominal, especialmente em crianças. 
Após esse período, o paciente pode apresentar 
 
faringoamigdalite com exsudato purulento, adenomegalia 
cervical, enantema em mucosa oral acompanhado de 
alteração na língua. 
Nos primeiros dias, a língua se reveste de uma camada branca, 
com papilas protuberantes que se tornam edemaciadas e 
avermelhadas. Após um ou dois dias a camada branca se 
descama, ressaltando as papilas hipertrofiadas e avermelhadas 
(língua em framboesa). A erupção de pele surge tipicamente 
após 12 a 48 horas, manifestando-se como um exantema 
micropapular, iniciando-se no peito e expandindo-se para o 
tronco, pescoço e membros, poupando as palmas das mãos 
e as plantas dos pés; caracteristicamente, confere à pele o 
aspecto de lixa e desaparece à digitopressão. 
Na face são encontradas lesões puntiformes, com a testa e 
bochechas hiperemiadas, contrastando com a palidez da 
região perioral (sinal de Filatov). O exantema apresenta-se mais 
intenso nas dobras cutâneas e nas áreas de pressão, como 
nádegas; surgem nesses locais áreas de hiperpigmentação e 
nas dobras de flexão há formação de linhas transversais (sinal 
de Pastia). 
A faringoamigdalite, a erupção e a febre, assim como as outras 
manifestações clínicas, desaparecem em torno de uma 
semana, seguindo-se um período de descamação, 
característico da escarlatina. A descamação começa na face e 
pescoço, em finas escamas, desce para o tronco e por último 
para as extremidades, na segunda ou terceira semana. As 
mãos e os pés são os últimos que descamam, e de forma 
mais intensa. A apresentação clássica da escarlatina é incomum 
em pacientes com menos de 3 anos de idade, que geralmente 
apresentam quadros atípicos, com sinais e sintomas 
inespecíficos, como febre baixa, irritabilidade, anorexia e 
adenite cervical. 
A doença ocorre mais comumente em associação com a 
faringite e raramente com piodermite ou ferida cirúrgica ou 
traumática infectada. Nos raros casos de escarlatina 
provocados por impetigo não há a presença da angina 
estreptocóccica. Ressalte-se que a evolução clínica típica é 
alterada com o diagnóstico e tratamento precoces. 
Complicações: Podem ser de dois tipos: 
- Supurativas: abscessos, fasciíte necrotizante, bacteremia, 
síndrome do choque tóxico estreptocóccico, meningite, 
pioartrite, endocardite, osteomielite, peritonite, sinusite e até 
meningite e abscesso cerebral, devido à infecção por 
contigüidade via mastóide ou disseminação hematogênica; 
- Não-supurativas: glomerulonefrite difusa aguda, febre 
reumática, eritema nodoso, eritema multiforme, poliarterite 
nodosa, artrite reativa. A letalidade é alta nos casos de 
bacteriemia estreptocóccica e choque séptico 
estreptocóccico. 
 
Diagnóstico laboratorial: Laboratorial: a cultura de orofaringe é 
o principal exame (padrão ouro) para a identificação do 
estreptococo ß hemolítico do grupo A. Deve-se utilizar swab 
adequado (Dracon ou Rayon), flexível, estéril, com haste de 
plástico (não usar swab de algodão ou alginato de cálcio) para 
a coleta de material da orofaringe, que deverá ser colocado 
em tubo estéril para encaminhamento imediato ao laboratório, 
em temperatura ambiente. 
Os testes para anticorpos no soro da fase aguda e de 
convalescença, como a antiestreptolisina O (ASLO); são úteis 
e contribuem como mais um dado presuntivo de infecção por 
estreptococo do grupo A, porém não têm valor para o 
diagnóstico imediato ou tratamento da infecção aguda, pois a 
elevação do título obtido após 2 a 4 semanas do início do 
quadro clínico é muito mais confiável do que um único título 
alto 
Os testes rápidos de detecção de antígeno como o látex, se 
disponíveis, podem ser usados; entretanto, apesar da alta 
especificidade (95%), sua sensibilidade é baixa (76% a 87%). 
Assim, quando o látex estiver disponível será utilizado. No 
entanto, também deverá ser feita coleta para cultura. ! O 
hemograma apresenta-se com leucocitose, neutrofilia e desvio 
à esquerda, e eosinofilia (5% a 10%), principalmente nos 
primeiros dias de infecção 
Tratamento Pode ser iniciado até oito dias após o início do 
quadro, e as penicilinas continuam sendo o tratamento de 
escolha para a escarlatina. Devem ser usadas, a menos que o 
paciente seja alérgico. Pode ser usada a forma de penicilina G 
benzatina, nas doses de 600.000 UI, intramuscular, para 
crianças menores de 25 quilos, e 1.200.000 UI para maiores de 
25 quilos e adultos, em dose única. 
Também pode ser utilizada a penicilina V oral, em doses de 
200.000 UI (125 mg) para menores de 25 quilos, e 400.000 UI 
(250 mg) para maiores de 25 quilos e adultos, a cada 6 ou 8 
horas, durante dez dias. A eficácia clínica é similar nas duas 
formas, embora haja mais recaídas com a forma oral. Ambas 
previnem o aparecimento da febre reumática. A amoxacilina, 
ou amoxacilina com clavulanato, também pode ser utilizada por 
dez dias, nas doses de 500 mg de 8/8horas VO (via oral) para 
adolescentes e adultos e 50-40mg/kg/dia, de 8/8horas, para 
crianças. 
Aeritromicina é indicada para pacientes alérgicos às penicilinas. 
O estolato de eritromicina é usado nas doses de 20mg a 
50mg/kg/dia, por 3 ou 4 doses, via oral. Os novos macrolídeos, 
como a azitromicina (12mg/kg/dia, em 1 dose/dia – dose 
máxima 500mg/dia por cinco dias) e a claritromicina 
(7,5mg/kg/dia, de 12/12horas – dose máxima 500mg por sete 
dias) também podem ser utilizadas; no entanto, o custo do 
tratamento limita sua indicação. 
 
 
As cefalosporinas de uso oral podem ser usadas nos pacientes 
alérgicos às penicilinas, embora 5% a 15% apresentem alergia 
às cefalosporinas, que estarão contra-indicadas em caso de 
alergia tipo choque anafilático. Cefalexina, cefadroxil e cefaclor 
são usadas durante dez dias. Aaxetil cefuroxima para crianças 
na dose de 20 mg/kg/dia, dose máxima de 250mg/kg/dia VO, 
de 12/12 horas; e para adultos 250 mg, também de 12/12horas, 
pode ser usada durante 5 a 7 dias, com eficácia semelhante 
às penicilinas. O custo do tratamento com as cefalosporinas é 
alto, limitando sua indicação 
 
 
Definição: são as doenças causadas pelo chamados arbovírus, 
que incluem o vírus da dengue, Zika, febre Chikungunya e 
febre amarela. 
Dengue 
Definição: A dengue é uma arbovirose, do gênero flavivirus, 
que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui 4 
sorotipos bem estabelecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e o 
DENV-4. 
Quadro Clínico: De forma simplificada, defini-se a Dengue 
como um quadro febril agudo (de no máximo 7 dias) e que 
vem acompanhado de pelo menos 2 dos seguintes sintomas: 
Dor retroorbitária, mialgia, prostração, cefaleia, artralgia, 
exantema. Contudo, essa é uma forma bem básica de encarar 
a doença, uma vez que ela pode se apresentar com quadros 
variando desde a completa ausência de sintomas, até quadros 
bastante graves em que o paciente apresenta até sinais de 
choque. Dessa forma, atualmente o que se recomenda é que 
a gente encare a doença como tendo 3 fases distintas: 
- Fase Febril; 
- Fase Crítica; 
- Fase de Recuperação. 
 
ArbovirosesDiagnóstico: 
 
Estadiamento: Precisa-se fazer o estadiamento da doença, 
visto que é justamente isso que vai definir como deverá nossa 
conduta para o paciente. 
 
Tratamento: Deve-se iniciar o tratamento específico para a 
categoria do paciente e também já decidir como que será o 
acompanhamento dele. 
 
 
Chikungunya 
Definição: A Chikungunya é uma doença causada pelo vírus 
CHIKV (do gênero Alphavirus e família Togaviridae), o qual 
tem o Aedes aegypti como vetor e o homem como 
hospedeiro definitivo. 
Dessa forma, assim que é infectado pelo vírus, o paciente 
entra em um período de incubação que pode durar entre 1 e 
12 dias (média de 3-7 dias) e só depois disso é que ele entra 
no período sintomático da doença, o qual pode ser dividido 
em 3 fases distintas: 
- Fase Aguda (Febril) 
- Fase Subaguda 
- Fase Crônica 
Quadro Clínico: 
 
 
 
Diagnóstico: Para fazer o diagnóstico de Chikungunya pode ser 
útil pedir um hemograma (evidenciará uma leucopenia e, mais 
raramente, uma trombocitopenia) além de VHS e PCR, que 
costumam ficar aumentadas por semanas. 
No entanto, para realmente bater o martelo nós temos 3 
opções: 
- RT-PCR (até o 8o após início dos sintomas); 
- IgM anti-CHIKV (a partir do 5o dia de doença); 
- Sorologia pareada de IgG anti-CHIKV (uma a partir do 6o dia 
e outro 15 dias depois) 
Aumento ≥ 4x fecha diagnóstico. 
A Chikungunya também é uma doença de notificação 
compulsória 
Tratamento: 
 
 
Zika 
Definição: A Zika é uma doença também causada por um 
flavivírus (o ZIKAV) transmitido pelo mesmo mosquito Aedes 
aegypti. No entanto, é importante comentar que existem 
evidências – ainda não conclusivas – de que esse vírus 
também é passado por transmissão vertical e sexual. 
Quadro clínico: 
 
 
Diagnóstico: Idealmente, o diagnóstico de ZIKA deve ser 
confirmado por meio da dosagem de RT-PCR que pode ser 
feita no soro (até o 7o dia) ou na urina (até o 14o dia), sendo 
que no caso do teste na urina é recomendado associar esse 
achado à dosagem de IgM anti-ZIKA e ao teste de PRNT. 
Agora, uma vez passado os 14 primeiros dias da doença, aí 
nossa saída será investir apenas no IgM anti-ZIKA e no PRNT. 
Tratamento: O tratamento para Zika ainda não está bem 
estabelecido, deve-se fazer apenas fazer controle dos 
sintomas, preferencialmente com Paracetamol, Dipirona ou 
algum anti-histamínico – é bom evitar AINEs pelo risco de 
infecção simultânea com o vírus da Dengue. 
Prevenção: Por fim, por ser uma doença com potencial de 
ser sexualmente transmissível, além de todo o controle com 
o vetor, é fundamental orientar quanto à prática sexual 
protegida, especialmente os homens que devem evitar fazer 
sexo desprotegido durante toda a gravidez da esposa, ou por 
pelo menos 6 meses após infecção, ou por 8 semanas após 
viagem para área de risco. 
Diagnóstico Diferencial:

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