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TUTORIA INTRODUÇÃO A MEDICINA 5 E 6

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PROBLEMA 5 – PROFISSÃO DE RISCO
OBJETIVO 1 -DIFERENCIAR OS CONCEITOS DE ÉTICA DE BIOÉTICA
A ética estuda o comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, estuda uma forma específica de comportamento humano.
Seu objeto de atenção são os atos humanos conscientes e voluntários que afetam outros indivíduos, grupos sociais e até mesmo toda a sociedade.
Embora estejam intimamente relacionados, os termos ética e moral não se confundem; antes, se completam.
Ética, do grego "ethos",  significa "modo de ser", "caráter" e moral, do latim "mos",  significa "costume", "conjunto de normas adquiridas pelo homem."
Assim, ambos os termos se referem a duas qualidades especificamente humanas: o "modo de ser" ou o "caráter" de cada um,  sobre o qual se assestam os "costumes" ou as "normas adquiridas",  plasmando o  comportamento  moral do homem.
A bioética, termo criado pelo oncologista e biólogo americano Van Rensselaer Potter II e publicado em seu livro Bioethics: bridge to the future,1971, é o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais. Esse conceito original, apresentado na Encyclopaedia of Bioethics em 1978, foi modificado na edição de 1995 da mesma, sendo atualmente  aceito o seguinte: “é o estudo sistemático das dimensões morais- incluindo visão, decisão e normas morais – das ciências da vida e do cuidado à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto multidisciplinar ”. O pluralismo das disciplinas e metodologias dentro da bioética fez evitar os termos “valores”e “princípios.”
Como campo emerso da ética médica, a bioética não trata  apenas do direito dos individuos à saúde e à assistência médica; trata também das responsabilidades sobre as ameaças à vida no planeta. É fruto da evolução do saber e de concepções novas geradas pelas atuais realidades da medicina, da biologia, da sociologia, do direito e da filosofia.
A bioética “principialista” baseia-se em princípios assim resumidos: o princípio da autonomia que requer do médico o respeito à vontade, crenças e valores morais do paciente ou manifestos por seu responsável, reconhecendo o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito à sua intimidade; o princípio da beneficência que assegura o bem-estar das pessoas evitando-lhes danos e que sejam atendidos os seus interesses; o princípio da não-maleficência que prega sejam minorados ou evitados danos aos pacientes como professam os princípios hipocráticos – “primum non nocere”- ; o princípio da justiça que exige eqüidade na distribuição de bens e benefícios tanto pela medicina quanto pelas demais profissões da área da saúde e também por entidades que participem ou colaborem nas ações para a recuperação da saúde dos doentes e o princípio da proporcionalidade que procura o equilíbrio entre riscos e benefícios visando o menor mal e o maior benefício às pessoas.
A bioética analisa os problemas éticos - dos pacientes, dos médicos e de todos os envolvidos na assistência - relacionados com o início e o fim da vida, com a engenharia genética, com os transplantes de órgãos, com a reprodução humana assistida com embriões congelados, com a fertilização in vitro e com a interrupção da gestação nas malformações incompatíveis com a vida, com o prolongamento artificial da vida, a morte encefálica e as várias formas de eutanásia e com os direitos dos pacientes terminais,  etc.
OBJETIVO 2 – CARACTERIZAR AS BASES QUE FUNDAMENTAM A ÉTICA E A BIOÉTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO TRABALHO MÉDICO FRENTE À SOCIEDADE.
 Bioética é uma palavra nova, surgida por volta de 1970, que cristaliza movimentos, aspirações, discursos e práticas que questionam e põem em causa os avanços das técnicas biomédicas. A bioética suscita ainda muitas discussões sobre seu estatuto, métodos e objetivos.
Por outro lado, a ética médica é uma forma especial de ética, que se preocupa com os problemas morais da profissão médica4 e, assim, pode ser apresentada de forma reduzida à deontologia, ou mais restritamente, à deontologia codificada.
Observa-se o aumento de denúncias de erro profissional6,7, sendo que uma das queixas mais freqüentes dos usuários e dos profissionais de saúde está relacionada à desumanização da prática médica8. Além disto, é notada uma separação cada vez maior entre a ética prescrita pelos códigos e aquela exercida pelos profissionais9 . Tal situação serve como pano de fundo para o aumento dos processos ético-profissionais contra médicos, que alcançam enorme visibilidade em virtude da veiculação pela mídia, concorrendo para o descrédito da figura do médico e a insegurança e revolta dos pacientes10. Estes fatos denotam a necessidade de mudanças cada vez mais incisivas no processo de formação dos estudantes de Medicina, na tentativa de reverter este quadro.
OBJETIVO 3 – DISCUTIR ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA MEDICINA NA PROMOÇÃO DA CIDADANIA.
Atrair médicos para regiões remotas transformou-se em desafio hercúleo ao Governo Federal. A despeito das inúmeras tentativas do Ministério da Saúde, os esforços, até agora, não atingiram seus objetivos. Até certo ponto, isso é compreensível. Afinal, os profissionais de medicina buscam trabalhar em locais com estrutura adequada à assistência e oportunidades de educação científica continuada, pois dependem da atualização para oferecer, com boa remuneração, atendimento médico de qualidade. Lamentavelmente, nas cidades remotas do Brasil nada disso ainda é realidade. 
A questão é que a relação da medicina com a cidadania é direta. Não resolver essa demanda de saúde das populações de áreas afastadas é a mesma coisa que ignorar o juramento de Hipócrates. Portanto, não cabe somente ao Estado procurar solução para o problema. Médicos, academia e o conjunto da sociedade também devem colaborar.
Para começar, devemos entender os motivos que levaram todas as tentativas feitas até agora darem pouco resultado. Em nenhuma delas houve análise aprofundada da relação custo-benefício. Também não foram levados em consideração os baixos salários que desmotivam o bom profissional, além da ausência de carreira de estado, de oportunidades de reciclagem profissional e de infraestrutura para uma assistência adequada.
Outro fator a ser considerado são as políticas de incentivo à internacionalização. O Programa do Governo Federal “Ciência sem Fronteira”, por exemplo, é extremamente importante porque abre novos horizontes para todos aqueles que cursam graduação e pós-graduação em medicina. Contudo, precisamos reavaliar a o custo-benefício disso. Acredito que, por uma questão de coerência, a internacionalização deveria vir depois da nacionalização. Para todos esses médicos que vão a outros países, o ideal seria primeiro conhecer as regiões mais afastadas e de difícil acesso aqui mesmo no Brasil, áreas que sofrem com a miséria e a falta de assistência médica.
Além de ter a oportunidade de prestar importante serviço a essas comunidades carentes, a atividade ajuda a desenvolver no estudante da graduação e pós-graduação stricto sensu um sentimento de cidadania de capital importância na prática da medicina. Participar de ações como essa arremete o indivíduo ao o humanismo, cuja vertente mais importante é a relação médico-paciente.
Nesse sentido, com objetivo de promover a nacionalização, a Escola Paulista de Medicina está implantando o projeto “Saúde em Fronteira”. Trata-se de uma ação envolvendo Marinha, Exército e Aeronáutica que visa permitir a ida de estudantes, pós-graduandos e residentes a partir do segundo para regiões ribeirinhas da Amazônia, a fim de prestar assistência médica e realizar estudos científicos. O objetivo final deste projeto, que almejamos transformar futuramente em política de governo, é a melhoria da saúde dos habitantes das comunidades locais.
Com essa vivência, médicos e alunos poderão adquirir uma formação humanística, social e de cidadania, tão importante para sua carreira e vida pessoal.  Essa sim é a verdadeira educação médica que desejamos implantarno Brasil.
OBJETIVO 4 – DESCREVER CRITICAMENTE OS FUNDAMENTOS DA ÉTICA MÉDICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
Princípios da Ética Médica
Não-maleficência
O princípio da não maleficência estabelece que o médico deve qualificar-se para o atendimento e habilitar-se para a comunicação. Não se preocupar somente com os fatores objetivos, mas também com os subjetivos, ou seja, nesse sentido, o médico deve falar só sobre o que sabe, só fazer o que está capacitado, ter respeito a própria autonomia, justificar a não aplicação de conduta diagnóstica, comunicar-se sobre o que está acontecendo e reivindicar infraestrutura adequada. O médico deve tomar decisões que causem o menor dano ao seu paciente.
Autonomia
A autonomia é o direito que o paciente tem de emitir sua opinião, rejeitar ou aceitar o que o médico lhe propõe, podendo agir de forma livre, voluntária e esclarecida. Mas essa autonomia serve também para os médicos, pois possuem o direito de emitir sua opinião sobre o que o paciente lhe propõe, podendo rejeitar solicitações que sejam contrárias a sua consciência e ao seu conhecimento. O médico deve se resguardar de danos profissionais com os atos médicos sendo autorizados pelos pacientes.
Beneficência
É praticar o bem para o outro; portanto, as ações profissionais da saúde devem ser de acordo com o melhor interesse do paciente. Ou seja, aumentar os benefícios e reduzir o prejuízo. O médico deve assegurar de que as técnicas aplicadas sejam sempre para o bem do paciente.
Justiça
A Justiça estabelece o princípio da equidade como condição essencial da Medicina, ou seja, disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um e atender os pacientes na maneira correta. A imparcialidade de nortear os atos médicos, impede que aspectos discriminatórios interfiram na relação entre médico e paciente.
Um médico precisa exercer sua profissão com honestidade, transparência, dignidade, espírito de amizade, solidariedade, compaixão, entre outras características. Mas, mesmo assim, estará sempre sujeito a cometer erros médicos. Não existe médico sem paciente, ambos fazem parte e objetivam a beneficência do conhecimento científico e a capacitação operacional; a prática acontece em uma relação humana.
Segredo médico
O sigilo médico é uma das mais tradicionais características da profissão médica. É um segredo profissional, que pertence ao paciente e o médico é quem o guarda. A única possibilidade de revelá-lo é com a autorização expressa do paciente e situações de dever legal e justa causa. Se o segredo for revelado fora dessas possibilidades, é considerado antiético e até crime.
OBJETIVO 5 – ANALISAR OS PRINCIPAIS TÓPICOS QUE COMPOEM O CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
1. Princípios fundamentais
O primeiro capítulo estabelece que o médico deve exercer a sua profissão a serviço da saúde do ser humano com o melhor da sua capacidade profissional e deve seguir as normas do Código de Ética Médica o e respeitar os pacientes e colegas de profissão.
2. Direito dos médicos
O médico tem, além de deveres, direitos para exercer a sua profissão de forma mais humana e igualitária. Por isso, o profissional não pode ser discriminado por qualquer característica de cunho social, cultural, político, racial ou orientação sexual. Além disso, precisa ter condições dignas de trabalho, remuneração adequada e honorários justos.
3. Responsabilidade profissional
A responsabilidade profissional determinada no capítulo três é vital para o paciente. Dessa forma, é vedado ao médico colocar a saúde e a vida do paciente em risco por negligência, imprudência ou imperícia. O profissional deve indicar o melhor e mais adequado tratamento ao paciente de acordo com a prática científica reconhecida.
4. Direitos humanos
O capítulo 4 concede respeito e autonomia aos pacientes para a participação no processo terapêutico. O paciente precisa ter a autonomia para decidir se continuará ou não com o tratamento indicado pelo médico. Só que para isso, o paciente precisa ser muito bem informado. Dessa forma, cabe então ao médico obter o consentimento informado e esclarecer o procedimento e o tratamento ao paciente e respeitar a sua decisão.
5. Relação de respeito com pacientes e familiares
Esse capítulo também concede o direto aos familiares ou representante legal do paciente de decidir livremente sobre alguma prática médica, salvo em caso de iminente risco de morte. O médico deve usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento que está ao seu alcance e também deve informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento.
6. Doação de órgãos e tecidos
O médico deve esclarecer todos os riscos e procedimentos necessários para o transplante de órgãos ao doador, receptor e representante legal. O médico não pode participar do diagnóstico de morte quando esse processo pertencer à equipe de transplante e nem retirar o órgão do doador vivo mesmo quando ele for juridicamente incapaz, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei. É importante lembrar também que comercializar órgãos ou tecidos é crime.
7. Relação entre médicos
As normas do capítulo 7 busca uma relação saudável entre os profissionais. Por isso, o médico não pode usar de sua posição hierárquica e nem ter condutas antiéticas para obter vantagens e concorrência desleal com outros profissionais. Também não é permitido acobertar erros de outro médico.
8. Remuneração profissional
A medicina não pode ser exercida como comércio. O médico não deve oferecer ou receber remuneração e vantagens pelo paciente ser encaminhado, recebido ou por atendimento não realizado. Não é permitido remunerar profissionais que não participaram da prática médica. A remuneração deve ser justa, sem vantagens desleais.
9. Sigilo profissional
Esse capítulo retrata todas as instâncias do sigilo profissional do médico com o tratamento realizado com o paciente.
10. Documentos médicos
As informações contidas em atestados, prontuários, laudos e demais documentos médicos devem ser verídicas, legíveis e não podem ser produzidas como forma de obter vantagens.
11. Auditória e perícia médica
Esse capítulo informa todas as normas para o profissional atuar como médico perito. O Código de Ética Médica proíbe o médico de assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal se não tiver participado da realização do exame ou ser perito ou auditor de um paciente que tenha relação familiar.
12. Ensino e pesquisa médica
É vedado ao médico participar de qualquer procedimento experimental envolvendo seres humanos com fins bélicos, políticos, étnicos, eugênicos ou outros que atentem contra a dignidade humana. Para realizar pesquisa com pacientes, o médico deve explicar a finalidade da pesquisa e obter o termo de consentimento livre e esclarecido do paciente ou do seu representante legal.
13. Publicidade médica
Todas as orientações para a divulgação do exercício da profissão em meios de comunicação estão dispostas no capítulo 13. A publicidade médica deve ter caráter exclusivo de esclarecimento e educação na sociedade, por isso o médico não pode divulgar a prática médica de forma sensacionalista, promocional ou com conteúdo não comprovado cientificamente. Em todos os anúncios profissionais é obrigatório ter o número de inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina.
ATUALIZAÇÕES
Avanços – Para facilitar a compreensão das novas diretrizes, o novo texto mantém o mesmo número de capítulos, que abordam princípios, direitos e deveres dos médicos.
Entre as principais novidades está o respeito ao médico com deficiência ou doença crônica, assegurando-lhe o direito de exercer suas atividades profissionais nos limites de sua capacidade e também sem colocar em risco a vida e a saúde de seus pacientes.
Também ficou definido que o uso das mídias sociais pelos médicos será regulado por meio de resoluções específicas, o que valerá também para a oferta de serviços médicos à distância mediados por tecnologia.
 
Placebo e Sigilo - No âmbito das pesquisas em medicina, o novo Código de Ética Médica manteve a proibição do usodo placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz.
Outro avanço incorporado ao Código é a obrigação da elaboração do sumário de alta e entrega ao paciente quando solicitado (documento importante por facilitar a transição do cuidado de uma forma mais segura, orientando a continuidade do tratamento do paciente e realizando a comunicação entre os profissionais e entre serviços médicos de diferentes naturezas).
Da mesma forma, o CEM autoriza o médico, quando for requisitado judicialmente, a encaminhar cópias do prontuário sob sua guarda diretamente ao juízo requisitante. No código anterior, esse documento deveria ser disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz.
Tradição – O processo de revisão do CEM aliou o espírito inovador à preservação dos princípios deontológicos da profissão, possibilitando a discussão, avaliação e manutenção de avanços instituídos no código de 2009 e dos princípios basilares da atividade médica previstos em versões anteriores e na história da ética médica.
Entre as diretrizes mantidas, estão a consideração à autonomia do paciente e o respeito à sua dignidade quando em estado terminal, a preservação do sigilo médico-paciente e a proteção contra conflitos de interesse na atividade médica, de pesquisa e docência.
Diretrizes - “Tanto na revisão do Código realizada em 2009, como desta vez, mantemo-nos fiéis às diretrizes norteadoras estabelecidas em 1988, baseadas na dignidade humana e na medicina como a arte do cuidar”, ressalta o coordenador da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica e presidente do CFM, Carlos Vital, ao avaliar a forma de condução dos trabalhos.
Com o intuito de assegurar o cumprimento do Ato Médico, o Código de Ética garante ainda a valorização do prontuário como principal documento da relação profissional; a proibição à cobrança de honorários de pacientes assistidos em instituições que se destinam à prestação de serviços públicos; e o reforço à necessidade de o médico denunciar aos CRMs aquelas instituições públicas ou privadas que não ofereçam condições adequadas para o exercício profissional ou não remunerem digna e justamente a categoria.
OBJETIVO 6 – RECONHECER AS FUNÇÕES DOS CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS QUE REGULAM A PROFISSÃO MÉDICO
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Pode parecer um pouco confuso, pois existem dois órgãos responsáveis por realizar a fiscalização e normatização da atividade profissional em medicina, o federal e o estadual. Embora os dois conselhos atuem juntos, eles possuem autonomia para tomar decisões e julgar os casos que estiverem dentro de suas competências. O CFM ainda possui um importante papel político, pois além dos interesses dos médicos, eles atuam junto ao poder público para garantir melhores condições de saúde para a população.
Principais atribuições do CRM:
A principal função dos Conselhos Regionais de Medicina é fiscalizar a atuação dos médicos e realizar o julgamento dos casos que ferem o Código de Ética Médica, podendo suspender ou mesmo cassar o registro do profissional que cometer infração. Também cabe ao órgão realizar o registro de médicos e entidades jurídicas, sendo responsáveis pela avaliação das capacidades do requerente de acordo com as exigências para exercer a profissão.
Referência para quem atua na área, o CRM possui uma política de valorização e dignificação dos profissionais de medicina. Para isso, o órgão faz uso de ferramentas para promover o desenvolvimento dos seus associados por meio de atividades educacionais com objetivo de aprimoramento e atualização dos conhecimentos em medicina.
Importância do CRM para a sociedade
Ao fiscalizar e garantir um nível de excelência para a prática da medicina, o Conselho Regional de Medicina contribui diretamente para a saúde da população. Além de permitir a atuação, o número do CRM é uma ferramenta utilizada para que as pessoas saibam que estão sendo atendidas por profissionais qualificados.
Para conferir se um médico faz parte da associação, basta acessar o portal do conselho e inserir o número do CRM apresentado por ele.
 Na área de medicina, uma profissão tão importante para o desenvolvimento sustentável de uma sociedade, as autarquias responsáveis por orientar, disciplinar e fiscalizar a atividade são o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina, ou como são chamados, CRM.
O Conselho Federal de Medicina possui sede no Distrito Federal e tem jurisdição em todo território brasileiro. No entanto, em cada região, atua em parceria com os Conselhos Regionais de Medicina (CRM). Há vários CRMs espalhados pelo País, atuando para zelar os princípios éticos da profissão em todas as regiões do Brasil. Os CRMs são autarquias que possuem autonomia em sua administração e gestão financeira.
PROBLEMA 6 – CIÊNCIA E MEDICINA
OBJETIVO 1 – CONCEITUAR CIÊNCIA E OS TERMOS RELACIONADOS ENCONTRADOS NO PROBLEMA
A ciência o que procura é construir teorias que expliquem fenômenos que possam ser verificados e sempre dentro do possível seja capaz de determinar que leis rejam o que chamamos previsibilidade.
A ciência tenta designar um conhecimento em forma de teoria, como exemplo tem a matemática, e também habilidades que no que se refere à prática. No caso da matemática especificamente foi a primeira ciência em aflorar na história da humanidade e é considerada uma das ciências mais simples que existem.
OBJETIVO 2 – IDENTIFICAR OS PRINCIPIOS GERAIS DO MÉTODO CIENTIFICO
O método científico pode ser definido como um conjunto de procedimentos por meio dos quais um cientista consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos, constituição e formação de materiais etc. De forma geral, o método científico pode apresentar as seguintes etapas:
1º - Observação
É a etapa em que o pesquisador observa uma determinada matéria ou fenômeno.
2º - Elaboração do problema (fase do questionamento)
Nessa etapa, o cientista ou pesquisador elabora perguntas sobre o fenômeno ou material analisado, tais como:
· Por que esse fenômeno ocorre?
· Como esse fenômeno ocorre?
· Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?
· Qual é a composição do material?
· Que substâncias formam esse material?
· Qual é a importância desse material?
3º - Hipóteses
É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas feitas na etapa anterior. Essas respostas podem ser pautadas em seu conhecimento prévio sobre materiais ou fenômenos semelhantes.
A elaboração das hipóteses deve ser feita com muita cautela porque é por meio delas que a fase da experimentação será realizada, ou seja, elas serão o ponto de partida da experimentação.
4º - Experimentação
Nessa etapa, experimentos e pesquisas bibliográficas são realizados com base nas hipóteses levantadas. O objetivo é encontrar a resposta para cada um dos questionamentos que foram elaborados.
Cada cientista desenvolve essa etapa de acordo com os conhecimentos que possui e as práticas que são necessárias para o esclarecimento de cada hipótese.
5º - Análise dos resultados
Após a fase da experimentação, o pesquisador analisa cada um dos resultados para verificar se eles são suficientes para explicar cada um dos problemas levantados e também se estão de acordo com as hipóteses.
Caso os resultados não sejam satisfatórios, novas hipóteses podem ser levantadas para que novas experimentações ocorram. Se os resultados da experimentação forem satisfatórios, o cientista parte para a etapa da conclusão.
6º - Conclusão
A conclusão é a etapa em que o cientista verifica se os experimentos e pesquisas realizados respondem aos questionamentos levantados e permitem que ele faça afirmações acerca dos fenômenos ou materiais analisados.
Todas as afirmações realizadas após a utilização do método científico são chamadas de teorias. Quando diferentes hipóteses e experimentações são realizadas e o resultado é sempre o mesmo, passamos a ter uma lei.
Finalizando:
O método científico não necessariamente deve apresentar as etapas descritas anteriormente. Um cientista possui toda liberdade de lidar com o métodocientífico da forma que lhe convém.
OBJETIVO 3 – COMPREENDER AS DIFERENÇAS ENTRE AS CIÊNCIAS ABSTRATAS OU FORMAIS E FACTUAIS(NATURAIS E HUMANAS) E O LUGAR QUE A MEDICINA OCUPA
Vários autores já propuseram classificações para a Ciência. Augusto Comte dividiu em matemáticas, físico-químicas, biológicas, morais e metafísicas. Outros autores como Carnap, Bunge, Wundt optaram por classificar a Ciência em dois grupos: formal e factual. 
Ciências formais: aquelas cuja verdade se apoia em sua estrutura lógica. Contém apenas enunciados analíticos, apoiados no significado de seus termos. Estudo das idéias. 
 Ciências factuais: aquelas cuja verdade se apoia em sua estrutura lógica e, também, no significado dos fatos inerentes ao problema. Contém enunciados analíticos e sintéticos, apoiados no significado de seus termos e nos fatos a que se referem. 
Estudo dos fatos. LAKATOS E MARCONI (1995) sugerem a classificação do diagrama a seguir: 
As ciências formais estudam as idéias. Abordam entidades não encontradas na realidade e, portanto, não podem se valer da experimentação ou do contato com a realidade para a convalidação de suas propostas. 
As ciências factuais estudam os fatos que supostamente ocorrem na realidade e podem, por isso, recorrer à observação e à experimentação para o teste de suas hipóteses. Nas ciências factuais faz-se uso da estrutura lógica, da manipulação de idéias, que são complementados pela observação natural ou controlada dos fatos que ocorrem objetivamente na realidade.
MEDICINA ENQUANTO CIÊNCIA ABSTRATA: BUSCA EXPOR SINTOMAS DE DETERMINADAS DOENÇAS
MEDICINA ENQUANTO CIENCIA CONCRETA: DURKHEIM>ANOMIAS SOCIAIS 
MEDICINA ENQUANTO CIENCIA HUMANA:
- ETICA MÉDICA> NOVO CODIGO DE ÉTICA MÉDICA 
- EMPATIA > CONVERGÊNCIA DE OBJETIVOS
- RELAÇÕES ENTRE MÉDICO-PACIENTE E COMUNIDADE
- PSIQUIATRIA: PROCURAR ENTENDER AS IDEIAS DO HOMEM
MEDICINA ENQUANTO CIÊNCIA NATURAL: 
- ESTUDO DE PATOLOGIAS
- REMÉDIO> MEIO PARA SE ALCANÇAR UM OBJETIVO
OBJETIVO 4 – RECONHECER AS CARACTERISTICAS QUE DIFERENCIAM O CONHECIMENTO CIENTIFICO DE OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTO
Conhecimento Científico Finalmente, o conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses tem sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica de verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. 
Apesar da separação “metodológica” entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, através de investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode-se questiona-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade, finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. 
Por sua vez, estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes de senso comum.
OBJETIVO 5 – AVALIAR A RELATIVIDADE DO CONHECIMENTO MÉDICO

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