Resumo - Direito Constitucional - Aula 12 - Acoes do Controle Concentrado de Constitucionalidade - Prof Ricardo

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo OAB| Disciplina: Direito Constitucional 
Aula: 12 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
EMENTA DA AULA 
1. Ações do Controle Concentrado de Constitucionalidade. 
Resumo: 
− ADI, ADC, ADPF, ADO e IF o controle é concentrado -> só o STF que julga; 
− É Abstrato -> não tem caso concreto, não tem litigio entre autor e réu; 
− A Sentença tem efeito -> “erga omnes” e vinculante; 
− Dessas 05 ações uma delas tem legitimado especifico -> Ação Interventiva (IF) -> só o PGR ajuíza 
nos termos do art. 36, III; 
− As demais ações ADI, ADC, ADPF e ADO -> tem os mesmo legitimados -> são os legitimados do 
art. 103, CF/88; 
− O STF dividiu esses legitimados em 02 categorias -> Legitimados Universais e Legitimados 
Especiais. 
Atenção: a jurisprudência do STF entende que os legitimados do controle abstrato ou concentrado de 
constitucionalidade não poderão desistir das ações típicas depois que elas forem ajuizadas perante o 
STF. A ADI, ADC, ADPF, ADO e IF são, portanto, ações judiciais indisponíveis. Haja vista que defendem o 
interesse da coletividade no tocante à higidez (higiene – limpar) do ordenamento jurídico (não pode 
desistir, não que ir até o fim). 
 
Objeto das Ações do Controle Concentrado ou Abstrato de Constitucionalidade 
Identificar os objetos de cada uma das 05 ações judiciais típicas do controle concentrado ou abstrato de 
constitucionalidade realizado pelo STF permite definir em quais hipóteses cada uma dessas ações 
deverão ser ajuizada pelos respectivos legitimados (saber o objeto é saber quando cada uma das ações 
deverá devidamente ajuizada). 
 
 
 
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EXAME DE ORDEM 
 
1- ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade)/ADIn: art. 102, I, “a”, primeira parte, CF/88: 
O art. 102, I, “a”, primeira parte, CF/88 prevê que o STF tem competência para julgar ADI que 
pretenda declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
 
Pegadinha: o STF não julga ADI que pretenda declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo Municipal em fase da CF/88. 
 
 
2- ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade): art. 102, I, “a”, parte final, CF/88. 
O art. 102, I, “a”, parte final, CF/88 determina que o STF tem competência para julgar ADC que 
pretenda declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, apenas. 
A razão que justifica a existência da ADC na CF/88 é a necessidade de assegurar que leis e atos 
normativos federais tenham aplicação uniforme em todo território nacional, colocando-se fim a 
eventuais decisões divergentes que podem surgir na realização de controle concentrado ou 
difuso de constitucionalidade. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
 
 
 
 
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3- ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental): art. 1º da Lei n. 9882/1999 
A principal característica da ADPF é o fato dessa ação ser considerada a ação judicial típica 
SUBSIDIÁRIA do controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade. Por subsidiariedade 
no ajuizamento da ADPF, entende-se que apenas será possível ajuizar no STF a ADPF se não 
couber nenhuma outra das 04 ações (ADI, ADC, ADO e IF) típicas do controle concentrado ou 
abstrato. 
 
A Jurisprudência do STF aplicou o principio da subsidiariedade e reconhece o cabimento de ADPF 
nas seguintes hipóteses: 
a) Para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo MUNICIPAL; 
 
b) Para reconhecer a não recepção constitucional do direito PRÉ-CONSTITUCIONAL (leis e atos 
normativos anteriores ao advento da CF/88 e que sejam incompatíveis com o conteúdo da 
CF/88); 
 
 
Lei n. 9882/1999 -> Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 (ADPF) da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou 
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato 
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
 
 
4- ADO (Ação Direta de inconstitucionalidade por Omissão): art. 103, § 2º, CF/88; 
Caberá ADO ajuizada perante o STF diante da verificação de omissão inconstitucional do 
legislador (inercia em criar uma lei que a própria CF exige). Em outras palavras, a 
 
 
 
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inconstitucionalidade por omissão é configurada diante da inercia do legislador 
infraconstitucional em criar uma lei regulamentadora exigida pelo próprio texto da CF/88. 
 
 
5- IF (Ação Interventiva, Ação Direta Interventiva ou Representação Interventiva): art. 36, III, 
CF/88; 
O art. 36, III, CF/88 estabelece que o PGR poderá ajuizar ação interventiva ou representação 
interventiva no STF diante da constatação de que Estado ou DF incorreram em uma das 02 
hipóteses abaixo: 
(i) Negativa de execução de lei federal; 
 
(ii) Violação de princípios constitucionais sensíveis previstos no rol taxativo do art. 34, VII, 
CF/88. 
 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
III - de provimento (sentença de procedência), pelo Supremo Tribunal Federal, de representação 
do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de 
lei federal. (Violação de princípios constitucionais sensíveis previstos no rol taxativo do art. 34, 
VII, CF/88).