Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3Luiza Andrade 71C - Fisiologia Fisiologia renal - RFA Organização funcional do sistema renal e filtração glomerular Conceitos: Néfron: unidades não regeneráveis, responsáveis pela filtração da urina. A linha tracejada separa o córtex da medula renal – são localizados entre os dois. Cápsula de Bowman: envolve o glomérulo (acúmulo de capilares), é a primeira região a receber o sangue que foi filtrado. Uma vez que o filtrado chega na cápsula, percorre as outras estruturas à túbulo contorcido proximal à alça de henle descendente e ascendente à túbulo contorcido distal à até o ducto coletor. A maior parte do que estava no plasma foi filtrado e caiu na cápsula, mas também não é o mesmo que sai na urina, sofre diversas alterações à 2 processos: reabsorção e secreção. O líquido excretado é = filtrado glomerular – o que foi reabsorvido + o que foi secretado. A reabsorção consiste no ato do filtrado de retornar pra rede de capilares presente nessa região. O secretado, são as moléculas presente nos capilares e, em alguma parte do projeto, foram em direção ao fluido, e agora vai sair na urina (do capilar para o néfron). Pressão hidrostática: no capilar glomerular, sofre pressão da PA, da resistência arteriolar aferente e eferente. HD: Fístula arteriovenosa. Ureia e creatinina são substâncias toxicas e devem ser eliminados pelos rins à se estão aumentados, a função do rim está comprometida. A rejeição pode ser aguda ou crônica, dependendo da resposta. Ultrassonografia: fistula entre a parte venosa e arterial no córtex do rim, ou seja, uma comunicação arterio-venosa. A filtração onde está a fistula foi prejudicada à menor filtração à menor eliminação de toxinas. A fistula aconteceu pela rejeição, ou seja, ocorreu um ataque imunológico cheio de citocinas e quimiocinas. Uma das agressões ocorreu na parede dos vasos, criando lesões e n cicatrização o tecido pode ter se unido. As compensações hemodinâmicas foram: estímulo da vasodilatação da arteríola aferente para tentar compensar a redução que as células justaglomerulares terão sentido. Ocorrera maior produção de renina à SRAA. Mesmo com o feedback, não será capaz de chegar a homeostasia, sendo necessário cirurgia para fechar a fístula. HD: Cálculo no ureter à ureterolitíase A região com cálculo gera processo inflamatório, com edema e, por isso, fica bem visível na tomografia. Esse cálculo provavelmente está obstruindo a urina. A pressão hidrostática na cápsula vai estar alta, porque o líquido vai ficando acumulado nessa área. Em função disso, o corpo atua por meio do reflexo uretororrenal à constrição das arteríolas renais (principalmente as aferentes), gerando redução da filtração glomerular daquele rim com obstrução. Caso 1: Paciente 35 anos, transplantada renal há 2 anos, apresenta aumento progressivo de níveis plasmático de ureia e creatinina. Submetida a biópsia renal guiada por ultrassonografia. Histopatologia evidenciou sinais de rejeição aguda ao órgão. Apresentou piora dos níveis plasmáticos de ureia e creatinina nos 10 dias seguintes ao procedimento, apesar do tratamento. Caso 2: Paciente 35 anos, hígido, iniciou com quadro de dor lombar de forte intensidade, com irradiação anterior, que não melhorava. Chegou estável ao OS, onde foi administrado analgésicos com necessidade de medicação opioide para alívio de dor (derivados da morfina). Revisão laboratorial não revelou alterações a não ser por hematúria. Encaminhado para tomografia. Toda região pra cima da obstrução ficou dilatada, uma vez que a pressão hidrostática aumentou, urina formada e não excretada. Dilatação: ureter, pelve renal, cálices renais. Conduta: litotripsia pra encontrar o cálculo e coloca uma máquina para fragmentar o cálculo em pedaços menores para que possam ser eliminados pelo próprio paciente à ureterolitotripsia. Até 7mm são eliminados espontaneamente. Pode colocar um cateter com duplo J, para que o cateter passa pela obstrução e ofereça via de escoamento para urina sair à redução da pressão no ureter. Esse é um exemplo de insuficiência renal pós-renal, em que o rim entrou em falência por uma causa que está depois do rim (ureter) mas repercutiu na função do rim. Outro problema, é que a urina parada sirva de cultura para bactérias à pielonefrite: infecção da pelve renal . HD: Síndrome Nefrótica Ocorre algum problema na membrana basal do glomérulo, aumentando a permeabilidade dessa membrana, permitindo a passagem de proteínas do plasma para o filtrado glomerular, fazendo com que saia na urina (proteinúria). A síndrome Nefrótica pode ser idiopática, primaria ou secundaria (90% dos casos é primaria ou idiopática na infância). Como o fígado é o local da produção de albumina, a perda dessa proteína na urina aumenta a síntese hepática de proteínas e, consequentemente, das outras coisas que o fígado produz, como LDL à paciente fica hiperlipidêmico e com tendência a hipercoagulabilidade (trombose). HD: Diabetes melitus No tipo 2, ocorre resistência ao hormônio da insulina à ele é produzido, mas não consegue exercer sua função. Na diabetes tipo 1, ocorre redução na secreção de insulina. Em ambos casos, a glicemia estará alta porque a insulina é responsável por colocar glicose dentro da célula. Os músculos vão ter dificuldade em obter energia, além de outras consequências pro corpo, como a cetoacidose diabética. O paciente diabético descompensado (hiperglicêmico) urina muito: hiperfluxo glomerular à muito soluto no sangue que o ritmo de filtração fica muito intenso à chamado de feedback tubuloglomerular à glicose é transportada junto com o sódio no túbulo proximal à mais moléculas de glicose chegam e de sódio também à maior absorção de sódio à menor quantidade de sódio chegando no túbulo distal, na macula densa à redução na resistência Caso 3: Paciente 5 anos, inchaço nos olhos há 1 semana. HMA: Pai refere história de edema periorbitário há 1 mês. Na ocasião procuraram um serviço de saúde onde foi feito diagnostico de alergia (SIC). Apresentou regressão espontânea do quadro. Procurou o serviço atual com piora do edema facial principalmente em região periorbitária mais intenso pela manha. Extremidades: edema de MMII (+/4+), edema periorbitário (++/4+). Exame: proteinúria, colesterol total alto (principalmente LDL) e albumina sérica baixa, urei um pouco elevada. Caso 4: Paciente 15 anos, previamente hígido, reclama com a mãe de aumento de apetite e dificuldade de concentração. Inicialmente ignorado, foi levado a consulta com pediatra pela alta quantidade de vezes que o filho urinava e apresentou emagrecimento. O paciente os tranquiliza e fala que se trata apenas do estirão do crescimento e os libera. Poucos dias depois o paciente é encontrado letárgico em seu quarto as pressas ao PA. Realizada glicemia capilar que revelou valor de 400 mg/L. das arteríolas aferentes e aumento da filtração glomerular à sobrecarga dos glomérulos à pequenas lesões no endotélio glomerular à pode evoluir pra insuficiência renal HD: Dença de Addison – insuficiência adrenal Paciente negra, com áreas de hiperpigmentação (mais comum na gengiva, entre os dedos, zonas de pressão e ao redor da aureola dos mamilos). Insuficiência da glândula suprarrenal, não é muito comum, mas está associado a alta taxa de mortalidade. Sintomas: • Astenia e fraqueza muscular • Náuseas • Emagrecimento • Hipotensão e até choque • Hiperpigmentação cutânea * • Hiponatremia à sódio baixo * • Hipercalemia à aumento K * Tríade clássica: hipercalemia e/ou hiponatremia – hiperpigmentação cutânea – hipotensão. Causas: atrofia idiopática da suprarrenal, com perda função súbita. Essa atrofia está associada com a presença de anticorpos contra a glândula – não ocorre em todos os casos, mas grande parte. Fisiopatologia: atrofia bilateral à hormônios adrenais comprometidos, principalmente os corticais, já que a atrofia ocorre mais intensamente no córtex à hormôniocortisol praticamente indetectável (vem do ACTH) à baixa do cortisol gera feedback negativo à elevação do ACTH no SNC à para que consiga tentar amenizar a causa do cortisol. Grande parte dos sintomas estão relacionados com essa baixa de cortisol. A hiperpigmentação está relacionada com o ACTH, uma vez que a produção desse hormônio ocorre perto do hormônio melanotrófico à quando a região é hiperestimulada pra produzir o ACTH, acaba aumentando o melanotrófico à maior melanina. A aldosterona está indetectável uma vez que é produzida na suprarrenal à aldosterona baixa ativa feedback negativo à aumenta a renina para tentar minimizar a queda da aldosterona. Aldosterona à reabsorção de sódio e água à aumento da volemia à diminuição da aldosterona à hiponatremia e hipovolemia à tendência de reforçar os outros sintomas (astenia, mal-estar). Além de absorver sódio e água, a aldosterona excreta potássio e conservação no organismo à hipercalemia Função tubular e regulação da água no organismo Ao longo do nefron, além da filtração, ocorre reabsorção do fluido tubular para dentro do capilar sanguíneo e a secreção, ou seja, passagem de moléculas do vaso para o fluido e eliminação do corpo humano. Essas funções ocorrem ao longo dos túbulos, sendo que algumas regiões há mais reabsorção (rosa) e outras com mais secreção (azul). É posivel observar que na parte descendente, o que mais ocorre é reabsorção de água, ou seja, é muito permeável a água. Caso 5: Paciente 21 anos, admitida para investigação de astenia, anorexia, emagrecimento de cerca 5kg, hipotensão arterial, náuseas e vômitos, com cerca de 2 meses de evolução. PA: 80x44 mmHg, pulso 110 pulsações por minuto. Potássio alto Imagem importante que resume as principais substâncias onde ocorre reabsorção e secreção à Locais de atuação de diuréticos: 1) Inibidores da anidrase carbôncia: O mais conhecido é o acetazolamide: atua no túbulo contorcido proximal. É um diurético pouco usado pois gera series de efeitos colaterais graves, pouco preciso no controle. Efeito colateral: ocorre excesso de produção de acido carbônico, sendo assim, dificulta a reabsorção de bicarbonato à paciente tende a acidose 2) Diuréticos osmóticos: atuam no na alça descendente de Henle e túbulo contorcido proximal. O mais comum é o manitol à mecanismo de ação: paciente ingere, cai na corrente, ao chegar nos capilares glomerulares ele é livremente filtrado pra dentro da capsula e atinge os túbulos. Ao atingir os túbulos, ela é impermeável, não é reabsorvida com facilidade e percorre tudo até a porção descendente da alça de Henle (permeável a reabsorção de água) à presença de diurético osmótico (soluto), vai ocorrer a passagem de água para dentro do túbulo, para equilibrar. A grande quantidade de água que entrou, esse volume começa a acelerar o fluxo urinário dentro do túbulo à efeito colateral: bagunça da reabsorção das próximas etapas pela alta velocidade à fenômeno de espoliação: muita diurese e muitos solutos que não consegue reabsorver pelo fluxo intenso. Não é um efeito colateral do medicamento diretamente, mas da alta quantidade de água que entra por osmose, foi secundário. 3) Diurético de alça: porção ascendente da alça espessa de Henle, em que há a bomba de sódio-potássio-2 cloreto à essa bomba faz a reabsorção dessas substâncias. Fármaco furosemida (lasix) à atua na bomba, efeitos colaterais:altera a diferença de potencial elétrico entre o lumen tubular e o interstício, atrapalhando o funcionamento do canal de reabsorção de cálcio e magnésio que dependia do potencial elétrico, e fazendo com que os íons deixem de ser reabsorvidos e permaneçam no lúmen da alça, causa uma pressão osmótica, atraindo moléculas de água para esse segmento, causando equilíbrio à causa espoliação tanto da bomca sódio-potássio-cloreto, quanto da bomba de cálcio-magnésio à esse diurético potente. Impede a reabsorção dos íons para que eles possam sair na urina junto com a água (necessário fazer acompanhamento para não ocorrer desbalanço hidroeletrolíticos). 4) Diuréticos tiazídicos: hidroclotiazina (HCTZ, conhecida como clorana), atua no túbulo contorcido distal. Mecanismo: inibe a reabsorção de sódio e cloro à maior excreção desses ions e de água Efeito colateral: é menos significativo que os diuréticos de alça. Como chega maior quantidade de sódio e água nos túbulos coletores, ocorre maior reabsorção de sódio, com maior secreção de potássio e consequentemente ocorre maior reabsorção de potássio com secreção de hidrogênio 5) Diuréticos pupadores de potássio: É a região de atuação da aldosterona: secreção de K e H+ , o mecanismo de ação é inibição da aldosterona. A aldosterona regula reabsorção de sódio e secreção de K e H+. Efeito colateral: esse diurético então não retém sódio e água (sai na urina) e retêm K e H+ no organismo Espironalactona (aldactone): fármaco importante, usado também para acne e queda de cabelo (ação hormonal). No ducto coletor, quem atua é o hormônio ADH. Doenças genéticas (nefropatia e tubulopatia): Na região que atua a acetazolamida (1), existem pacientes que nascem com mutações nesse complexo enzimático, desenvolvem Acidose tubular renal, uma patologia caracterizada pela alta acidose do túbulo (joga muito H+ no túbulo) Na alça de Henle, caso o paciente nasça com uma mutação na bomba, desenvolver a síndrome de Varter: hiperfluxo urinário, espoliação iônica e outros comprometimentos No túbulo contorcido distal, sobre o cotransportador sódio- potássio-cloreto, o paciente tem síndrome de Gilteman. Na última região, o paciente pode ter a síndrome de Liddle. Na região do ducto coletor, onde ocorre a secreção de água pelo ADH, pode sofrer alterações por conta desse hormônio, ou por mutações nas aquaporinas (fazem os canais para passagem de água para dentro dos túbulos) à diabetes insipidus neurogênico Nessa situação, não é ideal beber água do mar porque é muito salgada, isso pode até aumentar a sede do paciente. Nesse contexto, a melhor decisão era tomar água da chuva (caso chovesse), que é a mais parecida com água mineral. Em situações fisiológicas, o corpo precisa excretar na urina 600 mOsm /dia, mas a capacidade máxima de concentração urinaria é 1200mOsm/L. Sendo assim, o volume urinário diário mínimo é 0,5L. Quem excreta menos, não é uma situação fisiológica, mas patológica àoligoanúria. Se uma pessoa decide ingerir 1L de agua do mar, equivale a 1200 mOsm, terá uma excreção diária de 1800 mOsm (600 do metabolismo basal + 1200 que foi ingerido), ou seja, o volume urinário mínimo seria 1,5L à o paciente vai ter defict de água, não consegue hidratar e acaba se desidratando. Iniciou uso há aproximadamente um mês do medicamento fitoterápico Harpagophtum pocumbers por osteoartite. O mais relevante foi o início desse medicamento, muitas vezes por ser mais “natural, o paciente não relata, mas existe relevância Exames: aumento do sódio urinário (ácido úrico), hiponatremia (redução do sódio sérico), hipouricemia (baixa do ácido úrico), osmolaridade plasmáticas (estava muito baixa) e urinarias estavam (estava muito elevada) alteradas à o sangue está muito diluído, hipoosmolar. Os médicos fizeram restrição hídrica, administração sódio, diurético de alça (faz com que ela perca volume, mesmo perdendo íons perde muito líquido – em maior proporção) HD: Síndrome da secreção inapropriada do ADH (SIADH) O ADH está em excesso à chega no túbulo coletor à antidiurese, ou seja, reabsorção de água para o sangue por meio da aquaporina à muito ADH, muita agua reabsorvida pro sangue à sangue diluído (baixa osmolaridade plasmática) à hiponatremia dilucional, (é avaliada pela concentração de sódio [Na]) à menos sódio, menos osmolaridade. Houve, então, hiperdiluição do plasma. A nível de SNC, os neurônios possuem tolerância a mudança de osmolaridade plasmática à sangue muito diluído no SNC à gera edema cerebral. Hiponatremiagrave cursa com efeitos psiquiátricos e neurológicos: convulsão, agitação psicomotora, sensação de morte eminente, coma, náuseas, vômitos, etc. Causas de secreção exagerada de ADH: distúrbio do SNC, neoplasias malignas: produção para neoplásica, drogas: anti-inflamatórios e antibióticos, alguns medicamentos fitoterápicos Atuação do ADH: Caso 6: 3 amigos estavam pescando quando, por defeito mecânico, ocorre o afundamento do barco. Após 2 dias em um bote, sem ingestão de água ou comida, um deles decide beber água do mar. Caso 7: HD: Inibição da prostaglandina Creatinina e ureia são marcadores de função renal à se está alta, rim não está conseguindo eliminar. É possível dosar creatinina na urina e no plasma. O rim elimina a creatinina, tira do plasma e joga na urina à é necessário comparar os 2 para ter certeza da função renal. Um paciente que faz muita musculação, produz muita creatinina e o rim não consegue eliminar toda a creatinina (o rim não está com problema, a pessoa só está produzindo mais). Causas para variação nos valores de creatinina plasmática: • Pessoas com problema renal não devem tomar anti-inflamatório não esteroidal (ibuprufeno, nimesulida) porque pode causar úlceras e piora da função renal • Outro motivo possível: ficou internado, não conseguia caminhar e desidrato àmenos água chegando no glomérulo à menor pressão hidrostática à menor filtração à menor eliminação de creatinina na urina • Anti-inflamatório à inibe a prostaglandina (vasodilatadora) à na arteríola aferente causa prejuízo no funcionamento do glomérulo à diminui fluxo de sangue para arteríola à menor filtração Depuração (ou clearance) renal: feito para ver a função renal, quanto limpo o plasma está ficando. É o volume de plasma que é completamente depurado da substância pelos rins, por unidade de tempo. Essa tabela é usada como referência para estabelecer os estágios da lesão renal. O normal é acima de 90 e abaixo de 15, ocorre uma falência renal, sendo preciso terapia à diálise ou transplante renal HD: Hiperaldosteronismo primário A aldosterona, ao fazer reabsorção de sódio e água, aumenta a PA do paciente à SRAA. Renina esta baixa por motivos (possibilidades): problema na produção de renina, mas nesse caso teria baixa produção de aldosterona. Se a suprarrenal estivesse com tumor e produzisse muita aldosterona, justificaria a alta aldosterona sérica, justificaria a alta aldosterona na urina e justificaria a renina suprimida à feedback negativo: se tem alta aldosterona, ela inibe a renina de aumentar, porque caso ela aumentasse, teria maior produção ainda de aldosterona. Caso 8: Paciente 40 anos, sexo masculino, sofre queda de bicicleta com discreta fratura no segmento proximal do fêmur. Procurou atendimento médico e foi receitada medicação anti-inflamatória não esteroidal. (AINE) Cerca de 24h após, inicia quadro de vômitos com grande frequência, acompanhados de dor epigástrica. Exames laboratoriais: creatinina plasmática 1,5 mg/dl (vr: até 1,2). O médico suspendeu o AINE e orientou ingestão de água. Após 7 dias, creatinina 1,05; creatinina urinaria 50mg/dl e volume urinário em 24h de 1872 ml Caso 9: Paciente masculino, encaminhado para tratamento de diabetes mellitus. Emagrecimento progressivo de 8kg nos últimos 6 meses. Apresentava poliúria, polidipsia, cansaço e dor intensa nas pernas. Glicemia em jejum >256 mg/dl. O paciente estava com diabetes confirmado e HAS descontrolada. Glicosúria na urina, hipopotasseia (ou hipocalemia). Paciente internado para reposição de potássio. 2 dias depois: a maioria dentro do valor, mas aldosterona 88 (vr: 14) e aldosterona sérica 44 (vr: <20) à hiperaldosrinuria, hiperaldosteronemia. Renina suprimida. Hiperaldosteronismo primário à o problema está no local de produção da aldosterona. Causa da adrenal ter feito hiperprodução de aldosterona: adenoma produtor de aldosterona (tumor hipersecretor), hiperplasia adrenal. A suspeita nesse caso pelo aumento de pressão, dor, câimbra e outros fatores. Exame de imagem: TC à confirmou um nódulo na adrenal. O tratamento foi a remocao do nódulo. Aspectos clínicos: • retenção de sódio e água, aumentando a PA do paciente (HAS descompensado à é secundária) • secreção de potássio e H+ à paciente perdeu potássio na urina, levando a uma hipocalemia Regulação ácido-base Ph do sangue: média de 7,4 – variando de 7,35 a 7,45 à o controle deve ser rígido pois evita desnaturação enzimática e permite o funcionamento das células e órgãos. Sistemas primários de regulação da concentração de H+: • sistemas tampões químicos ácido-base dos líquidos corporais (substâncias que se ligam ao H+, formando novas substâncias, de modo que o hidrogênio não fique livre e não interfira no Ph) à início em segundos, uma vez que já estão presentes no sangue. Não é extremamente efetivo, mas é rápido • centro respiratório regula a remoção do C02 do líquido extracelular através da respiração à início em minutos, consegue remover bastante ácido do corpo, sendo mais eficiente que o sistema tampão • rins: excreção de urina ácida ou alcalina à início em horas, é o sistema mais potente para regular o H+ no sangue. O grande problema é o início da atuação. Tamponamento de íons H+ nos líquidos corporais • tampão: qualquer substância capaz de se ligar reversivelmente ao H+, tirando ele da circulação • Quando há aumento da concentração de H+, a reação desloca-se para a direita, desde que haja tampão suficiente. O contrário ocorre da redução da concentração de hidrogênio • Sem tamponamento, a produção e a ingestão diária de ácidos causariam variações letais na concentração de hidrogênio os líquidos corporais Sistema tampão do bicarbonato: formado por um acido fraco (H2CO3). A anidrase carbônica catalisa a formação e degradação do acido carbônico e está presente em maiores concentrações na parede dos alvéolos pulmonares (liberando CO2) e nos túbulos renais (formando H2CO3). Também é formado por um sal bicarbonato (NaHCO3): NaHCO3 ßà Na+ + HCO3- Sistema tampão fosfato: menos importante como tampão do líquido extracelular (plasma e sangue). Importante no tamponamento do líquido tubular renal e dos líquidos intracelulares. Os principais elementos são: Proteínas como tampões intracelulares: entre os tampões mais abundantes, devido a suas concentrações elevadas. A difusão dos elementos do sistema tampão bicarbonato (H+ e HCO3-) para o interior das células causa variações no líquido intracelular quando ocorrem variações no Ph extracelular. Nas hemácias, a Hb é importante no tampão do H+ Regulação respiratória do equilíbrio ácido-base: a formação metabólica aumentada/reduzida de CO2 leva ao aumento/redução da PCO2 do líquido extracelular. O aumento/redução da ventilação pulmonar leva a eliminação/retenção de CO2 e a PCO2 do líquido extracelular diminuirá/aumentará. • Hiperventilação: elimina muito CO2, tendência a alcalose. • Hipoventilação: aprisionamento de CO2, acidose. O principal estímulo do encéfalo é o gás carbônico, o qual se difunde melhor na barreira hematocefálica. O gás vai se combinar com a água e alterar a equação. Existem várias causas para alteração do Ph à acidose e alcalose. Essas situações podem ocorrer por causas respiratórias ou metabólicas (via renal principalmente), depende da situação clínica que ocasionou esse distúrbio e uma causa tende a compensar a outra (problema na respiração, tendência a compensar metabolicamente). • Alcalose metabólica à compensada por hipoventilação (atrapalha o organismo pois causa uma relativa hipoxemia, ativando o centro respiratório já que manter o CO2 priva de O2 e a mensagem que o centro passa é pra aumentar a FR para captar O2 – o corpo não responde tão bem quando a acidose) • Acidose metabólica à compensada por hiperventilação (pouco problema pois se livra de CO2 ao mesmo tempo que capta O2, centrorespiratório não é ativado) Controle renal do equilíbrio ácido-base: mecanismo global de excreção de urina ácida ou básica: grandes quantidades de HCO3- são filtradas continuamente para os túbulos, e se forem excretadas na urina, removem a base do sangue. Grandes quantidades de H+ são secretadas no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, removendo, assim, ácido do sangue à é a única forma de eliminação de ácidos não voláteis. • Alcalose: rins excretam menos H+ e não conseguem reabsorver todo o HCO3- filtrado, aumentando sua eliminação • Acidose: rins excretam mais H+ e não excretam HCO3- na urina, reabsorvendo todo bicarbonato filtrado e produzem novo bicarbonato, que é acrescentado no LEC Gasometria arterial: Normalmente feito em artéria, para saber o que está acontecendo no organismo, se é pulmonar ou metabólico. Dinâmica respiratória e Ph: região de alta altitude à rarefação da quantidade de oxigênio disponível no ar à paciente inala ar com redução de O2 à redução nas pressões parciais de O2 no sangue à relativa hipoxemia à estímulo do centro respiratório para aumentar a FR e profundidade para conseguir inalar mais oxigênio à nessa busca por oxigênio, elimina mais gás carbônico também à alcalose respiratória àaumento do Ph Compensação renal: após dias com alcalose à rim excreta mais bicarbonato (em vez de reabsorver) à reequilíbrio do Ph Equilíbrio ácido-base do paciente? Acidose metabólica à bicarbonato baixo à causa de acidose: diarreia grave à secreções são ricas em bicarbonato à compensação respiratória à aumento da FR à taqupneia à eliminação de mais CO2 à compensação é eficaz já que ocorre hiperventilação Diarréia: principal mecanismo erados de acidose, ocorre perda aumentada de base pelas secreções intestinais. A concentração sérica do bicarbonato cai por perda dessas secreções. Após a resolução da doença de base, o bicarbonato é regenerado por via renal. Paciente com pH ácido, com perda de bases. Acidose metabólica leve sem compensação, uma vez que para compensar o paciente apresentaria hiperventilação, ou seja, menor retenção de CO2 à PCO2 estaria menor que 35 Paciente com pH normal, alta perda de base, bicarbonato baixo. Acidose metabólica com compensação respiratória, PCO2 baixa já que está eliminando na respiração (hiperventilação). Se gerou mecanismo respiratório, a acidose é mais importante, sendo necessário intervenção hospitalar à medicamento e cura da causa se possível. Alcalose respiratória: PCO2 baixa e na metabólica: bicarbonato aumentado Alcalose metabólica se compensação: a PCO2 está normal, ou seja, ele não está retendo gás carbônico para compensar o quadro. Paciente com pH baixo (acidose), PO2 baixa, indicando hipoxemia PCO2 alta, indicando hipercapnia (retenção de CO2) e bicarbonato tendendo ao acúmulo. Acidose respiratória: PCO2 alta, ou seja, retenção de CO2 ou metabólica: com bicarbonato reduzido. Acidose respiratória com início de compensação (base 1) à pacientes com dificuldades de hematose, com superfície alveolar inferior a necessária, ocorrendo acúmulo de CO2 e hipoxemia à condição crônica, então o rim já começa a fazer compensação. Paciente com Ph normal, hipoxemia leve, hipercapnia importante (PCO2 alta) e bicarbonato levemente alto. Ocorre compensação pois o pH está normal. Acidose respiratória com compensação à ocorre retenção de bicarbonato pelos túbulos renais para tentar compensar. Esse distúrbio pode ser um paciente com enfisema, por exemplo à tratar a pneumopatia e a acidose Paciente com pH ácido, redução de bicarbonato Acidose metabólica com compensação, PCO2 baixo, ou seja, hiperventilação, mas pouco eficiente por conta do pH anormal. A PO2 deveria estar alta, já que na hiperventilação o paciente inala muito oxigênio à sugere um pulmão com alteração que está dificultando as trocas à insuficiência respiratória aguda. Caso 10: Um indivíduo adulto de 50 anos está visitando a cordilheira dos Andes a 4000m de altitude, pela primeira vez. Caso 11: Paciente de 35 anos, procura o PA devido a diarreia e vômitos biliosos (vômito com bile sem alimento). Ao exame físico: desidratado, PA 100x60 mmHg, FC:130bpm. Sódio plasmático: 140 mEq/L, Cloro plasmático 110 mEq/L, Bicarbonato plasmático 20 mEq/L. (baixo) Caso 12: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,3 -pO2: 86 -PCO2: 39 HCO3: 18,12 Caso 13: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,42 -pO2: 99 -PCO2: 21,39 HCO3: 18,12 BE: -8,0 Caso 14: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,61 -pO2: 91 -PCO2: 41 HCO3: 39 BE: +18,0 Caso 15: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,29 -pO2: 60 -PCO2: 57 HCO3: 26,5 BE: +1 Caso 16: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,35 -pO2: 75 -PCO2: 61 HCO3: 26,5 BE: +3 Caso 17: Paciente com a seguinte gasometria: -ph: 7,30 -pO2: 55 -PCO2:18 HCO3: 20,2 BE: -4
Compartilhar