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Neoplasias: Tumores Benignos e Malignos

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Luiza Andrade 71C - Patologia 
Neoplasia 
Conceitos: 
Tumor à qualquer formação que ocupe espaço e que leve ao aumento de determinada região ou tecido em um organismo. 
Podem ser formados na inflamação (acúmulo de líquido), em uma inflamação a corpo estranho e a partir de proliferação celular. 
Neoplasia à tumor específico a proliferação celular e ao acúmulo de células, de forma descontrolada. Esse processo pode ser 
benigno (sem prejuízo morfofuncional) ou maligna. Nesse tumor neoplásico, existem componentes: parênquima (formado por 
células principais e que sofre proliferação desordenada) e estroma (formado pelas demais estruturas do tecido, apesar de não 
apresentar distúrbio na proliferação, dão suporte as células do parênquima) 
Câncer à neoplasia maligna. Todo câncer será uma neoplasia e um tumor, mas o contrário não é verdadeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neoplasias Benignas 
Classificação: 
• Não epiteliais: nome do tecido + sufixo oma à osteoma, leiomioma, lipoma, condroma. Exceções: melanoma e linfoma 
• Epiteliais: adenoma (glândula), papiloma (papilas), cistadenomas (cistos em glândulas) 
 
Características: 
• As células não são tão diferentes do tecido original – bem diferenciadas; 
• As células crescem unidas entre si, sem ocorrer infiltração entre elas 
• Compressão do tecido adjacente forma cápsula fibrosa à crescem de maneira lenta, com boa vascularização e não 
formam zonas de necrose e as hemorragias são incomuns 
• Apesar de benigno, pode trazer consequênciasà produção excessiva de alguma sustância, compressão de órgãos e 
vasos 
o Tumores pancreáticos secretores de insulina, podem levar a quadro de hipoglicemia fatal 
o Gliomas localizados em regiões profundas do encéfalo podem levar a compressão e causar morte por necrose 
de regiões vitais 
 
Neoplasia benigna vs Neoplasia maligna: 
 
à Tumores malignos: é possível ver as glândulas 
invasivas apresentam tamanho e formas diferentes 
quando comparadas as normais (diferente da benigna). 
àOs tumores malignos e benignos podem ser 
distinguidos com base no grau de diferenciação, taxa 
de crescimento, invasividade e disseminação distante. 
àOs tumores benignos assemelham-se	ao tecido de 
origem e são bem diferenciados; os tumores 
malignos são mal ou completamente indiferenciados 
(anaplásicos). 
 
 
àOs tumores benignos são de crescimento lento e os 
tumores malignos geralmente crescem mais depressa. 
 
àOs tumores benignos são bem circunscritos e tem 
cápsula; os tumores malignos são mal circunscritos e 
invadem os tecidos normais circundantes. 
 
àOs tumores benignos permanecem no local de origem, 
enquanto os tumores malignos são localmente invasivos e 
metastatizam-se para locais distantes. 
 
 
Miométrio é a camada mais espessa do útero. Em 
um útero saudável, verifica-se núcleos centrais e 
alongados. Foram 4 camadas não definidas com 
clareza, mas a primeira e quarta são formadas por 
fibras e as intermediárias são compostas por 
muitos vasos sanguíneos. 
 
Leimoma: é benigno pela ausência de invasão do 
tecido. Ocorre em até ¼ das mulheres em idade 
reprodutiva, sendo a neoplasia mais comum. Os 
feixes de músculo correm em diferentes sentidos 
 
Leiomiossarcoma: observa-se áreas indiferenciadas, miométrio normal, áreas 
de necrose e hemorragia. Na área do miométrio normal verifica-se todas as 
características esperadas no órgão. Na região do sarcoma verifica-se atipias 
nucleares (n,3n). Além disso, ocorre aumento da celularidade e presença de mitoses por causa da proliferação celular. Núcleos: 
mais de um, além de formas diferentes. Polimorfismo! 
Neoplasias Malignas 
São as neoplasias em que ocorre invasão, atipias celulares (forma e tamanho diferente) e áreas de necrose. 
• Não epiteliais – sarcoma à osteosarcoma, liposarcoma, condrosacroma, leiomiocarcoma, rabdomiosarcoma 
• Epiteliais – carcinoma à adenocarcinoma, carcionoma epitelioide (epiderme) 
• Mistos à estruturas epiteliais e não epiteliais: não existe regra para nomeá-los 
 
Características gerais: 
• Processo de crescimento e diferenciação descontrolada 
• Multiplicação fora do controle 
• Tumores diferenciados serão menos agressivos e vão crescer de forma mais lenta, diferente 
dos tumores malignos, que por sua vez são menos diferenciados e tem ritmo de crescimento 
mais rápido 
• Células malignas induzem a angiogênese para garantir suprimento durante a fase de rápido 
crescimento 
• As células apresentam crescimento e diferenciação fora do controle, perdendo a capacidade 
de se diferenciar de forma adequada 
• Ex: resultado do papa Nicolau à na figura abaixo os núcleos tem diferentes formas e tamanho, 
além da alta quantidade de células e aperda de diferenciação. 
 
Alteração na função celular 
• Perda da diferenciação pode estar associada a perda da função 
 
• Alguns perdem totalmente a função do tecido original 
 
• Alguns perdem parcialmente 
 
• Ex.:Adenoma ou carcinoma da suprarrenal. As células continuam com função de produção de hormônios esteróides., 
porém, se tornam insensíveis aos mecanismos de controle. Consequência= níveis excessivos na circulação 
 
 
Características bioquímicas: 
 
• Captam mais aminoácidos. 
 
• Realizam mais glicólise (suportam hipóxia) 
 
• Células cancerosas consomem muita glicose 
 
• Consumo de glicose permite rastrear localização 
 
• Características de células embrionárias 
 
• Proliferação e metabolismo rápido 
 
 
Alteração na adesividade à reduzida adesividade entre si, pelos seguintes motivos: 
1. Irregularidades na membrana 
2. Diminuição de estruturas juncionais (junções de adesão, desmossomos) 
3. Redução de moléculas de adesão 
4. Redução da adesão ao interstício 
 
Alteração na motilidade 
 
• Ocorre devido a menor adesividade e modificação da estrutura. 
 
• Podem infiltrar tecidos adjacentes 
 
• Primeiro passo da disseminação 
 
• No novo local podem originar novas colônias tumorais à metástase
 
 
 
Células malignas 
• Propriedade de propagação e disseminação de neoplasias 
 
• Propriedade mais importante das células malignas 
 
• Infiltração= via de disseminação para tecidos adjacentes à a gravidade do câncer depende deste fator 
 
• Podem ser localmente invasivos, mas não originar metástases. 
 
 
Biologia dos tumores: 
A biologia do tumor são as etapas que a célula passa de uma célula normal para célula tumoral. É necessário que a célula sofra 
um processo de transformação, maligna caso seja uma neoplasia maligna. Depois ocorre um crescimento e deve ser capaz de 
fazer uma invasão local, levando a uma metástase a distância. As duas últimas etapas só ocorrem em neoplasia maligna. 
 
Diferenciação à envolve mudança da célula, a célula tronco se diferencia em uma célula capaz de realizar determinada função. 
Há uma mudança inicialmente morfológica, de acordo com o tecido, e haverá alteração fisiológica à mudança morfofuncional 
À medida que as células vão se desenvolvendo, vão exercendo papeis em determinados tecidos, além de guardar uma relação 
uma com as outras, estabelecendo a arquitetura dos tecidos. 
 
Anaplasia à marca o evento de diferenciação, a célula perde as 
características que obteve durante a diferenciação. No processo de 
neoplasia maligna, ocorre a anaplasia. Vai ocorrer devido a presença de 
mutações que vão alterar a célula morofofuncionalmente. Principais 
alterações morfológicas nos tumores malignos. Pleimorfismo à células 
com tamanho e forma diferente (ocorre também no núcleo) 
• Alterações nucleares à hipercromasia (mais corados) e ploidia 
• Perda da polaridade à crescimento anárquico (desorganizado) 
• Células gigantes 
 
Displasia à é o aumento ou desenvolvimento anormal de um 
tecido ou órgão com perda de uniformidade e orientação 
arquitetural, não é invasiva. Ocorre adjacente a áreas de 
neoplasia invasiva. Além disso, o termo displasia não é sinônimo 
de câncer; displasias leves a moderadas que não envolvem toda 
a espessura do epitélio algumas vezes regridem 
completamente, em especialse as causas incitantes forem 
removidas. 
• As células displásicas exibem considerável 
pleomorfismo e, com frequência, possuem núcleos 
hipercromáticos que são anormalmente grandes para o tamanho da célula. O número de mitoses é mais abundante que 
o normal e frequentemente aparecem em	localizações anormais dentro do epitélio. 
É classificada em: 
• Leves 
• Acentuadas: envolvem toda a espessura do epitélio, a lesão é referida como carcinoma in situ, um estádio pré-invasivo 
de câncer 
 
Ritmo de crescimento: 1 célula à 30 divisões à 109 células, 1 grama à 10 divisões à 1012 células, corresponde a 1kg de tumor, 
podendo ainda ser tratado (am alguns casos). 
no câncer, é essencial que o diagnostico rapidamente, porque somente na janela de ¼ (de 109 a 1012 células) as manifestações 
clínicas aparecem e é possível alterar o prognóstico do paciente. A diferença entre 1 grama e 1 kg muda completamente a cura 
do paciente e a sua sobrevida. 
Fatores que podem alterar o ritmo: 
• Tempo de duplicação à os tumores malignos, mesmo se controle, alguns crescem de forma mais lenta enquanto 
outros tumores crescem mais rápido. 
• Percentual de células em proliferação (fração de crescimento) à quanto maior o %, maior a fração de crescimento 
esse tumor terá 
• Células perdidas no crescimento da lesão à no tumor, ocorre um balanço entre perda de célula e proliferação celular. 
Inicialmente ocorre mais proliferação, mas em determinado momento ocorre o equilíbrio. 
o Tumores rápidos à não consegue manter as estruturas que permitem que as células fiquem vivas. Por 
exemplo, não consegue realizar a angiogênese a tempo e as células não recebem oxigênio e nutrientes e 
morrem, ou matriz extracelular. 
o Essas perdas de células podem se dar pelo tratamento ou até por células do sistema imune respondendo ao 
tumor 
• Fração de crescimento à fase inicial (proliferação maior, portanto fração maior, na maioria dos tumores, mas não em 
todos) vs fase tardia 
o Na janela de ¼ (momento em que ocorrem as manifestações clínicas) à fração de até 20%, muito elevada 
mesmo em tecidos muito diferenciados 
o Importância clínica à susceptibilidade a quimioterapia, composta por medicamentos com objetivo de conter. O 
crescimento do tumor. Essas drogas têm ação citotóxica (ex de perda de células) ou impedem a proliferação, 
bloqueando a divisão, por exemplo. Dessa maneira é possível controlar o ciclo celular das células. 
o Quanto maior a fração, maior a eficiência do tratamento à controle maior do número de células, a quimioterapia 
atua em um número maior de células, sendo mais rápido o tratamento. 
 
Invasão local à depois que a célula sofre transformação e crescimento. Essa invasão inicia pela cápsula (tumor benigno 
encapsulado e tumor maligno sem capsula), no tumor maligno ocorre compressão das células vizinhas, levando a uma atrofia e 
estimulação de resposta inflamatória. Esse estímulo ativa fibroblastos, que determinam produção de colágeno envolta do conjunto 
de células formando essa “capsula”. 
• Quando a célula sai do tumor in situ para tumor invasivo, a primeira coisa que ocorre é a invasão da cápsula. No 
adenocarcinoma folicular de tireoide (benigno), não é possível distinguir de um adenoma vendo a lâmina, deve se 
observar a invasão da cápsula para definir se é benigno ou maligno. 
• Os tumores malignos que apresentam velocidade de crescimento maior, terão invasão local mais rapidamente. 
• Importância clínica na ressecabilidade à médico ao ressecar o tumor, em alguns casos, não consegue ressecar com 
margem de segurança o tumor e, por isso, busca outros tratamentos 
 
Metástase à As metástases são implantes secundários de um tumor, as quais são descontínuas com o tumor primário e 
localizadas em tecidos remotos. Mais do que qualquer outro atributo, a propriedade da metástase identifica uma neoplasia como 
maligna. Ou seja, a metástase é o crescimento de câncer em um local diferente do inicial e distante. (quando os órgãos estão 
próximos, fígado e pâncreas por exemplo, considera-se invasão 
local). 
Vias de disseminação: 
• Vasos linfáticos 
• Corrente sanguínea 
• Cavidades: ex: câncer de pulmão e as células invadem a 
pleura 
Fatores de predição: 
• Agressividade do tumor 
• Velocidade de crescimento 
• Tamanho do tumor 
 
Invasão local (ocorre em órgãos contínuos fisicamente) vs metástase (não estão próximas fisicamente) 
Processos da metástase: 
1. Destacamento das células da massa tumoral 
2. Deslocamento pela matriz extracelular 
3. Invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos 
4. Adesão ao endotélio do vaso no órgão alvo 
5. Saída do vaso 
6. Proliferação no tecido alvo 
 
Propagação e disseminação metástica: 
• Migração da metástase para o tecido hóspede não é aleatória 
• Alguns tecidos são mais preparados para receber a metástase e constituem o chamado nicho pré-metastático 
 
• Teoria da Semente e do Terreno à é uma teoria que diz sobre a previsão de possíveis metástases (câncer de ovário 
com metástase no cérebro, por exemplo). 
• Processo de metastização pode iniciar precocemente 
 
• Podem continuar a sofrer diferenciação no foco secundário 
 
• Pode originar uma colônia com características diferentes 
Teoria da Semente e do Terreno 
• Deslocamento de células isoladas 

 
• Quando atravessam a membrana basal, se deslocam (movimento ameboide) na matriz extracelular e são orientadas no 
movimento por quimiocinas e, desse modo, migram para o local de origem 
• Exemplo: Carcinoma de próstata 
 
o Expressão de receptores para quimiocinas CXCR 4 e 6 
relacionados com a progressão tumoral 
 
o Facilitam colonização em tecidos que possuem agonistas destes receptores – CXCL 12 e 16 –tecido ósseo. 
 
Deslocamento em bloco: algumas células migram em conjunto, depende da expressão de metaloproteases e outras moléculas 
de adesão. Existem moléculas inibidoras da expressão das metaloproteases e são chamadas de TIMP à quanto mais timp o 
tumor expressar, menor a capacidade de invasão de suas células. As células se deslocam entre as fibras da matriz, sem destruir. 
Invasão de vasos sanguíneos e linfáticos: migração para os vasos se da por quimiocinas, produzidas por células endoteliais. Essas 
quimiocinas são produzidas principalmente em capilares e vênulas e se ligam em receptores das células tumorais. Durante esse 
processo de penetração, os macrófagos que se associam a essas células, auxiliam no processo produzindo metaloproteases e 
fatores de crescimento 
Sobrevivência de célula tumorais na circulação: na circulação as células as destruídas (90%) pela ativação do complemento, 
anticorpos e células citotóxicas. As células tumorais vão estimular a coagulação na tentativa de sobreviver, formando uma capa 
de fibrina e plaquetas ao redor delas à tentativa de proteção. A trombocitopenia ou tratamento do paciente com heparina reduz 
o número de metástases. 
Saída de células tumorais para os órgãos: devem expressar molecular de adesão que permite se ligar ao endotélio no local de 
extravasamento. Depende de fatores quimiotáticos secretados no órgão de destino. Ex: carcinoma colorretal à tecido hepático 
(MET e selectina E). As células tumorais que são pouco diferenciadas, tendem a migrar para nichos (medula óssea) de onde se 
alojam e depois migram para tecidos definitivos. 
Nicho pré-metastático: são determinados antes das células saírem da circulação. Essas células são capazes de induzirem 
modificações dos órgãos alvo, por meio da liberação de moléculas sinalizadoras (fator de crescimento, TNF), ou seja, antes de 
saírem da circulação os órgãos alvos já criam esses nichos, indicando o local de instalação das células tumorais 
 
Vias de disseminação: 
Via linfática: 
• Principal via de disseminação à 1o sitio é o linfonodo sentinela 
• Os linfonodos acometidos podem apresentar aumento de volume, mas nem todo 
aumento é sinônimo de metástase 
• No câncer de mama, pode ter esses linfonodos aumentados de tamanha, os linfonodos 
sentinelas, que devem ser retiradosVia sanguínea 
• As que penetram podem migrar para qualquer parte do corpo 
• 99% das células tumorais na corrente morrem 
• Células tumorais podem ser detectadas na circulação 
• Grande número na fase de progressão do tumor 
 
Epidemiologia do câncer: 
Transição epidemiológica: aumento da morbimortalidade pelas doenças e agravos não transmissíveis e causas externas, 
deslocamento de carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens para grupos idosos, transformação de uma situação em 
que predomina a morbidade e não a mortalidade, o que impacta o sistema de saúde. Além disso, o câncer está entre as doenças 
não transmissíveis responsáveis pela mudança do perfil de adoecimento da população brasileira. 
Fatores de contribuição do câncer na mudança epidemiológica: 
• Maior exposição a agente cancerígenos à alimentos industrializados, trabalho, consumo em geral, agentes ambientais 
• Aumento da expectativa de vida e envelhecimento: 
o Redução do número médio de filhos por mulher 
o Melhoria das condições econômicas e sociais, refletindo na melhoria de saneamento 
o Evolução da medicina 
o Uso de antibióticos e vacina 
• Aprimoramento dos métodos 
diagnósticos do câncer 
• Aumento no número de óbitos pela 
doença 
• Incidência de câncer associa-se ao nível 
socioeconômico à prevalência de 
câncer de mama, próstata, cólon e reto 
nos níveis socioeconômicos mais altos. 
Prevalência de câncer de colo de útero, 
estomago, cabeça e pescoço em 
classes mais baixas 
• Taxa de mortalidade por 
câncer: mortalidade maior nos 
homens no pulmão, seguido 
pelo câncer de próstata. Nas 
mulheres, a maior incidência de 
morte é por câncer de mama, 
seguido por traqueia, 
brônquios e pulmão à 
incidência de morte não é 
necessariamente o câncer mais prevalente. A mortalidade está diretamente relacionada com diagnóstico precoce à 
nos homens, o câncer de pulmão, quando se manifesta, normalmente é quando já está desenvolvido (diferente do 
câncer de próstata que pode se manifestar previamente). Isso explica por que a mortalidade por câncer de pulmão 
causa maior mortalidade (quase 50% de mortalidade) à o único jeito de diagnosticar cedo seria uma obstrução 
brônquica, por exemplo, entretanto, não é fácil fazer uma invasão em cartilagem (na uretra é mais fácil). Nas mulheres, 
a incidência corresponde à taxa de mortalidade é câncer de mama, talvez a explicação seja que o câncer se manifesta 
(no caso o aparecimento do nódulo) em um momento que o nódulo esteja em um tamanho grande o suficiente para 
aumentar a taxa de mortalidade. Observa-se que o câncer de pulmão é o segundo, possível ser explicado pelo mesmo 
motivo que os homens. 
Análise de gráficos: 
• A partir dos anos 50-60, há uma queda não incidência no câncer de útero nas mulheres à possibilidade de fazer 
Papanicolau e exames de prevenção introduzidos no SUS. 
• A ocorrência de câncer de estomago em mulheres e homens também sofreu uma queda à explicação: 
desenvolvimento de tecnologias que fazem diagnósticos precoces (endoscopia, biópsia) e geladeira, onde os alimentos 
são conservados, diminuindo a fermentação e consequentemente desenvolvimento de substâncias que tem efeito 
carcinogênico. 
• O câncer de pulmão é uma causa importante de morte entre mulheres e homens, com ocorrência maior em homens, 
porque os homens adquiriam o hábito do tabaco antes das mulheres à diminuição por motivos de campanhas 
antitabagistas 
 
Fatores que contribuem para incidência do câncer: 
• Fatores geográficos e ambientais 
• Idade à tanto pra homens quantos pras mulheres, 
são indivíduos com idade avançada que morrem por 
câncer. 
• Fatores de risco: álcool, tabagismo, dieta e esses 
fatores juntos à tabela 
• Genética: 
o Síndrome de câncer hereditário à 
autossômico dominante, por exemplo na 
mutação de alguns genes como o 
retinoblastoma, gene apc (câncer de 
cólon), brca1 e brca2 (câncer de mama e 
ovário). 
o Tumores familiares: câncer de mama, ovário e 
pâncreas 
o Autossômicas recessivas: genes responsáveis 
de reparo do dna defeituoso 
• Risco laboral do câncer à tabela 
 
Bases moleculares do câncer: 
Oncogênese àpatogênese da neoplasia 
Oncogenes à genes que causam câncer 
Carcinogênese àpatogênese do câncer 
Carcinógeno à agente causador de câncer 
Mutágeno à agente causador da mutação 
 
As alterações culminam com surgimento de células imortalizadas que 
adquirem capacidade de se multiplicar autonomamente e indefinida. 
Surgimento de uma mutação favorável, que permite proliferação e 
invasão de tecidos vizinhos, com possível metastização. As mutações 
estão sendo representadas como mutações sucessivas e, quando 
adquirem a capacidade de proliferar e invadir tecidos, é um processo 
de metastização à câncer formado. Ocorre formação de um clone 
e futuros subclones. 
Ciclo celular: período da interfase, em que a célula não está se 
dividindo, G1 – antecede a replicação, S – momento da replicação, G2 
– DNA replicado. Quando a célula comprova suas competências (por 
exemplo, sintetizar proteína e crescer), pode entrar em divisão celular 
(mitose), originando células filhas. Esse ciclo é modulado por 2 
proteínas: Ciclinas/ CDK à quinases, capazes de fosforilar outras 
proteínas, as quais podem assumir forma ativa e conduzir o processo de passagem para as etapas do ciclo celular. A cdk precisa 
formar complexo com as ciclinas para exercer sua função à comandam as etapas do ciclo. São fundamentais para o controle 
dos check-points: 
• GI para S à reparo do DNA ou apoptose. 
• G2 para Mitose àDNA completo, maquinaria de separação 
 
Origem e desenvolvimento do câncer: 
Originam-se de células normais que sofrem mutação genica ou alterações epigenéticas (aquelas que determinam expressão 
diferenciada do gene, sem que haja mutação da matéria genética. A mutação é determinada pela alteração no código genético 
ou sequencias de base, que pode ocorrer por várias formas. 
Os genes alvos de mutação no câncer: 
• Estimulam multiplicação celular 
• Inibem proliferação celular 
• Regulam apoptose 
• Regulam reparo do DNA 
• Regulam metilação e acetilação de DNA 
Genes supressores do tumor: 
• P53 à inibe divisão celular e ativa apoptose 
• BRCA-1 e BRCA-2 à atuam no reparo do DNA 
 
Comportamento das células malignas: 
• Células capazes de realizar auto-sinalização, que permite o 
estímulo para proliferação celular. Elas perdem a inibição por 
contato e liberam moléculas sinalizadoras que vão ativar a 
proliferação celular de forma autócrina 
• São insensíveis aos inibidores que impedem a proliferação 
• São capazes de fugir dos mecanismos de apoptose 
• Não permitem o reparo do DNA 
• A replicação é ilimitada 
• Angiogênese persistente para que possam desenvolver, 
liberando fatores de crescimento 
• Apresentam potencial de invasão e metástase, por meio de 
enzimas e mecanismos de sinalização 
 
Genes e neoplasias 
A proliferação e a diferenciação celulares dependem de vários genes, cujos produtos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Estimulam a multiplicação celular, como fatores de crescimento, seus receptores, moléculas transdutoras de sinais, fatores 
de transcrição e moléculas envolvidas diretamente no ciclo celular, como ciclinas e CDK à nesse grupo estão os 
chamados oncogenes; 
• Controlam a proliferação dentro dos limites fisiológicos para cada tecido, estando aqui os genes que codificam moléculas 
que inibem a proliferação celular à Incluem os denominados genes supressores de tumor; 
• Regulam a apoptose, evento fundamental na limitação da população celular; 
• Comandam o reparo do DNA, constituindo os genes “guardiães” do genoma. Capacidade reduzida de reparação do DNA 
aumenta o número de mutações, aumentando a chance de seu aparecimento em oncogenes e genes supressores de 
tumor; 
• Estão envolvidos nos mecanismos de silenciamento gênico, por meio de regulação da metilação do DNA e da 
desacetilação da cromatina. Esses dois últimos grupos de genes são responsáveis pelo fenômeno de instabilidade 
genômica encontradana maioria das neoplasias, especialmente nos seus estádios mais avançados. Uma neoplasia surge 
quando ocorrem anormalidades em um ou, o que é muito mais frequente, em mais de um desses genes. 
 
Oncogenes: 
Resultam da mutação de proto-oncogenes, ou seja, resultam da mutação dos genes que controlam a proliferação celular. Os 
proto-oncogenes codificam proteínas que vão estimular o crescimento e divisão celular, portanto, tem uma função essencial nas 
células normais, por exemplo, durante o desenvolvimento embrionário e na reparação de tecidos lesados 
Quando são indevidamente ativados, promovem proliferação excessiva à ocorre quando os proto-oncogenes se transformam 
em oncogenes 
 
Exemplos dos oncogenes: fatores de 
crescimento, receptores de fatores 
de crescimento, proteínas ligadoras 
de GTP, proteínas citoplasmáticas 
com atividade cinástica, fatores de 
transcrição ciclinas e CDK. 
• Proteínas ligadoras de GTP 
à gene HAS à câncer de 
pulmão, colon, pâncreas e 
leucemia 
à mutação no gene RAS: existe 
mutação de ponto nesse gene, com 
a substituição da glicina pela valina, 
determinando produção alterada da RAS à perda da 
capacidade de troca de GTP para GDP. O gene RAS está 
relacionado a proliferação celular (proteínas ligadoras de 
GDP). Ele consegue se transformar de GDP para GTP, mas 
não o inverso, portanto se torna ativo, mas não consegue retornar a inatividade. Com essa mutação, ocorre proliferação excessiva 
e bloqueio do sinal de inatividade. Essa mutação está relacionada com câncer de mama, bexiga é colon 
 
Genes supressores de tumor: 
São os produtos dos genes que 
inibem a divisão celular, impedindo 
que as células se multipliquem 
descontroladamente. Os genes 
supressores originam tumores 
quando sofrem mutação, que 
podem ser por deleção (causa sua 
perda) ou substituição de base do 
DNA (resulta numa proteína onde 
se verifica perda de função 
relativamente à proteinas normal). 
Exemplos: Gene RB à retinoblastoma, osteossarcoma, carcionoma etc. Gene P53 à maioria dos canceres humanos, associadas 
a mutações somáticas e herdadas. Gene APC à mutações somáticas e herdadas, carcinoma de cólon, estomago e pâncreas. 
Genes para reparo de DNA: 
São os genes que codificam proteínas reparadoras de DNA. As mutações nesses genes permitem que outras mutações possam 
acumular nas células à algumas das quais atingem proto-oncogenese ou genes supressores de tumor. 
 
Genes para apoptose: 
Em uma neoplasia, o maior número de células pode ser devido a redução de apoptose. Em alguns tumores, alterações nos genes 
antiapoptóticos são o principal mecanismo oncogenico. O exemplo mais conhecido é o linfoma folicular de linfócito B 
 
Neurofibromatose do tipo 1 
As neurofibromatoses (NF) compreendem um grupo de distúrbios neurocutâneos caracterizado por hiperplasias, hipoplasias, 
hamartomas e neoplasias benignas ou malignas derivadas principalmente do neuroectoderma e mesoderma. As NF se transmitem 
por herança autossômica dominante, afetando ambos os gêneros e todas as raças. A causa são mutações em genes supressores 
de tumor, resultando em risco 10 vezes maior para o desenvolvimento de neoplasias malignas. 
A neurofibromatose do tipo 1 é uma doença progressiva que afeta primariamente o crescimento de tecidos neuras. Além disso, 
é autossômica dominante com penetrância completa. A incidência é de 1 em 3500 nativivos. 
Ocorre uma mutação no gene NF1, levando a produção de uma proteína mutante chamada neurofibromina. 
Critério diagnóstico: presença de dois ou mais dos seguintes sinais: 
1- 6 ou mais manchas “café com leite” maiores do que 
5 mm de diâmetro na idade pré-puberal e maiores do 
que 15 mm em indivíduos pós-puberais; 
2- 2 ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou um 
neurofibroma plexiforme; 
3- Sardas axilares ou inguinais; 
4- Glioma (astrocitoma pilocítico) do nervo óptico; 
5- Lesões ósseas, como displasia da asa esfenoidal e 
adelgaçamento da cortical de ossos longos, com ou sem 
pseudoartrose; 
6- Um parente de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) 
com diagnóstico de NF1. 
Gene presente no cromossomo 17 por ligação de família e foi identificado como translocações de ponto em pacientes. O 
sequenciamento do gene mostrou que este apresenta um domínio relacionado a GAP (Proteína ativadora de GTP), além de 
estar envolvido com a supressão do RAS que participa de mecanismos de transdução de sinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NF1 se manifestou em apenas um membro. 
 
Postura alterada, formação de 
múltiplos tumores pelo corpo 
NF1 muito avançada 
Gene tp53 
Mutações somáticas deste gene estão relacionadas a mais de 50% dos tumores. É o gene responsável pela produção da p53, 
que induz a parada do ciclo celular e a apoptose. É responsável também por um câncer de célula germinativa e herdável chamado 
de sindrome de Li-Fraumene (AD). Sua presença nos tumores indica mal prognóstico 
O câncer de cólon está relacionado a uma mutação no P53 à ocorrem 4 mutações (figura) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polipose adenomatosa familiar (APC) 
O produto do gene APC está envolvido em adesão, migração e divisão celular. 
O gene APC predispõe fortemente ao câncer de colón, ocorre também no câncer esporádico (não herdado). Corresponde a 
um gene supressor de tumor envolvido na via Wnt, no controle da adesão celular e na estabilidade cromossômica durante a 
mitose. 
Câncer de cólon com polipose 
1- Iniciação à pode ser causado por carcinógeno da dieta (nitrosaminas) à causa mutação de APC. Essas células 
iniciadas têm vantagem proliferativa por meio da via do fator de crescimento, que pode ser constantemente ligada por 
mutação no gene K-Ras à células crescem sobre as vizinhas (hiperplasia à adenoma) 
2- Mutações adicionais com seleção de células com vantagem proliferativa e da sobrevivência à inativação do gene 
TP53, que permite uma taxa mais rápida de mutagênese (adenoma inicial à adenoma tardio) 
3- Outra mutação converte o adenoma em carcinoma à ocorre mutação na produção de proteases que vão permitir 
invasão de outros tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câncer de cólon sem polipose: envolve mutações nos genes do reparo do DNA. As células da mucosa intestinal vão acumular 
mutações/erro (pela ausência do processo de reparo) e vão dar o tumor característico neoplásico. 
 
Perda ou
Mutação
em 5p
Câncer de cólon
Perda
CR. 18
Célula
Normal
Crescimento
Celular
Exagerado
Adenoma
I
Mutação
ras
Adenoma
II
Adenoma
III
Gene
Supressão tumoral DCC
Carcinoma Perda
CR. 17
Gene
Supressão tumoral p53Outras
PerdasMetástase
Melanoma familiar 
• Mutações de perda de função (deleção) no gene supressor de tumor p16 
 
• Pode ocorrer mutações de ganho de função no alvo de p16 
• Mutações proto-oncogenecdk4 
 
• Perda do controle do ciclo celular (via Rb). 
 
 
Retinoblastoma 
Retinoblastoma é uma neoplasia rara que ocorre na infância e apresenta-se de duas formas: hereditária (40% dos casos), com 
transmissão autossômica dominante e frequentemente bilateral e multifocal; esporádica (60% dos casos), em que a lesão é 
unifocal e unilateral. 
Nas duas formas do tumor, a lesão resulta de mecanismo comum, que é a inativação, por duas mutações, de ambas as cópias 
do gene RB em uma mesma célula. A diferença é que, na forma hereditária, uma cópia defeituosa do gene é herdada de um 
dos pais e, portanto, está presente em todas as células do organismo, inclusive nas germinativas. A segunda mutação ocorre 
apenas em algumas células, as quais originam tumores multifocais. Crianças que herdam dos pais o gene RB defeituoso têm risco 
de desenvolver retinoblastoma apenas durante a infância, pois, a partir dos 5 anos de idade, todos os retinoblastos sofrem 
diferenciação terminal para retinócitos e não mais se dividem. Na forma esporádica, ocorrem duas mutações nos dois alelos de 
uma mesma célula suscetível, a qual origina um tumor unifocal e unilateral. 
O gene supressor do tumor está localizado no cromossomo 13q14 e sua mutação resulta em várias formas decâncer. 
Codifica uma proteína chamada pRb que impede a proliferação celular, inibindo o ciclo celular. 
• 1:20.000 nascimentos 
• Mutação no lócus RB1 que está na 
região 13q14 
• Penetrância é 90% 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câncer de mama hereditária 
Envolve mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, que são genes 
envolvidos no reparo do DNA. É de início precoce. Quando sofre 
mutação, origina um produto gênico truncado, com perda de função. 
Menos de 1% das mulheres têm essas mutações genéticas. Cerca de 
5% a 10% das mulheres com câncer de mama têm uma dessas 
mutações genéticas. Mulheres que têm propensão a ter essas 
mutações são aquelas que possuem pelo menos dois parentes 
próximos, geralmente de primeiro grau, que tiveram câncer de mama. 
Por isso, os exames preventivos de rotina para detectar essas 
mutações não parecem ser necessários, exceto em mulheres com esse histórico familiar. 
Ter uma das duas mutações genéticas para o câncer de mama também aumenta o risco de ter câncer de ovário. 
Histórico familiar do câncer de mama: o câncer de mama em um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) aumenta o risco 
da mulher em duas a três vezes, mas o câncer de mama em parentes mais distantes (avó, tia ou prima) aumenta apenas um 
pouco o risco. Câncer de mama em dois ou mais parentes de primeiro grau aumenta o risco da mulher em cinco a seis vezes. 
 
GENE SUPRESSOR DE TUMOR
Genes do câncer de mama
BRCA1 17q21 Câncer de mama e ovário 
familiar
BRCA2 13q12 Câncer de mama familiar
PTEN ou 
MMAC1
10q23 Doença de Cowden 
(câncer de mama e 
tireóide)
AT 11q22 Ataxia - telangiectasia
Carcinogênese: 
É o processo de desenvolvimento de neoplasias desde o momento que ocorre mutação ou lesão em uma molécula de DNA 
até a formação do tumor. Se caracteriza por modificações progressivas da fisiologia da célula com alterações nos processos de 
proliferação e diferenciação celular. 70-80% dos canceres humanos estão relacionados a fatores ambientais. Os agentes 
causadores podem ser físicos, químicos e biológicos ou a combinação desses fatores. 
Biológicos: 
• Vírus 
HPV (genital e boca), 
• hepatite B (risco aumentado em 200 vezes) 
• Vírus Epstein-Barr – EBV – herpes virus humano desordens proliferativas benignas e malignas de origem linfóide, como 
mononucleose infecciosa, linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin 
 
• Papilomavírus humano – HPV – colo de útero 
	 
• Vírus da hepatite B – HBV- fígado e pâncreas 
Químicos: 
• Amianto 
• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (G → T, A → G) - cigarro 
• Nitrosaminas – presente em alimentos
 
• Metabólitos da aflatoxina (G → T) - fungos 
Físicos: 
• Radiação ultravioleta (dímeros de T) 
• Radiação ionizante 
 
Etapas da Carcinogênese: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do tumor: 
Fatores determinantes: 
• Velocidade de crescimento tumoral 
• Órgão onde está localizado 
• Fatores constitucionais individuais (genética, alimentação etc) 
• Fatores ambientais 
Fases da evolução tumoral: 
• Pré-neoplásica: antes da doença se desenvolver 
• Pré-clinica ou microscópica: alterações microscópicas sem sintomas clínicos 
• Clínica: apresentação de sintomas da doença 
 
Estadiamento: descrição da localização e tamanho do tumor primário, envolvimento de linfonodos e metástases 
É fundamental, uma vez que auxilia no procedimento terapêutico, das indicações sobre o prognóstico, auxilia na avaliação dos 
resultados do tratamento, permite que se possa fazer facilmente a troca de informação entre o centro de tratamento e contribui 
para as pesquisas de câncer. 
AS TRÊS ETAPAS DA CARCINOGÊNESE
Exemplo: benzopireno, um
dos componentes da fumaça
do cigarro e alguns vírus
oncogênicos, entre outros.
Para que ocorra essa
transformação, é
necessário um longo e
continuado contato com o
agente cancerígeno
promotor.
Nesse estágio o câncer já
está instalado, evoluindo
até o surgimento das
primeiras manifestações
clínicas da doença.
Exames usados no estadiamento: 
• Exame físico e exames de imagem à permitem que o médico localize e determine o tamanho do tumor, além de 
definir o agravamento dos linfonodos e órgãos. 
• Exames de laboratório à feitos a partir da análise de fluidos, sangue, urina e até tecidos para que se possa ter mais 
informações sobre a doença 
• Histopatológico à fundamental para confirmar diagnóstico 
• Relatório cirúrgico à descreve os achados durante a cirurgia que muitas vezes podem ser diferentes do observaod em 
outros exames 
 
Tipos de estadiamento: 
• Estadiamento clínico: baseado no exame físico, exames de imagem e biópsias. 
• Estadiamento patológico: biópsia do tumor abordado cirurgicamente, combina os resultados do estadiamento clínico com 
os resultados da cirurgia. 
• Reestadiamento: avaliação da extensão da doença se um câncer recidivado após tratamento, auxilia na escolha do novo 
tratamento. 
 
Sistema TNM à sistema para fazer o estadiamento: proposto por American Joint Committee on Cancer (AJCC) e The 
International Union Against Cancer (UICC). Baseia-se na extensão anatômica da doença: 
• Características do tumor primário (T) 
• Características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N) 
• Presença ou ausência de metástases a distância (M) 
Os procedimentos para avaliação das categorias T, N, e M são os seguintes: 
• Categoria T: exame físico e diagnóstico por imagem. 
• Categoria N: exame físico e diagnóstico por imagem. 
• Categoria M: exame físico e diagnóstico por imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definições do tamanho do tumor T 
• Tx- tumor primário não 
pode ser avaliado 
• T0- sem evidência de 
tumor primário 
• Tis- carcinoma in situ 
• T1 – T4- de acordo com o 
diâmetro e extensão local, 
• Subdivisões T1a, T1b, etc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
s 
 
Estadiamento clínico: importante para classificar o tumor 
em estágios, de 0 a 3 de acordo com a classificação do 
TNM. 
Além disso, existe outra tavela que vai de estágio 1 a 1V à 
considera as subdivisões do T e do N. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definições dos linfonodos (N): 
• Nx- linfonodos regionais 
não podem ser avaliados 
• N0- sem evidência de 
metástases regionais 
• N1 – N3- de acordo com o 
envolvimento de linfonodos 
regionais. 
• Subdivisões n2a, n2b, etc 
 
Definições de metástases (M): 
• Mx- metástases a distância 
não podem ser avaliadas – 
M0- ausência de 
metástases a distância 
• M1- presença de 
metástases a distância 
 
Quadro clínico do câncer: 
Sintomatologia variada: segundo o tumor primário e complicações locais e a distância. Localmente, os sintomas e sinais próprios 
do órgão ou do sistema acometido. Síndromes consumptivas: febre de origem desconhecida, anorexia, emagrecimento, 
manifestações de substâncias biologicamente ativas produzidas pelo tumor. 
 
 
QUADRO CLÍNICO DO CÂNCER

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