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Página 40 de 234 NECESSIDADES NUTRICIONAIS Os nutrientes são substâncias não sintetizadas que devem ser fornecidas pela dieta. A ausência de nutrientes essenciais cauda comprometimento do crescimento, disfunções orgânicas e falha na manuntenção do equilíbrio de nitrogênio. Os nutrientes que fornecem energia (proteínas, carboidratos e lipídeos), vitaminas, minerais e água. As necessidades nutricionais orgânicas incluem: 9 aminoácidos essenciais; 10 vitaminas hidrossolúveis; Fibra alimentar; Colina; Além disso, também é preciso de substância inorgânicas: 3 minerais; 7 oligominerais; 3 eletrócitos e oligoelementos ENERGIA – para manter o corpo estável a ingestão de energia deve se igular ao dispêndio de energia. Os principais componentes do gasto de energia são o gasto energético basal (GEB) e a atividade física; os componentes menores incluem o gasto de energia para metabolizar o alimentos e a termogênese por tremores. 2.600kcal/dia – homem norte americano, sendo para homens GEB = 900 + 10m 1.800kcal/dia – mulher norte americana, sendo para mulheres GEB = 700 + 7m Onde (m) é a massa em kg, o GEB é ajustado para o nível de atividade física, multiplicado por 1,2 para indivíduos sedentários e por 1,4 moderadamente ativos e 1,8 muito ativos. O resultadoo final é a necessidade energética estimada (EER – estimated energy requirement). PROTEÍNAS – a proteína alimentar consiste em amino´´acidos essenciais e não essenciais. Os 9 aminoácidos essenciais são: HISTIDINA, ISOLEUCINA, LEUCINA, LISINA, METIONINA/CÍSTEINA, FENILALANINA/TIROSINA, TREONINA, TRIPTOFANO e VALINA. Quando a ingesstão energética é inadequada, a ingestão proteíca deve ser aumentada, porque os AA são desviados para vias de síntese e oxidação da glicose, e em casos de privação extrema de energia, poderá ocorrer a desnutrição proteíco- calórica. A (RDA) ingestão dietética recomendada em adultos é 0,6g/kg de massa corporal desejável por dia. A recomendação atual é que 10-14% das calorias ingeridas seja de proteínas. Os valores tendem a ser maiores de proteínas de origem animal, leguminosas, cereais e raízes. LIPÍDEOS E CARBOIDRATOS – os lipídeos são fontes de energia concentrada. A ingestão de gordura não deve exceder mais 30% das calorias. Gorduras saturada e Página 41 de 234 trans devem ser eliminadas a < 10% das calorias e as gorduras polinsaturadas a < 10% das calorias. Dentre 45-55% das calorias totais dever ter como derivados os carboidratos. O cérebro precisa de 100g de glicose por dia como combustível, e outras tecidos 50g/dia. Sendo que alguns tecidos como cérebro precisam da glicose de origem exógena ou fornecida a partir da proteólise muscular. Assim como os lipídeos (9kcal/g), os carboidratos (4kcal/g) e as proteínas (4kcal/g), o álcool (7kcal/g) fornece energia, entretanto ele não pe um nutriente. ÁGUA – Adultos 1-1,5mL de água por quilocaloria de energia gasta são suficientes em condições normais. As perdas hídricas ocorrem 50-100mL/dia nas fezes; 500-1.000mL/dia por evaporação ou transpiração; e de acordo com a carga renal de solutos >/1.000mL/dia na urina. A febre aumenta a perda hídrica em torno de 200mL/dia por °C; A perda por diarreia varia mas pode ser tão grande quanto 5L/dia. As necessidades de água durante a gravidez são aproximadamente 30mL/dia. Na lactação em torno de 1.000mL de água adicional ou 1mL para cada mililitro de leite produzido. EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA E DO GLUCAGON Os principais tecidos que exercem função dominnate sobre o metabolismo energético são: o fígado, sendo ele o mais importante, o tecido adiposo, músculo e encéfalo. Cada orgão desses tecido são especializados em estoque, no uso e formação de combustíveis específicos. A comunicação entre os recidos é mediada pelo sistema nervoso e pela disponibilidade de substratos circulantes e variação nos níveis de hormônios plasmáticos. A manuntenção do metabolismo energético é controlada principalmete pela isulina e o glucagon, e possuem ajuda das cotecolaminas adrenalina e noradrenalina. Eles são importantes em crises de sobrevivência, situações de fome, trauma grave. INSULINA Produzida pelas células β das ilhotas pancreáticas ou de Langerhans – porção exócrina Possui efeito anabólicos, favorecendo a síntese de glicogênio de triacilgliceróis e de proteínas Possui meia vida de 6 minutos, o que permite alterações rápidas nos níveis circulantes do hormônio Estimulação da secreção de insulina: a secreção de insulina pelas células β pacreáticas está ligada com a liberação de glucagon pela células α pancreáticas. As quantidades de insulina e glucagon liberadas pelo pâncreas são reguladas de modo Página 42 de 234 que a velocidade de produção de glicose hepática é matida igual à velocidade de utilização da glicose pelos tecidos periféricos. A síntese e secreção de insulina são aumentadas por: a. GLICOSE – As células β são sensores de glicose, e assim como o fígado elas possuem atividade glicocinase (podem fosforilar a glicose). Ou seja, a ingestão de carboidratos leva um aumento a glicose sanguínea, o que dispara um sinal para as células β para a produção de insulina, assim como diminuição na síntede de glucagon. ↑ Glicose ↑ Insulina ↓ Glucagon b. AMINOÁCIDOS - A ingestão de proteínas causa um aumento transitório nos níveis plasmáticos de aminoácidos, os quais induzem a secreção imediata de insulina, sendo a arginina plasmática um estímulo potente para a síntese e secreção de insulina. ↑ Aminoácidos ↑ Insulina c. HORMÔNIOS GASTROINTESTINAIS – A secretina estimula a produção de insulina. Esses e outros hormônios são liberados após a ingestão de alimentos e causam um aumento antecipado dos níveis de insulina, antes que ocorra um aumento real da glicemia. Isso pode ser reponsável pelo fato de que a mesma quantidade de glicose administrada por via oral induz a uma secreção muito maior de insulina do que a administração intravenosa. Inibição da secreção de insulina: A síntese e a liberação de insulina são diminuídas quando existe a escassez de combustíveis da dieta e também durante os períodos de estresse (febre, infeccção). Esses efeitos são mediados pela adrenalina – secretada na glândula adrenal em resposta ao estresse, trauma ou exercício intenso. Nessas condições a adrenalina liberada pelo sistema nervoso possui um efeito sobre o metabolismo energético causando uma mobilização rápida de combustíveis produtores de energia, incluindo a glicose hepática (produzida por glicogênese ou gliconeogênese) e ácidos graxos do tecido adiposo. Ademais, a adrenalina pode impedir a liberação de insulina pela estimulação da glicose. Assim, em situações de emergência o sistema nervoso simpático influencia a concentração plasmática de glicose como o seu controle sob as células β. Página 43 de 234 Efeitos metabólicos da Insulina Efeitos sobre o metabolismo de carboidratos – Esses efeitos são mais proeminentes em três tecidos: fígado, músculo e tecido adiposo. No fígado, a insulina diminui a produção de glicose por inibir a gliconeogênes e a degradação do glicogênio. No músculo e no tecido adiposo, a insulina aumenta a captação de glicose por aumentar o número de transportadores de glicose na membrana celular. A administração intravenosa de insulina causa a diminuição imediata na concentração de glicose no sangue. Efeitos sobre o metabolismo de lipídeos – A insulina causa no tecido adiposo a diminuição imediata na liberação de ácidos graxos. a. Diminuição na degradação de triacilgliceróis: A insulina diminui os níveis de ácidos graxos circulantes ao inibir a atividade da lipase sensível a hormônio no tecido adiposo. A insulina promove a desfoforilação e, portanto, a inativação da enzima. b. Aumento na síntese de triacilgliceróis: A insulina aumenta o transporte e o metabolismo da glicose nos adipócitos, fornecendo o substrato glicerol-3- fosfato para a síntese de triacilgliceróis. A insulinatambém aumenta a atividade da lipase lipoproteíca no tecido adiposo, por aumentar a síntese da enzima, fornece assim ácidos graxos para a esterificação. ↑ Insulina ↓ Degradação de triacilgliceróis ↑ Síntese de triacilgliceróis Efeitos sobre a síntese proteíca – A insulina estimula a entrada de aminoácidos nas células e a síntese de proteínas. GLUCAGON Secretado pelas células α das ilhotas pancreáticas ou de Langerhans Página 44 de 234 Em conjunto com a andrenalina, cortisol e GH (hormônio do crescimento) se opõem a muitas ações da insulina, tendo efeito contra-reguladores Age na manuntenção da glicose sanguínea, pela ativação da glicogênese e da gliconeogênese hepática. Estímulos da secreção de glucagon: as células α é responsiva a uma variedade de estímulos que sinalizam uma gipoglicemia real ou potencial. a. GLICEMIA BAIXA – A diminuição na concentração plasmática de glicose é o principal estímulo para a liberação de glucagon. Durante o jejum noturno ou prolongado, os níveis elevados de glucagon previnem a hipoglicemia. ↓ Glicose ↑ Glucagon b. AMINOÁCIDOS – Os aminoácidos derivados de uma refeição que contém proteínas estimulam a liberação de glucagon e de insulina. O glucacon impede efetivamente a hipoglicemia, que de outra forma ocorreria após uma refeição protéica. ↑ Aminoácidos ↑ Insulina ↑ Glucagon c. ADRENALINA – Níveis altos de adrenalina circulantes (adrenal) ou noradrenalina (inervação simpática do pâncreas), ou de ambas, estimulam a liberação de glucagon. Assim nos períodos de estresse, trauma, exercício intenso, os níveis elevados de adrenalina podem impedir o efeito dos substratos circulantes sobre as células α. Nessas situações – independentemente da concentração de glicose no sangue – os níveis de glucagon se elevam em antecipação ao aumento na utilização de glicose. E em contraste, os níveis de insulina são reduzidos. ↑ Adrenalina ou Noradrenalina ↑ Glucagon ↓ Insulina Inibição de Glucagon: a secreção de glucagon diminui significativamente com o aumento da glicose e de insulina no sangue, essas substâncias estão aumentadas após a ingestão de glicose ou de uma refeição rica em carboidratos. ↓ Glucagon ↑ Insulina ↑ Insulina Efeitos metabólicos do Glucagon Efeitos sobre o metabolismo de carboidratos – A administração intravenosa de glucagon leva um aumento imediato da glicemia. Isso resulta da degradação do glicogênio hepático (não muscular) e do aumento da gliconeogênese. Efeitos sobre o metabolismo de lipídeos – O glucagon favorece a oxidação hepática de ácidos graxos e a subsequente dormação de corpos cetônicos a partir de acetil- CoA. O efeito lipolítico do glucagon no tecido adiposo é mínimo nos humanos. Efeitos sobre o metabolismo proteíco – O glucagon aumenta a captação de aminoácidos pelo fígado, resultando em aumento na disponibilidade de esqueletos carbonados pra a gliconeogênese. E assim, os níveis plasmáticos são diminuídos. Página 45 de 234 HIPOGLICEMIA A hipoglicemia é caracterizada por 1) sintomas do sistema nervoso central incluindo confusão, comportamento atípico ou coma; 2) simultaneamente, nível de glicose sanguínea igual ou inferior 40mg\dL e 3) os sintomas são resolvidos após a administração de glicose. A hipoglicemia é uma emergência médica pois o SMC requer um suprimento contínuo de glicose sanguínea, sendo assim, uma hipoglicemia transitória pode causar uma disfunção cerebral, ao passo que uma hipoglicemia grave e prolongada causa morte cerebral. As alterações hormonais mais importantes no combate à hipoglicemia são a elevação de glucagon e adrenalina, juntamente com a diminuição na liberação de insulina. Sintomas de Hipoglicemia Os sintomas da hipoglicemia podem ser divididos em duas categorias: Sintomas andrenérgicos – ansiedade, palpitação tremor, sudorese – são mediados pela liberação de adrenalina regulada pelo hipotálamo em resposta à hipoglicemia. Os sintomas adrenérgicos ocorrem quando os níveis de glicose sanguínea caem bruscamente. Neuroglicopenia – diminuição na chegada de glicose no encéfalo – resulta em fala arrastada, convulsões, coma e morte. Esses sintomas resultam de um declínio gradual de glicose sanguínea, geralmente para para níveis inferiores a 40mg\dL. O declínio lento da glicose priva o SNC de combustível, mas falha em disparar a resposta adequada da adrenalina. Sistemas Glicorreguladores Existem dois sistemas sobrepostos da regulação da glicose que são ativados pela hipoglicemia: 1) as ilhotas de Langerhans que liberam glucagon, e 2) receptores do hipotálamo que respondem a concentrações anormalmente baixas de glicose no sangue. Os glicorreceptores hipotalâmicos podem disparar tanto a secreção de adrenalina quanto a liberação de ACTH e do hormônio do crescimento são pela hipófise anterior. O glucagon, a adrenalina, o cortisol e o hormônio do crescimento Página 46 de 234 são algumas vezes denominados hormônios contra-reguladores, pois cada um se apõe à ação da insulina sobre a utilização de glicose. a. Glucagon e Adrenalina: A hipoglicemia é combatida pela diminuição na liberação de insulina e pelo aumento da secreção de glucagon, adrenalina, cortisol e hormônio do crescimento. O glucagon estimula a glicogenólise e a gliconeogênes hepaáticas. A adrenalina promove a glicogenólise e a lipólise, inibe a secreção de insulina e inibe a acaptação de glicose mediada por insulina nos tecidos periféricos. A adrenalina normalmente não é tão essencial para combater a hipoglicemia, exceto em situações crítica em que a secreção de glucagon está deficiente, como na diabetes melito tipo 1 (dependente de insulina). b. Cortisol e hormônio de crescimento: Esses hormônios são menos importantes na manuntenção das concentrações de glicose sanguínea a curto prazo. Eles desempenham um papel na coordenação do metabolismo da glicose a longo prazo. Tipos de Hipoglicemia: pode ser a. induzida por insulina; b. pós-prandial; e c. hipoglicemia de jejum. a. Hipoglicemia induzida por insulina – ocorre frequentemente em pacientes diabéticos que recebem tratamento por insulina. b. Hipoglicemia pós-prandial – causada pela liberação exagerada de insulina após uma refeição produzindo uma hipoglicemia transitória com leves intomas adrenérgicos. c. Hipoglicemia de jejum – ocorrência de glicemia diminuida durante o jejum é rara, tende a produzir sintomas de neuroglicopenia, e pode resultar de uma redução na velocidade de produção de glicose pelo fígado, ou pode resultar da velocidade aumentada na utilização de glicose pelos tecidos periféricos. d. Hipoglicemia e intoxicação alcoólica – o álcool é metabolizado no fígado, assim o etanol produz NADH e faz com que os intermediários da gliconeogênese sejam desviados para vias alternativas de reação, resultando na síntese diminuida de glicose. Isso pode acelerar a hipoglicemia. Página 47 de 234 Página 48 de 234 CICLO ALIMENTADO ou JEJUM O estado absortivo ocorre entre 2 – 4hrs após uma refeição, nele ocorre o aumento plasmático trnasitório da glicose, aminoácidos e triacilgliceróis. Diante disso, as ilhotas pancreáticas responde aos níveis elevados de glicose e aminoácidos com um aumento da secreção de isulina e redução na liberação de glucagon. A razão insulina/glucagon faz esse período ser acabólico, caracterizado pela síntese de triacilgiceróis, glicogêncio e proteínas. I. ESTADO ALIMENTADO As mudanças enzimáticas – O fluxo de intermediário é controlado por 4 mecanismos: a) disponibilidade dos substratos; b) ativação e inibição alostérica das enzimas; c) modificação covalente das enzimas; d) indução e repressão da síntese de enzimas. No estado alimentado, esses mecanismos regulatórios garantem que os substratos sejam capturados formando glicogênio, triacilgliceróis ou proteínas. Efeitos alostéricos: as mudanças alostéricas envolvem reações limitantes da velocidade metabólica, por exemplo, a glicólise no fígado é estimulada apósuma refeição pelo aumento da frutose-2,6-bifosfato, que ativa alostericamente a enzima fosfofrutocinase. A gliconeogênese é inibida pela pela frutose-2,6-bifosfato que inibe alostericamente a enzima frutose-1,6-bifosfatase. Regulação das enzimas por modificação covalente: muitas enzimas são reguladas por modificação covalente, por adição ou remoção dos grupos fosfato. No estado alimentado, a maioria das enzimas regulada por modificação covalente está na forma Página 49 de 234 desfosforilada e ativa. As três excessões são a glicogênio-fosforilase, a frutose- bifosfato-fosfatase-2 e a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo, as quais são inativas no estado desfosforilado. Indução e repressão da síntese de enzimas: o aumento ou o decréscimo da síntese de proteínas leva a uma alteração na população total de sítios ativos, em vez de afetar a eficência das enzimas pré-existentes. Por exemplo, no estado alimentado a síntese de insulina induzem o aumento na síntese de enzimas-chave envolvidas no metabolismo anabólico. I. O FÍGADO: CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE NUTRIENTES O fígado está em uma posição especial no processar e distribuir nutrientes da dieta, visto que a drenagem venosa intestinal e pancreática passa através do sistema venoso porta-hepático antes de entrar na circulaçãi sistêmica. Ou seja, após uma refeição é banhado pelo sangue contendo os nutrientes absorvidos e elevados níveis de insulina secretado no pâncreas. O fígado capta carboidratos, lipídeos e a maioria dos aminoácidos. Esses nutrientes são então metabolizados, armazenados ou encaminhados para outros tecidos. Metabolismo dos Carboidratos - O fígado normalmente produz mais glicose do que consome. Contudo, após uma refeição rica em carboidratos ele se torna um consumidor de glicose. Esse aumento da utilização da glicose não é resultado de um transporte estimulado pela glicose para os hepatócitos, porque esse processo normalmente é rápido e não é influenciado pela insulina. O metabolismo hepático da glicose é aumentado pelos mecanismos: a) Aumento da fosforilação da glicose: Níveis elevados de glicose no hepatócito permitem à glicocinase fosforilar a glicose produzindo glicose-6-fosfato. Isso constrata como estado pós-absortivo no qual os níveis hepáticos de glicose são mais baixos, e a glicocinase está inativa, defido a sua baixa afinidade pela glicose. ↑ GLICOSE ↑ GLICOCINASE – fosforilação da glicose a qual vai gerar compostos pela via glicolítica a qual gera Acetil-CoA para o Ciclo do ácidos cítrico (ciclo de Krebs). Glicolíse é a quebra da glicose para formar metabólitos da respiração celular. PERÍODO ABSORTIVO b) Aumento da síntese de glicogênio: A conversão de glicose-6-fosfato em glicogênio é favorecida pela inativação da glicogênio-fosforilase e pela ativação da glicogênio-sintase. ↑GLICOGÊNIO-SINTASE ↓ GLICOGÊNIO-FOSFORILASE ↑ SÍNTESE DE GLICOGÊNIO. PERÍODO EM JEJUM c) Aumento da atividade da rota das hexoses-monofosfato ou via das pentoses- fosfato: O aumento da disponibilidade de glicose-6-fosfato no estado alimentado, combina com o uso aumentado de NADPH na lipogênese hepática, estimula a via das pentose-fosfato. Essa via és responsável por 5% a 10% da glicose metabolizada no fígado. Página 50 de 234 d) Aumento da glicólise: No fígado, a via glicolítica é aumentada somente no período absortivo que segue a uma refeição rica em carboidratos. A conversão de glicose em acetil-CoA é estimulada pela razão insulina/glucagon elevada, que ativa enzimas de etapas limitantes da glicólise, como a fosfofrutocinase. A acetil-CoA é utilizada como um bloco construtivo para a síntese de ácidos graxos e para fornecer energia, por sua oxidação no ciclo do ácido cítrico. e) Decréscimo da gliconeogênese: Enquanto a glicólise é estimulada no estado absortivo, a gliconeogênese é inibida. A piruvato-carboxilase, que catalisa o primeiro passo a gliconeogênese, está predominantemente inativa, devido aos baixos níveis de Acetil-CoA, um efetor alostérico positivo para essa enzima. A elevada razão insulina glucagon observada no período absortivo também favorece a inativação dde outras enzimas exclusivas da gliconeogênese, tais como a frutose-1,6-bifosfatase. Metabolismo de lipídeos a) Aumento da síntese de Ácidos Graxos: o fígado é o tecido primário para a síntesde de novos ácidos graxos. Ocorro no PERÍODO ABSORTIVO, porque o aporte energético da dieta excede os gastos energéticos do corpo. A síntese de ácidos graxos é favorecida pela disponibilidade de substratos (Acetil-CoA e NADPH derivados do metabolismo da glicose) e pela ativação da Acetil-CoA- carboxilase, a qual catalisa a formação de ácidos graxos. ↑Glicose ↑ Produção de ácidos graxos b) Aumento da síntese de Triacilgliceróis: a síntese de triacilgliceróis é favorecida poque o Acetil-CoA graxo esta disponível, tando da síntese do novo Acetil-CoA quanto da hidrólise dos triacilgliceróis componentes do quilomicra removidos da circulação. O fígado empacota os triacilgliceróis, produzindo lipoproteínas de muito baixa intensidade (VLDL) que são sercretados no sangue e usado no tecido adiposo e muscular. ↑ Triacilgliceróis ↑ Produção de VLDL Metabolismo de aminoácidos Página 51 de 234 a) Aumento na degradação do aminoácidos: No estado absortivo, existe uma maior quantidade de aminoácios do que a usada. Esse excesso de aminoácidos não é armazenado, e sim liberado na circulação, e os seus produtos de degradação (esqueleto de carbono) são degradados no fígado a piruvato, Acetil-CoA ou intermediários do ciclo de Krebs. Eles podem ser oxidados para a obtenção de energia ou podem ser utilizados para a síntese de ácidos graxos. b) Aumento da síntese proteíca: O corpo não pode armazenar proteínas como o glicogênio ou os triacilgliceróis. Mas um aumento transitório na síntese de proteína hepáticas ocorre no estado absortivo, resultando na reposição de proteínas que foram usadas no período pós-absortivo. II. TECIDO ADIPOSO: Depósito dos Estoque Energéticos O tecido adiposo, após o fígado, é o maior em capacidade de distribuir moléculas combústiveis. Metabolismo de Carboidratos a) Auemento do transporte de glicose – O transporte de glicose para dentro dos adipócitos é sensível a concentração de insulina no sangue. Altos níveis de insula são elevados no estado absortivo resultando na entrada de glicose no período absortivo. b) Aumento da glicólise – O aumento da dispinibilidade de glicose intracelular resulta em um aumento da via glicolítica, mas nó tecido adiposo, a glicólise serve à função sintética para síntese de triacilgliceróis. c) Aumento na atividade da via hexoses-monofosfato ou via das pentoses-fosfato – O tecido adiposo também pode mtabolizar a glicose produzindo NADPH para síntese de ácidos graxos. Metabolismo de Lipídeos a) Aumento da síntese de Ácidos Graxos – a síntese de ácidos graxos a partir de Acetil-CoA só ocorre quando o indivíduo é realimentado após um jejum. Normalmente, a maioria doa ácidos graxos adicionados aos estoques lipídicos são derivados de gordura da dieta ou pelo fígado em forma de VLDL. Página 52 de 234 b) Aumento da síntese de triacilgliceróis – Após a refeição contendo lipídeos, a hidrólise dos triacilgliceróis de quilomicra e VLDL fornece acídos graxos ao tecido adiposo. Esses ácidos exógenos são liberados pela ação sa lipase proteíca. Ou seja, durante o estado alimentado, os níveis elevados de glicose e insulina favorecem o armazenamento de triacilgliceróis. c) Decréscimo da degradação de triacilgliceróis – Níveis elevados de insulina favorecem a forma desfosforilada (inativa) da lipase sensível a hormônio. Ou seja, no estado alimentado, a degradação de triacilgliceróis esta inibida. III. O TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO: Em repouso O metabolismo energético do músculo tem capacidade de responder a mudanças na demanda de ATP. Em repouso consome 30% de oxigênio, ou seja, é um tecido oxidativo. a) Metabolismode Carboidratos Aumento do Transporte de glicose - O aumento da glicose e insulina no plasma leva o transporte de glicose para dentro das células musculares. Onde a glicose é fosforilada pela hexocinase produzindo glicose-6-fosfato, e metabolizada para fornecer energia para as célula. Já no estado pós- absortivo, no qual os corpos cetônicos e os ácidos graxos são principais combustíveis para o músculo em repouso. Aumento da síntese de glicogênio – O aumento da razão insulina/glucagon e a disponibilidade de glicose-6-fosfato favorecem a síntese do glicogênio, se as reservas de glicogênio foram depledadas. b) Metabolismo de Lipídeos – Os ácidos graxos são liberados dos quilomicra e VLDL pela ação da lipase lipoprotéica. Eles são combustíveis secundários no estado alimentado, enquando a glicose é a fonte principal de energia. c) Metabolismo de Aminoácidos Aumento na síntese proteíca – No período absortivo após uma refeição rica em proteínas, essa síntese repõe as proteínas degradadas desde a refeição anterior. Aumento na captação de aminoácidos ramificados – O tecido muscular é o melhor local para a degradação de aminoácidos ramificados: leucina, isoleucina e valina, que escapam da metabolização hepática. Página 53 de 234 IV. ENCÉFALO Responsável por 20% do consumo de oxigênio. A glicose serve como principal combustível já quea concentração de corpos cetônicos no estado alimentado é muito baixa. Se a glicose caísse para 30mg/100ML a função cerebral ficaria preojudicada. a) Metabolismo de Carboidratos – No estado alimentado, usa exclusivamente a glicose como combustível. O encéfalo contém uma quantidade muito pequena de glicogênio e depende da quantidade de glicose no sangue. b) Metabolismo de Lipídeos - O encéfalo não apresenta armazenamente siginificantes de triacilgliceróis, e a oxidação de ácidos graxos no sangue não atravessam facilmente a barreira hemato-encefálica. V. JEJUM Na ausência de alimento, os níveis plasmáticos de glicose aminoácidos e triacilgliceróis caem provocando uma redução na secreção de insulina e aumento na liberação do glucagon. A mudança na razão insulina/glucagon e o decréscimo de Página 54 de 234 substratos circulantes fazem do período de privação de nutrientes um período catabólico, caracterizado pela degradação dos estoques de glicogênio e triacilgliceróis e de proteínas. Sendo que cria-se prioridades: 1) necessidade de manter adequados os níveis plasmáticos de glicose para suprir as necessidades energéticas do cerébro e outros tecidos dependentes de glicose e; 2) a necessidade de mobilizar ácidos graxos do tecido adiposo, bem como sintetizar e liberar corpos cetônicos do fígado. Mudanças Enzimáticas no Jejum: No jejum, o fluxo de intermediários através das rotas do metabolismo energético é controlado pelos mecanismos: 1) disponibilidade do substrato; 2) ativação e inibição alostérica de enzimas; 3) modificação covalente das enzimas; 4) indução e repressão da síntese de enzimas. Geralmente, são opostas ao estado alimentado, por exemplo, a maioria das enzimas reguladas por modificação covalente está na forma fosforilada e inativa, enquanto que no estado alimentado, elas estão desfosforiladas e ativas. Com três exceções a glicogênio-fosforilase, a frutose- bifosfato-fofatase-2 e a lipase sensível a hormônio do tecido adiposo. VI. O Fígado no Estado de Jejum O papel do fígado é a síntese e distribuição de moléculas combustíveis para outros tecidos. Metabolismo de Carboidratos – O fígado inicia a degradação do glicogênio e então a gliconeogenêse para manter os níveis de glicose. a) Aumento da degradação do glicogênio – Horas após a ingestão, a glicemia cai o suficiente para causar o aumento na secreção de glucagon e o decréscimo da liberação de insulina. O decréscimo da razão insulina/glucagon causa a rápida mobilização dos estoques de glicogênio hepático. O fígado é exaurido de glicogênio de 10 a 18 horas de jejum, ou seja, a glicogenólise hepática é uma resposta transitória no início do jejum. b) Aumento da gliconeogênese – A síntese de glicose e a sua liberação na circulação também são funções hepáticas durante o jejum. Os esqueletos de carbono para a gliconeogênese são derivados dos aminoácidos, glicerol e lactato. A gliconeogênese começa em 4 a 6 horas após a última refeição e sua velocidade máxima é atingida quando os estoque de glicogênio são depledados. A gliconeogênese é fundamental para a manuntenção da glicemia no jejum noturno e no jejum mais prolongado. Página 55 de 234 Metabolismo de Lipédeos a) Aumento da oxidação dos ácidos graxos – A oxidação de ácidos graxos derivados do tecido adiposo é a mior fonte energética para o fígado no estado pós-absortivo. b) Aumento da síntese de corpos cetônicos – O fígado é singular na sua capacidade de sintetizar e liberar corpos cetônicos para utilização em tecidos periféricos, mas ele próprio não usa corpos cetônicos como combustível. A síntese de corpos cetônicos é favorecida quando a quantidade de Acetil-CoA, produzida pelo metabolismo de ácidos graxos, excede a capacidade oxidativa do ácido citríco. Uma produção significativa de corpos cetônicos se inicia nos primeiros dias do jejum, além disso, pode ser usado em diveros tecidos como o encéfalo como combústivel, além de reduzir a necessidade de gliconegêneses a partir do esqueleto carbonado de aminoácidos, tornando lenta a degradação de proteínas essenciais. VII. O TECIDO ADIPOSO NO JEJUM Metabolismo de Carboidratos – O transpode de glicose para os adipócitos e o seu metabolismo são reduzidos em decorrência dos baixos níveis circulantes de insulina o que acarreta também o decréscimo na síntesde de ácidos graxos e de triacilgliceróis. Página 56 de 234 Metabolismo de Lipídeos a) Aumento da degradação de triacilgliceróis: A ativação da lipase sensível a hormônio e a hidrólise dos estoques de triacilglicerol são aumentadas pelos níveis das catecolaminas adrenalina, e noradrenalina. b) Aumento da liberação de ácidos graxos: Os ácidos graxos são obtidos pela hirólise de triacilgliceróis estocados e liberados no sangue. O glicerol é usado como precursor para a gliconeogênese no fígado. c) Decréscimo na captação de ácidos graxos: No jejum, a enzima lipase lipoprotéiva no tecido adiposo é baixa, consequentemente, os triacilgliceróis de lipoproteínas circulantes não estão disponível para a síntese de triacilgliceróis no tecido adiposo. VIII. O TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO: Em repouso, no jejum O músculo esquelético em repouso usa ácidos graxos como a principal fonte de energia, já no exercício inicialmente o glicogênio estocada. a) Metabolismo de Carboidratos – O transporte de glicose para as células do músculo realizado por proteínas dependentes de insulina, consequentemente, no jejum o seu metabolismo está reduzido devido à baixa concentração de insulina circulante. b) Metabolismo de Lipídeos – Nas duas primeiras semanas de jejum, os músculos usam ácidos graxos do tecido adiposo e corpos cetônicos do fígado como combustíveis. Com três semanas, os músculos reduzem o consumo de corpos cetônicos e oxidam quase exclusivamente ácidos graxos. c) Metabolismo de Proteínas – Durante os primeiros dias de jejum, a uma rápida quebra de proteína múscular fornecendo aminoácidos usados no fígado para a gliconeogênese. Depois de semanas em jejum, a velocidade da proteólise muscular decresce pois há um declínio na necessidade glicose pelo encéfalo, que começa a utilizar corpos cetônicos como fonte de energia. IX. O ENCÉFALO NO JEJUM Durante os primeiros dias de jejum, o SNC usa glicose como fonte de energia. No jejum proplongado (mais de duas ou três semanas) os níveis plasmáticos de corpos cetônicos atingem níveis elevados e são usados juntamente com a glicose como combustíveis pelo encéfalo. Isso reduz a necessidade do catabolismo proteíco para gliconeogênese. Página 57 de 234 Página 58 de234 DIABETES – SÍNDROME CARACTERIZADAS POR ELEVAÇÃO DA GLICEMIA NO JEJUM CAUSADA POR UMA DEFICIÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA DE INSULINA I. DIABETES TIPO 1 A doença é carcterizada por uma deficência absoluta de insulina por causa de um ataque auto-imune às células β do pâncreas. Em um período de anos, esse ataque auto-imune leva à depleção gradual da população de células β. As conseuqências da diabetes tipo 1, podem ser: Página 59 de 234 a) Hiperglicemia e cetoacidose. Níveis elevados de glicose e cetonas no sangue são as características do diabetes melito não-tratado. A hiperglicemia é causada por um aumento na produção de glicose hepática, juntamente com uma diminuição na sua utilização periférica, devida à incapacidade das células musculares e das adiposas de captarem glicose. A cetose resulta de uma mobilização aumentada de ácidos graxos do tecido adiposo, combinada com uma síntese hepática acelerada de 3-hidroxibutirato e acetoacetato. b) Hipertriacilglicerolemia. Nem todos os ácidos graxos que chegam ao fígado podem ser oxidados ou utilizados na síntese de corpos cetônicos. O excesso de ácidos graxos é convertido em triacilgliceróis, que são empacotados e secretados em lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDLs) e Quilomicra são sintetizados a partir dos lipídeos da dieta, pelas células da mucosa intestinal, após a refeição. Como a degradação das lipoproteínas no tecido adiposo, catalisada pela lipase lipoprotéica (localizada na parede dos vasos), é baixa nos diabéticos (a síntese da enzima está diminuída quando os níveis de insulina estão baixos), os níveis plasmáticos de quilomicra e VLDL estão elevados, resultando em hipertriacilglicerolemia. Comparação entre o diabetes tipo 1 e o jejum - Muitas das alterações metabólicas no diabetes assemelham-se àquelas descritas para o jejum, exceto que elas são mais exageradas. Portanto, identificar as diferenças metabólicas entre diabetes e jejum é essencial para o entendimento da doença. Elas incluem: a) Níveis de insulina: A insulina está praticamente ausente no sangue do diabético tipo 1, e não meramente baixa, como no caso do jejum. Assim, os efeitos metabólicos do glucagon, no diabetes, praticamente não têm oposição, mas, no jejum, são fracamente limitados pelos níveis basais de insulina presentes. b) Níveis de glicose sangüínea: Pessoas com diabetes exibem uma hiperglicemia característica, enquanto indivíduos privados de alimento mantêm um nível de glicose sanguínea próximo do normal.A ausência de glicose da dieta, no jejum, e a moderada restrição sobre a gliconeogênese imposta pelo nível basal de insulina, impedem o desenvolvimento de hiperglicemia. c) Cetose: A mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo e a cetogênese hepática são maiores no diabetes do que no jejum. Como resultado, a cetoacidose observada no diabetes é muito mais grave do que aquela observada no jejum. d) Hipertriacilglicerolemia: No diabetes, a concentração significativamente elevada de ácidos graxos, que estão sendo liberados dos adipócitos em resposta aos níveis baixos de insulina promove a síntese hepática de triacilgliceróis. Lipídeos da dieta também contribuem para a hipertriacilglicerolemia no diabetes, enquanto no jejum os lipídeos da dieta não Página 60 de 234 estão em questão, e os triacilgliceróis armazenados são degradados somente quando necessários ao organismo. Portanto, não ocorre a hipertriacilglicerolemia. II. DIABETES TIPO 2 Os pacientes com diabetes tipo 2 apresentam uma combinação de resistência à insulina e disfunção das células β, mas não necessitam insulina para manter a vida, embora esta possa ser requerida para controlar a hiperglicemia em alguns pacientes. As alterações metabólicas observadas no diabetes tipo 2 são mais brandas do que as descritas para a forma dependente de insulina da doença, em parte porque a secreção da insulina no diabetes tipo 2 – embora inadequada - impede a cetogênese excessiva e opõe-se ao desenvolvimento da cetoacidose diabética. Resistência à insulina – A resistência à insulina deve-se à capacidade diminuída dos tecidos-alvo, tais como fígado, adiposo e músculo, de responderem adequadamente às concentrações circulantes normais de insulina. Por exemplo, a resistência à insulina é caracterizada por uma produção descontrolada de glicose hepática e por uma captação diminuída de glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo. a) Resistência à insulina e obesidade. A obesidade é a causa mais comum da resistência à insulina. A maioria das pessoas obesas e resistentes à insulina não se torna diabética. Na ausência de um defeito na função das células β, indivíduos obesos não-diabéticos podem compensar a resistência à insulina com níveis elevados desse hormônio. b) Resistência à insulina e diabetes tipo 2. A resistência à insulina não levará ao diabetes tipo 2. O diabetes tipo 2 se desenvolve em indivíduos resistentes à insulina que também apresentam diminuição na função das células β. A resistência à insulina e o subsequente desenvolvimento do diabetes tipo 2 são comumente observados em idosos e em indivíduos obesos, fisicamente inativos, ou em gestantes. Esses pacientes são incapazes de compensar adequadamente a resistência à insulina com uma liberação de insu lina aumentada. Causas da resistência à insulina – A resistência à insulina aumenta com o ganho de peso e diminui com a perda de peso. Isso sugere que o acúmulo de lipídeos é importante no desenvolvimento da resistência à insulina. Alterações metabólicas no diabetes tipo 2 – As anormalidades metabólicas do diabetes melito tipo 2 são o resultado da resistência à insulina, que se expressa principalmente no fígado, no músculo e no tecido adiposo. a) Hiperglicemia: A hiperglicemia é causada por um aumento na produção de glicose hepática, combinado com uma diminuição na sua utilização periférica. Página 61 de 234 Em geral, a cetose é mínima ou ausente em pacientes com diabetes tipo 2, pois a presença de insulina - mesmo na presença de resistência à insulina- diminui a cetogênese hepática. b) Hipertriacilglicerolemia: No fígado, os ácidos graxos são convertidos em triacilgliceróis, os quais são empacotados e secretados nas VLDLs. Os quilomicra são sintetizados a partir dos lipídeos da dieta pelas células da mucosa intestinal após a refeição. Como a degradação das lipoproteínas no tecido adiposo, catalisada pela lipase lipoprotéica é baixa nos diabéticos. os níveis plasmáticos de quilomicra e de VLDL estão elevados, resultando em hipertriacilglicerolemia. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. Unidade 13, CAP: 68 - 71. Smith, Colleen - Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michael Lieberman. 2 ª edição., 2007. Parte I: Metabolismo de Substratos Energéticos
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