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Terapia nutricional enteral 
e parenteral
Alimentação transicional, síndrome 
de realimentação e questões éticas
Bloco 1
Iara Gumbrevicius
Alimentação transicional
Processo que ocorre quando se passa de um método de alimentação 
para outro, havendo a possibilidade de serem utilizados mais de um 
método simultaneamente.
(BLOCH; MUELLER, 2002).
Alimentação transicional
• Alimentação parenteral para via enteral.
• Alimentação parenteral para via oral.
• Alimentação enteral para via oral.
Síndrome de realimentação
Quadro: 
Pacientes DPC. 
Jejum prolongado.
• Anorexia nervosa.
• DPC crônica.
• Alcoólatras.
• Crianças desnutridas.
Realimentação
Fisiopatologia da SR
Hipofosfatemia Hipomagnesemia Hipocalemia
Deficiência 
vitamínica
* B1
Retenção hídrica
SR
Rápido 
influxo 
Glicose, fósforo, 
magnésio, potássio e 
cofatores, como a tiamina
MIC 
Queda desses nas 
[séricas]
Realimentação
Hipofosfatemia
JJ/ Catabolismo
Perda PO4-3 do MIC
Alta ingestão calórica 
subsequente (+++CHO) 
Liberação de insulina 
 desvio rápido
G + PO4-3 p/ MIC
Hipofosfatemia subsequente
Musculatura 
respiratória
Musculoesquelética
Neuromuscular
Gastrintestinal
Hematológica
Hipofosfatemia
Rabdomiólise.
Trombocitopenia. 
Função leucocitária.
Mudanças psicológicas
Perturbação do estado 
mental
Confusão 
Coma 
Hipomagnesemia e hipocalemia
[Mg+] 
[K+] 
- Arritmia cardíaca.
- Parada cardíaca.
- Disfunção neuromuscular.
- Fraqueza.
- Paralisia. 
- Confusão.
- Rabdomiólise. 
- Depressão respiratória. 
Deficiência de tiamina
Tiamina.
Coenzima metabolismo de glicose.
Ausência B1 lactato  acidose 
lática.
Deficiência de tiamina
Perda de memória.
Confabulação.
Retenção hídrica
Retenção 
hídrica.
Realimentação 
com CHO.
Redução da 
excreção de água 
e sódio.
Atrofia 
miocárdica
ICVEdema 
Alimentação transicional, síndrome 
de realimentação e questões éticas.
Bloco 2
Iara Gumbrevicius
Ética em terapia nutricional
Cuidado centrado no paciente.
Paciente = pessoa. Paciente ≠ n. registro.
Ética em terapia nutricional
Humanização no tratamento clínico
Dignidade Respeito 
Comunicação: profissional versus paciente versus 
familiares. 
Ética em terapia nutricional
É de responsabilidade do médico fornecer terapia 
nutricional ao paciente o quanto antes, a fim de evitar 
desnutrição intra e extra-hospitalar e para alívio da 
deficiência. 
Papel da EMTN.
Dilemas éticos
Os dilemas éticos voltados ao não início ou exclusão da terapia 
nutricional devem ser discutidos, preferencialmente, antes da doença e 
da hospitalização. 
É preciso conversar com o paciente sobre seus desejos.
Dilemas éticos
As decisões e escolhas do paciente devem ser priorizadas, entretanto, os
objetivos de qualidade de vida e as escolhas de cuidados na fase final da
vida devem ser discutidos em família, o quanto antes.
Independentemente da 
classe socioeconômica, 
cultura, religião, 
familiares etc.
Atuação ética e profissional.
Teoria em prática
Bloco 3
Iara Gumbrevicius
Teoria em prática
Paciente F. M. R. foi admitido na UTI do hospital que você é membro da 
EMTN, após uma complicação grave de um acidente vascular cerebral 
que ele sofreu há seis meses. O paciente pesava, há quatro meses, 50 Kg 
e seu peso atual é de 42,2 Kg. Sua altura é de 1,65 m. O paciente se 
alimenta muito pouco há mais de dez dias. Segundo anamnese feita, sua 
ingestão calórica diária é muito inferior à sua necessidade energética, 
que é de 1.200 Kcal/dia. Foi decidido pelo médico responsável que ele 
deverá iniciar terapia nutricional enteral urgente.
Teoria em prática
a) Esse paciente apresenta risco de desenvolvimento de síndrome de
realimentação (SR)?
IMC = peso/ altura2.
IMC = 42,2/ (1,65) 2
. IMC = 15,5 Kg/m2.
Peso habitual há quatro meses = 50 Kg.
Peso atual = 42,2 Kg.
Perda de peso em 4 meses = 15,6 %.
1º Fator de risco
IMC < 16 Kg/m2
2º Fator de risco
PP de peso involuntária > 15 % nos últimos três a seis meses.
Teoria em prática
O paciente se alimenta muito pouco há mais de dez dias. Segundo 
anamnese feita, sua ingestão calórica diária é muito inferior à sua
necessidade energética.
3º Fator de risco
Pouca ou nenhuma ingestão nutricional por mais de dez dias.
b) É indicada restrição calórica para evitar a SR?
Teoria em prática
Iniciando a terapia nutricional hoje, em quantos dias ele deve alcançar
sua recomendação calórica, não havendo nenhum tipo de 
intercorrência? 
Iniciar a TN com 10 Kcal/Kg de peso/dia. Aumentar em média, 5 
Kcal/Kg de peso/dia, em até sete dias.
Cinco 
dias
Dia 1= 10 Kcal/peso/dia = 422 Kcal.
Dia 2 = 15 Kcal/peso/dia = 633 Kcal.
Dia 3 = 20 Kcal/peso/dia = 844 Kcal.
Dia 4 = 25 Kcal/peso/dia = 1055 Kcal.
Dia 5 = 30 Kcal/peso/dia = 1266 Kcal.
Dia 5 < 30 Kcal/peso/dia.
Dica da professora
Bloco 4
Iara Gumbrevicius
Leitura de artigo
Fonte: Sakai (2018).
Figura 1 - Artigo
Leitura de artigo
SAKAI, Alan Felipe; DA COSTA, Natalia Costa. Síndrome de realimentação: da 
fisiopatologia ao manejo. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 
v. 20, n. 2, p. 70-72, 2018.
http://ken.pucsp.br/RFCMS/article/view/32493/pdf
http://ken.pucsp.br/RFCMS/article/view/32493/pdf
Leitura de artigo
Fonte: Benarroz (2009).
Figura 2 - Artigo Bioética e cuidados paliativos
Referências
ALVES, J. T. M.; BARONE, M. G.; WAITZBERG, D. L. Complicações em terapia de 
nutrição enteral. In: WAITZBERG, Dan L. Nutrição oral, enteral e parenteral na 
prática clínica. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2017. 
ARENAS, H.; PRADO, R. A.; BARREIRA-ZEPEDA, L. M. Bioética em Nutrição. In: 
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. ed. 
São Paulo: Atheneu, 2009. 
BLOCH, A. S.; MUELLER, C. Suporte nutricional enteral e parenteral. In: 
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause: Alimentos, Nutrição & 
Dietoterapia. 10. ed. São Paulo: Roca, 2002. 
Referências
BENARROZ, M. de O.; FAILLACE, G. B. D.; BARBOSA, L. A. Bioética e nutrição em 
cuidados paliativos oncológicos em adultos. Cadernos de saúde pública, 2009.
MÁRQUEZ, H. A. et al. Ética em terapia nutricional. In: WAITZBERG, D. L. 
Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2017. 
SILVA, M. de L. T. et al. Complicações da nutrição parenteral. In: WAITZBERG, D. 
L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2009. 
SAKAI, A. F.; DA COSTA, N. C. Síndrome de realimentação: da fisiopatologia ao 
manejo. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 2018.

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