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PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL DOCENTE: JOSCILANE BRITO Desafios da inclusão escolar nos dias atuais Caracterização dos desafios da inclusão: barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, comunicacionais e tecnológicas Identificação e problematização dos agentes educacionais envolvidos com o processo de inclusão escolar Inclusão, barreiras atitudinais e ELASI (Escala de atitudes sociais em relação à inclusão) Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência) 2 3 Relembrando... Conceito de deficiência ao longo da história; mudanças no conceito da deficiência em termos normativos e a contextualização; Paradigmas: exclusão, integração e inclusão; Histórico e conceituação da Educação Especial; Educação Especial e Educação inclusiva; Politica Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. 4 EDUCAÇÃO ESPECIAL Inicialmente como substitutiva ao ensino comum Lógica normalizadora e da integração Testes psicométricos Movimentos sociais na mudança de paradigma da Ed. Especial Público-alvo Pessoas com deficiência; Transtorno do Espectro Autista. Altas habilidades/superdotação. 5 Educação Especial 6 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Conceito mais amplo Acesso de todos a educação Escola inclusiva e suporte: AEE. Política nacional de inclusão escolar na perspectiva da educação inclusiva (BRASIL, 2008) Desafios da inclusão escolar nos dias atuais LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (LBI) (BRASIL, 2016) OU ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (LEI N° 13146/16) Lei Brasileira de Inclusão (LBI) (BRASIL, 2016). Ou Estatuto da Pessoa com Deficiência - lei n° 13146/16. objetivo “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. A inclusão não se refere apenas às pessoas com deficiência e não ocorre apenas na escola. 8 LBI/2016: Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 9 INCLUSÃO INCLUSÃO Complexo e amplo Para além da escola Construção identidade Eliminação de barreiras 10 11 Veiga-Neto, A., & Lopes, M. C. (2011). Inclusão, exclusão, in/exclusão. Verve, (20), 121-135. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/14886/1 1118. Acesso em 03/03/2021. PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA INCLUSÃO https://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/14886/11118 Políticas que afinam-se com a lógica do binário moderno inclusão x exclusão Resultado: tomadas como uma única coisa. construções sociais que, justamente por serem sociais, são históricas, contingentes, culturais, políticas e, portanto, modificáveis “Assim, mesmo que as atuais políticas e práticas inclusivas representem um significativo avanço nos direitos das pessoas e promovam condições de vida e convivência mais igualitárias, é preciso estarmos atentos para o quanto elas podem ser mobilizadas para nada dizer, para estimular a discriminação negativa ou para promover fins que não nos interessam.” Veiga-Neto (2011) 12 As barreiras na inclusão 13 BARREIRA: Qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. 14 15 Acessibilidade: alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações e etc por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=AwrE181n20hgUWQAVyLz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3BpdnM - ?p=acessibilidade+na+inclus%C3%A3o+charge&fr2=piv -web&fr=mcafee#id=3&iurl=https%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-UM- gszuQUAU%2FXOoZJ4FfI0I%2FAAAAAAAADLw%2FTQXCv LuutPYkzioN6mNs2K6lMWkRhbPrQCLcBGAs%2Fs1600%2F644555_451987191547580_2045026846_n.jpg&action=click 16 Desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva; FONTE: http://www.forumdaconstrucao.com.br/materias/imagens/02112_03.jpg 17 Equidade: - justiça na aplicação do Direito; - Adaptação da regra a uma situação existente; - observando os critérios de igualdade e de justiça. - não somente interpreta a lei; - evita que a aplicação da lei possa, em alguns casos, prejudicar alguns indivíduos. OUTRA FORMA DE COMPREENDER... 18 As barreiras são classificadas em: a)barreiras urbanísticas: • as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; 19 FONTE: https://www.fernandazago.com.br/2013/04/a-importancia-de-uma-calcada- acessivel.html http://3.bp.blogspot.com/_af2sMb5sFS8/SyZYIbvtfQI/AAAAAAAAAGE/Blk0sSLSHFY/s320/Apresenta %C3%A7%C3%A3o7.jpg 20 b)barreiras arquitetônicas: • As existentes nos edifícios públicos e privados; FONTE: ttp://aptus.mobi/wpcontent/uploads/2019/05/16982405.jpg 21 c)barreiras nos transportes: • as existentes nos sistemas e meios de transportes; Fonte:ttps://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=AwrE18qO5khgR9QAjx7z6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3BpdnM- ?p=barreiras+nos+transportes%3A+as+existentes+nos+sistemas+e+meios+de+transportes%3B&fr2=piv- web&fr=mcafee#id=4&iurl=https%3A%2F%2Fcdn.goconqr.com%2Fuploads%2Fmedia%2Fimage%2F13372574%2Fdesktop_d5ac799a-cd00-4554-a7d2-5bb5f8cf0b04.jpg&action=click 22 d)barreiras nas comunicações e na informação: • qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação; Fonte:https://comandonoticia.com.br/se-e-lei-onde-estao-os- cardapios-em-braille/ 23 e)barreiras tecnológicas: • as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias; VÍDEOS: https://www.youtube.com/watch?v=-XhIImySid4 https://www.youtube.com/watch?v=A2kzlmBbXsc https://www.youtube.com/watch?v=-XhIImySid4 https://www.youtube.com/watch?v=A2kzlmBbXsc atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas; Sentimento de menos valia; Rejeição e/ou piedade As barreiras atitudinais entre as barreiras físicas; 24 f)barreiras atitudinais: A escola e suas barreiras É no bojo escolar que as relações sociais são modificadas e construídas e, por essa razão, pode-se destacar a questão da inclusão escolar como um ponto de partida para as modificações das praticas excludentes e segregadoras. 25 Que tipo de atitudes podem dificultar a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas? 26 “O leigo vê nelas a ação de forças previamente insuspeitadas em seus semelhantes, mas ao mesmo tempo está vagamente consciente dessas forças em remotas regiões de seu próprio ser” (Freud, 1919/1996, p. 260). “por um lado significa o que é familiar e agradável e, por outro, o que está oculto e se mantém fora da vista” (p. 243). Unheimlich é tudo o que deveria ter permanecido secreto e oculto, mas veio à luz. Esse estranho não é nada novo ou alheio, porém algo que é familiar e há muito estabelecido na mente” (Freud, 1919/1996, p. 258). suportar essa alteridade sem reduzi-la a um ao próprio sistemade significações ou de categorias diagnósticas 27 Freud, S. (1996). O estranho. In Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud (Vol. 17). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1919) Escala Likert de Atitudes Sociais em Relacão a Inclusão (ELASI) 28 Atitudes sociais construída socialmente, em conformidade com os valores sociais a que as pessoas estão sujeitas em sua cultura, de acordo com a historia de vida de cada individuo; originam as atitudes, que por sua vez expressam a opinião e a conduta de cada pessoa; comportamento que predispõe a outros comportamentos em situações especificas, de acordo com os valores que cada pessoa apresenta; dificultam a participação autônoma da pessoa com deficiência na sociedade, podem ser consideradas como preditoras do comportamento. 29 30 “A partir da compreensão das atitudes sociais dos professores em relação a inclusão, e possível ter alguma ideia das condutas que eles adotam em suas salas de aula” (OMOTE et al., 2005, p. 388). Exemplo: Professores que apoiam a inclusão programam atividades individualizadas e adaptadas ao estudante, de acordo com o desenvolvimento de cada um. Ao contrário disso, aqueles que apresentam atitudes desfavoráveis a inclusão não programam atividades personalizadas para cada estudante público-alvo da Educação Especial. Estrutura Escala Likert de Atitudes Sociais em Relacao a Inclusao (ELASI): Autoaplicável; composta por 35 itens; cinco alternativas de resposta; Concordo inteiramente Concordo mais ou menos Nem concordo nem discordo Discordo mais ou menos Discordo inteiramente 31 5 se referem a escala de mentira; 15 são considerados positivos: o enunciado evoca a expressão de atitudes favoráveis a inclusão; 15 são negativos, cujo enunciado expressa atividades desfavoráveis relacionadas a inclusão. Objetivo: investigar as atitudes sociais de diferentes populações em relação a inclusão (OMOTE, 2005). 32 33 Contribuições Disseminação da inclusão no sentido de contribuir com o aprimoramento e a propagação de atitudes favorecedoras relacionadas a inclusão não busca identificar as dificuldades que o estudante apresenta ou os motivos que dificultam a realização de determinadas atividades devido as limitações oriundas da deficiência ou do transtorno. busca modificações no ambiente, nas interações/relações presentes em tal meio que favoreçam a aprendizagem e a autonomia do estudante desenvolvimento de habilidades sociais de todos os envolvidos. 34 O aprimoramento de atitudes sociais que contribuem com a inclusão em diferentes ambientes, como no trabalho e lazer, assim como ajudam com a aceitação e valorização das diferenças individuais e fortificam o trabalho em equipe entre os diferentes profissionais das diversas áreas, como saúde e educação (OMOTE, 2005). 35 36 QUEM FAZ A INCLUSÃO NO CONTEXTO ESCOLAR? – Agentes educacionais 37 A escola como instituição social!!! Composta por: professores; Gestores; Porteiros; Serviços gerais; professor de sala, de Educação Especial e coordenação. Culpabilização de um em detrimento dos outros. 38 Organização social cooperativa das atividades de ensino e aprendizagem na sala de aula é mais efetiva do que uma organização competitiva ou individualista dessas atividades, do ponto de vista do rendimento acadêmico e da socialização (COLOMINA; ONRUBIA, 2004). Perspectiva cooperativa: o alcance dos próprios objetivos relaciona-se com o alcance dos objetivos dos colegas. A aprendizagem escolar é um processo construtivo de caráter intrinsecamente social, comunicativo e interpessoal. Relações família, escola e comunidade: relação com inúmeros desafios. 39 Tendo em vista que os problemas escolares podem ser compreendidos a partir das questões sociais, políticas e da própria escola, o psicólogo: suas ações começaram a se organizar para além do aluno; Levar os membros da instituição a refletirem sobre as interações ali presentes; sensibilizando o professor sobre seu papel no processo de ensino-aprendizagem, a atuar juntamente com a equipe gestora, orientar pais e alunos; Com os alunos, o psicólogo escolar, também, ajudará com reflexões e ações que objetivem o seu desenvolvimento integral (diferentes modalidades de grupo..) 40 RESOLUÇÃO DE QUESTÃO 41 A Educação Especial, na perspectiva da ___________ prevê o trabalho direcionado para as mudanças no âmbito escolar para todos os estudantes, envolvendo _________. É uma proposta que amplia os ideais apresentados pela ____________ que previa um trabalho centrado na pessoa público-alvo da Educação Especial. Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase acima: a) Educação regular – professores – inclusão. b) Educação Inclusiva – agentes educacionais – integração. c) Escola especial – profissionais – exclusão. d) Educação Inclusiva – coordenadores e diretores – inclusão. e) Educação regular – comunidade – integração. 42 A Lei Brasileira de Inclusão tem como objetivo “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania” (BRASIL, 2016, [s.p.]). Sobre a LBI, assinale a alternativa correta: a) A LBI define o público-alvo da Educação Especial e descreve os direitos de tal público, a partir das conquistas sociais identificadas ao longo do processo histórico nacional. b) A LBI é diferente do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ela operacionaliza os conceitos das barreiras que podem servir como empecilho na autonomia das pessoas, enquanto o Estatuto garante os direitos da pessoa com deficiência. c) A LBI apresenta um conceito de deficiência diferente daquele descrito na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. d) A LBI não apresenta claramente o conceito de discriminação envolvendo distinção, restrição ou exclusão, tanto em relação à ação, quanto à omissão que traga prejuízos aos direitos do público-alvo da Educação Especial. e) A LBI prevê uma política educacional que visa à integração do estudante, a partir de um trabalho centrado na figura do professor de sala de aula. 43 SITUAÇÃO-PROBLEMA 44 Situação-problema A situação proposta envolve duas escolas que contam com a inclusão escolar do público-alvo da Educação Especial, porém com formas diferenciadas de intervenção para cada estudante. Na escola A, o quadro de professores conta com um especialista da área, responsável por adaptar os recursos necessários para a promoção da inclusão do público-alvo e, além disso, as barreiras arquitetônicas estão ausentes no espaço físico da estrutura escolar. O trabalho pedagógico realizado com o aluno e centrado nos agentes educacionais envolvidos, como professor de sala, de Educação Especial e coordenação, de modo a criar uma proposta de trabalho que envolva todos os estudantes. 45 Na escola B, notou-se se o esforço para eliminação das barreiras arquitetônicas, por meio da construção de novas rampas e inserção do piso tátil. O professor de Educação Especial também esta presente no corpo docente e realiza atividades com cada estudante na sala de recursos multifuncional. Para tal, ele o retira da sala de aula regular e realiza o trabalho pedagógico com cada um, de maneira isolada e descontextualizada com as atividades propostas na sala de aula. O foco do trabalho pedagógico esta centrado no aluno, de acordo com suas limitações. 46 47 FONSECA-JANES, C. R. X.; OMOTE, S. Estudo interinstitucional das atitudes sociais em relação a inclusão de estudantes universitários. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, v. 11, p. 54-59, 2015.Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/287964070_Estudo_interinstitucional_das _atitudes_sociais_em_relacao_a_inclusao_de_estudantes_universitarios/link/569e62e608ae158afade2d72/download Freud, S. (1996). O estranho. In Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud (Vol. 17). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1919) Veiga-Neto, A., & Lopes, M. C. (2011). Inclusão, exclusão, in/exclusão. Verve, (20), 121-135. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/14886/11118. Acesso em 03/03/2021. https://www.researchgate.net/publication/287964070_Estudo_interinstitucional_das_atitudes_sociais_em_relacao_a_inclusao_de_estudantes_universitarios/link/569e62e608ae158afade2d72/download https://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/view/14886/11118 MOMENTO INTERAÇÃO (DÚVIDAS, REFLEXÕES..) 48 Até a próxima aula!
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