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Técnicas MOLECULARES APLICADAS AO DIAGNÓSTICO Antes de fazer o diagnóstico de fato, precisa preparar a amostra, tem toda uma etapa para o diagnóstico, porque se amostra não é extraída da maneira adequada, condicionada de forma adequada, pode reduzir a capacidade de análise da amostra e, consequentemente, tem alguns problemas. Essas etapas são responsabilidade da equipe de coleta. Como estamos falando de amostras moléculas não tem como ver a olho nu, não tem como saber se ela estragou. Se a célula morrer não vai saber, só depois que a amostra for processada e o resultado sair. EXTRAÇÃO: DNA é a molécula que tem diversas técnicas disponíveis, a maior parte das técnicas de diagnostico molecular usa DNA. Quando fala de fazer extração de DNA é conseguir tirar o DNA de dentro do núcleo. Para isso primeiro precisa romper a membrana plasmática, se jogar um detergente consegue lisar essa membrana e acaba rompendo outras membranas biológicas também, rompe carioteca também. Acaba extraindo o DNA mitocondrial também. Extração é fazer o isolamento do material genético e consequentemente poder trabalhar com ele. Esse é o objetivo da etapa. Dar para fazer com RNA também só que o RNA pode estar tanto no núcleo quanto no citosol. Existe vários protocolos de extração de DNA para diferentes amostras e pode ter amostra extraída por exemplo de osso, pelo, unha, sangue. Normalmente, usa amostra de sangue que é considerada padrão ouro, porque são fáceis de coletar, extrair, porque o tecido é liquido, fluido, não tem tanta matriz extracelular e o sangue é um material que tem uma reposição muito boa. E a quantidade células que coleta no sangue é muito grande, existe um padrão que a cada 1ml tem 1 milhão de célula. Nem sempre o sangue vai ser a melhor amostra, isso depende se o paciente é acometido por uma doença sanguínea, se tem uma leucemia as células podem estar acometidas e não serem mais ideais. É importante que saiba que o sangue é uma amostra muito interessante, mas nem sempre vai ser utilizada. Mucosa oral: é uma alternativa menos invasiva, muito utilizada em criança. Tem as instruções para fazer a retirada da mucosa adequadamente. Coleta menos especializada Pelos: são uma alternativa para quando o indivíduo já morreu, mas geralmente consegue extrair pouca amostra devido ser queratinizado. O ideal é puxar o pelo todo a partir do bulbo. Praticamente não se usa a coleta de pelos e fios de cabelo para amostras de referência, devido à dificuldade de se trabalhar com esse tipo de amostra. Protocolo de extração usa em laboratório que não muita estrutura é a extração orgânica fenol-clorofórmio. Os agentes são muito carcinogênicos e o DNA acaba sendo muito contaminado. É um tipo de metodologia que já está em desuso. Desvantagem: Mais trabalhosa, muitas etapas, reagentes perigosos e o produto final não é tão limpo O processo é bem rustico, não utiliza tanta tecnologia. 1ª Etapa: Amostra incubada com um tampão de lavagem e lise celular 2ª Etapa: Extração com Fenol-clorofórmio 3ª Etapa: Precipitação com álcool 4ª Etapa: Centrifugação e ressuspenção em H2O Fenol ajuda na remoção das proteínas e clorofórmio ele desnatura as proteínas que foram removidas para que ela não contamine a amostra. A extração diferencial é utilizada em crimes sexuais, para extrair células diante de um estupro (células de indivíduos diferentes, mas que estão no mesmo ambiente). Extrair DNA das células do suspeito, os espermatozoides. No caso de espermatozoide não consegue fazer extração com os tampões tradicionais, usa primeiro o tampão tradicional para extrair as células da mucosa vaginal e separa dos espermatozoides que vão ficar no fundo do tubo. Extração com kit comerciais é mais seguro e eficaz, se der algum problema a empresa que coletou resolve. É uma extração mais rápida. Tem todos os reagentes otimizados conseguem fazer reação para muitas amostras, não consegue grandes concentrações de DNA, mas é limpo. Já as reações caseiras dar uma concentração de DNA maior, mas é sujo. Só que isso não é um grande problema se você tem muita amostra pode fazer mais vezes. A quantificação da amostra é importante para quando vai fazer DNA de carga viral, se parte de concentrações diferentes de amostras, normalmente vai ter um viés se o resultado for diferente do que imagina. Por isso é importante quantificar e nivelar todas para mesma concentração pare que possa perceber as diferenças. O aparelho diz a qualidade da amostra, se ela é limpa, viável para sequenciamento, PCR, se não for nem precisa partir para próxima etapa, extrai novamente antes de seguir para próxima etapa. A partir da quantificação pode partir para técnicas que dão um possível diagnostico. São 3 técnicas que podem ser combinadas ou usadas isoladas, PCR, eletroforese e sequenciamento. REAÇÃO DE PCR: É interessante para amplificar moléculas, sequencias especificas de DNA. Hoje é a técnica mais utilizada no mundo para fazer o diagnóstico da covid. Coloca a amostra que tem que ser fita dupla, pode ser RNA também mesmo sendo fita simples existe situações que pode converter em fita dupla através da transcrição reversa. Também utiliza os primers, os dNTPs que são os nucleotídeos, DNA polimerase, MgCl2 e água pura e livre de DNASE e RNASE e o tampão para manter o pH constante. O aparelho que faz a PCR é chamado de termociclador. É baseado em variações de temperaturas, tem 3 etapas. 1ª fase - Desnaturação Onde vai ter o aquecimento da dupla fita de DNA para além de 90 graus, separou as fitas e pode colocar os primers para depois fazer a extensão da molécula com polimerase. Separa tanto a fita do DNA original quanto os produtos de amplificação. 2ª fase - Anelamento dos Primers Os primers vão se ligar na região especifica dele (se desenha um primer para zika vírus ele só se liga na sequência do zika), porque os primers são sequências complementares. Esse anelamento dos primers também é chamado de hibridização. Isso ocorre a uma temperatura que varia de 40 a 70 graus conforme o par de primers. Determina a especificidade da ligação. 3ª fase - Extensão É o trabalho da polimerase, duplicando o DNA, isso ocorre em torno de 72 graus. A DNA polimerase é extraída de uma bactéria termofílica, por isso ela resiste a essa temperatura tão alta. É um processo cíclico repete-se entre 25 a 35 vezes, vai duplicando sempre o número de fragmentos que você tem ali. Então, se consegue amplificar o número de copias a partir de um fragmento que não consegue visualizar de maneira nenhuma, já consegue identificar pelo o aumento da quantidade desse fragmento. Porque não consegue ver mesmo depois de amplificado? Porque a nível molecular não se consegue visualizar mesmo depois de grandes quantidades e por isso tem que utilizar outra técnica como a eletroforese. Eletroforese é o resultado da química que utilizou com os fragmentos de DNA, isso separa esses fragmentos. - Tipos de PCR: Pcr convencional mencionada acima, outras foram desenvolvidas para suprir o que essa não conseguia fazer. Nested PCR PCR em tempo real (qPCR) não necessita de eletroforese, PORQUE JÁ COLOCA A QUIMICA NO TUBO E consegue identificar. É uma PCR quantitativa. RT-PCR usa RNA PCR multiplex faz vários PCR para a mesma amostra no mesmo tubo de ensaio. ELETROFORESE: É uma técnica onde vai ter a separação dos fragmentos e esses fragmentos vão migrando no gel primeiro pela diferença de potencial que tem, o DNA é uma amostra negativa por conta do grupamento fosfato que tem nos nucleotídeos. Como é uma amostra negativa ela vai migrar para o polo oposto que é o polo positivo. Então, o que acontece é que nessa migração tem uma separação dos fragmentos os maiores ficam em cima e os menores embaixo e depois consegue visualizaresses fragmentos em um transluminador. Ela pode ser feita em gel de algarose e poliacilamida que são dois açúcares. O de agarose é para fragmentos maiores e a outra para menores. A eletroforese em gel trabalha com DNA tanto na forma fita simples quanto fita dupla. Para conseguir que o DNA fique estável na forma de fita simples são utilizados agentes desnaturantes como por exemplo Uréia e Formamida. Pode trabalhar com fita dupla e fita simples. O resultado final consegue identificar as bandas. Agora pode acompanhar a eletroforese em tempo real. SEQUENCIAMENTO: O sequenciamento começou com a eletroforese diferenciada (capilar) → que ao invés da amostra passar no gel, ela passa por um tubinho muito fino. Nesse tubinho, só consegue passar um nucleotídeo por vez, migrando do polo negativo para o polo positivo. Nessa passagem tem um lugar que é possível fazer a detecção do nucleotídeo Mas hoje temos aparelhos mais modernos com diferentes funcionamentos Técnicas utilizadas para descobrir a sequência das bases de um fragmento de DNA não conhecido Utilizamos nucleotídeos marcados por florescência (fluorescência, não consegui distinguir) → cada nucleotídeo com uma cor diferente Descobre uma fita e depois é só “fazer” a fita complementar
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