Buscar

INFLUENZA EQUINA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

INFLUENZA EQUINA
DOENÇAS INFECCIOSAS
Pertence à Família Orthomyxoviridae. Se caracteriza por uma doença infectocontagiosa respiratória aguda, que causa infecção clinicamente inaparente em alguns animais mas que pode evoluir para manifestação respiratória sistêmica fatal.
Dentro dos 3 gêneros Influenza, se tem o tipo B que é espécie específico de humanos e sinais clínicos são moderados; o tipo C acomete humanos, suínos e cães; o A que acomete humanos e também ampla variedade de animais (gatos, cão, aves, suíno e equinos). Resumindo o Humano é susceptível aos três tipos de vírus influenza. Não se referir como espécie, e sim como gêneros.
O tipo A é o que mais vem causando problema sanitário tanto em humano quanto em animais. 
Vírus da influenza do tipo RNA segmentado (8 segmentos de RNA cada vírus).
Quando dois tipos de vírus infectam o mesmo hospedeiro se tem uma recombinação genética ocorrendo no vírus. Se dois vírus diferentes infectam uma mesma célula, os 8 segmentos podem se misturar, a partir disto se produz novos vírus com segmentos diferentes.
Ressortimento: Recombinação genética dos Influenza Vírus.	
Os suínos possuem na membrana celular das células epiteliais do epitélio respiratório dois receptores que permitem serem infectados pelo Influenza tipo A que acomete humanos e tipo A que acomete aves. Quando infectado por esses dois tipos, pode haver o ressortimento, produzindo nova variante viral (diferente da que infectou o suíno), que poderá ser patogênica para aves ou para humanos ou para ambos. O novos vírus oriundo do ressortimento pode apresentar maior virulência.
Todo ano há campanha de vacinação humana para influenza pois todo ano considera-se que o vírus sofre ressortimento.
Os equinos também fazem ressortimento, mas o ressortimento do Vírus Influenza Equino é específico dos equinos.
Cães e gatos tem alguns relatos da infecção pela Influenza (são poucos), mas principalmente pelo tipo que acomete equinos.
· Influenza tipo A:
Gênero de interesse na veterinária, com relevância econômica nas espécies suínas, aviárias e equinas. Causa doença respiratória viral aguda, infectocontagiosa (eliminação do vírus contagiando novos animais susceptíveis).
Sinonímias: Gripe dos cavalos, influenza dos potros, gripe dos potros. Os potros são categorias bastante susceptíveis.
Animais apresentam febre 39,5° a 41,5°C, apatia/depressão, ofegância pela falta de ar, secreção nasal mucosa ou mucopurulenta (o vírus causa infecção no trato respiratório superior, mas dependendo do grau de lesão causado na mucosa respiratória o animal se torna susceptível à infecção bacteriana secundária, desenvolvendo quadro de secreção nasal mucopurulenta), tosse por conta da descamação do epitélio respiratório dos brônquios/bronquíolos (o vírus se multiplica em células produtoras de muco, elas vão morrendo e o animal sente a necessidade de tossir como uma resposta à essa agressão).
Com esses sinais clínicos, se terá diminuição do desempenho produtivo considerado uma das doenças respiratórias mais importantes economicamente. É um vírus que se espalha rapidamente, importância econômica no meio equino muito relevante.
No Brasil já faz vários anos que este vírus não é observado na população equina, embora haja algumas vacinas ainda que disponibilizam esse antígeno.
Existem dois subtipos: 
- H7N7: Vírus A equi 1.
- H3N8: Vírus A equi 2, surtos em todo o mundo. Possui duas linhagens, americana e europeia. Linhagens americana: disseminou globalmente (devido transito de animais).
É uma doença endêmica em quase todo o mundo. Disseminação rápida: aerossóis (durante a tosse o animal expele grande quantidade de vírus), fômites contaminados (por conta da tosse – cocho, baia, porta de baia, etc.), locais com condições precárias de higiene.
Locais de aglomerações desses animais é um grande fator de risco.
Estudo realizado: Nas fazendas em que tinham animais com anemia infecciosa equina a prevalência de influenza era menor. Já propriedades controladas para o vírus da anemia infecciosa equina a prevalência de equinos com anticorpos contra influenza era maior. Conclusão: Uma doença não impede a ocorrência da outra, o que acontece é que fazendas com AIE não tem autorização para circular (transito), e por esse motivo não se expõe à outros ambientes contendo animais que poderiam eliminar o influenza vírus e assim acaba não adquirindo. Por outro lado, as fazendas com controle de AIE tem permissão para transitar animais, tornando-os expostos a adquirir o vírus.
Período de incubação: 1 a 3 dias.
Eliminam o vírus em grande quantidade 24-48 horas após infecção mantendo eliminação até o 10° dia de infecção.
Morbidade alta (20 a 40%), podendo atingir até 100% do plantel.
Taxa de letalidade baixa – 1 a 3%. A preocupação mesmo é com a baixa produtividade.
Animais que não conseguem debelar a infecção ou que são imunossuprimidos podem contrair alguma infecção bacteriana secundária e ter complicações.
Equinos de todas as idades são susceptíveis.
Doença clínica mais prevalente em animais de 1 a 3 anos em período de treinamento (fica mais exposto ao trabalho e contato com outros animais).
Em áreas endêmicas animais mais velhos vão ficando mais resistentes.
Muares e asininos podem ser acometidos, embora não é tão caracterizado como bom eliminador do vírus como os próprios equinos.
· Fatores predisponentes à infecção dos animais: 
- Deficiência na ingestão de colostro nas primeiras horas de vida (e com isso deficiência na transmissão passiva de anticorpos, deixando o animal mais susceptível);
- Alimentação desbalanceada, gerando comprometimento imune;
- Variações bruscas de temperatura;
- Superpopulação de animais nos criatórios/plantéis;
- Aglomerações;
- Coinfecção com outros agentes infecciosos (ex. Herpesvirus), podendo determinar maior virulência do vírus da Influenza decorrente dos animais estarem imunossuprimidos.
O vírus da Influenza equina é específico de equinos, pequena a possibilidade de transmissão a humanos e a outras espécies animais.
Não há evidencias de estado de portador para influenza em equinos.
Fonte de infecção são animais com manifestação clínica da doença.
Vírus sensíveis à condições ambientais e aos desinfetantes comuns. 
Vírus viável 72 horas na água, 48 horas em superfícies, roupas, veículos e equipamentos.
A vacinação é uma boa medida de controle, embora a qualidade antigênica deixa um pouco a desejar.
· Patogenia: 
O vírus adentra/faz infecção no equino fazendo adsorção e infecção de células do epitélio mucoso nasal que possuem receptores de ácido siálico. O ácido siálico presente na membrana citoplasmática é o receptor para as glicoproteínas virais Multiplicação primária nessas células Destruição celular, descamação do epitélio, infecção bacteriana secundária (pode ocorrer) Inflamação de vias aéreas superiores, infecção do epitélio brônquico e bronquiolar, começo dos quadros de tosse Dependendo do grau de produção/liberação de citocinas e de resposta inflamatória do animal, pode haver resposta exacerbada levando à manifestações clinicas sistêmicas.
· Clínica: 
Início da doença ocorre de maneira brusca, com febre alta;
Animal deixa de se alimentar (inapetência);
Tem respiração e pulso acelerado nas primeiras 36 horas;
Tem fadiga, letargia, prostação e depressão;
Dores musculares (principalmente em decorrência da liberação de citocinas);
Linfonodos cervicais aumentados por conta do processo inflamatório e infeccioso;
Dispneia;
Tosse seca, àspera, geralmente não produtiva, podendo persistir se houver infecção bacteriana secundária (nesse caso se observa estertores e produção de muco);
Exsudato nasal e ocular inicialmente seroso, podendo evoluir para mucopurulento (infecção bact. secund.).
Sinais clínicos – Normalmente duram de 7 a 14 dias, podendo persistir até 3 semanas. 
Animais previamente infectados (que tiveram doença no passado) ou vacinados os sinais clínicos são mais brandos e eliminação de vírus pro ambiente é menor. A vacinação não impede nova infecção.
Complicações por Influenza Equina: Pneumonia bacteriana, miocardite,miosite, edema e ocasionalmente encefalite. 
Vírus A equi 2 causa sinais clínicos mais graves, vírus A equi 1 sinais clínicos moderados.
Achados de necropsia: Inespecíficos, com achados característicos de inflamação.
· Diagnóstico:
Baseado nos achados epidemiológicos e clínicos, subsidiados por exames laboratoriais. Epidemiológicos: Inicio abrupto de doença respiratória após participação em feiras/eventos, após entrada de novo animal, etc. Clínicos: Tosse seca no início, febre, secreção nasal serosa.
Partir para exames laboratoriais: 
- Isolamento viral
- RT-PCR: Detecção do material genético do vírus
Ambos são realizados a partir de amostras coletadas em Swab nasal ou lavado faríngeo no início da fase febril. Essa fase é quando o vírus está se multiplicando no trato respiratório, não foi ainda para o pulmão. Intensa e ativa replicação viral neste período.
Passado a fase aguda, resta somente realizar métodos indiretos afim de saber se o animal sofreu a infecção, pesquisa de anticorpos:
- Testes sorológicos: HI, IDGA, IF, ELISA (preferencialmente coletas pareadas – fase aguda e convalescente, confirmado pelo aumento do título de anticorpos). Como é uma doença em que como profilaxia se faz a vacina, doença que todo ano pode ocorrer na população, possivelmente no teste sorológico dará positivo. Por isso é preferível se fazer de forma pareada, fazer uma vez e outra 14-21 dias depois da primeira pesquisa, para verificar se houve aumento de título. Se ele realmente estiver infectado pelo vírus, ele terá um aumento de título pois o vírus se multiplica bastante, provocando reação do sistema imune com produção de anticorpos.
· Diagnostico diferencial:
Hespesvírus tipo 1 e 4; Rinovírus; Adenovírus; Arterite equina e Doenças Bacterianas.
· Tratamento:
Sintomático: Antitérmicos (se febre), mucolíticos (se estertotes), repositores hidroeletrolítico (caso desidratação/depressão/apatia), antiinflamatórios (flunixino meglumina 1,1mg/kg a cada 24 horas por 3 dias IV) principalmente se chegou ao pulmão e está ocorrendo cascata de liberação de citocinas.
Antivirais: Amantadina, Rimantadina, Oseltamivir, Zanamivir. Alto custo, difícil de obter. Amantadina (10mg/kg a cada 8 horas IV) tem relatos de efeitos adversos (sinais neurológicos).
Tratamento de infecção bacteriana secundária: Penicilinas ou ceftiofur.
O animal deve ficar isolado até remissão dos sinais clínicos. O equino pode eliminar o vírus por até duas semanas.
Cuidados com higiene, alimentação e repouso.
Não compartilhar equipamentos e materiais entre animais doentes e sadios.
Recuperação completa: leva de 3 a 4 semanas – falta de repouso adequado pode levar a doença pulmonar obstrutiva crônica e miocardite.
· Controle e Profilaxia:
Quarentena de animais recém nascidos adquiridos ou que se ausentaram para provas equestres (4 semanas);
Desinfecção de veículos procedentes de outras criações;
Vacina – não confere proteção duradoura sendo necessário revacinações;
Potros: 3 doses para adequada proteção;
Animais até 2 anos fazer vacinação, repetir depois de cada 6 meses e posteriormente vacinar só anualmente;
Éguas prenhes vacinar 2 a 6 semanas antes do parto, para quando parir ter bons títulos de anticorpo para transferir via colostro.
· Transito de Equídeos: Manual da GTA de equídeos versão 19.0 Ministério da Agricultura.
“Animais destinados a exposição, leilão, esporte, devem portar atestado de vacinação contra influenza equina, ou atestado relatando a não ocorrência da doença na propriedade de origem nos últimos 30 dias que antecederam a emissão do documento de transito”. Seria ideal pelo menos ser obrigatório o atestado de vacina.
“Atestado pode ser substituído pelo comprovante de vacinação para influenza (deve conter data de vacinação, número e partida da vacina).”

Continue navegando