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Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Hepatopatias - Colestase: redução do fluxo biliar (não de quantidade, mas de motilidade) Intra-hepática: inflamação do parênquima hepático e quem sofre mais são os canalículos hepáticos. (mais comum em cachorros) Extra hepática: acomete a vesícula biliar e a arvore biliar. (mais comum em gatos) - Icterícia: acúmulo de bilirrubina nos tecidos. - Mensuração de certas enzimas é o que nos diz o que acontece com as células hepáticas. - Acometido de forma primaria: uma doença hepática em si. - Acometido de forma secundária: doenças endócrinas etc. Hemocaterese - A protoporfirina é degradada em biliverdina pela heme oxigenase; A biliverdina é então convertida à bilirrubina pela bilirrubina redutase. - A bilirrubina não conjugada (INDIRETA) liberada no plasma é ligada à albumina para o transporte até as células hepáticas, onde é conjugada. - A bilirrubina conjugada (DIRETA) é normalmente secretada através dos canalículos biliares e excretada pela bile na luz intestinal. - Uma pequena quantidade de bilirrubina conjugada e Urobilinogênio normalmente escapam à re-excreção hepática e são eliminados na urina e quantidades aumentadas são muitas vezes excretadas naqueles animais com doença hepática (bilirrubinúria). - Diagnóstico diferencial da icterícia Avaliação do perfil hepático - Extravasamento e necrose ALT (enzima citoplasmática) – permeabilidade, inflamação. AST (enzima mitocondrial) – possível necrose - Colestase Fosfatase alcalina (não é hepatoespecifica e podem ser induzidas, importante investigar outros órgãos) – Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria em maior qtd nos canalículos biliares (colestase intra-hepática) Gama glutamil transferase (GGT) – encontrada em arvore biliar e vesícula (colestase extra-hepática) *importante avaliar em gatos. - Ácidos biliares - Avaliação da Síntese Bilirrubinas (BRD e BRI) Proteínas totais Albumina Fatores de coagulação - Entre os cordões de hepatócitos temos vários sinusóides, a bile é produzida e escoada pelos canalículos biliares que estão entre os cordões de hepatócitos, e depois é drenada para a vesícula biliar que armazena a bile. Quando o paciente se alimenta gera-se um estímulo de contração biliar, então a bile é liberada no duodeno e faz parte da função exócrina, do processo de digestão principalmente de gorduras. E toda a vez que temos doenças hepáticas, temos inflamação dos hepatócitos e toda a vez que ele inflama ele comprime os canalículos biliares, gerando uma dificuldade de escoamento da bile, além de um atraso da conjugação hepática, o animal começa a acumular bile tanto dentro do parênquima hepático como no sangue, e ela acaba tingindo os tecidos, gerando uma icterícia, que vem de uma hiperbilirrubinemia. Toda a vez que há icterícia chamamos de colestase. A colestase é a alteração da liberação da bile. E o fato de a bile ficar parada dentro do hepatócito ou da vesícula faz com que a inflamação se agrave ainda mais. *Diagnóstico definitivo: biopsia e histopatológico. Doenças hepáticas – Cães (Não reabsorve bilirrubina, então é comum encontrarmos sua presença na urina.) - Hepatopatias infecciosas (leptospirose e Adenovírus) - Hepatopatia Vacuolar - Hepatopatia tóxica - Hepatopatias familiares - Hepatopatia autoimune (crônica ativa) - Desvios portossistêmicos Doenças hepáticas – Gatos (Reabsorvem toda a bilirrubina, então não há bilirrubinúria em gatos normais. Então se há a presença de bilirrubina no exame de urina o gato pode ficar, se já não estiver, ictérico) - Hepatites infecciosas (PIF, Toxoplasmose) - Lipidose hepática - Complexo Colangite (WSAVA) Neutrofílica (aguda e crônica) Linfocítica Crônica (parasitas vesícula biliar) Doenças hepáticas – Cães Hepatopatia Vacuolar - “Doença” hepática + comum - Reação secundária: Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Hipóxia, desnutrição Fármacos, (endo)toxinas Hipercortisolismo Hiperlipidemia Doenças Familiares - Hepatopatia do Cocker Hepatite crônica ativa/autoimune Reação hepática a qualquer lesão Diagnóstico histopatológico - Doença do armazenamento do cobre Bedlington Terrier (hereditário) Dobermann Primária ou secundária Colestase – excretado via bile - Cobre • 40-60% reabsorvido ID • Estocado em lisossomos nos hepatócitos • Bile ou tecidos periféricos • Toxicidade de hepatócitos --- acúmulo - Fármacos e toxinas Hepatotóxicos (cães e gatos) Cetoconazol Fenobarbital Halotano Paracetamol Carprofeno Mebendazol Metotrexato Sulfa - Hepatite autoimune Hepatite crônica ativa Agente iniciante (drogas, toxinas e agentes infecciosos) Lesão de hepatócito Liberação de antígenos e células inflamatórias em região portal Produção de anticorpos Necrose de hepatócitos Inflamação ---- fibrose --- cirrose - Shunt Portossistêmico Comunicações vasculares que permitem a passagem do sangue da circulação portal para a circulação sistêmica, contornando o fígado. Adquiridos ou congênitos Intra-hepáticos ou extra-hepáticos Maltês, Yorkshire, Schnauzer, Shihtzu , Persa, Siamês e Himalaios Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Doenças hepáticas – Gatos LIPIDOSE HEPÁTICA - Síndrome clínica decorrente de anormalidades do metabolismo de lipídeos após períodos prolongados de hiporexia ou anorexia. - A partir de 3 dias (Prolongado??) - Idiopática ou Secundária Obesidade Afecções respiratórias Endocrinopatias (DM e CAD e hipertireoidismo) Gastroenteropatias Hepatopatias Dor - Tomar cuidado com a tríade felina. Crônica (parasitas vesícula biliar) - Associadas a infestação por trematódeos de vias biliares - Platynosomum fastosum Regiões tropicais e subtropicais SP, MG, RJ, AM (5-45%) Hábito predatório dos felinos Ductos biliares Vesícula biliar Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria - Plano diagnóstico Avaliação do paciente e identificação de possível etiologia: - Hemograma, urinálise, proteínas totais, albumina, FA, ALT, ureia, creatinina, Na/K - Ácidos biliares e dosagem sérica de amônia - Ultrassom abdominal - Citologia ou biópsia (guiada ou via laparotomia/laparoscopia) - Descontinuar fármacos potencialmente hepatotóxicos - Planejar tratamento sintomático e específico “sob medida” CIRROSE HEPÁTICA Estágio final da doença hepática crônica Substituição do tecido hepático por tecido fibroso e conversão da arquitetura funcional em nódulos anormais O tecido fibroso interrompe o fluxo nos vasos, sinusóides e ducto biliar. Shunts secundários Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Tratamento das hepatopatias Desnutrição: - Desnutrição proteico-calórica - Causa principal: Anorexia Náusea gastrite Hiposmia (olfato) e hipogeusia (paladar) Letargia - Controle de náusea e êmese Cloridrato de ondansetrona Maropitan - Orexígenos Mitarzapina - Balanço nitrogenado/energético adequado - Pequenas quantidades/ várias vezes ao dia - Conveniência de administração - Tratar distúrbios GI Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Antibioticoterapia Ampicilina Amoxicilina Cefalotina Enrofloxacina Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria Afecções do Pâncreas Suco pancreático - Proteases- Lipases - Bicarbonato e água - Amilase Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria - A porção do pâncreas que exerce função exócrina é responsável pela síntese do suco pancreático, que contém enzimas que atuam na digestão de carboidratos (amilase pancreático), lipídios (lípase pancreática) e proteínas (proteases: quimiotripsina e carboxipeptidase) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Aumento do volume fecal Fezes amareladas Frequência de defecação Emagrecimento Polifagia Coprofagia Borborigmas Flatulência - IPE Diagnóstico Análise microscópica das fezes Testes de digestão do filme/gel Teste de absorção oral de gordura Elastase fecal (substrato de azoproteína ou caseína) Imunorreatividade sérica da tripsina e do tripsinogênio (TLI). Material produzido e organizado por Juliana Navarro - @igveterinaria - Proteção contra autodigestão Síntese das enzimas sob a forma de pró- enzimas inativas Armazenamento das próenzimas em grânulos no interior das células Ativação à distância - CCK Elaboração de substâncias inibidoras das enzimas Esfíncters ductos pancreáticos que bloqueiam refluxo conteúdo duodenal Pancreatite em cães e gatos - A tripsina é fundamental à patogênese da pancreatite, uma ativação precoce e indevida do zimogênio tripsinogênio para tripsina nos ácinos pancreáticos se torna a via final comum que desencadeia a inflamação pancreática. - O tripsinogênio é ativado no intestino delgado pela enzima da borda em escova, a enteroquinase (CCK), a qual cliva um a tripsina ativada e está ativa os outros zimogênios no lúmen intestinal. 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