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2012 09 17 aula proc civil IV

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Processo Civil IV - Execução - Aula dia 17/09/2012 
Professora Maria Carolina - e-mail : mariacarolinaprof@gmail.com
Aula 10
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
FAZENDA PÚBLICA  quem integra a Fazenda Pública são os seguintes entes:
União,
Estados,
DF,
Municípios,
Territórios,
Autarquias, e
Fundações Autárquicas
PRIVILÉGIOS DA FAZENDA PÚBLICA
A fazenda Pública possui uma série de privilégios.
Costuma-se se discutir porque o juiz anuiu a Fazenda Pública os privilégios e se esses constituem ofensa ao Princípio da isonomia ou igualdade das partes?
Resposta: Os privilégios concedidos não constituem ofensas ao Princípio da isonomia ou igualdade das partes, em razão da presença do interesse público, ainda que secundário.
ALGUNS PRIVILÉGIOS DA FAZENDA PUBLICA:
Princípio do duplo grau obrigatório, também chamado de Reexame Necessário. Art 475 CPC
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). 
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. 
§ 2o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. 
§ 3o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente.
Isso não quer dize que a parte não possa recorrer, mas sim que o juiz enviará de qualquer maneira o processo a instância superior para que seja analisada e confirmada a sentença relativa aos valores superiores a 60 SM.
Prazo diferenciado. Art. 188 CPC
Art. 188 - Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
Formas de comunicação dos atos processuais
A intimação à Fazenda Pública deverá ser pessoal, o procurador terá que praticar os atos processuais necessários em prol dela.
Lei 9494/97  É uma restrição significativa para a atuação contra a Fazenda Pública
Art. 1º Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil o disposto nos arts. 5º e seu parágrafo único e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no art. 1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992. (restrição a tutela antecipada) Hoje não se discute a tutela quanto a saúde, porém qualquer outra é discutida. Se for pedida a antecipação de tutela na forma do art 273 CPC, o procurador da fazenda deverá sempre recorrer, se a Câmara decidir pela manutenção da antecipação. Com isso poderá a fazenda ir direito ao presidente do TJ e requere a suspenção dos efeitos dessa decisão.
        Art. 1º-A.  Estão dispensadas de depósito prévio, para interposição de recurso, as pessoas jurídicas de direito público federais, estaduais, distritais e municipais. (dispensa de preparo prévio para impetrar recursos.)
        Art. 1 º -C.  Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos
      Art. 1 º -D.  Não serão devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas execuções não embargadas.  (isenção de honorário em execuções não embargadas)
 Art. 1 º -E.  São passíveis de revisão, pelo Presidente do Tribunal, de ofício ou a requerimento das partes, as contas elaboradas para aferir o valor dos precatórios antes de seu pagamento ao credor. 
        Art. 1 º -F.  Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança. 
Pagamento por RPV ( requisição de pequeno valor) e precatório.
Não cabe execução provisória contra a fazenda Pública, somente execução definitiva.
Provisória  É aquela oriunda de decisão que ainda pode ser modificada, por ainda caber recurso.
Definitiva  É aquela decisão oriunda de sentença transitada em julgado, não cabe mais recursos.
Bens impenhoráveis e não pode ser objeto de usucapião
Os bens públicos não podem ser penhorados, pois a execução contra a Fazenda Pública se faz de forma diferente. “À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual, ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim” (art. 100 da CF).
PROCEDIMENTO ESPECIAL PARA FINS DE EXECUÇÃO – Art 730 CPC ( quando a fazenda Pública for a ré, a executada)
Como a fazenda detém todos esses privilégios, se for ao contrário, a fazenda sendo a exequente, o particular terá os mesmos privilégios.
A chamada Lei de Execução Fiscal poderá ser aplicada quando a Fazenda pública fo a exequente (LEF 6830/80)
O prazo dos embargos no art 730 CPC é de 30 dias.
OBSERVAÇÕES
Conceito:
Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta. Todos os demais são considerados particulares.
 
“São públicos os bens de domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem” (art. 98 do CC). – As empresas públicas e as sociedades de economia, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as pessoas jurídicas de direito público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos.
 
Classificação:
O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos.
 
Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC). 
 
O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso.
 
Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições publicas em geral (art. 99, II do CC).
 
Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade comum e nem a uma especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC).
 
Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados e em razão disso o Estado figura como proprietário desses bens. Ex: Terras devolutas.
 
Afetação e desafetação:
Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele.
 
Os bens dominicais não apresentam nenhuma destinação pública, ou seja, não estão afetados. Assim, são os únicos que não precisam ser desafetados para que ocorra sua alienação.
 Sucedâneo recursal  não é considerado recurso, pois só o que é recurso está descrito na lei. Nesse caso, parece um recurso, mas não é, o objetivo é do sucedâneo pe mudar a decisão.

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