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Coronavírus: Análise do Panorama Atual. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) (UNA/SUS, 2020) declarou que o mundo estava vivendo uma pandemia devido ao novo Coronavírus, ou seja, uma epidemia que ultrapassou fronteiras atingindo todos os continentes, exceto a Antártida até o mês de março. Alguns governos imediatamente criaram estratégias para o enfretamento da crise, como foi o caso da Coreia do Sul; enquanto outros, como foi o caso da Itália, demoraram a acreditar na emergência da situação e viram o quadro se agravar rapidamente (DINIZ et al., 2020). Assim começou então uma luta muito grande contra esse vírus, o qual causou a morte de milhões de pessoas por todo o mundo nos dias atuais. Onde todos os países foram obrigados a adotarem medidas para tentar conter o avanço do vírus, sendo elas por meio de isolamento ou quarentena. Segundo as informações disponibilizadas no site da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados no mundo 1.773.084 casos de Covid-19 e 111.652 mortes até 13 de abril de 2020. O Brasil confirmou 23.430 casos e 1.328 mortes até à tarde do dia 13 de abril de 2020. O Ministério da Saúde brasileiro declarou que há transmissão comunitária da Covid-19 em todo o território nacional, apresentando, no país, uma letalidade de 2,8% (OLIVEIRA, 2020). Com isso, o Brasil declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), possibilitando que os Estados Federativos e seus respectivos Sistemas Únicos de Saúde (SUS) empreguem urgentemente medidas de prevenção, de controle e de contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública (DINIZ et al., 2020). Portanto, os impactos gerados por esse vírus são catastróficos, afetando a população de uma maneira geral, sendo por meio das mortes causadas como por problemas econômicos e sociais, e a falta de uma resolução realmente eficaz contra o coronavírus. É um fato que os atuais sistemas de saúde mundiais não conseguem ter uma abrangência universal porque há faixas vulneráveis que não recebem assistência, e agora se demonstra que eles estão falhando diante dessa pandemia. Há falta de produtos, de vagas nos hospitais, de médicos, além da falta de comunicação e de tempestividade nas ações. Isso acontece com milhares de casos que somam cerca de 0,1% da população, como na Itália. Somente um décimo desses pacientes está sendo cuidado nos hospitais, se apenas 1% da população fosse afetada, não teria nenhuma solução viável com os atuais recursos disponíveis. Estão se predispondo hospitais em tempo recorde. As medidas de contenção são consideradas necessárias porque se o surto piorar não haverá vagas em hospitais para os doentes (AVENI, 2020). Esse tipo de problema já vem sendo acometido a população mundial a um bom tempo, a qual sofreu com outras pandemias no passado e com as superlotações nos grandes centros urbanos tende a piorar e a propiciar um ambiente favorável a esse tipo de ocorrido. A concentração de seres humanos, como acontece hoje nas metrópoles, aumenta ainda mais os riscos de transmissão de doenças e de hábitos não saudáveis. Entre os graves surtos do passado, é preciso lembrar-se da chamada na Europa gripe espanhola, que, depois da Primeira Guerra Mundial, matou um número não exato, mas superior a 80 milhões de pessoas no mundo todo. Recentemente, outros surtos depois da Segunda Guerra Mundial, como a varíola na ex-Iugoslávia, o ebola na África, a influencia H1N1 (na China, e depois no Oriente médio), foram controlados antes de serem consideradas pandemias, mas mesmo assim deixaram milhares de mortos. O mundo todo, inclusive quem aqui escreve, fechou os olhos diante desses riscos globais para saúde (AVENI, 2020). A Covid-19 possui similaridade com as infecções causadas por dois vírus de origem zoonótica pertencentes à família Coronaviridae, a síndrome respiratória aguda severa (SARS- CoV) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), notificados por causar epidemias com altas taxas de fatalidades em muitos países. O CDC, de acordo com o período de incubação, estima que as manifestações clínicas da Covid-19 ocorrem dentro de 2-14 dias após a exposição ao vírus. A Covid-19 apresenta sintomas variáveis desde leves a graves, podendo levar à morte associada ao estado imune do hospedeiro, são estes os sintomas: tosse, febre, falta de ar, pneumonia, problemas gastrointestinais e hepáticos (OLIVEIRA, 2020). Em decorrência do crescimento exponencial dessa infecção, essa doença se tornou um dos maiores problemas de saúde global. Atualmente, não há um tratamento específico (OLIVERA, 2020). Há um crescente interesse e urgência quanto à busca de um medicamento eficaz que possa ser utilizado o mais rápido possível em pacientes em estado grave de Covid-19. No atual momento, há um grande incentivo no mundo todo quanto a soluções relacionadas à prevenção dos problemas relacionados ao novo Coronavírus, e os cientistas estão aliando as ferramentas da biotecnologia como a bioinformática na busca de um candidato ideal para a terapêutica da doença, bem como estudos moleculares estão sendo realizados para se descobrir um alvo terapêutico ideal contra o SARS-COV-2, nos quais os inibidores de protease e bloqueadores do receptor da angiotensina têm se destacado (OLIVEIRA, 2020). As vacinas têm um papel fundamental no controle e na prevenção das enfermidades ao longo da história, e isso não é diferente com a COVID-19. Há três estudos com proposta de desenvolver uma vacina e com técnicas diferentes, o que se torna um ponto positivo, apesar de ainda reduzido, uma vez que a variedade de técnicas traz mais informações e possibilidades no campo. Entretanto, é de se esperar que esse número aumente, já que a busca pela vacina e o número de tecnologias possíveis são variáveis (QUINTELLA et al., 2020). Dessa maneira, o mundo tenta enfrentar hoje esse problema por meio de algumas vacinas, as quais nenhuma possui 100% de eficácia quanto ao problema, e não fornece a população uma garantia quanto a possíveis problemas que venham a causar na população em longos períodos, já que elas foram fabricadas em caráter de urgência e para uso emergencial. O que trás uma esperança para a humanidade, e que mesmo não sendo totalmente eficaz, fornece uma boa porcentagem para prevenção de agravamento da doença o que diminuirá consideravelmente a ocupação dos leitos de UTI, o que fará com que a vida possa aos poucos voltando ao normal. REFERÊNCIAS: 1. AVENIL, Alessandro. Sistemas de Saúde e Economia da Saúde – Impactos Causados pela COVID-19. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 477-493, abril, 2020. 2. DE OLIVEIRA, Antonio Carlos Pereira. Et al. Prospecção Científica e Tecnológica acerca da Covid-19: análise das abordagens terapêuticas farmacológicas inseridas no contexto pandêmico. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 559-575, abril, 2020. 3. DE OLIVEIRA, Elton Henrique Alves. Coronavírus: prospecção científica e tecnológica dos fármacos em estudo para tratamento da Covid-19. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 412-423, abril, 2020. 4. DINIZ, Michely Correia. Et al. Crise Global Coronavírus: monitoramento e impactos. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 359-377, abril, 2020. 5. QUINTELLA, Cristina M. Et al. Coronavírus (SARS-COV-2) e COVID-19: mapeamento de testes clínicos. Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 13, n. 2, Edição Especial, p. 397-411, abril, 2020.
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