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Potencial de ação: geração e propagação A rapidez e a eficiência do SN dependem da bioeletrogênese. As células excitáveis são capazes de propagar sinais elétricos rápidos como resposta a um estímulo. Neurônios, células musculares na contração e células betas do pâncreas na secreção de insulina são exemplos dessas células. Excitabilidade neuronal Principais íons dentro da célula A membrana celular é um isolante elétrico, isto é, não permite a passagem de íons; Separar as cargas opostas requer gasto de energia (ATP); Os íons atravessam a membrana pelos poros de PTNs (canais iônicos). DDP ou potencial de membrana Células possuem DDP (diferença de potencial elétrico entre o meio extracelular e intracelular). Um neurônio em repouso (sem sinalização) tem uma voltagem em sua membrana chamada de potencial de repouso da membrana, ou simplesmente potencial de repouso. A maioria das células é cerca de 40 vezes mais permeável ao K+ do que ao Na+. Gradiente químico (dado pela diferença de [ ] entre o interior e o exterior da célula); Gradiente elétrico para o íon (dado pela reação entre o potencial elétrico de membrana e pela carga do íon. A combinação do gradiente elétrico e químico é chamado de gradiente eletroquímico. [Neurofisiologia] Potencial de repouso Universal - todas as células possuem uma DDP em repouso. A célula é sempre eletricamente negativa. A DDP existente entre os dois lados da membrana de qualquer célula é normalmente negativa no interior da célula em relação ao exterior. Diz-se então, que a membrana é polarizada. Potencial de repouso de membrana: a diferença de potencial entre os dois lados da membrana quando ela está em repouso e possui o valor aproximado de -65mV (neurônios) (o sinal negativo indica que o interior da célula está negativo em relação ao exterior). Potencial de equilíbrio para um íon Voltagem através da membrana em que não há fluxo de um íon especifico através dela. Ou seja, é o momento em que o gradiente químico e o gradiente elétrico se anulam. Momento em que o sistema atinge o equilíbrio eletroquímico. Os íons tendem a buscar o seu potencial de equilíbrio. Porém, a “capacidade” de um íon em se aproximar do seu potencial de equilíbrio depende da permeabilidade da membrana a esse dado íon. Equação de Nernst Calcula o potencial de equilíbrio de qualquer íon permeável pela membrana. Potencial de equilíbrio de cada íon: o potencial no qual não há movimentação de determinado íon. O potássio existe em maior quantidade dentro da célula e assim possui uma força química que o impulsiona para fora e ao mesmo tempo uma força elétrica que o impulsiona para dentro. O balanço dessas forças resulta no potencial de equilíbrio do potássio, ou potencial de Nernst do potássio, que é igual a -75 mV (mais negativo do que o potencial de repouso -65 mV). O íon potássio, que é um cátion, saindo da célula deixa o potencial mais negativo (interior em relação ao exterior). O sódio existe em maior concentração no exterior da célula, o que resulta numa força química que causa a entrada de íons sódio. O potencial de equilíbrio desse íon é +55 mV (muito mais positivo do que o potencial de repouso) e assim, para o que o potencial de membrana atinja esse valor, é necessária uma maior quantidade de íons positivos dentro da célula, daí a tendência desse íon de entrar na célula. O cloro, que possui um potencial de equilíbrio de -65 mV, não possui movimento significativo através da membrana celular, já que seu potencial de Nernst é igual ao potencial de repouso de membrana. Medição do potencial de membrana As alterações do potencial de membrana podem ser hiperpolarizantes ou despolarizantes. Despolarização – Vm menos negativo (correntes estimulatórias); Hiperpolarização – Vm mais negativo (correntes inibitórias). Os sinais que se iniciam nos dendritos viajam através do corpo celular para o axônio pelo potencial de ação que se autopropaga por toda sua extensão. Na porção distal do axônio, o sinal elétrico geralmente ocasiona a secreção de um neurotransmissor ou um neurohormônio. Em alguns neurônios do SNC, os sinais elétricos passam de um neurônio para o outro diretamente através das junções comunicantes que conectam as duas células. Assim como o potencial de repouso, os potenciais de ação dependem da permeabilidade da membrana celular aos íons de sódio e potássio. Canais iônicos dependentes de voltagem, são regulados por variações de voltagem na membrana. Potencial de ação O potencial de ação é do tipo “tudo ou nada”. O PA está presente ou ausente, logo, é um sinal binário. Etapas do potencial de ação O potencial de ação só ocorre devido à presença de canais dependentes de voltagem. Quando um estímulo chega a um receptor ou terminação nervosa, sua energia causa uma inversão temporária de cargas na membrana plasmática do neurônio. Como consequência, a diferença de potencial, antes de -70 mV entre o interior e o exterior da célula passa a ser positiva, com o valor aproximado de +40 mV. Isso é conhecido como potencial de ação e, nessa condição, a membrana é dita despolarizada. Potencial de ação - variação brusca do potencial de membrana, provocada por um estímulo. Quando uma célula nervosa é excitada por um estímulo que atinja seu limiar de despolarização (-65mV), um potencial de ação é gerado dentro da lei do “tudo ou nada”. O potencial de ação é caracterizado por três etapas diferentes: despolarização, repolarização e hiperpolarização. Despolarização (entrada de sódio) - quando uma célula excitável (neurônio) recebe um estimulo nervoso do tipo limiar ou supralimiar, sua DDP de repouso é elevada até o limiar de despolarização ou o ultrapassa, respectivamente, desencadeando o potencial de ação. Nesse momento, na membrana celular, abrem-se canais de sódio (Na+). Com isso, grande quantidade de sódio entra na célula, tornando seu interior mais positivo e seu exterior mais negativo. Este mecanismo é conhecido como despolarização e a DDP nessa fase é aproximadamente +45mV. Repolarização (saída de potássio) - a entrada de grande quantidade de Na+ na célula estimula o fechamento dos canais de Na+ e a imediata abertura de canais de K+, ocorrendo a saída de K+. Nessa fase, a bomba de sódio- potássio funciona transportando ativamente três moléculas de Na+ para o exterior e recolocando duas moléculas de K+ no interior da célula, tornando seu interior mais negativo e seu exterior mais positivo. A repolarização faz com que o potencial de membrana volte a ser negativo, retornando a sua DDP normal de potencial de repouso (-75mV). Hiperpolarização (saída do excesso de potássio) - quando uma célula recebe um estímulo inibitório, ocorre a saída do íon potássio (K+) e a entrada do íon cloro (Cl-) tornando o meio interno mais negativo e o meio externo mais positivo, inibindo a propagação do potencial de ação. A hiperpolarização dura alguns milissegundos, e nessa fase, a DDP pode chegar até a -90mV. A propagação do potencial de ação é unidirecional. A condução de potenciais de ação em neurônios com mielina ocorre mais rápido, devido a condução saltatória. O que acontece com essa corrente ao chegar no final do axônio?
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