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MICROFLORA ORAL INTRODUÇÃO A cavidade oral apresenta uma das mais diversas e complexas microbiotas do organismo humano, resultante da grande variedade de determinantes ecológicos ali presentes, sendo o maior reservatório de micro-organismos para contágio e um sistema aberto para contaminação. Essa microbiota encontra-se normalmente em harmonia com o hospedeiro, sendo extremamente importante na proteção contra patógenos externos com produção de bacteriocinas, surfactantes e H2O2 e por serem adaptadas ao ambiente, levam vantagens na competição por nutrientes em relação a micro-organismos externos e auxiliam no desenvolvimento do sistema imune mucoso por reações cruzadas, como os anticorpos contra o Streptococcus pneumoniae que reagem cruzadamente com pneumococo. Porém alterações locais e/ou sistêmicas como diminuição da saliva, alteração da dieta e antibióticos, podem resultar no desequilíbrio dessa relação e na manifestação clínica de doenças. Tipos de microbiota 1. Residente ou Indígena: grupo relativamente fixo encontrados em determinada área, idade, e quando alterada se recompõe 2. Transitória ou Adventícia: não patogênica ou potencialmente patogênica, as quais habitam na pela ou mucosa durante horas, dias ou semanas. São originários do ambiente 3. Suplementar: espécies bacterianas que estão sempre presentes, porém em pouca quantidade e que podem alterar-se a depender das circunstâncias. Ex: S. Mutans AQUISIÇÃO DA MICROBIOTA ORAL Dentro do útero o feto é praticamente estéril, a partir do nascimento o bebê passa a adquirir a microbiota do canal do parto (lactobacilos). Em primeiro momento, o bebê adquire a microbiota transitória representada por fungos e lactobacilos . Vale salientar que poucas espécies são capazes de resistir ao ambiente bucal, uma vez que há fatores limitantes que interferem no desenvolvimento dessas espécies pioneiras. Tais fatores são: Descamação das células epiteliais Forças da mastigação Fluxo salivar Propriedades microbianas na saliva Alterações no ph Espécies predominantes 1. S. Salivarius 2. S. Mitis 3. S. Oralis 4. Ocorrência da atividade da IgA protease: age na defesa SUCESSÃO MICROBIANA Processo de mudança de um tipo de comunidade por outra em resposta a modificações no meio Alterção no ph Geração de novos nutrientes como produto final do metabolismo Modificação ou exposição de novos receptores para “adesão” JANELA DE INFECTIVIDADE A partir dos 19 ou 31 meses de idade há um maior predisposição para a aquisição do S. Mutans . Com efeito, diante de estudos, houve a possibilidade de se iniciar as estratégias preventivas nesse período. SUCESSÃO ALOGÊNICA Substituição devido a alterações no habitat por fatores não microbianos ex: erupçãp e perda dos denytes, hábitos alimentares, higiene bucal, doenças orais e sistêmicas. SUCESSÃO AUTOGÊNICA Comunidade altera o meio de tal forma que é substituída por outras espécies mais adaptadas. MO pioneiros criam ambiente favorável aos secundários Ex: metabolismo das espécoes pioneiras, remoção de nutrientes, produção de ácidos e outras substâncias inibitórias. IDADE E MICROFLORA ORAL Adolescentes:mediante à alterações hormonais na mucosa juga, geralmente ocorre uma alterção nos nutrientes. Tais modificações estão no aumento do número de espiroquetas e anaeróbios preto-pigmentados Idosos: atribuído ao envelhecimento, o uso de prótese, fármacos, contribuem para a colonização de C. Albicans, S. Aireus, P. Aeruginosa TRANSMISSÃO AQUISIÇÃO ESPÉCIES PIONEIRAS SUCESSÃO MICROBIANA AUMENTO DA DIVERSIDADE MICROBIANA ESTABELECIMENTO DA COMUNIDADE CLÍMAX CLÍMAX Tem como umas de suas funções prevenir a colonização por microrganismos exógenos (patogênicos ou não): resistência à colonização Competição por receptores de adesão e por nutrientes endógenos Criação de um mincroambiente que desencorage o crescimento de espécies exógenas Produção de substâncias inibitórias Cada área é habitada por microraganismo diferente, haja vista cada parte da cavidade bucal gera um microambiente para sua determinada colonização. MECANISMO DE ADERÊNCIA DOS M.O ORAIS Adesinas Fimbrias Glicocálice Lectinas (proteínas de ligação aos carboidratos ) Não adesivas Retenção mecânica Fossas e fissuras dos dentes Lesões de cárie Sulco gengival Bolsa periodontal FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO DO MO NA CAVIDADE ORAL Temperatura 36-37; bolsa periodontal até 39° Potencial redox/anaerobiose Ph: neutro Nutrição Aderência e aglutinação Agentes antimicrobianosne inibidores Defesa dos hospedeiros Genética do hospedeiro Tendência de uma homeostase bacteriana oral, meso diante a pertubações.
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