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Ascaridíase · Ascaris lumbricoides · Morfologia: Dismorfismo sexual. Fêmea 30-40cm e o macho 20-30cm possui 2 espiculo, órgão reprodutor (enrolamento). Na extremidade anterior, 3 lábios com serrilha do dentículo serve para a fixação. · Epidemiologia: Mais frequente em países pobres. 70-90% na faixa etária das crianças de 1 a 10 anos. Áreas desprovidas de saneamento básico. Condições climáticas tem um importante papel nas taxas de infecção. · Habitat: Jejuno e íleo. Em infecções intensas podem ocupar toda a extensão do intestino delgado. Podem ficar presos à mucosa ou migrar pela luz intestinal · Transmissão: Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo as larvas L3, veiculados pela poeira, aves e insetos. · Os ovos possuem grande capacidade de aderência à superfície e resistência. · Ciclo: 1) As larvas L5 transformam-se em adultos jovens no intestino delgado. Em 60 dias alcançam a maturidade sexual, copulam, ovipostura, encontrado ovos na fezes do hospedeiro. 2) Os ovos férteis tornam-se embrionados em 15 dias no solo, tornam-se as larvas L1 rabditóide e posteriormente L2. 3) Forma-se L3 filarióide infectante, o ovo permanece viável no solo por meses. Os ovos são muito resistentes. 4) Ocorre a transmissão. 5) Eclosão dos ovos no intestino delgado 6) As L3 uma vez liberadas atravessam a parede intestinal, na altura do ceco e caem nos vasos linfáticos e invadem o fígado entre 18 e 24h. Chegam ao coração, em 2/3 dias, através da veia cava inferior ou superior. Após 8 dias se transformam em L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde mudam para L5. 7) Sobem pela arvore brônquica e traqueia, chegando até a faringe. · Patogenia: Ligada diretamente ao número de parasitas presentes e a fatores individuais como nutrição e imunidade. As crianças são mais propensas a casos de obstrução intestinal e desnutrição. · Manchas claras, circulares, devido ao alto consumo de vitamina A e C dos parasitas. · Manifestação clínica: LARVAS: Infecções maciças encontradas em lesões hepáticas e pulmonares. No fígado pode gerar pequenos focos hemorrágicos e de necrose. Nos pulmões enterocorrem vários pontos hemorrágicos na passagem das larvas para os alvéolos. Pode determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispneia e eosinofilia. Há edemaciação, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia. (Síndrome de Loff) VERMES ADULTOS: Depende da quantidade de vermes no corpo do hospedeiro. Ação espoliadora, os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitamina A e C (subnutrição). Ação toxica, reação entre antígenos parasitos e anticorpos alergizantes do hospedeiro. Ação mecânica, causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal. Localização ectópica, alta carga parasitárias ou ainda em que o verme sofra alguma ação irritativa. · Diagnóstico: Pesquisa de ovos nas fezes. Métodos de Lutz, sedimentação espontânea. Também pode ser descoberto pelo Kato Katz, inquéritos epidemiológicos. · Tratamento: Albendazol, totalmente eficaz que impede a divisão celular. Mebendazol. Ambos ocorrem a redução de ovos.
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