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Brucelose em Bovinos e Bubalinos

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- PNCEBT (Programa nacional de controle e erradicação de brucelose e tuberculose) 
iniciou em 2001 e teve adaptação até 2003; 
- Foi decidida a eutanásia dos animais contaminados devido as barreiras comerciais 
na exportação e alto potencial zoonótico. 
- Existe um alto nível de risco de contaminação para profissionais que trabalham em 
contato com materiais biológicos de bovinos e bubalinos, como, por exemplo, os 
médicos veterinários. 
- A brucelose apresenta mais riscos devido ao contato de matérias biológicos do parto. 
A transmissão ocorre por via respiratória em contato com materiais contaminados ou 
através do consumo de leite e seus derivados sem tratamento térmico necessário. 
- Definição: Brucelose é uma doença infectocontagiosa de distribuição mundial 
provocada por bactérias do gênero Brucella. Nos animais provocam aborto 
geralmente no terço final da gestação, nascimento de crias fracas, retenção de 
placenta, repetição de CIO e descargas uterinas, com grande eliminação bacteriana, 
podendo ainda ser transmitida ao homem. 
- A única bactéria que não tem perfil zoonótica é a Brucella ovis, sendo a da cabra de 
nível mais elevado e a menos elevado que é a de cães. O MT é um dos estados mais 
importantes da ocorrência de reagentes positivos. 
Introdução 
- É uma doença infectocontagiosa; 
- Espécies do gênero Brucella; 
- Zoonose de distribuição mundial; 
- Importância: sanitária e econômica. 
*todos os animais, bovinos e bubalinos, que derem positivo nos testes oficiais devem 
ser sacrificados. 
- Principais manifestações nos animais: abortos; nascimentos prematuros; 
esterilidade; queda na produção do leite. 
*o aborto ocorre, na maioria das vezes, na primeira gestação após infecção, nas 
demais gestações pós infecção o animal pode nascer sadio ou defeituoso e fraco. 
- Características da enfermidade nos homens: incapacidade parcial/total de trabalho. 
*artroses nas articulações. 
- Principais espécies de importância econômica: bovinos e bubalinos. 
Etiologia 
- Gênero: Brucella; 
- 6 espécies (hospedeiros preferenciais): 
 B. abortus – bovinos e bubalinos; *acomete outras espécies também 
 B. melitensis – caprinos e ovinos; *Não existe no Brasil 
 B. suis; B. ovis; B. canis; B. neotomae – rato do deserto. 
- Características: 
 Parasita intracelular facultativo; Cocobacilo gram negativo; Imóveis; 
 Cultivos primários – colônias: lisa; rugosa (rugosa estriada ou mucoide); 
composição bioquímica LPS (lipopolisacarideo) na parede celular. 
*Não existe tratamento para o animais positivos. Para seres humanos o tratamento é 
demorado e deixa lesões renais e hepáticas devido à alta concentração de 
antibióticos. 
**Colônia lisa apresenta LPS > espécies: B. melitensis e B. abortus e B. suis; 
***Colônia rugosa não apresenta LPS > espécies: B. canis e B. ovis. 
É importante esse entendimento pois as Brucellas que apresentam o LPS, dependendo 
da idade que o agente entra em contato, a produção de anticorpos será alta por toda 
a vida. Existem vacinas para a brucelose, uma delas é a B19 (B. abortus, lisa) que pode 
ser usada em fêmeas bov ou bubalinas entre 3 e 8 meses e a RB51, que é uma cepa de 
B. abortus modificada (rugosa) que pode ser usada a partir dos 3 meses e em qualquer 
momento de vida. 
- Dose infectante reativa: 
 
Estudos mais recentes: 
- O estado de SC não possui vacinação pra brucelose e é o estado com menor 
prevalência da doença. 
Epidemiologia 
- Em 2012 houve o estudo de animais em linha de abate no norte do MT, foram 
avaliados 1061 animais, sendo 1026 fêmeas. Onde houve prevalência alta de 11,88%. 
Com 95,24% de focos da doença, e uma taxa de ocorrência de 12,18% em fêmeas e 
2,86% em touros. No entanto, os casos diminuíram em estudos mais recentes. 
Perdas econômicas: 
- Perdas reprodutivas = aborto; baixo índice reprodutivo; aumento do intervalo entre 
partos; queda na produção do leite; morte de bezerros; depreciação do produto. 
- Estimativas: 
 Queda de 25% da produção de leite/carne; 
 Queda de 15% na produção de bezerros; 
 20% de chance de aborto/esterilidade. 
- Resistência: 
 Medianamente sensível ao ambiente - Quando comparado ao Mycobacterium 
tuberculosis; 
 Pasteurização = método eficiente de destruição; 
Transmissão: 
 Em exsudato uterino, protegido em secreção, o microrganismo pode resistir até 
200 dias. 
 Geralmente ocorre a contaminação através do pasto e inseminação artificial. 
Também pode ocorrer por agua e alimento contaminado. 
Mecanismo de transmissão 
– Localização dos agente: Linfonodo; Baço; Fígado; Aparelho reprodutivo masculino; 
Útero; Úbere; 
- A eliminação ocorre através de fluidos reprodutivos (anexos fetais), leite e sêmen. 
- A vaca prenhe é a principal fonte de eliminação do agente, através do parto/aborto. 
A contaminação ocorre nos locais como pastagem, instalações e por alimento e água. 
*Resistencia ao ambiente X contaminação! 
- Transmissão: Por via digestiva, através de agua e alimento contaminado ou ao 
lamber crias recém paridas; Por mucosa nasal/ocular ao cheirar os fetos abortados; 
- O período de incubação em média leva meses após o primeiro contato com o agente. 
Tem relação com o período de gestação > Quanto mais adiantado o período de 
gestação menor é o período de incubação. 
- Transmissão por via sexual: pouco importante em monta natural, devido a defesa 
do canal vaginal; Na inseminação artificial é necessário descartar o sêmen dos 
machos positivos, já que o sêmen é depositado direto no útero, não passando pelas 
barreiras de defesa da vagina. 
Patogenia 
- O agente chega ao útero, e através do sangue causa infecção nos trofoblastos, 
diminuindo o fornecimento do O2 e nutrientes ao feto e causando a infecção fetal e o 
aborto. 
Controle e Prevenção 
- Controle: 
 Vacinação em massa das fêmeas; 
 Sacrifício dos animais soropositivos; 
 Programas de saneamento (identificação e eliminação dos animais positivos) e 
desinfecção (limpeza e higienização do ambiente; 
 Utilização de piquetes de maternidade: reduz a contaminação ambiental; 
*realizar a limpeza e desinfecção do local periodicamente. 
 Cobertura vacinal de pelo menos 80% das fêmeas em idade reprodutiva; 
*O ideal é que todos os animais sejam vacinados. 
** Deve-se ter cuidado ao descartar a vacina pois a bactéria está atenuada, podendo 
ser patogênica para animais e humanos! 
- Para a comprovação da vacinação é obrigatório marcar com ferro a face esquerda 
da vaca, usando um V para a RB15 ou o ultimo algarismo do número do ano para a 
B19. 
- Passando de 8 meses todo o proprietário deve relatar a vacinação das bezerras. A 
vacinação só é permitida por médicos veterinários ou pessoas autorizadas pelo MV. 
Vacinas 
- Características: protetora; não deve interferir no diagnóstico; 
- Vacinas atenuadas: B19 e RB51. 
*A RB51 produz imunidade mas não produz um anticorpo aglutinante, ou seja, não 
interfere na técnica do AAT (Antígeno Acidificado Tamponado), que é quando ocorre 
a formação do complexo antígeno anticorpo ocorre a aglutinação e precipitação 
(areiazinha). 
 Vacinas: 
- B19: 
 1923; B. abortus; descoberta por acaso quando um laboratório esqueceu uma 
placa com a bactéria por 1 ano em temperatura ambiente – perda de virulência; 
 Verificou-se que em fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses não produzia 
doença; Em machos causa orquite; fêmeas gestantes causa aborto; homem: 
perigoso (zoonose); Respeitar as regras de vacinação! 
 Em fêmeas de 3 ou 4 meses os anticorpos desaparecem rápido, com 24 meses 
não há vestígios de anticorpos vacinais – depois desse período que se realiza o 
teste diagnóstico. 
 Fêmeas acima de 8 meses os anticorpos persistem por muito tempo, interferindo 
no diagnóstico. 
- RB51: 
 Lançada no Brasil em 2008 e autorizada pelo MS por ser uma vacina não 
indutora de anticorpos aglutinantes; B. abortus rugosa atenuada; 
 No Brasil se vacina fêmeas de 3-8 meses,e pode ser utilizada como reforço em 
animais de 3-8 que recebeu vacinação da B19. 
Brucelose Humana 
- Zoonose profissional: tratadores; criadores; médicos veterinários > manipulação de 
anexos placentários, fluidos fetais e carcaças. 
*Importante fazer uso dos EPI’s – luva, máscara e óculos. 
- O quadro clinico é febre, sudorese, dor muscular e articular. O tratamento é feito 
com antibióticos como tetraciclina, doxiciclina e rifampicina (menos em caso de auto 
vacinação acidental com RB51).

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