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Artigo Infancia

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O DESENVOLVIMENTO INFANTIL FUNDAMENTADO
POR WINNICOTT
Natasha Kely Perdigão Moura Baima
Resumo
O presente artigo aborda a teoria do desenvolvimento infantil de Winnicott e o
desenvolvimento da mãe com seu bebê. Tem como objetivo analisar o
desenvolvimento emocional e físico de uma criança de 0 a 1 ano de acordo com a
teoria de Winnicott. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com a mãe de um
bebê. Chegando a conclusão de que um bebê emocionalmente saudável é o que teve
todas as suas necessidades psicológicas e fisiológicas atendidas por sua mãe.
Palavras- chaves: desenvolvimento infantil; mãe; infância; Winnicott
Introdução
Winnicott foi um dos primeiros autores a posicionar o papel da mãe no
funcionamento psíquico de uma criança. Considerou que mãe influencia
ativamente a construção do espaço mental da criança. Winnicott acreditava
que mãe suficientemente boa é aquela que se adapta perfeitamente nas
necessidades do bebê, não causa prejuízo na saúde psíquica, ela representa p
ambiente suficientemente bom que é inevitável para a saúde do ser humano.
Ele enfatizava também a influencia do meio ambiente no desenvolvimento
psíquico do ser humano.
Para Winnicott, o ser humano traz em si uma tendência inata que ira se
desenvolver e unificar. No caso, é o processo de maturação. Esse processo de
maturação aplica-se na formação e evolução do eu. É o ambiente que esta
representado inicialmente pela mãe ou por algum substituto que da uma
liberdade na maturação desses processos. De acordo com a interação do meio
com o desenvolvimento psíquico do ser humano, existem duas fases.
A fase inicial vai do nascimento ate os seis meses, chamada de
dependência absoluta, onde o bebê esta em um estado total de dependência
da mãe, na mente do próprio bebê, ele e o meio são uma coisa só. A segunda
fase chama-se dependência relativa, que vai dos seis meses a um ano de
idade, onde a criança tolera as falhas de adaptação da mãe e usa dessa
maneira para se desenvolver.
A minha entrevista foi realizada com uma mãe de 34 anos, casada e que
mora com seu marido e filho. Segundo ela, o período da gravidez foi de muita
ansiedade, medo, insegurança, não se encontrou com tranquilidade e plenitude
e não se sentiu realizada. Ao saber de sua gravidez ficou com muito medo e
sentiu muita tristeza, por ser um bebê completamente fora de hora, e sem
planejamento. Não estava sozinha, pois seu marido e seus familiares lhe
deram todo o apoio necessário durante toda a sua gravidez a após o
nascimento do bebê. Apesar de todas essas sensações negativas, ao ver seu
filho se sentiu muito alegre, e com sentimento de satisfação, a criança foi
recebida com muita felicidade por todos, apesar de todo o trabalho e diversas
noites de sono perdidas. O comportamento da mãe nos primeiros meses foi de
muito sono, dores intensas pela má recuperação da cirurgia, alimentação
normal, muita dor no primeiro mês de amamentação, autoestima baixíssima,
“me senti péssima”.
O bebê não teve nenhum problema nos seus primeiros meses, teve um
crescimento normal, dormia bem, se alimentava bem, obteve um crescimento
normal com funções fisiológicas normais também. No seu primeiro mês não
sorria e nem chorava muito. Após os três primeiros meses o seu sono já
estava mais normalizado, a alimentação ainda era a mesma, já se virava e
pegava nas coisas, já sorria, suas fezes já estavam mais endurecidas e sua
respiração estava normal. A mãe afirma que teve uma boa relação com o bebê,
o que Winnicott nomeia de Holding, o ato de segurar a criança, de ter um
cuidado a mais com esse bebê, porém, muitos desses processos foram
realizados por terceiros, a mãe afirma que aos três meses nunca tinha dado um
banho na criança.
A mãe dizia que o bebe dormia em seu próprio quarto especificamente
no berço. Existiam brinquedos específicos para sua idade, como por exemplo,
chocalho e mordedor que eram seus favoritos. Não tinha livros e não
conversava com meu bebe sobre o que estava acontecendo. Winnicott fala de
fenômenos e objeto transicionais que é algum objeto ou alguma coisa onde o
bebê torna vitalmente importante para o seu uso no momento de ir dormir, o
que constitui uma defesa contra a ansiedade. O objeto transicional vira
perceptível como importante quando o bebê não larga este objeto.
A mãe afirmou que o processo de desmame foi algo natural pois ele foi
deixando aos poucos, além dela ter incentivado o bebê a tomar leite
industrializado. Não teve nenhuma dificuldade emocional com o desmame, na
verdade foi sua preferência por alguns motivos estéticos. Winnicott afirma que
a amamentação é um elemento essencial na composição do ambiente, para
que seja favorável ao desenvolvimento saudável de uma criança. É uma
situação privilegiada em que se inicia os primeiros relacionamentos com a
realidade e a delicadeza desse primeiro encontro nem sempre é compreendida.
O bebê se sente mais acalentado com a proximidade de sua mãe, sente mais
seguro com a troca de calor dos seus corpos. É uma situação de muita
intimidade e de muita afetividade entre mãe e bebê.
Aos seis meses começou a fazer tudo, tinha um desenvolvimento mais
evoluído que o normal, era mais inquieto, sempre foi bem agitado, já brincava e
pulava. Passou a comer normal com sopas, frutas e sucos. E aos oito meses o
bebe já reconhecia a mãe e os familiares mais próximos, foi perceptível pelo
fato dele sorrir e bater palmas. Lembrando assim do conceito de Winnicott de
Personalização, onde a criança já tem uma coordenação motora bem
desenvolvida, normalmente esta estabelecida por volta de um ano de idade,
porém essa criança teve um desenvolvimento motor mais antecipado,
comparando assim com outras crianças de sua idade.
Em contraponto a sua fala foi mais demorada, teve uma linguagem bem
tardia, inclusive foi necessário a ajuda da fonoaudióloga para incentivar essa
linguagem. So falava “mama”, se encontra com um ano e quatro meses sem
muitas palavras.
O bebê começou a andar com dez meses. “Senti-me completamente
louca pelo fato deu ter que correr atrás dele.” Essa fase identificada vai da
dependência relativa rumo à independência. Onde a criança começa a ser
capaz de defrontar com o mundo e as suas complexidades.
Resultados e discussão
Ao abordar o tema Desenvolvimento Infantil Fundamentado por
Winnicott, a entrevista com a mãe Cynthia de Almeida, nos permite perceber
todo o desenvolvimento da criança, alguns passos importantes para seu
desenvolvimento infantil psíquico e físico. Desse modo, chegou-se a conclusão
que esta mãe tenha um pouco da teoria de Mãe Suficientemente Boa, onde
obteve algumas falhas e deixou a desejar algumas necessidades a aquela
criança, mas que uma terceira pode suprir essa falta.
Considerações finais
Como considerações finais, podemos admitir que este presente artigo
deu como incentivo um estudo mais profundo sobre as teorias de Winnicott
relacionada a infância. Foi de grande importância para o estudante ter uma
fundamentação teórica mais concreta, que irá ajudar na formação desse
profissional.
Bibliografia
WINNICOTT, D. W. O ambiente e os processos de maturação: estudos
sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes Médicas,
1983.
NASIO, J.d. Introdução às obras de FREUD - FERENCZI - GRODDECK
-KLEIN - WINNICOTT-DOLTO - LACAN. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
D.W.WINNICOTT. OS BEBES E SUAS MAES. Sao Paulo: Martins Fontes Ltda, 2002.
D.W.WINNICOTT. A FAMILIA E O DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL. Sao Paulo:
Martins Fontes Ltda, 1997
D.W.WINNICOTT. O Brincar & a Realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda, 1975.

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