Buscar

Instrumentais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

: 
 
São instrumentos empregados para cortar, clivar e 
planificar a estrutura dentária, ou complementar a ação dos 
instrumentos rotatórios, durante o preparo das cavidades. 
Podem ser simples ou duplos. 
Em geral, cavidades acabadas com instrumentos 
cortantes manuais demonstram menor infiltração marginal 
se comparadas com as realizadas com instrumentos 
rotatórios devido à melhor lisura de superfície e adaptação 
do material restaurador às paredes da cavidade. 
Os instrumentos cortantes manuais são constituídos 
por três partes: cabo, intermediário e lâmina ou ponta ativa. 
A maioria dos instrumentos apresenta um cabo octavado e 
serrilhado, de modo a evitar deslizamentos quando em 
função. Entretanto, instrumentos de cabo circular oco são 
mais leves e de melhor empunhadura. Os instrumentos 
auxiliares, de inserção e de acabamento, não apresentam 
fórmula, apenas um número de identificação, como por 
exemplo a espátula de inserção no. 
 
 
Instrumentos simples (A) e duplos (B), constituídos por cabo (c), 
intermediário (i) e lâmina ou ponta ativa (L). 
 
 
Exemplo de instrumento duplo, que não apresenta fórmula, e sim o 
número de série. 
 
Cinzéis 
Instrumentos usados principalmente para planificar e 
clivar o esmalte. Podem ter diferentes formas e angulações 
e são denominados: 
  Cinzéis retos: têm o intermediário e a lâmina retos 
e apresentam bisel em apenas um dos lados da 
lâmina. 
  Cinzéis monoangulados: têm um ângulo 
intermediário. Podem ser usados para alisar as 
paredes de esmalte e dentina 
  Cinzéis biangulados: têm duas angulações no 
intermediário. Podem ser usados também para 
planificação das paredes cavitárias em dentes 
superiores 
  Cinzéis de Wedelstaedt: têm o intermediário e a 
lâmina ligeiramente curvos. São os mais versáteis 
dos instrumentos manuais de corte, servindo para 
diferentes propósitos 
 
 
Cinzéis: reto (A); biangulado (B); de Wedelstaedt (C). 
 
enxadas 
São muito semelhantes aos cinzéis, diferenciando-se 
por apresentar o ângulo da lâmina próximo a 25° 
centesimais. Quando a angulação da lâmina for menor do 
que 12,5° centesimais, o instrumento pode ser considerado 
cinzel. 
São usadas para alisar as paredes cavitárias, 
principalmente as de classe V, em dentes anteriores. Seu 
uso é principalmente indicado para o acabamento final das 
paredes internas das cavidades, apesar de também serem 
empregadas para planificar as paredes de esmalte. 
 
 
Enxadas: monoangulada (A); biangulada (B); triangulada (C). 
 
MACHADOs 
A lâmina do machado é paralela ao eixo longitudinal do 
instrumento. São usados para clivar, aplainar esmalte e 
planificar as paredes vestibular e lingual das caixas proximais 
de cavidades de classe II. 
 
 
 Machados: biangulados (A); triangulado (B). 
 
Recortadores de margem gengival 
São usados especialmente para planificação do ângulo 
cavossuperficial gengival, arredondamento do ângulo 
axiopulpar e determinação de retenção na parede 
gengival/cervical de cavidade de classe II. 
As lâminas dos recortadores de margem gengival são 
curvas e anguladas para aplicações dos lados direito e 
esquerdo, tanto nas superfícies mesial como distal, do 
dente. 
 
 
 
Formadores de ângulo 
Apresentam a extremidade da lâmina 
em ângulo agudo com o eixo longitudinal, 
em vez de ângulo reto como a maioria dos 
instrumentos manuais de. 
São usados para acentuar ângulos 
diedros e triedros e determinar forma de 
retenção, principalmente em cavidades de 
classes III e V. 
 
Colher de dentina 
É um instrumento escavador usado para a remoção 
de tecido cariado. Esse instrumento tem um desenho 
semelhante ao de machado, sendo a lâmina ligeiramente 
curva e com a extremidade arredondada. Pode apresentar 
a extremidade em forma de disco. A escolha da forma 
desse instrumento depende do caso em particular e da 
preferência do profissional. 
 
 
Tipos de escavadores ou colheres de dentina: de Black (A); de Gillet 
(B), de Darby-Perry (C); com intermediário longo para pulpotomia (D). 
 
Afiação dos instrumentos cortantes manuais 
 
A manutenção dos instrumentos sempre afiados é 
essencial para a efetividade de corte e para o refinamento 
de preparos cavitários. A afiação pode ser manual ou 
mecânica. Qualquer que seja o tipo usado, alguns princípios 
básicos devem ser observados, como: 
  estabelecer um bisel adequado antes de iniciar a 
afiação e manter o instrumento fixo, em posição 
correta, durante todo o procedimento. 
  manter a pedra lubrificada com uma fina camada 
de óleo bem fluido. 
  usar pouca pressão contra a pedra para evitar o 
desenvolvimento de calor com o atrito. 
  usar, sempre que possível, uma guia para orientar 
o plano de desgaste do instrumento. 
  conservar as pedras de afiar limpas e livres de 
esquírolas de metal. 
 
Afiação mecânica 
Para a afiação mecânica é possível empregar 
motores elétricos especiais, com pedras de Arkansas, 
cilíndricas ou em forma de roda, montadas em seu próprio 
eixo. Alguns profissionais preferem afiar os instrumentos 
em pedras de Arkansas ou discos de granulação fina 
montados em mandril para peça de mão. 
Técnica: cinzéis, machados, enxadas, recortadores de 
margem gengival e formadores de ângulo devem ser 
colocados, de acordo com o ângulo da extremidade 
cortante e o bisel do instrumento, em contato com a 
pedra, ligando-se em seguida o motor, exercendo-se leve 
pressão sobre a pedra cilíndrica ou o disco em movimento. 
 
 
Alternativas de afiação mecânica, empregando pedra de Arkansas 
montada em mandril (A) ou disco de granulação fina (B). 
 
Afiação manual 
Para a afiação manual emprega-se, de preferência, 
uma pedra de Arkansas plana e previamente lubrificada, 
colocada sobre uma superfície plana e lisa. Segura-se o 
instrumento com uma das mãos e adapta-se o bisel sobre 
a pedra; com a outra mão desliza-se a pedra em um 
movimento de vaivém, deixando-se o instrumento fixo. 
 
 
Técnica de afiação manual: o instrumento é mantido fixo enquanto a 
pedra de Arkansas é movimentada. 
 
 
 
Equipamentos 
 
Os equipamentos mais utilizados com os instrumentos 
rotatórios são: os motores de velocidade convencional, nos 
quais o movimento é transmitido à peça de mão por meio 
de roldanas e cordas ou por ar comprimido 
(micromotores); turbinas de alta velocidade movidas a ar 
comprimido, que giram diretamente na extremidade da 
peça de mão contra-angulada ou angulada. Encontram-se 
ainda turbinas com cabeça reduzida para atuar em locais 
de difícil acesso, e com luz LED transmitida por fibra ótica 
ou com luz gerada por dínamo, que favorece a 
visualização durante o preparo cavitário. 
 
 
Micromotor com peça reta (A); micromotor com contra-ângulo (B); 
turbina de alta rotação (C). 
 
  motores de baixa velocidade: as peças de mão 
são utilizadas individualmente, no caso de 
instrumentos rotatórios de haste longa, ou 
acopladas a contra-ângulos e ângulos, com os 
instrumentos de haste curta. As peças de mão 
retas são usadas geralmente nos casos de 
preparos de cavidades em dentes anteriores, com 
acesso vestibular; para os demais, são empregadas 
as peças anguladas ou contra-anguladas. 
  rotação convencional: geralmente é utilizada para o 
acabamento das paredes cavitárias, após a 
instrumentação com alta rotação e também no 
preparo de cavidades de dentes anteriores, 
quando se requer um mínimo de extensão. 
  turbinas de alta velocidade: são utilizadas para a 
rápida redução da estrutura dentária e 
determinação das formas de contorno. 
 
 
Turbinas de alta rotação com fibra ótica (A) e com dínamo (B). 
 
As brocas utilizadas nas turbinas têm haste lisa e 
diâmetro menor do que as utilizadas em rotação 
convencional. 
Existem no comércio contra-ângulos especiais, 
empregados em rotação convencional, que possibilitam a 
utilização de brocas para alta rotação. Adaptadores 
metálicos ou plásticos permitem a utilização de brocas para 
alta rotação em contra-ângulo com rotação convencional 
em micromotor, mas nãopossibilitam a mesma precisão 
(maior vibração) e preensão da broca. 
 
 
Contra-ângulo empregado para brocas de intermediário curto com 
encaixe (A) ou brocas para alta rotação (C), com emprego de 
adaptador especial (B). 
 
Classificação das rotações 
 
A velocidade de giro do instrumento recebe a 
denominação de rotação por minuto (rpm). A terminologia 
dessas velocidades, recebe três variações: baixa (menos de 
40.000 rpm), média (40.000 a 200.000 rpm) e alta (mais de 
200.000 rpm). 
  baixa velocidade (menos de 6.000 rpm): é indicado 
para procedimentos de profilaxia dentária, 
remoção de cárie, acabamento da cavidade e 
polimento. Nessa velocidade, a percepção tátil é 
maior e há menos geração de calor. 
  média velocidade (40.000 a 200.000 rpm): pode ser 
utilizada para o preparo cavitário, embora não seja 
tão efetiva e eficiente como a alta. Os 
procedimentos, como preparos de cavidades em 
dentes anteriores, sulcos de retenção e biséis, são 
mais bem executados nessa velocidade. Também 
pode ser utilizada em áreas onde a visão é limitada 
e deve ser guiada pelo senso tátil. 
  alta velocidade (acima de 100.000 rpm): remoção 
de restaurações antigas, obtenção da forma de 
contorno (interna e externa), redução de cúspides 
e desgastes axiais para coroas totais. 
 
Canetas de alta e baixa rotações com iluminação 
Diversos fabricantes de altas rotações odontológicos 
têm oferecido soluções com um dispositivo de iluminação 
integrado, podendo ser divididos em 2 tipos: iluminação via 
fibra ótica ou LED com gerador interno. 
O primeiro depende da instalação de uma fibra ótica 
no equipo odontológico, sendo geralmente mais caro do 
que a solução com o LED integrado, porém apresenta 
como vantagem a opção de manter a iluminação ligada 
mesmo com a caneta não acionada. 
A segunda opção apresenta como vantagens o fato 
de ser mais versátil, visto que não é necessária nenhuma 
instalação adicional, podendo ser utilizada em qualquer 
cadeira odontológica, além do menor custo. Como 
desvantagem, a iluminação só funciona quando a caneta de 
alta rotação está acionada. 
Uma outra tendência é a utilização de canetas de alta 
rotação que têm duas opções de iluminação por LED, 
sendo uma branca e outra violeta (fluorescente). Neste 
sistema, produzido pela Gnatus (Cobra LED Ultra Vision), na 
primeira opção o aparelho funciona como uma caneta de 
alta rotação com LED convencional, ou seja, esta caneta 
de alta rotação é acoplada a uma base que é ligada à 
energia elétrica e à saída de alta rotação convencional 
presente em cadeiras odontológicas. 
 
 
A alta rotação com LED convencional (A) e LED azul (B 
 
Na segunda opção, o LED azul é capaz de evidenciar 
a fluorescência de materiais resinosos, desde que a resina 
apresente esta propriedade. Clinicamente esta evidenciação 
possibilita a remoção seletiva de restaurações em resina 
composta, resinas empregadas para colagem de 
dispositivos ortodônticos e cimentação de restaurações 
indiretas, reduzindo a possibilidade de danos desnecessários 
às estruturas dentárias e/ou cerâmicas. Apesar de não se 
indicar a remoção de tecido cariado com o uso de alta 
rotação, a luz violeta deste sistema pode ser empregada 
para a evidenciação das lesões e diferenciação do tecido 
sadio. 
 
 
Utilização de LED azul para evidenciar a fluorescência de cimento 
empregado para a colagem de dispositivos ortodônticos (A). Uso alternativo 
para evidenciação de lesões cariosas e diferenciação do tecido sadio (B). 
 
Contra-ângulo multiplicador 
Este contra-ângulo pode ser acoplado a um 
micromotor ou motor elétrico e é capaz de multiplicar por 
quatro a cinco vezes as rotações do mesmo, atingindo 
uma rotação máxima de 200.000 rpm, com alto torque e 
baixa vibração. Outra característica importante é que este 
sistema utiliza pontas ou brocas de alta rotação sem a 
necessidade de adaptadores, dessa forma aumentando a 
precisão. 
Por essas características, são ideais para o 
refinamento de preparos protéticos e restaurações diretas 
em resina composta. Diversas empresas fabricam estes 
contra-ângulos, por exemplo: NSK, Kavo, Sirona, W&H, 
entre outras. 
 
 
 
Instrumentos rotatórios de corte 
 
Podem ser classificados em dois grupos, segundo o 
seu modo de ação: por corte (representados pelas brocas) 
e por desgaste (representados pelas pontas diamantadas, 
pedras montadas de carborundum e outros abrasivos). 
 
Brocas 
Apresentam três partes: haste, intermediário e ponta 
ativa. 
 
 
Partes constituintes de uma broca: haste (H); intermediário (C); ponta 
ativa (P). 
  haste: é a porção da broca que é conectada à 
peça de mão, ao contra-ângulo ou à turbina. Ela 
pode ser longa, para peça de mão, curta, com 
encaixe, para contra-ângulo, curta, sem encaixe e 
com menor diâmetro, para turbina. 
 
 
A. Broca para peça reta. B. Broca para contra-ângulo. C. Broca para 
turbina de alta rotação. 
 
  Intermediário ou colo: une a ponta ativa à haste. A 
broca de haste longa tem um intermediário 
ligeiramente maior com relação às outras duas. Por 
outro lado, as brocas para contra-ângulo e para 
turbinas de alta velocidade têm haste e 
intermediário mais curtos, o que facilita o seu uso 
em dentes posteriores. 
  ponta ativa: é a parte de trabalho do instrumento, 
a qual atua por meio de pequenas lâminas. Sua 
forma e o material usado para sua fabricação 
estão diretamente relacionados com sua utilização. 
 
São utilizados diversos materiais para a fabricação das 
brocas, a saber: 
  Aço (liga ferro-carbono): mais empregado em 
brocas para os procedimentos de remoção de 
dentina cariada e acabamento das cavidades com 
baixa rotação 
  Carbide (carboneto de tungstênio): mais resistente 
que o aço, constitui a base das brocas que são 
utilizadas para o preparo de cavidades, tanto em 
baixa quanto em alta rotação. 
 
Os números são usados para identificar a forma e 
tamanho das brocas. As formas básicas de ponta ativa das 
brocas utilizadas para preparos cavitários são: 
  Esféricas: utilizadas principalmente para a remoção 
de tecido cariado, confecção de retenções e 
acesso em cavidades de dentes anteriores. 
  Cilíndricas: utilizadas para confeccionar paredes 
circundantes paralelas e avivar ângulos diedros; a 
maioria dessas brocas tem corte na extremidade e 
nas partes laterais da ponta ativa 
  Troncocônicas: utilizadas para dar forma e 
contorno em cavidades com paredes circundantes 
expulsivas e para determinar sulcos ou canaletas 
em cavidades para restaurações metálicas 
fundidas; são indicadas também para determinar 
retenções nas caixas proximais, em cavidades para 
amálgama. 
  Cone invertido: utilizadas especialmente para 
determinar retenções adicionais, planificar paredes 
pulpares e, eventualmente, avivar ângulos diedros 
  Roda: utilizada para determinar retenções, 
especialmente em cavidades de classe V. 
Observação. As brocas esféricas, cilíndricas e troncocônicas podem ser 
lisas ou picotadas, com lâminas dispostas paralelamente ao longo do 
eixo da haste ou em forma de espiral. As cilíndricas e as troncocônicas 
são também chamadas brocas de fissura. 
 
 
Formas básicas de brocas de aço empregadas para preparos cavitários. 
 
  outros tipos de brocas encontradas no comércio 
são utilizados para a confecção de formas 
cavitárias especiais, para amálgama ou 
restaurações metálicas fundidas. As brocas para 
acabamento apresentam formas variadas e têm 
lâminas lisas, menores e em número maior que as 
brocas comuns. 
 
 
Algumas brocas especiais para preparos cavitários com ângulos 
internos arredondados (557R e 331L); broca tipo trépano spiral bur (A); 
broca para ombro (957); broca para acabamento (B). 
 
Instrumentos rotatórios de desgaste 
 
Podem ser divididos em dois grupos distintos, segundo 
o método de colocação do abrasivo na ponta ativa: 
 
Instrumentos abrasivos aglutinados 
Confeccionados de pequenas partículas abrasivas 
fixadas com uma substância aglutinante à haste metálica.São representados pelas pontas diamantadas, pedras e 
pontas de carborundum, de óxido de alumínio, de 
carboneto de silício ou de abrasivo impregnado com 
borracha. 
Os instrumentos diamantados são fornecidos em 
várias formas e tamanhos, assim como as brocas de 
corboneto de tungstênio (carbide). As pontas diamantadas 
são indicadas para reduzir a estrutura dentária, tanto de 
esmalte como de dentina, e devem ser utilizadas com 
refrigeração aquosa para eliminar os detritos que se 
depositam entre os grãos abrasivos, cuja consequência é a 
redução da eficiência de desgaste e maior produção de 
calor friccional. Além das pontas diamantadas convencionais, 
encontram-se no comércio pontas diamantadas para 
acabamento superficial em resinas compostas, que 
apresentam diamantes de granulação fina (45 µm) e 
ultrafina (15 µm) 
 
 
Principais formas de pontas diamantadas para preparar 
cavidades. A. Cilíndricas de extremo plano. B. Troncocônicas de extremo 
plano. C. Troncocônica de extremo arredondado. D. Cilíndricas de 
extremo arredondado. E. Cilíndrica de extremo ogival. 
 
Os demais instrumentos abrasivos são empregados 
para dar acabamento às paredes cavitárias ou para 
remover excessos mais grosseiros das restaurações. São 
apresentados em várias formas e tamanhos, diversos graus 
de abrasividade e em diferentes materiais (carborundum e 
óxido de alumínio). 
 
 
Formas básicas de pedras montadas de carborundum e de óxido de Al. 
 
Além dessas formas, existem ainda os discos e as 
rodas para montar (diamantadas ou de carborundum), 
utilizados para diferentes finalidades e cujo uso requer um 
mandril. 
 
Instrumentos montados em mandril (M): disco diamantado plano (A) e 
convexo (B); roda diamantada (C); disco de lixa de papel (D). 
 
OBS: Ao contrário das brocas, as pontas diamantadas não apresentam 
uma numeração de acordo com a classificação da American Dental 
Association. Os fabricantes têm ignorado essa classificação e procuram 
criar sua própria numeração para as diferentes formas de pontas 
diamantadas, sendo necessário consultar o catálogo dos fabricantes 
para adquiri-las. Por outro lado, os fabricantes têm seguido a Norma 
ISO
9
 (International Organization for Standardization) 2157, de 1995, 
referente à padronização de denominação e tamanho das partes 
ativas de instrumentos cortantes rotatórios, e fazem constar de seus 
catálogos o número ISO, que define o maior diâmetro da parte ativa 
do instrumento em décimos de milímetros. 
 
Instrumentos abrasivos de revestimento 
Confeccionados com uma fina camada de abrasivo 
cimentado em base flexível. São representados pelos 
discos, têm uma camada fina de abrasivos cimentados em 
base flexível. São utilizados para dar refinamento ao 
preparo cavitário ou à restauração. Apresentam diferentes 
abrasividades, com granulação grossa, média e fina. Esses 
discos são encontrados em vários diâmetros, a saber; 1/2, 
5/8, 3/4 e 7/8”, e com diferentes sistemas de encaixes 
nos mandris. 
 
Utilização dos instrumentos rotatórios 
 
A capacidade de corte e a penetrabilidade de uma 
ponta nos tecidos dentários é definida por uma conjunção 
de fatores, dentre os quais destacam-se: o diâmetro e o 
desenho da ponta, a velocidade de rotação e o torque. 
 
Pressão exercida e diâmetro da ponta 
A pressão exercida pelo contato entre uma ponta e 
uma superfície é inversamente proporcional à superfície 
de contato, ou seja, quanto maior o diâmetro/superfície da 
ponta em contato com a superfície dentária, menor a 
pressão exercida sobre os tecidos dentários e vice-versa. 
Dessa forma, uma ponta de grande diâmetro gera menor 
pressão sobre a superfície dentária e, portanto, tem 
menor penetrabilidade nos mesmos. 
 
Velocidade axial e periférica 
A velocidade que se desenvolve seguindo o eixo 
longitudinal do instrumento rotatório é denominada 
velocidade axial. Quando se efetua um trabalho mecânico, 
ou seja, perfuração, corte ou desgaste de um elemento 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731102/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#ref9
dentário ou outro qualquer, a velocidade periférica do 
instrumento é mais importante que a velocidade linear de 
superfície do instrumento rotatório, que é mais elevada 
quanto maior for o diâmetro do instrumento. 
 
Assim, um disco diamantado de 20,0 mm de diâmetro girando a uma 
velocidade axial de 24.000 rpm terá uma velocidade periférica na 
extremidade cortante de 25 metros por segundo. Para que uma broca 
de 2,0 mm de diâmetro tenha a mesma velocidade periférica é 
necessária uma velocidade axial de 240.000 rpm. 
 
Torque 
Também denominado momento de torção, o torque 
representa a capacidade de o instrumento rotatório resistir 
à ação da pressão produzida pelo contato de superfície 
que está sendo submetido ao corte, sem que seu 
movimento seja interrompido. Nos motores convencionais, 
o torque é bastante elevado e podem ser exercidas cargas 
de até 1.000 g sem que o instrumento pare. 
Não é aconselhável exercer pressões elevadas, que 
possam gerar desenvolvimento de calor excessivo, o que 
causaria reações pulpares indesejáveis. Com as turbinas, o 
torque é bem menor e a força exercida sobre a broca 
deve ser de aproximadamente 60 g para possibilitar um 
corte efetivo da estrutura dental. 
 
Concentricidade 
É a simetria da ponta ativa da broca; a excentricidade, 
por outro lado, está relacionada com o intermediário e a 
haste da broca. Se esta apresentar excentricidade durante 
a utilização, o intermediário pode estar inclinado em 
relação ao eixo longitudinal da haste ou, ainda, a conexão 
da haste com a pinça das turbinas ou peça de mão e 
contra-ângulo pode estar ruim. 
Qualquer indício de desgaste nessas engrenagens ou 
pinças exige substituição, pois uma broca excêntrica tem 
menor efetividade de corte, desgasta irregularmente a 
estrutura dentária e promove maior efeito vibracional, com 
desconforto para o paciente. 
 
Calor friccional e refrigeração 
Grande parte da energia cinética da broca ou da 
pedra, em contato com o dente, se transforma em calor. 
Esse calor por atrito tem relação direta com a pressão de 
corte e a velocidade de rotação, dependendo também de 
tipo, tamanho, qualidade e tempo de uso do instrumento 
cortante. Quando o instrumento rotatório gira a mais de 
4.000 rpm, ele deve ser refrigerado para se evitarem 
danos aos tecidos pulpares. A refrigeração mais adequada 
é o spray água-ar, que deve atuar diretamente sobre a 
parte ativa da ponta; os instrumentos odontológicos devem 
adaptar-se com diferentes fontes para permitir 
refrigeração adequada. Além de possibilitar a dissipação de 
calor friccional, a refrigeração atua como agente de 
limpeza, removendo os detritos acumulados durante a 
redução da estrutura dentária, propiciando maior 
efetividade de trabalho. 
Contaminação 
Durante a utilização de altas velocidades, partículas de 
restaurações antigas e fragmentos de estrutura dentária 
são deslocados vigorosamente da boca do paciente e 
podem atingir os olhos do profissional, provocando irritação. 
Isso pode ser evitado com o uso de óculos apropriados 
com lentes sem grau. 
Outro tipo de contaminação pode ocorrer, tendo em 
vista que, nos procedimentos de corte e desgaste, vapores 
de água da refrigeração combinam-se com a saliva e 
retornam ao meio ambiente em forma de aerossol. Como 
o profissional trabalha muito próximo da boca do paciente, 
ele pode aspirar microrganismos comuns presentes na 
saliva e outros não usuais se o paciente for portador de 
alguma moléstia infecciosa tal como hepatite, tuberculose, 
meningite etc. Pode-se evitar a contaminação, utilizando-se 
máscaras cirúrgicas que impedem a aspiração desses 
e funcionam como filtro. vapores 
 
: 
 
POSIÇÃO DE TRABALHO 
As posições de trabalho variam de acordo com o 
arco dentário e a região em que se trabalha. 
Para as cavidades de classes I e II, no hemiarco 
inferior esquerdo, o manequim deverá ser colocado de 
maneira que o plano oclusal dos dentes inferioresforme 
um ângulo de aproximadamente 45° em relação ao solo e 
ligeiramente inclinado para o lado direito. 
 
 
 
Em preparos e restaurações de cavidades de classes I 
e II, no hemiarco inferior direito, o manequim deverá ser 
fixado com o plano oclusal dos dentes inferiores paralelo ao 
solo. O operador trabalhará na posição correspondente a 8 
ou 9 horas, isto é, lateralmente ao manequim. Também 
nessa posição o operador trabalha com visão direta. 
Quando a bancada do laboratório não permitir esse 
posicionamento, ele é conseguido colocando-se o 
manequim lateralmente ao operador. 
 
 
Preensão dos instrumentos 
Além da preensão correta do instrumento, o 
profissional deverá lograr apoio em elementos dentários do 
mesmo arco, e o mais próximo possível do dente que está 
sendo tratado, para ter certeza de que o instrumento não 
deslizará bruscamente, o que poderá provocar lesões nos 
tecidos vizinhos. Fundamentalmente, existem duas formas 
de empunhar os instrumentos: 
 Posição de escrita: posição de preensão dos 
instrumentos mais usada e versátil, pois com ela é 
possível exercer grande pressão ou atuar com 
extrema delicadeza, já que ela proporciona apoio 
dos dedos polegar, indicador e médio. Durante o 
trabalho na área superior, utiliza-se a posição de 
escrita invertida. 
 
 
A: Posição de escrita. B: Posição de escrita invertida. 
 
 Posição digitopalmar: é usada quando for 
que a produzida com a necessária maior força do 
posição de escrita. A estabilidade é conseguida 
com alguma dificuldade, mas é uma posição muito 
útil, inclusive na remoção da estrutura dental 
debilitada. 
 
 
 
: 
 
Laser 
 
A palavra laser é formada pelas letras iniciais da 
locução light amplification by stimulated emission of 
radiation (amplificação da luz por emissão estimulada de 
radiação). Um cristal ou gás é excitado para emitir fótons 
luminosos, com um comprimento de onda específico, que 
são ampliados e filtrados para tornar um foco de luz 
coerente (de mesmo comprimento de onda), colimado 
(ondas eletromagnéticas paralelas) e monocromático (uma 
única cor). Os efeitos do laser dependem da intensidade da 
energia radiante emitida (joules/cm2), do modo e tempo de 
exposição e do tipo de substrato. 
A absorção da energia decorrente dos diferentes 
comprimentos de ondas varia em função do tipo de tecido, 
ou seja, duro ou mole. Os melhores resultados são obtidos 
quando o comprimento de onda do laser é próximo à 
banda de absorção do substrato. Altas densidades de 
energia e/ou tempos maiores podem produzir ação 
equivalente ao desgaste ou corte da superfície com 
instrumentos rotatórios. O laser pode ser operacionalizado 
com ondas contínuas ou pulsadas, sendo que comumente 
o controle da energia emitida pelo aparelho é estabelecido 
na forma de pulsos. Normalmente a média de pulsos, que 
pode ser selecionada pelo operador, situa-se entre 20 e 
1.000 hertz ou ciclos por segundos, e a duração do pulso 
entre 1 e 50 microssegundos. 
As principais razões para a aplicação do laser em 
tecidos duros envolvem a esperança de reduzir a dor e 
desconforto do paciente, que estão presentes quando se 
usa o processo tradicional de corte da estrutura dental, 
com instrumentos rotatórios de alta e baixa rotação, 
possibilitando um tratamento mais conservador por meio 
de abordagem precisa de lesões incipientes e remoção 
seletiva de tecidos sadio/cariado. 
A literatura científica odontológica está repleta de 
estudos revelando a ampla faixa de utilização do laser, 
envolvendo tanto tecidos moles quanto tecidos duros, além 
da polimerização de resinas compostas e como 
coadjuvante em procedimentos clareadores. Em 1990, a 
FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental 
dos EUA, aprovou o laser de 
neodímio:yttrium.aluminum.garnet (Nd:YAG) como opção 
viável para procedimentos odontológicos. Dessa forma, o 
pioneirismo dos clínicos envolvidos com a tecnologia 
do laser permitiu o uso do laser de neodímio:YAG na 
remoção de lesões cariosas incipientes em esmalte e 
dentina, sem nenhum dano ao tecido pulpar, e o 
condicionamento de superfície de esmalte, demonstrando 
ainda potencial para prevenir lesões em esmalte quando 
este for irradiado com a energia do laser 
Em 1997, a FDA aprovou o uso do laser de érbio:YAG 
em procedimentos em tecidos duros, tais como remoção 
de tecidos cariados e realização de preparos cavitários. O 
comprimento de onda desse tipo de laser é de 2,94 µm, 
sendo muito bem absorvido pela água e pela hidroxiapatita. 
Seu modo de atuação permite remover esmalte e dentina 
por ablação de forma muito rápida e sob refrigeração 
de spray de água, sendo menos traumático que a broca de 
alta rotação, e a lesão cariosa pode ser vaporizada sem 
dano ao tecido vizinho e sem que o calor afete a polpa, 
oferecendo para o paciente um conforto com a ausência 
de contato mecânico durante o tratamento e de ruído. 
Além disso, em alguns procedimentos, a anestesia não é 
necessária. 
Face aos riscos eminentes na utilização dos aparelhos 
de laser, a Academia Americana de Laser em Odontologia 
estabeleceu parâmetros gerais de segurança e que 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731102/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#ref2
envolvem, entre outros, os seguintes cuidados: proteção 
dos olhos tanto da equipe de trabalho quanto do paciente; 
proteção dos tecidos-alvo e não alvo; ambiente de trabalho 
com avisos de advertência apropriados e com acesso de 
pessoas limitado durante utilização. 
Não obstante o desenvolvimento e as vantagens 
inerentes ao uso do sistema laser em Odontologia, os 
aparelhos disponíveis ainda têm alto custo. Sua aquisição só 
se justifica se o aparelho for usado de forma sistemática 
no consultório. Em termos de preparo cavitário, 
apresentam limitação para remover grandes quantidades 
de estrutura dental, esmalte e dentina; não permitem a 
definição de paredes cavitárias como se estabelece com 
instrumentos rotatórios, sendo, portanto, mais indicados 
para procedimentos restauradores com materiais adesivos. 
 
Sistemas ultrassônicos 
 
Um sistema alternativo para preparos cavitários 
envolve a instrumentação ultrassônica (vibração acima de 
20.000 Hz), por meio de movimentos oscilatórios de pontas 
diamantadas com diferentes configurações, e cuja 
transmissão é estabelecida por uma peça de mão acoplada 
a uma terminação de ar comprimido, permitindo a 
obtenção de cavidades com geometria precisa e melhor 
acabamento, haja vista que as pontas estabelecem o 
desgaste da estrutura dentária com maior controle 
operacional, diferentemente dos instrumentos rotatórios. 
Em Odontologia, o diamante e sua forma de fixação 
nas pontas CVD (chemical vapor deposition) são diferentes 
das pontas diamantadas convencionais, pelo fato de ser um 
diamante obtido por deposição química, a partir da fase de 
vapor. É um processo complexo, no qual a formação do 
diamante ocorre diretamente sobre uma haste de 
molibdênio, utilizando gases como metano na presença de 
hidrogênio. Nesse processo, após algumas interações físico-
químicas o diamante é formado como peça única sobre a 
haste metálica sem necessidade de métodos de aderência, 
o que garante maior durabilidade ao instrumento. 
 
 
Sistema de pontas de diamantes acopladas ao aparelho de ultrassom que 
funcionam por movimento vibratório. B. Diferenças estruturais e no tamanho de 
partículas entre uma ponta diamantada convencional de granulometria regular 
(esquerda) e uma ponta de diamante CVDentus® (direita). 
A ativação do instrumento cortante por ultrassom, de 
forma geral, pode proporcionar menor ruído, menor 
sensibilidade operatória e preparos cavitários mais 
conservadores. Além disso, a vibração, em vez de rotação 
da ponta ativa do instrumento, favorece sua utilização em 
contato com tecidos moles, produzindo mínima lesão a 
gengiva, língua ou lábios. 
 
 
 
Alguns cuidados devem ser estabelecidos na 
utilização do sistema ultrassônico, tais como: a pressão 
durante o preparo não deve serexagerada, pois causaria o 
amortecimento da vibração sônica. Para melhorar a relação 
rendimento/pressão em um preparo cavitário deve ser 
empregado o acionamento total do pedal de controle de 
ar. Para acabamento de margens, acionamento reduzido e 
suficiente refrigeração de ar/água. Para facilitar o processo 
de esterilização em autoclave, as pontas vêm 
acondicionadas em caixa metálica própria. 
 
 
A: Ponta de diamante do sistema CVDentus
®
 sendo utilizada subgengivalmente 
para o acabamento de faceta direta de resina composta. B: Imediatamente após 
o acabamento da superfície de resina em nível subgengival, pode-se observar 
que a ponta de diamante causou mínima lesão à gengiva, o que é 
demonstrado pela ausência de sangramento. 
 
Microscópio operatório 
 
Apesar da denominação de microscópio, o aparelho 
não permite a visualização dos objetos em nível 
microscópico, e sim com um aumento que pode variar de 
3 a 20 vezes, permitindo refinamento da técnica operatória 
na qual a acuidade visual é melhorada por meio do uso de 
magnificação ótica. 
O uso de lupas é muito mais comum entre os 
profissionais, pois o custo é menor e elas são mais 
facilmente encontradas no mercado; a magnificação, 
porém, é limitada. As lupas comumente apresentam de 1 a 
4 vezes de aumento e oferecem benefícios ergonômicos 
como maior distância entre o objeto e o operador, 
proporcionando uma postura mais ereta deste. Lupas com 
maior capacidade de aumento tornam-se pesadas e, em 
procedimentos mais demorados, podem incomodar o 
operador e provocar tremores no pescoço. 
O microscópio oferece ao clínico uma tríade: 
iluminação, magnificação e precisão. Iluminação e acuidade 
visual melhoradas, juntamente com mãos experientes, 
tornam os procedimentos clínicos mais precisos. 
Os refletores das cadeiras odontológicas apresentam 
em média 25.000 lux de potência, enquanto alguns 
microscópios chegam a mais de 80.000 lux de luz fria 
transmitida por fibra ótica. Para procedimentos 
restauradores que envolvem utilização da resina composta 
fotopolimerizável, essa potência de luz provoca a rápida 
polimerização do material resinoso. Dessa forma, alguns 
microscópios implementaram filtros de luz de cor laranja na 
saída da fonte de luz para evitar tal problema. Esse filtro 
deve ser utilizado somente no momento da aplicação de 
materiais fotopolimerizáveis. 
Aumentos exagerados proporcionados pelos 
microscópios, podem gerar dificuldades para se estabilizar o 
foco. Os dentes, objetos que devem ser visualizados em 
três dimensões, tendem a aparecer parcialmente fora de 
foco quando muito aumentados. Para evitar esse problema, 
é necessário que seja acoplada ao microscópio uma lente 
de grande profundidade de foco (p. ex., 200 mm). Vale 
ressaltar que os microscópios operatórios têm lupa com 
regulagem de magnificação e um sistema binocular. A 
visão paralela resultante evita a fadiga dos olhos, o que não 
ocorre com as lupas que oferecem visão convergente. 
 
OBS: Tanto a magnificação como a microfocalização podem ser 
reguladas manualmente ou acionadas por motor. Apesar de existirem 
campos esterilizáveis para proteção do aparelho, os microscópios 
utilizados em procedimentos cirúrgicos devem ser preferencialmente 
motorizados, para evitar que o cirurgião contamine o microscópio e as 
luvas durante o seu ajuste. Os microscópios utilizados em 
procedimentos que não envolvem procedimentos cirúrgicos, como por 
exemplo tratamentos endodônticos não cirúrgicos e dentística 
restauradora, podem ser manuais. 
 
 
Posições ergonômicas com o uso da lupa (A) e do microscópio operatório (B).

Outros materiais