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rx de torax

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13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
Radiografia de tórax 
É fundamental observar a identificação do paciente (que fica à direita do paciente) para garantir que aquela 
radiografia pertence mesmo àquele paciente, assim como o sexo e a idade. Sempre que for analisar uma 
radiografia você olha como se estivesse de frente para o paciente. 
As projeções mais comuns são: PA (posteroanterior) e P (perfil). As menos comuns, mas ainda utilizadas são 
AP (anteroposterior), ápico-lordótica, decúbito lateral e oblíquas. Essas projeções e posições são importantes 
para não distorcer muito a imagem. As distorções podem acontecem em pacientes cifóticos, obesos etc. 
PA – Posteroanterior: 
• A radiação entra pela parte posterior do paciente e sai pela anterior 
• Nessa posição, o tórax fica mais próximo do filme e mais longe do aparelho de rx, o que evita distorções 
já que a sombra fica mais próxima da realidade 
• VD não aparece nessa projeção 
• Vê o que é superior e inferior além de esquerdo e direito 
 
P – Perfil: 
• O paciente fica de lado e a radiação entra em um lado e sai pelo outro. Não faz diferença em relação a 
qual lado o paciente está recebendo a radiação 
• Consegue ver o que é superior, inferior, anterior e posterior. 
• Não é possível identificar o que é direito e o que é esquerdo 
• O VD aparece em contato com o esterno 
• O átrio direito não aparece 
 
AP – Anteroposterior: 
• A radiação entra pela parte anterior e sai pela parte posterior 
• É mais utilizado em pacientes debilitados (que não conseguem ficar de pé) e em crianças que também 
não conseguem ficar de pé 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
Ápico-lordótico: 
• Visa tirar a clavícula para observação do ápice pulmonar 
• Importante em tuberculose 
 
Raios horizontais – Laurell: 
• Importante para observar líquidos (derrame pleural) 
• Se o paciente tem suspeita de derrame pleural do lado direito ele deve se deitar do lado direito, de forma 
que o lado direito fique para baixo 
 
OBS: se você pedir rx de PA e P você consegue ter uma visão tridimensional do tórax. 
OBS2: a imagem se forma em partes “pretas” e “brancas” pois a radiação passa pelo corpo e atinge o filme e 
as partes densas retém a radiação enquanto as partes moles deixam a radiação passar. Logo, quanto 
mais denso mais branco aparece na radiografia e mostra que a radiação ficou retida no corpo do paciente, 
diferentes de partes menos densas (moles) por onde a radiação passa e queima o filme (cristais de prata) 
deixando-o preto. 
Estudo sistematizado do tórax 
É importante seguir um roteiro pré-determinado para o estudo das radiografias. Não importa a ordem, desde 
que todos os itens sejam avaliados. 
1. Partes moles 
2. Esqueleto torácico 
3. Hilos e trama: vascularização do pulmão 
4. Campos pulmonares 
5. Diafragma e seios costofrênicos 
6. Coração e mediastino 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
 
OBS: O diafragma mais baixo é o esquerdo porque o coração está levemente inclinado para a esquerda e isso 
abaixa o diafragma, enquanto do lado direito temos o fígado que é um órgão maciço e acaba empurrando o 
diafragma para cima. 
Anatomia radiográfica do tórax 
Caixa torácica 
Campos pleuro pulmonares: 
• Pulmão direito possui 3 lobos e 2 cisuras 
o Lobos superior, médio e inferior 
o Grande cisura e pequena cisura 
• Pulmão esquerdo possui 2 lobos e 1 cisura 
o Lobo superior (onde se encontra a língula) e lobo inferior 
o Grande cisura 
Mediastino: 
• Qualquer doença que esteja no pescoço pode invadir o mediastino já que não é um limite superior para 
delimitar o mediastino 
• Dividido em superior e inferior. O superior não se subdivide e está acima do nível do pericárdio. O 
inferior está abaixo do pericárdio e se subdivide em: 
o Anterior (timo residual, linfonodos e mesênquima) 
o Médio (coração, grandes vasos como veia cava inferior e superior, aorta torácica, artéria 
pulmonar, brônquios, linfonodos e nervo frênico) 
o Posterior (aorta descendente, esôfago, ducto torácico, linfonodos, nervos e áreas 
paravertebrais) 
• Existe uma grande dificuldade em identificar onde está a lesão 
Diafragma 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
 
Segmentação pulmonar D 
Esses segmentos são todos independentes um dos outros, em termos de ventilação, vascularização, inervação 
e drenagem linfática. 
• Lobo superior: apical (B1), posterior (B2) e anterior (B3) 
• Lobo médio: lateral (B4) e medial (B5) 
• Lobo inferior: superior (B6), basal medial (B7), basal anterior (B8), basal lateral (B9) e basal posterior 
(B10) 
Segmentação pulmonar E 
• Lobo superior: apical-posterior (B1/2), anterior (b3), lingular superior (B4), lingular inferior (B5) 
• Lobo inferior: superior (B6), basal medial (B7), basal anterior (B8), basal lateral (B9) e basal posterior 
(B10) 
Sinal da silhueta 
Não é exclusivo de radiografia torácica 
Indefinição radiológica dos limites de 2 estruturas contiguas e com densidades semelhantes (perda da definição 
do limite dessas estruturas) 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
Pulmões 
Limite do mediastino no lobo superior direito 
• Aorta ascendente 
• Veia cava superior 
• Veia ázigos 
Pode se ter um sinal da silhueta com as estruturas que estiverem nessa 
região. Se um tumor estiver nessa região pode acontecer síndrome da 
veia cava superior. 
 
 
 
Limite do mediastino no lobo superior esquerdo 
• Arco aórtico 
• Tronco pulmonar (ou artéria pulmonar principal) 
Não inclui a língula 
Não é possível ver direito e esquerdo nessa situação 
 
 
 
 
Limite inferior direito do mediastino 
• Átrio direito 
 
 
 
 
 
 
Limite inferior esquerdo do mediastino 
• Átrio esquerdo 
• Ventrículo esquerdo 
Sinal da silhueta: pneumonia, neoplasia 
 
 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
• Não fazem silhueta com as 
principais estruturas do 
mediastino 
 
OBS: para identificar/verificar lesões nos lobos inferiores, seja direito ou esquerdo, a radiografia precisa ser em 
perfil. Se não estiver em perfil não pode dizer onde a lesão está. 
Índice cárdio-torácico 
 
É utilizado para avaliar se existe cardiomegalia 
Esse índice não pode ser superior a 0,5. Se for superior a isso indica cardiomegalia 
Para pacientes pediátricos é normal até 0,6 
Tem que passar pelas bordas internas das costelas para não pegar gordura em pacientes obesos 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
Variação de acordo com a idade 
 
O arco aórtico é menos evidente na criança 
Tronco pulmonar é mais convexo na criança e concavo no adulto (segunda seta) 
Radiografia de tórax em perfil 
 
Primeiro ramo do arco aórtico: é a coronária, mas tem seu limite no tronco braquiocefálico. Dele se original 
a a. subclávia direita e a. carótida comum direita 
Segundo ramo do arco aórtico: artéria subclávia esquerda 
Terceiro ramo do arco aórtico: a partir da subclávia esquerda 
13/08/2021 Radiologia Natalia Lisboa 
 
A janela aórtico-pulmonar está entre o arco aórtico e a a. pulmonar esquerda e é o primeiro local que se pode 
ver quando uma doença pulmonar tenta se espalhar para o resto do corpo, já que nessa área se tem linfonodos 
sentinelas. Quando existe um apagamento da janela aórtico-pulmonar quer dizer que a doença que está no 
pulmão está tentando/já começou a se espalhar para o resto do corpo (foco pulmonar → foco sistêmico)

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