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Síndromes Neurológicas

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1 Melinna Cardoso 
SÍNDROMES 
NEUROLÓGICAS 
SÍNDROME PIRAMIDAL 
 É a principal síndrome a ser estudada e tem como 
sinônimos: Síndrome do Primeiro Neurônio ou 
Neurônio Motor Superior; 
 Principal trato lesado: corticoespinhal, um trato 
motor/eferente que faz conexão dentro do sistema 
nervoso central; 
ACHADOS 
 Achado patognomônico: sinal de Babinski; 
 Outras alterações: 
o Hiperreflexia (miotáticos); 
o Abolição do reflexo cutâneo abdominal 
(superficial); 
o Clônus; 
o Plegia: diminuição da força muscular, que 
é avaliada pela escala de Medical Research 
Council. 
o Hipertonia elástica. 
SINAL DE BABINSKI 
 
A pesquisa do reflexo cutâneo-plantar deve ser feita 
com um objeto de ponta romba, sendo feito o estímulo 
do calcâneo em direção aos dedos e do quinto dedo em 
direção ao hálux. 
Normalmente, ocorre a flexão dos dedos, como 
mostrado na segunda foto. 
O sinal de Babinski é dito presente quando ocorre uma 
extensão do hálux na pesquisa do reflexo cutâneo-
plantar. 
Porém, isso só é considerado patológico a partir do 
momento em que a criança começa a deambular, cerca 
de 1 ano de idade. 
OBS: Se o sinal de Babinski está presente à direita, a 
lesão no córtex foi à esquerda, porque a decussação 
das pirâmides só ocorre no bulbo. 
HIPERREFLEXIA 
Ocorre aumento dos reflexos tendinosos profundos, a 
exemplo do “patelar” e do “aquileu”. 
CLÔNUS 
Quando realizamos o estiramento súbito de um 
tendão, o paciente com clônus apresenta contrações 
involuntárias de maneira repetitiva. Para fazer esse 
estiramento, faz-se um movimento forçado contrário 
ao que o reflexo faria e sustenta. 
Por exemplo, no reflexo Aquileu, para estirar o tendão 
temos que fazer a dorsiflexão forçada. Um paciente 
com clônus apresentaria repetitivamente movimentos 
de flexão plantar. 
 
HIPERTONIA ELÁSTICA 
Aumento do tônus muscular, de modo que o paciente 
adquire a postura de Wernicke-Man (membro superior 
fletido e membro inferior extendido), enquanto a 
marcha observada é a Ceifante. 
Sinal do canivete: paciente apresenta, a princípio, 
resistência ao movimento e, depois, cede. 
 
SINAL DE HOFFMAN 
Seria o “equivalente” do Babinski no membro superior. 
Pesquisado segurando a mão do paciente 
completamente relaxada. Segura-se o dedo médio do 
paciente, deixando a falange distal livre e dando 
“petelecos” repetitivos nela. Se o sinal de Hoffman 
estiver presente, o paciente tem a tendência a 
aproximar o polegar do indicador. 
OBS: Pode estar presente em pessoas que não 
possuem síndrome piramidal. 
 
2 Melinna Cardoso 
 
 
Principal patologia representante desse grupo: 
Acidente Vascular Encefálico. 
SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR 
 Segundo Neurônio Motor. 
 Tronco cerebral e medula espinhal (substância 
cinzenta). 
 Liga o sistema nervoso central com o sistema 
nervoso periférico; por isso, as manifestações 
são diferentes. 
ACHADOS 
 Fraqueza muscular; 
 Atrofia: bem pronunciada; 
 Hipo ou Arreflexia: reflexos diminuídos ou 
ausentes (globalmente); 
 Fasciculações: diferentemente do clônus, 
ocorre sem a presença de estímulo; 
 Hipotonia: diminuição do tônus muscular. 
 Liga o sistema nervoso central com o sistema 
nervoso periférico 
 
Exemplos de causas: Lesão de nervos periféricos e 
Poliomielite. 
OBS: Na fase de choque medular, período inicial após 
um trauma que lesa o neurônio motor superio, não dá 
para distinguir se a síndrome é do neurônio motor 
superior ou inferior. 
 
SÍNDROME CEREBELAR 
Causas: AVE cerebelar, neoplasias, abscessos e etilismo 
crônico que dá nome à marcha (marcha do ébrio). 
OBS: As fibras do cerebelo não cruzam para o lado 
oposto, logo, uma lesão no cerebelo resulta em 
alteração homolateral (diferentemente do 
corticoespinhal). 
ACHADOS 
TREMOR DE INTENÇÃO: 
Tremor que surge quando o indivíduo vai realizar um 
movimento voluntário (diferentemente do Parkinson, 
onde ocorre tremor de repouso); 
DISDIADOCOCINESIA: 
Dificuldade de realizar movimentos rápidos e 
repetitivos; 
 
DISARTRIA ESCANDIDA: 
É caracterizada pela fala lenta, monótona e explosiva; 
NISTAGMO: 
Contrações oculares involuntárias e repetitivas. Deve 
ser pesquisado na avaliação do III, IV e VI pares, 
pedindo para o paciente acompanhar um objeto com 
os olhos, na vertical, horizontal e diagonal (sem mover 
a cabeça ou o pescoço); 
REFLEXO PENDULAR: 
Observado na pesquisa do reflexo tricipital e do reflexo 
patelar – o paciente apresenta movimento pendular; 
DISMETRIA: 
 
3 Melinna Cardoso 
Alteração na medida do movimento, observada pelas 
provas dedo-nariz, calcanhar-joelho; 
Dedo-nariz: Com o membro superior estendido 
lateralmente e os olhos fechados, o paciente é 
solicitado a tocar a ponta do nariz com o dedo. 
Dedo-nariz-dedo: de olhos abertos, o paciente deve 
tocar o nariz e, depois, o dedo do examinador que está 
a sua frente, alternando. 
 
Calcanhar-joelho: paciente está em decúbito dorsal e 
cruza uma perna sobre a outra, devendo deslizar o 
calcanhar até o joelho contralateral. 
HIPOTONIA MUSCULAR; 
Diminuição do tônus muscular 
MANOBRA DO RECHAÇO 
Pede-se para o paciente tentar fletir o braço, enquanto 
o examinador tenta estender o braço dele contra a 
resistência. Em pacientes normais, quando o 
examinador solta o braço, eles conseguem frear o 
movimento. Um paciente com lesão cerebelar pode 
não conseguir frear o movimento e acabar atingindo o 
próprio rosto. 
 
ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO 
 Equilíbrio dinâmico: Marcha do ébrio ou 
cerebelar – base alargada, caminha em zigue-
zague, não consegue andar em linha reta; 
 Equilíbrio estático: Teste de Romberg – 
resultado controverso, pois não conseguimos 
sequer realizar esse teste adequadamente; na 
hora em que pedimos para o paciente 
aproximar os pés, ele já apresenta tendência à 
queda, antes mesmo de fechar os olhos. 
OBS: Lembrar que, todas as vezes que pedimos para o 
paciente andar, precisa ser de olhos abertos/ 
fechados/ na ponta dos pés/ nos calcanhares/ em linha 
reta, para que possamos observar as alterações. 
 
 
 
 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
As causas comuns de aumento da PIC são hidrocefalia, 
aumento do volume de LCR, edema cerebral, aumento 
do volume encefálico e lesões expansivas que ocupam 
o espaço intracraniano. 
DOUTRINA DE MONRO – KELLIE 
A cavidade intracraniana é um espaço fechado, 
ocupado por três compartimentos: sangue, encéfalo e 
LCR. Normalmente, os volumes dos três 
compartimentos estão em equilíbrio. 
O volume encefálico normal é de cerca de 1.400 mℓ, o 
volume de LCR intracraniano é de aproximadamente 
75 mℓ e o volume vascular intracraniano é de cerca de 
75 mℓ. 
Como o crânio não pode se expandir, e o encéfalo não 
pode ser muito comprimido, quando o volume de um 
dos compartimentos aumenta, o volume dos outros 
compartimentos tem de sofrer diminuição 
compensatória. 
A compensação é mais efetiva nos processos de avanço 
lento do que nas doenças agudas. 
Se a compensação falhar, a PIC (pressão intracraniana) 
aumenta. 
CONSEQUÊNCIAS 
Quando a PIC aumenta, há duas consequências 
prejudiciais principais. A primeira é a herniação de 
estruturas encefálicas fora de sua localização normal, 
causando aglomeração e compressão em outros locais. 
A segunda é a diminuição da pressão de perfusão 
cerebral (PPC). Normalmente, a pressão arterial é 
maior que a PIC, possibilitando que haja perfusão 
cerebral. 
 
4 Melinna Cardoso 
A resposta de Cushing é um aumento reflexo da 
pressão arterial para manter a PPC. 
 
TRÍADE CLÁSSICA: 
 Cefaleia; 
 Vômitos em jato; 
 Edema de papila. 
TRÍADE DE CUSHING 
Hipertensão intracraniana grave: 
 HAS; 
 Bradicardia; 
 Bradipneia. 
SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL 
O sistema extrapiramidal é responsável por: 
 Modulação do movimento; 
 Ajuste fino; 
 Automatização do movimento. 
ACHADOS: 
Principal representante: Doença de Parkinson. 
BRADICINESIA: 
Lentificação dos movimentos. 
HIPERTONIAPLÁSTICA 
Aqui, a hipertonia é global: afeta de maneira igual toda 
a musculatura. 
Sinal da roda denteada: o paciente apresenta 
resistência durante todo o arco do movimento, do 
início ao fim. 
TREMOR DE REPOUSO 
Diferentemente da síndrome cerebelar, aqui o tremor 
ocorre durante o repouso. Inclusive, há tendência de 
melhora no tremor quando o paciente inicia um 
movimento. 
INSTABILIDADE POSTURAL 
Influenciada, também, pela hipertonia. 
MARCHA PARKINSONIANA 
O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o 
movimento automático dos braços. A cabeça 
permanece inclinada para a frente, e os passos são 
miúdos e rápidos, dando a impressão de que o paciente 
"corre atrás do seu centro de gravidade" e vai cair para 
a frente. 
 
OBS: Força, reflexos e sensibilidade: inalterados 
SÍNDROMES MEDULARES 
 
TRATO CORTICOESPINHAL: 
É um trato MOTOR. 
Uma lesão medular nesse trato gera alteração do 
mesmo lado da lesão. (Atentar que o cruzamento das 
fibras ocorreu lá em cima e, por isso, uma lesão na 
medula do lado direito gera alteração na motricidade 
lado direito, por exemplo). 
TRATO ESPINOTALÂMICO 
É um trato ascendente/aferente. 
Relacionado à sensibilidade SUPERFICIAL (tátil, 
dolorosa superficial, térmica). 
Diferentemente dos outros, as suas fibras cruzam 
assim que entra na medula. Então, se lesamos a 
medula do lado direito, alteramos a sensibilidade 
superficial do lado esquerdo. 
FASCÍCULOS GRÁCIL E CUNEIFORME 
São, também, aferentes. 
 
5 Melinna Cardoso 
Relacionados à sensibilidade PROFUNDA (vibratória, 
cinético-postural, propriocepção, dolorosa profunda, 
pressórica). 
Uma lesão medular nesse trato gera alteração no 
mesmo lado da lesão. 
EXEMPLOS: 
SÍNDROME MEDULAR POSTERIOR 
Lesão no cordão posterior da medula: fascículos grácil 
e cuneiforme. 
 Alteração da sensibilidade profunda. 
 Preserva motricidade e sensibilidade superficial. 
Devemos lembrar que a propriocepção (um dos 
componentes da sensibilidade profunda) nos localiza 
em relação ao espaço. 
Logo, um paciente com a propriocepção lesada não 
tem a noção da distância entre o pé e o chão e, por isso, 
olha muito para o chão e pisa de maneira pesada com 
o calcanhar. 
OBS: Quando a lesão é só de um lado, pode ser difícil 
diferenciar essa marcha da escarvante. Mas, na 
escarvante o paciente perde a dorsiflexão. Então, se ele 
consegue realizar a dorsiflexão, a marcha é tabética, 
provavelmente. Além disso, o pct com marcha 
escarvante não apresenta alteração ao fechar os olhos, 
mas o pct com marcha tabética apresenta muita 
dificuldade. 
Romberg: Terá tendência à queda, assim que fechar os 
olhos, para qualquer lado. 
SÍNDROME MEDULAR ANTERIOR 
 Alteração na motricidade e na sensibilidade 
superficial. 
 Preserva o cordão posterior (sensibilidade 
profunda); 
HEMISSECÇÃO (BROWN-SEQUARD) 
Motricidade (Trato corticoespinhal) e Sensibilidade 
profunda (grácil e cuneiforme) alterados do lado da 
lesão; enquanto a sensibilidade superficial (trato 
espinotalâmico) é alterada do lado oposto à lesão. 
SECÇÃO COMPLETA 
Altera a motricidade, a sensibilidade superficial e a 
profunda.

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