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Síndrome do corrimento genital

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Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
S Í N D R O M E D O corrimento genital 
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA VAGINA 
Ambiente vaginal fisiológico 
O ambiente normal da vagina consta com glândulas 
que produzem secreções fisiológicas e também com 
uma flora bacteriana específica, que, em casos de 
desequilíbrio, podem culminar na infecção por alguns 
patógenos 
• Glândulas sebáceas 
• Glândulas sudoríperas 
• Glândulas de Bartholin e de Skene 
Conteúdo vaginal fisiológico 
• Muco cervical 
• Secreção vaginal de glândulas 
• Células vaginais e cervicais 
• Proteínas, glicoproteínas e carboidratos 
• Pequena quantidade de leucócitos 
• Microrganismo da flora vaginal 
o Aeróbios: Lactobacilo acidófilo, E. coli, 
Streptococcus spp., Staphylocuccus 
epidemidis 
o Anaeróbios facultativos: Gardnerella 
vaginalis 
o Anaeróbicos estritos: Prevotella spp., 
Bacteroides spp. 
o Fungos: Candida spp. 
Secreção vaginal fisiológica 
Secreção, que é localizada no fundo da vagina, de 
consistência flocular, pH de 4,5 (ácido) e cor que 
transita entre branco ou transparente (ex. muco tipo 
clara de ovo na fase pré-ovulatória) 
• Microscopia da secreção: Células epiteliais 
superficiais, pouco leucócitos e poucas células 
indicadoras (clue cells indicando Gardnerella 
vaginalis) 
Outros mecanismos de defesa 
• Vulva: Tegumento, pelos bem distribuídos e 
captação adequada (fechamento) de 
pequenos lábios 
• Vagina 
o Acidez (pH 4 a 4,5) e lactobacilos 
o Integralidade do assoalho pélvico 
o Justaposição das paredes vaginais 
o Espessura e pregueamento das paredes 
vaginais (reduzidos na menopausa) 
o Alterações cíclicas 
• Colo: Muco endocervial, ação bactericida e 
integridade anatômica 
VAGINOSES BACTERIANAS 
Patogenia 
Alteração da flora bacteriana vaginal normal com 
perda de lactobacilos produtores de H2O2, que reduz 
a acidez vaginal (aumento do pH) e culmina no alto 
crescimento da bactérias anaeróbicas 
• Gardnerella vaginalis (principal) 
VULVOVAGINITES 
Inflamação ou infecção de vulva ou vagina, que 
correspondem a 50-70% das queixas em consultas 
ginecológicas 
• Estima-se que 10 milhões de consultas por 
ano sejam decorrentes de sintomas 
relacionados às vulvovaginites. 
• Vaginite: Infecção típica na menopausa e 
pós-menopausa 
• Vaginose: Infecção sem sinais de inflamação 
O Lactobacillus spp. representa 90% das bactérias 
presentes na flora de uma mulher sadia em idade 
reprodutiva e são os responsáveis por manter o pH 
ácido, que inibe o crescimento de bactérias nocivas 
à mucosa vaginal 
• Com aproximação da menopausa, tem-se 
uma redução da população de lactobacilos, 
elevando o pH vaginal (reduz defesa vaginal) 
Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
• Mobiluncus, bacteroides 
• Mycoplasma hominis. 
Microbiologia da Gardnerella vaginalis 
Bactéria anaeróbia facultativa em forma de bastonete 
pleomórfico, que é imóvel e não capsulado 
• Clue cells: Células evidenciadoras que indicam 
a presença de Gardnerella vaginalis 
Características clínicas 
• Odor desagradável (peixe podre) 
• Corrimento homogêneo e branco-cinza, que 
se apresenta em pequena intensidade 
o Pode ter bolhas (fermentação da bactéria 
anaeróbia) 
• Habitualmente não apresenta prurido, ardor 
ou queimação 
• Comum recorrência (princ. por fazer parte da 
flora) 
• Maior risco de doença inflamatória pélvica 
(DIP), DIP pós-abortamento, infecções pós-
operatórias da cúpula vaginal após uma 
histerectomia 
• Citologia cervical anormal 
Diagnóstico 
• Critérios de Amsel 
o Corrimento vaginal branco acinzentado 
em pequenas quantidades 
o pH ≥ 4,5 
o Teste de aminas (whiff) positivo: Coleta 
do material em consultório com adição 
de hidróxido de potássio a 10% em uma 
lâmina e imediatamente exala o odor de 
peixe podre típico (liberação de aminas 
vasoativas) 
o Presença de clue cells (patognomônico) 
• Exame bacterioscópio: Usa-se exame a fresco 
ou corado pelo gram, notando a presença de 
clue cells e um número baixo ou inexistente de 
leucócitos (sem inflamação) na citologia 
o Não se faz cultura 
Tratamento 
• Metronidazol (fármaco de escolha) 
o 2g por via oral, em dose única 
o 400 mg por via oral, de 12 em 12 horas, 
por 7 dias 
o Grávidas: Mesma indicação das mulheres 
não-grávidas 
• Tinidazol: 2g por via oral em dose única 
Imunodeprimidos, VB recorrentes e /ou associado a Mobiluncus 
• Clindamicina: 300mg por via oral, de 12 em 12 
horas, por 7 dias ou creme vaginal a 2%, 1x à 
noite, por 7 dias 
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL 
Epidemiologia 
• 75% das mulheres já foram acometidas por 
uma espécie de Candida 
o 80 a 90%: Candida albicans 
o 5 a 10%: Candida glabrata 
• 40 a 50% das mulheres apresentam um 2° 
episódio e 5% tem recorrência 
Em uma paciente típica e muito sintomática, não 
se deve esperar o resultado da citologia para iniciar 
o tratamento polimicrobiano (abrange grande 
parte dos patógenos) 
• No retorno, caso haja algo não esperado, 
faz-se um tratamento complementar 
• Atenção às práticas que alteram o pH da 
vagina (duchas vaginais, cremes e sabonetes 
vaginais inadequados, etc) 
 
Não é DST: Não é preciso tratar parceiros 
 
Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
Características clínicas 
Microrganismo comensal com capacidade dimórfica 
(esporos e hifas), que, a depender do sistema imune 
genital, pode ser fisiológico na flora ou se transformar 
em um estado infeccioso 
• Sintomatologia: Concentração > 104/mL 
• Frequente na menacme (período desde a 
menarca até a menopausa) 
Fatores predisponentes 
Todos os fatores que podem modificar a imunidade 
sistêmica ou a local 
• Gestação (sistêmica) 
• Diabetes mellitus e HIV (sistêmica) 
• Contraceptivos orais (local) 
• Uso de antibióticos e de corticosteróides 
(sistêmica) 
• Hábitos higiênicos inadequados (local – ex. 
muito tempo com a mesma calcinha, pouca 
lavagem, biquíni úmido) 
• Roupas íntimas justas ou sintéticas (local) 
o Aconselha-se dormir sem calcinha 
Caraterísticas clínicas 
• Sintomatologia 
o Prurido genital 
o Corrimento branco aderente à parede 
vagina (aspecto de leite coalhado) 
o Pode ocorrer disúria (pela proximadade 
do meatro uretral) 
o Pode ocorrer dispareunia (tipo superficial 
– início da penetração pela irritação da 
vulva) 
o Piora no período pré-menstrual (pelas 
alterações imunológicas locais) 
• Exame ginecológico: Eritema, edema e/ou 
fissuras (coceira) na vulva 
o Paciente fica muito incomodada ao ser 
examinada devido à irritação da vulva 
• Exame especular: Aumento do conteúdo 
vaginal com placas aderidas à parede vaginal 
ou ao colo uterino 
o Pode ter fluido esbranquiçado 
o pH menor que 4,5 (cândida se desenvolve 
no pH ácido, sem alterá-lo) 
• Ocasionalmente pode ocorrer um corrimento 
amarelado devido à associação da candidíase 
com uma vaginose bacteriana 
Diagnóstico 
• Bacterioscopia a fresco: Visualiza-se hifas ou 
esporos no microscópia 
o Se for negativo, deve-se continuar a 
investigação (cerca de 50% das culturas) 
• Bacterioscopia com coloração pelo método de 
gram (melhor definição de hifas e esporos) 
• Cultura específicas: Sabouraud e Nickerson 
• Teste de aminas negativo (sem odor fétido) 
Tratamento 
• Episódios isolados: O tratamento se dá por via 
vaginal preferencialmente 
o Miconazol: Creme vaginal a 25% ou 
óvulos vaginais de 100mg, 1x ao deitar-se 
durante 7 dias 
o Outras opções: Tioconazol, isoconazol, 
terconazol, clotrimazol, fenticonazol e 
nistatina 
 Os azóis são mais frequentes e mais 
efetivos que a nistatina 
o Os componentes bactericida e fungicida 
são importantes, visto que tratam casos 
de infecção mista (candidíase + VB) 
• Casos recorrentes: O tratamento é sistêmico 
(via oral – muito mais rápido) e, se a paciente 
for muito sintomática, também é possível unir 
o tratamento pela via oral a via vaginal 
o Recorrência: Ligada a fatores da própriapaciente (sistema imune, estresse, etc) e 
não ao tratamento 
o Aspectos observados 
 Confirmação microbiológica 
A cultura é feita em suspeitas que não seja Candida 
albicans (tratamento não resolutivo) ou em casos 
muito recorrentes 
Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
 Identificação e tratamento dos 
fatores predisponentes 
 Avaliação da necessidade de indução 
e manutenção da terapia supressora 
com azólicos 
 Apoio psicológico 
o Terapia de supressão: Controle da 
recorrência com fluconazol 150mg, 1x 
por semana por até 6 meses 
 Tem-se recorrência de até 50% dos 
casos depois da interrupção do 
tratamento e, por isso, é importante 
identificar o que leva à recorrência 
TRICOMONÍASE VAGINAL 
DST curável pelo Trichomonas vaginalis 
• Associa-se de maneira importante com outra 
DST (deve-se buscar outros patógenos de ISTs) 
• Taxa de transmissão alta: 70% dos homens 
contraem a doença após uma única exposição 
Trichomonas vaginalis 
O protozoário é uma célula polimorfa, anaeróbia 
facultativa (cresce em pH> 5) e com pseudópodes, que 
assume forma trofozoítica flagelada e se reproduz por 
divisão binária longitudinal 
• Fatores de virulência: Aderência e toxidade 
o Cisteína-proteinase (citotóxica e 
hemolítica), que degrada a porção C3 do 
complemento, as IgG, IgM e IgA 
o Adesinas 
o Glicosidases 
Transmissão 
A transmissão é unicamente sexual, visto que o 
protozoário não sobrevive fora do sistema urogenital 
• T. vaginalis pode sobreviver por cerca de 10 
dias no prepúcio do homem sadio 
o Homem: Vetor da doença 
• Tricomoníase nenonatal: Adquirida no parto 
Características clínicas 
A tricomoníase pode ter um quadro assintomático ou 
até mesmo um quadro inflamatório agudo 
• Sintomatologia: Corrimento purulento com 
odor desagradável, acompanhado de prurido, 
queimação, disúria, polaciúria e dispareunia 
(devido à proximidade com o meato uretral e 
à irritação da vulva) 
o Pode ocorrer sangramento pós-coito 
• Exame físico e especular 
o Eritema e edema da vulva e da mucosa 
o Corrimento bolhoso amarelo-esverdeado 
com odor desagradável 
o Colpite multifocal: Pequenos pontos 
hemorrágicos na vagina e no colo 
(strawberry cérvix) 
Complicações 
• Problemas relacionados com a gravidez 
o Ruptura prematura de membranas 
o Parto prematuro 
o Baixo peso ao nascer 
o Endometrite pós-parto 
o Morte fetal e morte neonatal 
• Problemas relacionados com a fertilidade 
o Risco 2x maior de aborto: Resposta 
inflamatória pode destruir a estrutura 
tubária 
Diagnóstico 
• Microscopia: Identificar protozoário no exame 
a fresco 
Não é DST: Não é preciso tratar parceiros 
 
Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
• pH menos ácido(pH > 4,5) 
• Teste de amina positivo (odor fétido) 
• Bacterioscopia pelo gram (identificação) 
• Colpocitologia (identificação) 
• Cultura em meio Diamond (alta sensibilidade 
e especificidade): Dificilmente se solicita 
Tratamento 
O tratamento é feito com metronidazol 2g por via oral, 
em dose única (ou com secnidazol e tinidazol) 
• Dose única: A maior aderência por via oral é 
mais resolutiva que a vaginal 
• Recidivas: Ocorrem por falta de tratamento do 
parceiro, tratamento primário incompleto ou 
reinfecção (o sexo deve ser suspenso) 
• Gestantes: A droga de escolha é Metronidazol 
500 mg por via oral, 2x ao dia por 5 a 7 dias 
(tinidazol não é recomendado) 
o Atenção: TTO a partir do 2° trimestre 
• Parceiros: São assintomáticos e transitórios, 
tendo resolução espontânea em até 10 dias 
com tratamento 
NEISSERIA GONORRHOEAE 
Bactéria anaeróbia facultativa e gram-negativo em 
forma de diplococo, que não consta com flagelados e 
esporos, mas são encapsulados 
• Acomete, principalmente, mucosas do trato 
genital inferior (mas podem ascender sem 
tratamento) 
• Período de incubação curto: 2 a 5 dias 
• Locus primário: Endocérvice 
Características clínicas 
• Sintomatologia 
o Cervicite 
o Uretrite (inflamação da uretra) 
o Corrimento vaginal espesso (pode não 
ser perceptível) 
o Disúria (proximidade com meato uretral) 
o Sangramento intermenstrual (colo 
sensibilizado) 
o Dor pélvica associada à salpingite 
(acometimento de trompas – DIP) 
• Exame físico 
o Exsudato cervical do tipo purulento ou 
mucopurulento, mas sem odor 
o Colo uterino doloroso à mobilização no 
toque vaginal (indica comprometimento 
do trato genital superior no geral) 
Complicações 
• Doença inflamatória pélvica (DIP), que leva a 
uma série de consequências 
o Obstrução tubária 
o Infertilidade 
o Gravidez ectópica 
o Aborto espontâneo 
o Parto prematuro 
• Peri-hepatite (síndrome de Fitz-Hugh-Curtis): 
Várias aderências em ”corda de violino” ao 
redor do fígado 
• Conjuntivite gonocócica do neonato filho de 
mãe com gonorreia 
o Colírio (prevenção): Nitrato de prata 1% 
Diagnóstico 
• Bacterioscopia de secreção: Resultado de 
Gram-negativo com inúmeros leucócitos 
• Cultura em meio Thayner-Martin: Isolamento 
específico da bactéria 
• PCR 
Tratamento 
• Azitromicina 1g, em dose única, e ofloxacina 
400mg, em dose única 
o O tratamento em dose única nem sempre 
tem uma resposta favorável 
CERVICITES 
Processos inflamatórios do colo do útero, que se 
apresentam de modo assintomático em 80% dos 
casos 
• No exame especular, tem-se a presença de 
corrimento endocervical mucopurulento 
• Principais agentes etiológicos: Chlamydia 
trachomatis e Neisseria gonorrhoeae (ISTs) 
o Podem causar DIP se não tratadas 
Como a paciente nem sempre é assintomática, 
cultura pode ser solicitada (ex. cultura de secreção 
cérvico-vaginal com pesquisa de...) e inclusive 
pode esperar o resultado para iniciar o tratamento 
Marianna Lopes – Ginecologia, 4° semestre FTC 
• Doxiciclina solúvel 100mg, de 12 em 12 horas, 
por 7 dias, e tiafenicol 500mg, de 12 em 12 
horas, por 7 dias 
o Doxiciclina tem excelente resposta 
• Gestantes 
o Eritromicina 500 mg, de 6 em 6 horas, por 
10 dias, ou ampicilina 3,5g 
o Amoxilina 3g, em dose única, precedido 
de Probenecide 1g, em dose única 
CHLAMYDIA TRACHOMATIS 
Tipo de DST causado por um bacilo gram-negativo 
intracelular obrigatório, que tem tropismo por células 
epiteliais colunares/cilíndricas e pode apresentar 17 
sorotipos (D, E, F G e K são relacionados a cervicites) 
• Período de incubação: 14 a 30 dias com 
evolução mais arrastada 
• 70% da população é assintomática 
Características clínicas 
• Sintomatologia 
o Corrimento vaginal 
o Disúria 
o Dispareunia (caso profunda, indica o 
comprometimento do trato genital 
superior) 
• Exame físico 
o Exsudato mucopurulento 
o Sangramento endocervical (princ. no colo 
mais irritado) 
o Colo edemaciado e hiperemiado 
o Colo doloroso à mobilização (atenção ao 
comprometimento do trato genital 
superior) 
Complicações 
• Uretrite 
• Endometrite 
• Doença inflamatória pélvica(DIP) 
o Obstrução tubária 
o Infertilidade 
o Gravidez ectópica 
o Aborto espontâneo 
o Parto prematuro (baixo peso ao nascer) 
o Restrição ao crescimento fetal 
• Peri-hepatite (síndrome de Fitz-Hugh-Curtis): 
Várias aderências em ”corda de violino” ao 
redor do fígado 
• Conjuntivite e pneumonia no RN filho de mãe 
com clamídia 
o Colírio (prevenção): Nitrato de prata 1% 
Diagnóstico 
• Bacterioscopia vaginal 
• Cultura em meio McCoy (específico) 
• Imunofluorescência direta e PCR 
Tratamento 
A cervicite por N. gonorrhoeae e por C. trachomatis 
tem o mesmo tratamento 
• Azitromicina, 1g em dose única 
• Doxiciclina, 100mg 2x ao dia por 7 dias 
• Gestante 
o Azitromicina, de 1g em dose única 
o Eritromicina 500mg, 6/6 horas, por 7 dias 
o Amoxilina 500mg, de 8 em 8 horas, por 7 
dias 
 
É preciso tratar os parceiros (DST) 
 
A OMS recomenda o tratamento conjunto da 
gonorreia na presença de infecção por clamídia

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