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Formação dos brotos pulmonares ● Epitélio do revestimento interno da laringe, traquéia, brônquios e pulmões são de origem endodérmica. ● Os tecidos cartilaginosos muscular e conjuntivo que compõem a traquéia e os pulmões são derivados do mesoderma esplâncnico. ● de início o broto pulmonar está em comunicação com o intestino anterior, mas quando o divertículo se expande caudalmente as pregas traqueoesofágicas separam eles. ● O sulco laringotraqueal (primórdio da árvore respiratória) se evagina para formar o divertículo laringotraqueal (broto pulmonar) saculiforme, ventralmente à parte caudal do intestino anterior. Conforme esse divertículo alonga, este é envolvido pelo mesênquima esplâncnico. ● A extremidade distal do divertículo se dilata e forma o broto respiratório, do qual a árvore respiratória se origina. ● O divertículo se separa da faringe primitiva, mas mantém comunicação com ela através do canal laríngeo primitivo – abertura do tubo laringotraqueal na faringe. ● O septo traqueoesofágico – que divide a parte cranial do intestino anterior em ventral e dorsal – é formado pela fusão das pregas traqueoesofágicas longitudinais que se desenvolvem no divertículo. ● A parte ventral corresponde ao tubo laringotraqueal (primórdio da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos pulmões). Já a parte dorsal é o primórdio da orofaringe e do esôfago. Desenvolvimento da laringe ● Endoderma do tubo laringotraqueal origina o epitélio de revestimento da laringe. ● As cartilagens da laringe se desenvolvem do mesênquima que deriva das células da crista neural. Do quarto ao sexto pares de arcos faríngeos. ● O mesênquima da extremidade caudal do tubo laringotraqueal se prolifera e produz um par de brotos aritenóides, que crescem em direção à língua, convertendo a abertura da glote primitiva em um canal laríngeo em formato de T. ● Os músculos da laringe se desenvolvem dos mioblastos do quarto e sexto pares de arcos e são inervados pelos ramos laríngeos do nervo vago. Desenvolvimento dos brônquios e dos pulmões ● O broto respiratório originado na extremidade caudal do divertículo se divide em duas evaginações, os brotos brônquicos primários. ● Esses brotos crescem lateralmente para dentro dos canais pericardioperitoneal, o primórdio das cavidades pleurais. Logo após,os brotos brônquicos secundários e terciários se desenvolvem. ● Os brotos se diferenciam em brônquio e suas ramificações nos pulmões. ● Na 5° semana, a conexão entre cada broto com a traqueia aumenta para formar o brônquio principal. O brônquio direito é ligeiramente maior e mais vertical que o esquerdo. ● O brônquio principal subdivide-se em brônquio secundário que forma os ramos lobares – que se divide em segmentares, que originam os intrassegmentares (futuramente serão os brônquios, bronquíolos…) . ● Do lado direito: o brônquio superior supre o lobo superior, já o brônquio inferior se subdivide em dois, o lobar médio e o lobar inferior. No lado esquerdo: dois brônquios secundários suprem o lobo superior e o lobo inferior dos pulmões. Maturação dos pulmões ● Dividida em quatro estágios: pseudoglandular, canicular, saco terminal e estágio alveolar. PSEUDOGLANDULAR (5° À 17° SEMANA): ● Possui aparência de glândulas exócrinas(os bronquíolos terminais). Com 16 semanas, os principais componentes dos pulmões estão formados, menos os relacionados à hematose, logo não é possível realizar a respiração. CANICULAR (16° À 26° SEMANA): ● A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais tornam-se maiores, o tecido se torna altamente vascularizado. ● 24° semana: bronquíolos terminais formam os bronquíolos respiratórios, que irão se dividir em ductos alveolares primitivos. ● Ao final desse período, a respiração torna se possível, já que alguns sacos terminais de parede delgado (alvéolo primitivo) se desenvolvem e o tecido pulmonar já está bem vascularizado. SACO TERMINAL (24° SEMANA AO FINAL DO PERÍODO FETAL): ● Muitos alvéolos primitivos (sacos terminais) se desenvolvem e seus epitélios tornam-se muito finos. ● Capilares tornam-se protuberantes nesses sacos. ● Estabelece-se a barreira hematoaérea, que permite a troca adequada de gases. ● Na 26° semana, os sacos terminais são revestidos por pneumócitos tipo I (células epiteliais pavimentosas de origem endodérmica) - pelos quais a troca gasosa ocorre. ● Entre as células epiteliais pavimentosas, estão os pneumócitos tipo II (células epiteliais secretoras arredondadas), que secretam o surfactante pulmonar. A produção do surfactante aumenta entre a 26° e a 28°, antes disso não é possível ter uma troca gasosa adequada, tanto pela falta de surfactante, quanto pela vascularização. ESTÁGIO ALVEOLAR (FINAL DO PERÍODO FETAL AOS 8 ANOS): ● Os sacos terminais análogos aos alvéolos estão presentes na 32° semana. O epitélio atenua-se para uma fina camada epitelial pavimentosa. ● O pneumócitos tipo 1 tornam-se muito delgados, ao ponto dos capilares se projetarem no saco alveolar. ● No fim do período fetal (38° semana), os pulmões podem realizar a respiração, pois a membrana alvéolo capilar é delgada o suficiente para realizar as trocas gasosas. ● Na 32° semana: cada bronquíolo respiratório termina em um aglomerado de sacos alveolares de paredes delgadas, separados um dos outros por tecido conjuntivo frouxo. Esses sacos representam os futuros ductos alveolares. ● Após o nascimento, os alvéolos se ampliam e os bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos aumentam de número. ● Aos 3 anos o desenvolvimento alveolar está completo, mas novos alvéolos são adicionados até os 8 anos. Os alvéolos imaturos possuem potencial para formar novos alvéolos primitivos, por meio da formação de septos secundários de tecido conjuntivo que subdividem os alvéolos já existentes. ● Os primeiros meses após o nascimento é marcado pelo aumento exponencial da superfície hematoaérea, pela multiplicação dos alvéolos e capilares. ● Movimentos respiratórios fetais (MRFs): detectados pela ultrassonografia, ocorrem antes do nascimento, exercendo força suficiente para causar a aspiração de líquido amniótico pelos pulmões. Esses movimentos são essenciais ao desenvolvimento normal dos pulmões, pois condicionam os músculos respiratórios e estimulam o desenvolvimento pulmonar pela criação de um gradiente de pressão entre os pulmões e o líquido amniótico. ● Ao nascer, os pulmões estão com metade do seu volume preenchido por líquido amniótico, pulmonar e glandular da traqueia. Esse líquido sai pela boca e pelo nariz (devido à pressão no tórax durante o parto vaginal), pelos capilares, artérias, veias e vasos linfáticos.
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