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Conteúdo:
METODOLOGIA 
DO ENSINO 
DE ARTES
Cléa Coitinho 
Escosteguy
Romualdo Corrêa
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
E74m Escosteguy, Cléa Coitinho.
 Metodologia do ensino de artes / Cléa Coitinho 
 Escosteguy, Romualdo Corrêa. – Porto Alegre : SAGAH, 
 2017.
 236 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-112-9
 1. Metodologia de ensino - Artes. I. Corrêa, Romualdo. 
 II. Título.
CDU 37.022:74
Revisão técnica:
Marcia Paul Waquil
Assistente Social (PUCRS)
Mestre em Educação (PUCRS)
Doutora em Educação (UFRGS)
Iniciais_Metodologia do ensino de artes.indd 2 11/07/2017 10:45:39
A arte como representação 
imaginária da cultura: 
desenvolvimento da 
percepção de mundo 
pelas diferentes 
expressões artísticas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  De� nir o que é o imaginário na arte e cultura.
  Conhecer como se dá a percepção de mundo através das diferentes 
expressões artísticas. 
  Analisar as diferentes expressões artísticas no ambiente escolar.
Introdução
O ser humano está constantemente registrando o mundo com os olhos e 
armazenando as imagens na memória. Essas fotografias mentais formam 
o nosso imaginário, que é responsável pela arte e suas manifestações. 
Neste texto, você verá como se dá a relação entre imaginário, a arte 
e a cultura, além de aprender como trabalhar com imaginário e arte no 
ensino.
O imaginário na arte e na cultura
Primeiramente é importante pontuar e esclarecer o que vem a ser o imagi-
nário, tão enfatizado e abordado no campo das artes e da cultura e que tanto 
signifi cado traz para esta discussão.
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 124 11/07/2017 11:09:06
Conforme Pesavento (2015), todas as imagens que nos são apresentadas ou 
passam na frente de nosso olhar são munidas de significado e sensibilidade. 
Quando as contemplamos, somos os destinatários, isto é, recebemos a men-
sagem e a decodificamos pelos sentidos: o olho vê a imagem e registra, e esse 
registro torna-se duplo, pois cada indivíduo recebe de uma maneira diferente. 
Aí está o imaginário: aquilo que fica registrado em nossa memória, recheado 
de sensações e emoções. Assim, a imagem captada é portadora de significados 
que são construídos por aquele que pensa enquanto olha.
O pensamento pela visualização entra em contato com outras imagens, 
que estão presentes no “arquivo de memória” que cada um traz consigo ou 
no “museu imaginário” que todo o indivíduo carrega. Nessa bagagem está 
o visto, o sabido, o lido, o adquirido e o ouvido.
Veja:
O imaginário é a imagem mental que se forma com propriedades de sentido. Nós 
pensamos coisas enquanto vemos, atribuindo valor e significado: classificamos e 
conferimos sentidos ao que vemos. Quando necessitamos, buscamos no imaginário 
e aplicamos em nossas manifestações artísticas e culturais.
Observe a imagem no exemplo a seguir. Veja a satisfação das crianças em 
criar e expor sua composição que é fruto de suas vivências e do seu imaginário. 
Cada uma com suas diferentes maneiras de olhar a arte. 
125A arte como representação imaginária da cultura
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 125 11/07/2017 11:09:07
Tamyres Paolini, 11 anos, e Valentina Ribeiro Castilho, 4 anos; trabalhos expostos em mercearia 
de bairro de Curitiba. 
Fonte: Mori (2016).
Apaixonadas por desenhos coloridos, elas colecionam páginas com suas obras feitas 
na escola e em casa. Folhas de papel sulfite e lápis de cor são matéria-prima para criar 
pessoas, corações, instrumentos musicais e todos os tipos de animais em sua coleção. 
As preferidas, porém, receberam atenção especial. Tamyres escolheu uma parede em 
branco do Mercado da Rosa – empreendimento dos pais Eva e Nélio Paolini, no bairro 
Fazendinha – para expor uma de suas inspirações: o desenho de uma girafa feito 
caprichosamente em tons de amarelo e alaranjado. Como o desenho ficou exposto 
próximo aos caixas do mercadinho, não demorou muito para que as crianças da 
vizinhança também quisessem mostrar ao mundo seu talento com os lápis de cor.
Como incentivar as crianças a “remexerem” no seu 
imaginário
  Os pais devem dar ao pequeno um bloquinho ou um caderno de desenho 
para guardar os registros.
  Forneça materiais variados, como lápis de cor, giz de cera e até mesmo 
carvão para os pequenos.
  Escolha objetos do quarto da criança e peça para ela desenhá-los.
 Metodologia do ensino de artes 126
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 126 11/07/2017 11:09:08
  Selecione folhas diferentes do jardim e reproduza os modelos no papel. 
Uma técnica interessante é posicionar a folha de papel sobre a folha 
da árvore e passar o lápis de cor por cima, formando texturas com o 
desenho. A criançada vai adorar!
  Durante o almoço, incentive a criança a desenhar retratos das pessoas.
  Visite museus e observe a arquitetura da cidade com os pequenos. 
Treinar o olhar para os detalhes ajuda a desenvolver o pensamento 
crítico e a criatividade.
A percepção de mundo pelas diferentes 
expressões artísticas
 O ensino de artes vem passando por importantes transformações metodológicas 
e conceituais. Da ênfase no trabalho artesanal ao estudo de técnicas artísticas 
ou o ”fazer livremente”, a busca por novas bases epistemológicas, durante a 
década de 1980, resultou na criação de metodologias pautadas nas pesquisas 
contemporâneas da arte. 
Barbosa (2017), arte-educadora da Universidade de São Paulo, a partir 
das experiências educativas do Museu de Arte Contemporânea apresenta 
a Proposta Triangular para o ensino das Artes, que viria a ser o referencial 
para a Arte-Educação brasileira. Ela é apoiada em três princípios:
  o fazer artístico;
  a leitura de obras de arte;
  contextualização.
Essa abordagem metodológica está baseada na inter-relação entre diferentes 
saberes e em questões estéticas e culturais da pós-modernidade.
É importante que se conheça o significado principal de cada um dos 
princípios:
O fazer artístico baseia-se em estimular a ação, trabalhando a releitura não 
como cópia, mas como interpretação, transformação e criação. O importante 
é que o professor não exija uma representação fiel, pois a obra observada é 
suporte interpretativo – e não um modelo para os alunos copiarem.
Já a leitura de obras baseia-se na descoberta da capacidade crítica dos alu-
nos. Aqui, a arte não se reduz ao certo ou errado; considera-se a pertinência, o 
esclarecimento e a abrangência. O objeto de interpretação é a obra, não o artista. 
127A arte como representação imaginária da cultura
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 127 11/07/2017 11:09:08
A contextualização consiste em inter-relacionar a História da Arte com 
outras áreas do conhecimento. É necessário estabelecer relações que permitam 
a interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem. Segundo Barbosa 
(2017), contextualizar a obra de arte consiste em contextualizá-la não só 
historicamente, “[…] mas também social, biológica, psicológica, ecológica, 
antropologicamente etc., pois contextualizar não é só contar a história da vida 
do artista que fez a obra, mas também estabelecer relações dessa ou dessas obras 
com o mundo ao redor; é pensar sobre a obra de arte de forma mais ampla.”.
Assim, as novas possibilidades oferecidas pela arte são fundamentais 
para a percepção de mundo. Elas criam espaços simbólicos por reforçarem 
o sistema de relações entre o homem e a natureza e o seu lugar, que muitas 
vezes fica oculto devido à correria quotidiana. Entender o mundo desse 
modo é a todo momento perceber, no lugar, o caráter irreversível e transitório 
da matéria, do tempo e do espaço. Qualquer alteração natural ou artificial 
no ambiente (na paisagem) significa criar novas relações nos seus elementos 
estruturais. Foi assim que Thipan começou a sua leitura de mundo e provocou 
a população para a leitura pessoal, conforme as vivências de cada observador.
O artista carioca Thiago Viana deAzevedo Nogueira, mais conhecido como Thipan, é 
natural de Niterói e mora atualmente em Curitiba. Desde 2011, trabalha com desenho, 
pintura, estêncil e grafite. Seu primeiro contato com a arte foi na infância, desenhando 
personagens e criando esculturas com argila na escola. Na faculdade, teve contato 
com projetos de criação e ilustração digital, além de aulas de filosofia e sociologia, que 
surgiram como fonte de inspiração para seus trabalhos. “De lá pra cá, num determinado 
momento, senti necessidade de sair do estúdio para começar a pintar murais na rua. 
Foi aí que tomei gosto pela coisa. Me sinto feliz realizando essa missão”, conta. “Arte é 
sensibilidade poética livre para perceber o mundo e traduzi-lo pelas diversas técnicas 
e meios disponíveis”, finaliza Thipan (KURTH, 2017)..
 São muitas as frentes para a expressão do ser e formas de perceber e traduzir 
o mundo. A arte deve ser vista não só como forma de criticar problemas para 
trazer o despertar da consciência sobre um determinado assunto, mas como 
ferramenta para apresentar soluções e novas ideias para uma vida melhor. A 
arte também tem a função de humanizar áreas degradadas e sem vida nos 
cenários urbanos, trazendo mensagens de cura que surgem pelo amor.
 Metodologia do ensino de artes 128
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Quem expressa a sua arte e a coloca na vitrine carrega em si o poder 
da criatividade e encontra os caminhos mais adequados e agradáveis para 
externalizar ao mundo, seja por uma pintura, poesia, música ou uma ideia 
inovadora para solucionar um problema vivido pela sociedade.
Cada uma dessas modalidades artísticas tem a sua particularidade e é uti-
lizada em várias possibilidades de combinações entre si, por intermédio das 
quais o indivíduo pode se expressar e comunicar-se entre si e com outras 
pessoas de diferentes maneiras. A aprendizagem das expressões artísticas 
que parte desses princípios pode favorecer compreensões mais amplas sobre 
conceitos acerca do mundo e de posicionamentos críticos.
As expressões artísticas no ambiente escolar
No dia 3 de maio de 2016, o teatro, as artes visuais e a dança foram incorpo-
rados ao currículo do ensino básico brasileiro a partir da Lei nº 13278/2016. 
Até então, apenas a música era componente “obrigatório, mas não exclusivo” 
do ensino de arte na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Escolas 
públicas e privadas têm cinco anos para se adequar aos novos padrões.
É absolutamente importante que crianças e adolescentes tenham contato 
com a arte. Primeiramente, porque no processo de conhecimento da arte são 
envolvidos, além da inteligência e do raciocínio, o afetivo e o emocional, 
que estão sempre fora do currículo escolar. Em segundo lugar, porque a arte 
estimula o desenvolvimento da inteligência racional, medida pelo teste de 
QI. Além disso, grande parte da produção artística é feita no coletivo. Isso 
desenvolve o trabalho em grupo e a criatividade. É importante ressaltar que, 
ao interpretar as manifestações artísticas, você amplia a sua inteligência e a 
sua capacidade perceptiva, que vai ser aplicada em qualquer área da vida.
 Barbosa (2017), uma das principais referências no estudo de arte-educação 
no Brasil, reforça o perfil da arte nas escolas, afirmando que a arte não é um 
babado cultural, um penduricalho no currículo, muito menos um enfeite para 
botar em parede. Isso se comprova quando vemos que as artes são linguagens 
que complementam a linguagem verbal, sendo, então, uma forma de expressão, 
uma forma de ver o mundo e expressar sentimentos, desejos e anseios.
Além disso, pela arte, pode-se avaliar o grau de desenvolvimento men-
tal das crianças, suas predisposições, seus sentimentos, além de estruturar 
a capacidade criadora, desenvolver o raciocínio, imaginação, percepção e 
domínio motor. A criança, mesmo antes de aprender a ler e a escrever, reage 
positivamente aos estímulos artísticos, pois ela é criadora em potencial. Nessa 
129A arte como representação imaginária da cultura
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fase, as atividades de artes fornecerão ricas oportunidades para o desenvolvi-
mento das crianças, uma vez que põem ao seu alcance os mais diversos tipos 
de material para manipulação.
Nesse momento, cabe lembrar onde você passa a conhecer um pouco mais 
sobre as expressões artísticas, pois, durante muitos anos, o ensino de arte se 
resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Desvalorizadas 
na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano 
letivo. As atividades iam desde ligar pontos até copiar formas geométricas. 
A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor 
dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito.
As aulas de artes devem estimular o educando a pensar, criar e refletir. 
Veja a Figura 1.
Figura 1. Apreciar: assistir a diferentes apresentações e comparar obras ajuda a ampliar 
o repertório.
Fonte: Foto de Daniel Aratangy (SANTOMAURO, 2009).
 Metodologia do ensino de artes 130
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Metodologia atual no ensino das artes – sociointeracionismo
É tendência atual para o ensino da disciplina. A ideia de considerar a relação da cultura 
com os conhecimentos do aluno e as produções artísticas surgiu na década de 1980. 
Foco: Favorecer a formação do aluno por meio do ensino das quatro linguagens de 
arte: dança, artes visuais, música e teatro. 
Estratégia de ensino: A experiência do aluno e o saber trazido de fora da escola 
são considerados importantes, e o professor deve fazer a intermediação entre eles. 
O ensino é baseado em três eixos interligados: produção (fazer e desenvolver um 
percurso de criação), apreciação (interpretar obras artísticas) e reflexão sobre a arte 
(contextualizar e pesquisar). Apesar dessa divisão, não deve haver uma ordem rígida 
ou uma priorização desses elementos ao longo do ano letivo. 
1. A proposta triangular, de Barbosa 
(2017) – o fazer artístico, a leitura 
de obras e a contextualização, 
tem como foco principal:
a) trabalhar uma arte na escola que 
possibilite às crianças o vivenciar 
e compreender as linguagens.
b) a arte a partir da experiência 
de fazer formas artísticas 
e tudo que entra em jogo 
no percurso criador.
c) valorizar os recursos pessoais, a 
pesquisa de materiais e técnicas, 
possibilitando um trabalho 
centrado na percepção, na 
imaginação e na reflexão.
d) fazer com que os educadores 
mais comprometidos possam 
organizar momentos criativos 
com seus educandos.
e) estimular o fazer artístico, 
trabalhando a releitura, 
não como cópia, mas, 
como interpretação, 
transformação e criação.
2. A proposta triangular da autora 
Barbosa (2017) apresenta: o 
fazer artístico, a leitura de obras 
e a contextualização. Qual 
dos conceitos a seguir define 
o que é “contextualizar”?
a) Conhecer a história da arte, 
poder estabelecer relações mais 
profundas com a produção 
artística, possibilitando assim 
intervir e reinventar a sua obra.
b) Possibilitar e desenvolver um 
processo próprio de criação. 
De modo geral, não deve estar 
baseado na simples imitação 
131A arte como representação imaginária da cultura
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de modelos propostos, mas no 
desenvolvimento da criatividade
c) Desenvolver através de 
exercícios de observação 
da própria produção do 
aluno, da leitura de obras de 
arte, assistindo espetáculos 
teatrais, de música, de dança, 
na troca de experiências.
d) Ativar a memória e colocar 
em prática tudo aquilo que 
está guardado no museu 
ou caixa de recordações.
e) Treinar os traços na aplicação 
artística, buscando as as vivências 
anteriores e relacionando-as 
com o trabalho executado.
3. Tudo é fluido na pós-modernidade, 
daí o termo preferido pelo polonês 
Zygmunt Bauman, que tornou 
popular esta expressão, e prefere 
traduzi-lacomo “modernidade 
líquida”, uma vez que nada 
mais é realmente concreto 
na era atual. Com base nessa 
afirmação, qual das alternativas 
abaixo contém características 
ligadas à pós-modernidade?
a) O desejo de romper com a 
cultura tradicional e acadêmica 
e fazer com que se unam várias 
tendências de renovação (cada 
artista simpatizava com uma 
ou outra vanguarda europeia), 
e diferentes campos das artes.
b) Houve um primeiro escândalo: 
a jovem pintora Anita Malfatti, 
que acabava de voltar de 
seus estudos na Europa, fazia 
uma exposição de quadros 
“expressionistas” no centro da 
cidade e isso causou alvoroço 
por parte dos jornais.
c) As obras dos pintores 
brasileiros buscavam valorizar 
o nacionalismo, retratando 
fatos históricos importantes. 
Desta forma, os artistas 
contribuíam para a formação 
de uma identidade nacional.
d) O momento pós-moderno não 
apresenta propostas definidas, 
nem coerências, tampouco 
linhas evolutivas. Deste modo, 
diferentes estilos convivem 
sem choques formando 
ecletismos e pluralismos 
culturais. Não há grupos ou 
movimentos unificados.
e) Neste momento pós-moderno 
a arte transmite uma real visão 
do significado do que está se 
passando na imagem, ou seja, 
utilizando técnicas avançadas 
de pintura que proporcionam 
um grande nível de realidade 
artística, e isso foi o que fez 
com que esse gênero de arte 
alcançasse o sucesso e a grande 
fama desde sua criação.
4. A arte está presente em quase 
todos os segmentos da nossa 
vida. Ela serve para embelezar, 
mas também tem a função de:
a) colocar na vitrine todas as 
manifestações musicais 
que forem possíveis.
b) estimular os trabalhos escolares, 
bem como a expressão oral 
durante a apresentação 
em debates e críticas.
c) favorecer compreensão 
mais ampla sobre conceitos 
acerca do mundo e de 
posicionamentos críticos.
d) a arte através de uma pintura e 
de uma poesia traz uma ideia 
 Metodologia do ensino de artes 132
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 132 11/07/2017 11:09:10
inovadora para solucionar um 
problema vivido pela sociedade.
e) a arte deve ser vista, não só como 
forma de criticar problemas para 
trazer o despertar da consciência 
sobre um determinado assunto, 
mas como ferramenta para 
apresentar soluções e novas 
ideias para uma vida melhor. A 
arte também tem a função de 
humanizar áreas degradadas e 
sem vida nos cenários urbanos.
5. Na teoria sociointeracionista, 
que teve em Vygotsky seu maior 
expoente, uma nova abordagem 
fica evidenciada. Seus pressupostos 
partem da ideia de homem 
enquanto participante de um 
processo histórico cultural. Levando 
em consideração as leituras, escolha 
a alternativa que mais completa o 
conceito desta teoria. 
a) O desenvolvimento cultural da 
criança tem origem social, em 
duplo sentido. Todas as formas 
culturais são construções sociais; 
porque sua construção em nível 
individual, sua interiorização, 
é concretizada a partir de 
interações que a criança mantém 
com os adultos e outros agentes.
b) Privilegia o ambiente social, 
o desenvolvimento varia 
conforme o ambiente e aceita 
uma visão única, universal, do 
desenvolvimento humano.
c) No momento da interação 
indivíduo percebe e organiza o 
real através dos dados fornecidos 
pela cultura, mas não se permite 
trocar ideias e experiências.
d) Forma-se novas e mais 
complexas funções mentais, a 
depender do imaginário a que 
as crianças se acham expostas.
e) O ser humano só adquire 
cultura, linguagem, desenvolve 
o raciocínio se estiver inserido 
no meio de iguais ou indivíduos 
mais capacitados e criança só vai 
se desenvolver historicamente 
se inserida no meio social.
133A arte como representação imaginária da cultura
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 133 11/07/2017 11:09:11
BARBOSA, A. M. (Org.) Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 2017.
BRASIL. Lei nº 13.278, de 2 de maio de 2016. Altera o § 6o do art. 26 da Lei no 9.394, de 20 
de dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao 
ensino da arte. Brasília: Presidência da República, 2016. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13278.htm>. Acesso em: 30 jun. 2017.
KURTH, B. A arte e suas expressões. [S.l.]: Obvious, [2017]. Disponível em: <http://lounge.
obviousmag.org/kurthisses/2013/12/a-arte-e-suas-expressoes.html>. Acesso em: 
05 jul. 2017.
MORI, M. Desenhar ajuda no desenvolvimento do raciocínio e de habilidades motoras 
da criança. Gazeta do Povo, 08 jan. 2016. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.
com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/filhos/pequenos-artistas/>. Acesso em: 05 
jul. 2017.
PESAVENTO, S. J. História cultural e imagens: história cultural da cidade: sensibilidades, 
imagens, urbano e literatura. Revista Eletrônica do Museu e Arquivo Histórico La Salle, 
Canoas, n. 20, p. 10-21, jan./abr. 2015.
SANTOMAURO, B. O que ensinar em arte. Nova Escola, mar. 2009. Disponível em: 
<https://novaescola.org.br/conteudo/1509/o-que-ensinar-em-arte>. Acesso em: 
05 jul. 2017.
Leituras recomendadas
MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. 
Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 23, p. 156-168, 2003.
PESAVENTO, S. J. O imaginário da cidade. Porto Alegre: UFRGS, 1999
 Metodologia do ensino de artes 134
U3_C10_Metodologia do ensino de artes.indd 134 11/07/2017 11:09:11
http://planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13278.htm
http://obviousmag.org/kurthisses/2013/12/a-arte-e-suas-expressoes.html
http://www.gazetadopovo/
http://com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/filhos/pequenos-artistas/
https://novaescola.org.br/conteudo/1509/o-que-ensinar-em-arte
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
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