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A medicina de excelência só é possível se o exame clínico for excelente O símbolo da tecnologia moderna é o computador, e, quando se vê seu aproveitamento para a realização da anamnese, conclui-se que o método clínico, em vez de se tornar obsoleto, está cada vez mais vivo. Apenas alguns procedimentos e maneiras de aplicação são modificados, mas o essencial fica formando o arcabouço básico da profissão médica. Tripé no qual se apoia a medicina moderna: exames laboratoriais, equipamentos mecânicos ou eletrônicos e o método clínico. Os exames laboratoriais e equipamentos mecânicos/eletrônicos dependem dos dados clínicos para se transformarem em informações aplicáveis no tratamento do paciente. O método clínico é o único que permite uma visão humana dos problemas do paciente. Exame clínico tem papel especial pois: - Permite formular hipóteses diagnósticas - Estabelece uma boa relação médico- paciente -Permite a tomada de decisões As 2 principais características do método clínico são flexibilidade e grande abrangência. Por meio delas, é possível atribuir importância a fatores imponderáveis ou não mensuráveis, sempre presentes nas decisões diagnósticas e terapêuticas, e que não aparecem através de exames laboratoriais e tecnologias. Cada diagnóstico e cada paciente são únicos, por isso é necessário haver uma personalização que só o método clínico é capaz de dar. O médico que levanta hipóteses diagnósticas consistentes é o que escolhe e interpreta com mais acerto os exames complementares, parte integrante da medicina moderna. Sabe mais útil para cada caso, ele otimiza a relação custo/ benefício, além de interpretar de maneira mais adequada os valores laboratoriais, as imagens e os gráficos construídos pelos aparelhos. Laudos de exames complementares são apenas resultados de exames e nunca representam uma avaliação global do paciente. É necessário saber valorizar detalhes sem perder a noção do conjunto. Correlacionar e conciliar precisão de dados clínicos aos exames complementares = olho clínico de hoje em dia. A relação médico/paciente nasce e se desenvolve durante o exame clínico, e sua qualidade depende do tempo e da atenção que são dedicados à anamnese O exame clínico engloba a anamnese e o exame físico, os quais compreendem partes que se completam reciprocamente. ANAMNESE INCLUI OS SEGUINTES ELEMENTOS: Identificação Queixa principal História da doença atual Interrogatório sintomatológico Antecedentes pessoais e familiares Hábitos de vida Condições socioeconômicas e culturais. O EXAME FÍSICO PODE SER SUBDIVIDIDO EM: Exame físico geral Exame dos órgãos ou sistemas Aspectos preliminares: Posicionamento do examinador e do paciente para a realização do exame clínico Conhecimento das regiões em que se divide a superfície corporal, de modo que o médico possa localizar e anotar corretamente os sintomas e os dados do exame físico Etapas da anamnese. Enquanto estudante, o examinador deverá seguir as etapas que constituem a anamnese. Depois de ter perfeito domínio da técnica, o clínico, em seu consultório, pode ter a liberdade de alterar os elementos da anamnese. POSIÇÕES DO EXAMINADOR E DO PACIENTE: Anamnese: paciente sente-se em uma cadeira defronte à escrivaninha do médico. (há vantagens em o médico se sentar ao lado do paciente, mas isso ainda não se generalizou) Paciente acamado: examinador sentar-se ao lado do leito, procurando deixá-los na posição que lhes seja mais confortável. Para executar o exame físico, costumam-se adotar fundamentalmente as seguintes posições: • Decúbito dorsal • Decúbito lateral (direito e esquerdo) • Decúbito ventral • Posição sentada (no leito ou em uma banqueta ou cadeira) • Posição de pé ou ortostática.
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