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Introdução à Fisiologia do Sistema Endócrino

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Mª Antônia Coelho 103 
Introdução à Fisiologia do Sistema Endócrino – guyton cap 74 
 
- Substancias chegam em órgãos distantes por via sanguínea ou liquido intersticial. 
- Podem ser chamados de mensageiros químicos e fazem com que os órgãos 
desempenhem determinada função. 
 
Sistemas de mensageiros químicos: 
Neurotransmissores: são liberados por terminais axonais (mensagem é processada no 
corpo do neurônio e resposta sai pelo axônio). Essa resposta sai do terminal axonal por 
neurotransmissores, que vão agir em receptores, ex.: acetilcolina agindo na célula muscular 
para iniciar o processo de contração. 
Parácrinos: liberados por células, no liquido intersticial e vão atuar em células vizinhas, 
próximas, mas que são células diferentes. 
Autócrinos: célula libera o produto pro liquido intersticial, mas acaba atuando na própria 
célula que o liberou (estimulando ou inibindo). 
Citocinas: moléculas proteicas liberadas no liquido intersticial e podem agir ou nas células 
que liberaram ela (mecanismo autócrino) ou agir em células vizinhas (mecanismo 
parácrino) ou em órgão a distância (mecanismo endócrino, que cai no sangue e age a 
distância). 
 
*Hormônios seguem principalmente pelo sangue. 
 
Mª Antônia Coelho 103 
Mecanismos de secreção: 
Secreção autócrina: mesma 
células que o produziu. O 
mensageiro age se ligando a um 
receptor de membrana que a 
célula produtora tem. 
Secreção endócrina: células 
liberam mensageiro químico 
(hormônio) que cai em um vaso 
sanguíneo e vai percorrer por ele 
ate chegar em um órgão (ou 
vários) que tenha um receptor 
para esse hormônio. Por isso tem hormônios que só atuam em certos órgãos, pois este tem 
o receptor para tal hormônio. 
Secreção sináptica: neurônio está produzindo o mensageiro químico que está percorrendo 
pelo axônio e vai chegar no terminal axonal e vai ser liberado na fenda sináptica e vai agir 
na célula-alvo que tenha receptor para ele (ex.: célula muscular com a acetilcolina). 
 
Mecanismo endócrino e parácrino: 
Endócrino: célula libera mensageiro 
químico, ele cai no sangue e chega em 
células distantes. 
Parácrino: não utiliza vaso sanguíneo, 
ele cai no liquido intersticial e atua em 
células próximas às células que 
produziram o mensageiro. 
 
Agora focaremos no hormonio endocrino, o qual temos 3 classes. 
 
Hormônios endócrinos (HE): classes gerais 
Existem 3 classes gerais de HE: 
1. Proteínas e polipeptídeos: a maioria é proteico ou polipeptideos (derivados de 
proteicos). Secretados pela hipófise anterior (adeno-hipófise) e posterior (neuro-hipófise), 
pâncreas (insulina e glucagon- proteicos), paratireóide (paratormônio- proteicos)... 
2. Esteróides: secretados pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona), ovários (estrogênio e 
progesterona), testículos (testosterona) e placenta (estrogênio e progesterona). 
 
Mª Antônia Coelho 103 
3. Derivados do aminoácido tirosina: secretados pela tireoide (tiroxina/T4 e tri-
iodotironina/T3) e medula adrenal (epinefrina e noraepinefrina). 
*Supra-renal tem o córtex adrenal e a medual adrenal. 
*Se tem placenta, não tem folículo ovariano em desenvolvimento. Só tem foliculo ovariano 
em desenvolvimento em ciclos menstruais, pois é no crescimento desse foliculo que tem a 
liberação de estrogenio e progesterona. Se o foliculo rompeu, houve fecundação e a 
mulher está gravida. Durante a gestação a mulher não menstrua, não tem cresimento 
folicular, então a secreção é praticamente nada. Quem mantem a secreção durante a 
gravidez quando a placenta surge (enquanto não tem a placenta quem mantem é o corpo 
luteo, o resto do foliculo que ficou dentro do ovario) é ela que mantem a produção 
hormonal, por isso ela é importante para manter a gestação, nutrição do feto e produção 
hormonal da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteínas e polipeptídios 
Se é um hormônio proteico, a síntese do 
hormônio ocorre como qualquer outra 
proteína do nosso corpo. É sintetizado pelo 
reticulo endoplasmático rugoso através dos 
ribossomos que vieram com RNA mensageiro. 
Então, os ribossomos do reticulo começam a 
sintetizar os hormônios. Dentro da cisterna do 
reticulo sai um pré-pro-hormônio que é 
quebrado e sai um pró-hormônio (ainda não 
 
Mª Antônia Coelho 103 
está pronto). Quando sai do retículo toda a proteína vai fazer esse percurso: sair do retículo 
e ir para o Golgi. No Golgi várias reações químicas vão acontecer e vão transformar esse 
pro-hormônios em moléculas menores e mais ativas. Esse hormônio então permanece 
armazenado nas vesículas do Golgi e também é liberado do Golgi dentro dessas vesículas. 
* Pessoas que tem problema em alguma etapa do Golgi não conseguem produzir o 
hormônio adequado. 
Então quando o hormônio está pronto dentro da vesícula e vai ser secretado, a membrana 
da vesícula se funde com a membrana a da célula fazendo com que ocorra o mecanismo de 
exocitose, o qual envolve alterações do cálcio intracelular e AMPcíclico. Ou seja, para que 
ocorra a exocitose, duas coisas podem acontecer: a alteração do cálcio ou alteração do 
AMPc na célula. Quando acontece isso, a membrana se fundiu e o hormônio é liberado ou 
no liquido intersticial ou na corrente sanguínea 
*Estamos falando apenas da classe de hormônios endócrinos. 
Esses hormônios polipeptídicos e proteicos são hidrossolúveis, o que significa que eles têm 
uma facilidade de se difundir, de se misturar com o liquido intersticial e de entrar 
facilmente na corrente sanguínea, e de lá chegam nos órgãos alvos. 
 
Esteroides 
A maioria é sintetizado a partir do colesterol (no fígado temos a síntese e armazenamento 
do colesterol). Eles praticamente ficam pouco armazenados no citoplasma das células, são 
liberados assim que produzidos. Vai ser liberado para liquido intersticial ou sangue. 
A diferença é que ele parte do colesterol, e não do retículo como os polipeptídicos e 
proteicos e são lipossolúveis, o que é bom pois a nossa membrana plasmática tem uma 
camada bilipídica, então quando o hormônio esteroide é liberado ele se difunde muito 
facilmente através da membrana. Em outras palavras, ele consegue passar pela membrana 
da célula mais facilmente. 
 
Derivados da tirosina 
Formados por ação de enzimas no citoplasma das células glandulares. Exemplo é a tireoide, 
glândula endócrina folicular que produz pre-hormônio que é liberado para dentro do 
folículo, isso é chamado de coloide; esse coloide é captado passando por dentro da célula 
novamente, onde existem enzimas no citoplasma, que vão terminar de formar os 
hormônios T3 e T4. 
Na medula adrenal temos epinefrina e norepinefrina que também serão armazenadas lá 
dentro e quando precisarmos dela, como situações de fuga, eles serão liberados na 
corrente sanguínea e irão agir nos órgãos alvos. 
 
Mª Antônia Coelho 103 
Feedback negativo 
• Exerce o controle da secreção hormonal; 
• Depois da liberação do hormônio, condições ou produtos decorrentes da ação 
hormonal no tecido-alvo, suprimem sua liberação. 
• O fator controlador, ou seja, o que faz a glândula parar de secretar tal hormônio, não 
costuma ser a secreção do hormônio, mas sim o grau de atividade no tecido-alvo, da 
célula-alvo. Portanto somente quando a atividade no tecido-alvo se eleva até nível 
apropriado, os sinais de feedback negativo se iniciam. 
• O hormônio ou um de seus produtos exerce efeito de feedback negativo para 
impedir a hipersecreção do hormônio ou a hiperatividade do tecido-alvo. 
*O hormônio não é a mesma coisa que uma medicação qualquer. Não se pode usar de 
qualquer maneira. 
*Se usar de forma prolongada, tem que fazer desmame (ir tirando de vagar), porque as 
glândulas podem ter entendido que não precisam sintetizar mais hormônio. 
 
Transporte: 
• Os hidrossolúveis são dissolvidos no plasma, transportados para os tecidos-alvo, se 
difundem para o líquido intersticial e chegam às células-alvo sem estarem ligados a 
nenhum tipo de transportador.• Os esteroides e os hormônios da tireoide circulam no sangue em grande parte 
ligados às proteínas plasmáticas. Só se tornam ativos quando se dissociam destas 
proteínas e então atingem a célula-alvo e fazem sua função. Quando estão ligados às 
proteínas estão inativos. Essa ligação também funciona como um reservatório. 
*Sangue tem células, plasma (com água e proteínas plasmáticas, as quais algumas tem 
função de transporte). 
 
Controle da concentração dos hormônios no sangue... 
• Intensidade de produção ou; 
• Intensidade de remoção (depuração metabólica). 
- Depende se está produzindo muito um hormônio (pode ser fisiológico ou patológico). 
- Ou pode estar removendo com uma intensidade muito grande ou interrompido essa 
remoção. 
- Esses fatores podem aumentar ou diminuir a concentração de um hormônio do sangue. 
*Agora não está sendo falado de feedback, e sim de dosagem no sangue. 
 
Mª Antônia Coelho 103 
Formas de depuração, o que faz com que essa concentração diminua: 
1. Destruição pelos tecidos-alvos. 
2. Ligação com os tecidos-alvos. 
3. Excreção na bile pelo fígado. 
4. Excreção na urina pelos rins. 
 
Mecanismos de ação dos hormônios: 
• Ligação ao receptor específico na célula-alvo que pode estar na membrana ou na sua 
superfície (proteicos, peptídicos e catecolamínicos), no citoplasma (esteroides) ou no 
núcleo (tireoide). 
• Os receptores são grandes proteínas e cada um é, em geral, muito específico para 
um só hormônio. 
• O número e a sensibilidade dos receptores são regulados. A regulação para baixo 
diminui a responsividade do tecido-alvo ao hormônio. 
• O receptor é ativado pela ligação com o hormônio e assim, se iniciam os efeitos 
hormonais. 
 
A imagem mostra que se o 
hormônio passar por uma 
célula sem receptor especifico 
ele seguirá seu caminho até 
encontrar uma célula que 
tenha o receptor especifico 
para aquele hormônio. 
 
 
 
Receptores ligados à canais iônicos: 
• Quase todas as substâncias 
neurotransmissoras se ligam a receptores na 
membrana pós sináptica. 
 
• Alteração na estrutura do receptor – abrindo 
ou fechando o canal para um ou mais íons. 
 
 
Mª Antônia Coelho 103 
Quando o hormônio se liga vai haver uma abertura de um canal iônico e da passagem de 
íons pelo canal irá resultar em uma determinada ação. 
Exemplo: os neurotransmissores como a acetilcolina que se ligam a receptores que ficam 
na membrana sináptica, e a partir dai há uma alteração na estrutura desse receptor que 
acaba se abrindo para a passagem de íons (ou se fechando). Então a ligação dos hormônios 
com esse tipo de receptor promove a abertura ou fechamento desses canais iônicos. 
 
Receptores ligados à proteína G 
• A ação também pode resultar na abertura ou 
fechamento de canais iônicos. 
 
• Este receptor tem uma face voltada para o 
exterior da membrana e outra para dentro do 
citoplasma (face intracelular) ligada às 
proteínas G (estimuladoras ou inibitórias). 
Quando ocorre a ligação hormônio-receptor, as 
proteínas G são ativadas e resultam nas ações: abrem ou fecham os canais ou, 
mudam a atividade de uma enzima citoplasmática (estimulando ou inibindo). 
Em outras palavras, o receptor é ativado, ativa as proteínas G e quando ela é ativada, há a 
abertura desses canais. 
 
Receptores ligados a enzimas 
• Alguns receptores quando ativados, 
funcionam diretamente como enzimas ou 
se associam estreitamente às enzimas que 
ativam; 
 
• Estes atravessam a membrana apenas uma 
vez. 
Exemplo: receptor da leptina. 
 
Quando o hormônio se liga, ativa as enzimas que estão 
nela. 
Quando um receptor, hormônio, etc., se liga ao receptor, 
ele pode ativar diretamente uma enzima. 
 
Mª Antônia Coelho 103 
*No caso da proteína G, a molécula se ligou ao receptor, que ativou a proteína G, a qual vai 
ativar as enzimas. Nesse ativas as enzimas direto!! 
 
Receptores hormonais intracelulares e ativação de genes 
Podem se ligar a receptores 
proteicos dentro da célula (ou no 
citoplasma ou no núcleo) e não na 
membrana. 
Como esses hormônios são 
lipossolúveis, eles têm facilidade de 
atravessar a membrana e interagir 
com os receptores. Ele pode 
encontrar o receptor citoplasmático 
e desencadear sua ação, ou entrar no 
núcleo se ligar ao receptor nuclear e 
ativar um pedaço da molécula de 
DNA, começando a induzir uma síntese proteica, exercendo seu efeito.

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