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Avaliação Psicológica: possibilidades e desafios

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Laboratório de TAP 
Av. psicológica: possibilidades e desafios 
➬ Avaliação Psicológica 
- É entendida como o processo técnico 
cientifico de coleta de dados, estudos e 
interpretações a respeito de fenômenos 
psicológicos que são resultantes da relação 
individuo com a sociedade, utilizando-se para 
tanto, de estratégias psicológicas, métodos, 
técnicas e instrumentos. 
- É de função privativa do Psicólogo 
- Avaliação psicológica é DIFERENTE de teste 
psicológico, já que este último é apenas um 
instrumento útil em uma avaliação. 
- Ainda há uma postura discriminatória em 
relação a avaliação, já que há uma falta de 
clareza conceitual em relação a ela. 
- A avaliação psicológica não é simplesmente 
uma área técnica produtora de ferramentas 
profissionais, mas sim a área da psicologia 
responsável pela operacionalização das teorias 
psicológicas em eventos observáveis. 
- É uma área importante na integração entre 
ciência e profissão. 
- Uma boa avaliação psicológica significa 
colaboração pelo diagnóstico, prognóstico, 
intervenção - para o desenvolvimento de 
cidadãos justos como maneira de um futuro de 
gerações saudáveis mentalmente. 
AVALIAÇÃO: processo amplo 
TESTE: procedimento sistemático para 
observar um comportamento e descreve-lo 
com ajuda de escalas numéricas. Em outras 
palavras, é um instrumento que avalia (mede ou 
faz uma estimativa) construtos (também 
chamados de variáveis latentes) que não 
podem ser observados diretamente. Exemplos 
desses construtos seriam altruísmo, inteligência, 
extroversão etc. 
- Urbina (2014, p.2) produz uma definição mais 
precisa de teste psicológico. Ela diz que o teste 
psicológico é um "procedimento sistemático 
para coletar amostras de comportamento 
relevantes para o funcionamento cognitivo, 
afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar 
essas amostras de acordo com normas”. 
É importante ressaltar que os manuais de 
testes normalmente apresentam tabelas com 
normas para o instrumento. Essas normas, às 
vezes, são apresentadas por faixa etária e, às 
vezes, por sexo. O desempenho de um teste 
pode se alterar de acordo com a idade, e essa 
variação não é necessariamente sempre na 
mesma direção. 
- A dimensão técnica presente no processo 
avaliação, e sobretudo, constituinte dos testes, 
não equivale à totalidade da avaliação 
psicológica. 
- É preciso contextualizar a informação que 
obtemos dos testes, 
Em toda e qualquer forma de avaliação, o foco 
principal está na relação que se estabelece, 
porque quem oferta e quem busca o serviço 
de psicologia têm a implicação do diálogo, do 
encontro, do afeto, enfim, da produção de ser 
gente. 
- Um reducionismo a técnica, indicaria a 
exclusão de outros fatores advindos da 
complexidade da tarefa, da relação do sujeito 
com o avaliador, da história e do contexto de 
vida do sujeito, da relação entre sujeito e o 
contexto da avaliação. 
- Salienta-se o referencial do Código de ética 
- Em todas as etapas de uma avaliação 
psicológica, em todos os contextos, deve o 
psicólogo informar com clareza e esclarecer as 
dúvidas do avaliando com ênfase no respeito ao 
outro. 
- Os testes devem favorecer quem é 
submetido 
➬ Ética 
APA - padrões éticos básicos: 
• Competência (manter os mais altos padrões 
de excelência técnica e científica atualizada); 
 • Integridade (comportamentos honestos, 
justos e respeitosos e conhecimento de seu 
sistema de valores e sua influência na sua 
prática profissional); 
• Responsabilidade científica e profissional. 
• Respeito pela dignidade e direitos das pessoas. 
• Preocupação com o bem-estar do outro. 
• Responsabilidade social. 
➬ No brasil: 
- No início houve uso indiscriminado, 
descontextualizado e conclusivo. 
- Com o tempo, houve um avanço significativo 
no aperfeiçoamento tanto da produção 
cientiifca como no uso assertivo dos testes. 
Há mudanças e avanços significativos: de uma 
visão de poder/saber centralizador e autoritário, 
para uma posição relacional, social, aberta; de 
um caminho de cientificismo contínuo dos 
testes dentro do âmbito crescente universitário; 
de um consumo de testes importados para 
uma trilha de adaptação à realidade brasileira, e 
de desenvolvimento dos mesmos por 
psicólogos pesquisadores brasileiros; de 
institucionalização desse segmento entendido 
como padronização, referencial de pesquisa, 
difusão do conhecimento, controle de qualidade. 
- 1998: Fundação do Instituto brasileiro de Av. 
Psicológica (IBAP) 
Principais requisitos na composição de um 
instrumento psicológico como um teste são: 
Apresentação da fundamentação teórica do 
instrumento, com especial ênfase na definição do 
construto; apresentação de evidências empíricas de 
validade e precisão das interpretações propostas para 
os escores do teste, justificando os procedimentos 
específicos adotados na investigação; apresentação de 
dados empíricos sobre as propriedades psicométricas 
dos itens do instrumento; informações sobre os 
procedimentos de correção e interpretação dos 
resultados, comunicando detalhadamente o 
procedimento e o sistema de interpretação no que se 
refere às normas brasileiras, relatando as características 
da amostra de padronização de maneira clara e 
exaustiva, preferencialmente comparando com 
estimativas nacionais, o que possibilita o julgamento do 
nível de representatividade do grupo de referência 
usado para a transformação dos escores; apresentação 
clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem 
como das condições nas quais o teste deve ser 
aplicado, para que haja a garantia da uniformidade dos 
procedimentos envolvidos na sua aplicação. 
- 2003: Sistema de Av. dos Testes Psicológicos 
(SETEPSI) – certifica se os instrumentos são 
aptos para uso profissional. 
Apesar do rigor quanto à aprovação de um 
teste psicológico, o bom e correto uso implica 
formação qualificada do profissional. Neste 
sentido, as críticas quanto à consistência dos 
testes dão lugar à forma de uso, seja escolha, 
aplicação do teste, ou ainda, o manuseio dos 
resultados 
 
 
 
Livro Testagem e Avaliação Psicológica 
Cap. 1 e 2 
➬ Definição de Testagem e avaliação 
- Testagem era o termo usado para referir-se 
a tudo, da administração de um teste à 
interpretação de seu escore (resultado). 
- A avaliação reconhece que os testes são 
apenas um tipo de instrumento usado por 
avaliadores profissionais e que o valor de um 
teste, está intimamente ligado ao 
conhecimento, à habilidade e à experiência do 
avaliador. 
- Conduzir uma avaliação reque mais educação, 
treinamento e habilidade do que simplesmente 
administrar um este. 
Definimos a avaliação psicológica como a coleta 
e a integração de dados relacionados à 
psicologia com a finalidade de fazer uma 
estimação psicológica, que é realizada por meio 
de instrumentos como testes, entrevistas, 
estudos de caso, observação comportamental 
e aparatos e procedimentos de medida 
especialmente projetados. 
Definimos testagem psicológica como o 
processo de medir variáveis relacionadas à 
psicologia por meio de instrumentos ou 
procedimentos projetados para obter uma 
amostra de comportamento. 
 
➬ Processo de avaliação 
- Recebe um questionamento por parte por 
exemplo de uma escola, acerca da capacidade 
de um aluno trabalhar bem em grupo 
- Psicólogo procura por aquele instrumento de 
avaliação que possa dar a resposta necessária 
ao primeiro questionamento 
- Avaliação formal se inicia 
- Avaliador escreve um relatório visando 
responder à pergunta inicial 
Avaliação psicológica colaborativa, o avaliador e 
o avaliando podem trabalhar como “parceiros” 
do contato inicial ao feedback final 
Avaliação dinâmica refere-se a uma abordagem 
interativa à avaliação psicológica que 
geralmente segue um modelo de (1) avaliação, 
(2) intervenção de algum tipo e (3) avaliação 
➬ Instrumentos de avaliação psicológica 
Testes: 
- O termo teste psicológico refere-sea um 
dispositivo ou procedimento visando medir 
variáveis relacionadas à psicologia. 
- Quase sempre envolve a análise de uma 
amostra de comportamento 
- O termo formato diz respeito à forma, ao 
plano, à estrutura, ao arranjo e ao leiaute dos 
itens do teste e, ainda, às considerações 
relacionadas, como limites de tempo. Formato 
também é usado em referência à forma como 
um teste é administrado: computadorizado, 
escrito ou alguma outra forma 
- Os testes diferem com relação a sua solidez 
psicométrica ou qualidade técnica. Psicometria 
pode ser definida como a ciência da 
mensuração psicológica. 
- Solidez psicométrica: quando nos referimos ao 
grau de consistência e precisão com que um 
teste mede o que propõe a medir. 
Entrevista: 
- Método de obter informações por intermédio 
da comunicação direta envolvendo troca 
recíproca 
- Geralmente face a face 
- Comportamento verbal e não verbal 
(linguagem corporal, movimentos e expressões 
faciais) 
Portfólio: 
- Produções – sejam conservadas em papel, 
tela, filme, vídeo, áudio ou algum outro meio – 
constituem o que é chamado de um portfólio. 
Dados de história de caso: 
- Dados da história de caso refere-se a 
gravações, transcrições e outros relatos na 
forma escrita, pictórica ou outra que preserve 
informações de arquivo, os relatos oficiais e 
informais e outros dados e itens relevantes a 
respeito de um avaliando. 
 
Observação comportamental: 
- A observação comportamental, como é 
empregada por profissionais da avaliação, pode 
ser definida como a monitoração das ações dos 
outros ou de si mesmo por meios visuais e 
eletrônicos ao mesmo tempo em que se 
registram as informações quantitativas e/ou 
qualitativas relativas a essas ações 
Testes de dramatização: 
Instrumento de avaliação no qual os avaliandos 
são dirigidos a agir como se estivessem em 
uma determinada situação. 
➬ Quem, o que, o porquê, como e o onde? 
Quem: 
- Desenvolvedores, os editores, seus aplicadores 
e as pessoas que serão avaliadas por meio 
deles. 
- Aplicador do teste: são usados por uma ampla 
variedade de profissionais, incluindo clínicos, 
conselheiros, psicólogos escolares pessoal do 
RH, psicólogos do consumidor, psicólogos 
experimentais e psicólogos sociais 
- A sociedade em seu conjunto exerce de 
muitas formas sua influência como uma parte 
do empreendimento da avaliação. À medida 
que a sociedade evolui e surge a necessidade 
de medir diferentes variáveis psicológicas, os 
desenvolvedores respondem criando novos 
testes. 
Obs: uma autópsia psicológica pode ser definida 
como uma reconstrução do perfil psicológico 
de um indivíduo falecido com base em registros 
de arquivo, artefatos e entrevistas conduzidas 
previamente com o avaliando falecido ou com 
pessoas que o conheceram 
Contextos utilizados: 
- Contextos educacionais 
- Ambientes clínicos 
- Ambientes de orientação 
- Ambientes geriátricos 
- Ambientes empresariais e militares 
- Credenciamento governamental e 
organizacional 
- Ambientes de pesquisa acadêmica 
 
Questões básicas sobre mensuração 
Psicometria – Hutz 
➬ Por que quantificar? 
- Permite que atenda aos padrões da ciência de 
ser algo testável e comparado com a realidade. 
- Permite a avaliação da efetividade de 
intervenções 
- São importantes no que diz respeito à 
comunicação entre profissionais. 
- Reprodutibilidade em pesquisa, uma vez que 
bancos de dados e análises quantitativas podem 
ser sempre checados por outros pesquisadores, 
proporcionando uma crítica mais apurada das 
conclusões das pesquisas. 
A quantificação em psicologia não tem como 
alvo o ser humano em sua totalidade, mas 
somente características especificas suas. Avaliar 
algumas propriedades não significa reduzir, e 
sim delimitar uma área de interesse no estudo 
das diferenças individuais, o que ajuda a 
entender quão única é uma pessoa. 
➬ Abordagens da medida psicológica 
- Teoria clássica dos testes: seu foco é nos 
escores observados produzidos pelos 
instrumentos e em quanto erro de medida eles 
apresentam. Para esta teoria os escores 
produzidos pelos testes geralmente contêm 
erro. 
A medida usada para essa finalidade é chamada 
de fidedignidade (determina o quanto da 
variância ou variabilidade observados em X é 
devida ao escore verdadeiro (f) e não ao erro 
aleatório), ou confiabilidade. 
Escore esperado (t) = escore observado (x) – 
erro aleatório (e) 
- Escalas de medida: separação em, pelo 
menos, quatro níveis de mensuração: nominal, 
ordinal, intervalar e de razão. 
Nominal: aplica-se quando o uso do número 
torna possível apenas distinguir os indivíduos. 
Ordinal: adiciona significado à representação 
numérica. 
Níveis intervalar e de razão: aplicam-se quando 
há, além de ordem, intervalos regulares entre 
os valores. 
 
Teoria da medida conjunta: conjunto de 
axiomas que estabelecem condições para a 
construção de escalas intervalares (ou de outra 
natureza) de variáveis psicológicas ou de 
qualquer outro tipo. 
 
Modelo de variáveis latentes: recorrem a 
elementos não necessariamente observados 
como causas das respostas dos indivíduos aos 
itens dos testes. 
Normas 
➬ Normas 
Interpretar os escores decorrentes do uso de 
um teste é tão importante quanto desenvolver 
ou adaptar instrumentos e aplica-los de maneira 
correta. Para interpretar os escores, é 
necessário que sejam desenvolvidas normas. É 
por meio delas que será possível atribuir 
significado aos escores obtidos pelo sujeito. 
- Para que o profissional possa classificar os 
escores (elevados, baixos, medianos, etc.), ele 
precisa de um referencial, que é fornecido 
pelas normas. 
- Grupo cujo desempenho é utilizado como 
referencial normativo é chamado de amostra 
normativa, composta por um grupo de sujeitos 
que têm desempenho típico com relação a 
característica estudada, reproduzindo o 
comportamento da população. 
- Amostra normativa é representativa da 
população 
- Ao administrar o teste para a amostra 
normativa, será possível obter a distribuição de 
escores, com eles, os dados individuais serão 
comparados e receberão sentido – esses 
dados são as normas. 
As normas fornecem um padrão de 
comparação para a interpretação dos escores 
individuais, utilizando como base os escores de 
uma amostra representativa da população 
(amostra normativa). Além disso, pode-se utilizar 
também as normas de desenvolvimento, em 
que o desenvolvimento humano é utilizado 
como referência. 
- O tamanho da amostra de normatização é 
uma questão que deve ser considerada pelo 
pesquisador. 
- É importante que estudos de validade, 
fidedignidade e de normatização do 
instrumento, sejam refeitos com determinada 
periodicidade, a fim de manter a adequação do 
teste ao uso com participantes brasileiros. 
Escore percentilico: indica a posição que o 
desempenho no teste coloca o sujeito quando 
comparado ao desempenho da amostra de 
normatização. Ele indica quantos por cento da 
amostra normativa se encontra abaixo do 
testando. Ou seja, se o escore percentilico do 
participante é de 5%, isso significa que o 
desempenho dele, quando comparado ao 
desempenho da amostra normativa, coloca-o 
em uma posição ocupada por 5% da amostra. 
Há 5% de pessoas com desempenho igual ou 
menor que ele e 95% com desempenho 
superior. 
Escore padrão (Z): posição que o escore bruto 
ocupa em relação a uma média “X”, medida em 
unidades de desvio padrão. 
Z = (Escore bruto – média da amostra 
normatizada) / desvio padrão da amostra 
normativa 
Escore T: T = X + desvio padrão X Z 
- O manual do instrumento deve oferecer uma 
tabela em que se encontrem os escores brutos 
e seu escore percentilico equivalente. 
➬ Normas de desenvolvimento 
O desenvolvimento humano progressivo ao 
longo da vida e a consequente maturação 
psíquica, motora e de outros sistemas é o que 
fundamenta as normas de desenvolvimento. 
➬ Normas de idade 
- Normas poridade mental foram introduzidas por Simon e Binet (1904). 
- Surgiu ainda o QI, sendo que ele resultava do quociente entre a idade mental do sujeito (obtida por 
meio do teste) e sua idade cronológica. O resultado era multiplicado por 100, evitando-se decimais. 
➬ Normas de série escolar 
- A utilização desse método para interpretação dos escores deve considerar que há variações 
passíveis de influenciar a comparação dos testandos com a amostra de normatização. Eles podem 
diferir, por exemplo, nos currículos, na qualidade do ensino, na familiaridade com o teste. Questões 
como essas devem ser consideradas para que a interpretação dos resultados seja feita corretamente. 
➬ Normas de estágio de desenvolvimento 
- Referentes ao estágio de desenvolvimento psicomotor em que a criança ou o adolescente se 
encontra
Como é feito um teste?
➬ Construção e adaptação de instrumentos 
- Instrumento deve ser válido e fidedigno. Para que isso ocorra, os cuidados se iniciam na construção 
ou adaptação do teste. 
- A necessidade de instrumentos para avaliar determinados construtos psicológicos leva o pesquisador 
a construir instrumentos ou a adaptá-los a partir de outros preexistentes. Qualquer que seja a decisão 
tomada, apresentará vantagens e desvantagens. 
Construção: 
- O pesquisador deve considerar se existe instrumento disponível e adequado ás suas necessidades. 
- Deve resultar em um instrumento que considere as particularidades e as especificidades da 
população, considerando, por exemplo, a faixa etária e o nível cultural. 
- O processo é complexo. Várias etapas precisam ser seguidas para que se obtenha êxito na 
construção. 
- Dentre as etapas, encontra-se: revisão bibliográfica; elaboração dos itens; avaliação dos juízes; 
realização de grupos focais. 
- Difícil produzir comparações transculturais 
Adaptação: 
- O procedimento de adaptação favorece as comparações entre estudos transculturais. 
- É um procedimento mais simples e rápido 
- Algumas vezes é necessário incluir novos itens 
➬ Construção de itens para instrumentos objetivos 
- Conceitualização da tese, revisão da literatura acerta do construto, passando pela criação dos itens, 
aplicação destes a uma amostra, análise dos itens, até a revisão do teste. 
Desenvolvimento dos itens: 
1) Revisão da literatura relacionada ao novo teste; 
2) Procedimentos complementares à revisão teórica; 
3) Construção da definição operacional; 
4) Construção dos itens. 
Coleta de dados: aplicação da versão preliminar a grupos focais, à amostra-piloto e à amostra-alvo. 
Analise estatística: análise do teste e redação de uma versão final. 
Perguntas necessárias na construção de um teste: 
 É necessária a construção do teste? 
 Há outros testes que medem a mesma variável? 
 Quais as vantagens apresentadas por esse novo teste? 
 O que esse teste visa medir? 
 Qual o seu objetivo? 
 Quem o utilizará? 
 Que qualificações são exigidas da pessoa que vai aplicá-lo? 
 Quem vai respondê-lo? 
 Como ele será administrado? 
 Como serão levantados os escores e atribuído sentido a eles? 
Importância dos juízes na análise dos testes: A avaliação por juízes é importante no desenvolvimento 
dos itens, pois estes podem contribuir para que o teste tenha maior validade e que realmente realize 
aquilo que propõe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Validade dos testes 
➬ Validade 
- Algumas exigências acerca dos testes devem ser satisfeitas a fim de que eles possam ser 
considerados adequados para uso. Uma delas se refere ao quanto o teste é legitimo com relação 
àquilo que mede. 
Validade se refere ao grau em que um teste mede aquilo que propõe medir. 
- Um teste é válido quando os itens medem os comportamentos que são a expressão do traço 
latente que deseja mensurar. A validade do teste nos diz o que podemos inferir dos escores do teste. 
O processo de validação é, pois, constituído de um conjunto de evidências que asseguram 
cientificamente as interpretações dos escores dos testes. Dessa forma, nesse processo, não se valida 
o teste em si, mas as interpretações propostas por ele. 
Validade de conteúdo: 
Envolve o exame sistemático do conteúdo do teste para determinar se ele abrange uma amostra 
representativa do domínio do comportamento a ser medido. Exemplo: teste de desempenho escolar. 
- Valida se os itens do teste se constituem em uma amostra representativa do universo de itens do 
construto. 
- O teste será valido, do ponto de vista do conteúdo, se a amostra de comportamentos selecionada 
para representar o universo de comportamentos por meio dos quais o traço latente tente se 
expressa for representativa. 
- O que garante a validade de conteúdo é a cobertura adequada de todos os tópicos. 
- O pesquisador deve evitar super-representação de um aspecto e sub-representação de outro. 
Validade de face/aparente: 
Refere-se ao julgamento subjetivo que as pessoas fazem sobre o teste. 
- Consiste em se ter “peritos” revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados 
“em sua cara”. 
- Exemplo: um teste de depressão com a pergunta “você está com dificuldades para urinar? ” 
Validade de critério: 
Está relacionada ao quanto o teste pode predizer o desempenho do sujeito em tarefas especificadas. 
- A validade é dada pela avaliação da relação dos escores obtidos no teste em questão com os 
escores obtidos no teste que servirá de critério. 
- Critério deve ser relevante, válido e não contaminado. 
 Preditiva: prediz a condição futura do indivíduo quanto a um critério (quando os escores do 
teste são obtidos em um momento, e as medidas de critério, em um momento futuro). 
Exemplo: utilizar um teste de personalidade para predizer risco de suicídio. 
- Interessante para a seleção de pessoas. 
- Testes que têm validade preditiva relacionada ao desenvolvimento de determinados transtornos 
podem ser utilizados para tomar medidas preventivas. 
 Concorrente: ocorre quando as duas medidas, o teste e o critério, são obtidas quase 
simultaneamente (uma logo após a outra). Exemplo: aplicação de dois testes na mesma sessão. 
- Correlação entre o escore de um teste de depressão e o nível atribuído por um psicólogo clínico 
O coeficiente de validade é um tipo de evidência estatística utilizado para inferir a validade de critério, 
seja preditiva, seja concorrente. 
 Por grupos contrastantes: avalia se o teste consegue diferenciar grupos diferentes 
 Correlação com outro teste: deve ser relacionado ao construto de interesse 
Validade de construto: 
O teste mede um atributo ou qualidade que não é “operacionalmente definido”. 
- O pesquisador elabora hipóteses teóricas acerca do construto e busca outra forma de verificar a 
validade. 
- Duas técnicas de validação: 
 Análise fatorial: permite identificar fatores ou variáveis específicas 
- A análise fatorial pode ser empregada como um método que reduz os dados provenientes de um 
conjunto de escores a um número menor de fatores, empregando a inter-relação entre os itens para 
atingir esse objetivo. 
- Após os escores dos itens serem submetidos à análise fatorial, é possível identificar os fatores 
responsáveis pela expressão comportamental. 
Quando os fatores identificados correspondem àqueles descritos pela teoria ou hipóteses teóricas, 
pode-se dizer que existe evidencia de validade de construto. 
Pode ser: 
- Exploratória (AFE) 
- Confirmatória (AFC): testa o quanto os dados reais se ajustam a um modelo hipotético criado para 
descrever dados. 
 Análise de consistência interna: verificar a homogeneidade dos itens que compõem o teste 
 
 Análise por hipóteses: capacidade de um teste ser capaz de discriminar ou predizer um critério 
externo. 
- Validade convergente: correlação significativa com outras variáveis com as quais deveria pela teoria 
estar relacionado. Ex: Correlação entre um teste e um critério que se deseja mensurar o mesmo 
construto que o teste ou onutroteste - um teste de depressão e outro teste de depressão. 
- Validade discriminante: não correlação ou correlações não significativas entre um teste que mede um 
construto e outro que não mede o mesmo construto. Ex: deve haver correlação nula entre um teste 
de depressão e outro de ansiedade 
Fidedignidade ou confiabilidade 
➬ Fidedignidade 
Refere-se a consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas quando são reexaminadas com o 
mesmo teste em diferentes ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob 
outras condições variáveis de exame. 
- Estabilidade com que os escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas. 
- Quanto mais similares forem os escores dos testandos em aplicações distintas, maior será a 
fidedignidade de um teste. 
- A análise da fidedignidade dos escores de um teste permite estimar o grau de flutuação esperado 
dos escores em aplicações subsequentes. 
Quando os examinadores tentar manter condições uniformes de testagem, controlando o ambiente de 
testagem, as instruções, os limites do tempo, o rapport, e outros fatores semelhantes, eles estão 
reduzindo a variância de erro e tornando os escores de testes mais confiáveis. 
- Coeficiente de correlação: expressa o grau de correspondência, ou relacionamento, entre dois 
conjuntos de escores. Assim, o maior escore na variável 1 é também o maior escore na variável 2, o 
segundo melhor indivíduo na variável 1 é o segundo melhor na variável 2. 
- A fidedignidade é muito importante, pois a replicação de estudos é um quesito fundamental na 
ciência. Logo, o instrumento de medida usado em pesquisa deve ser o mais preciso possível, para 
garantir as condições necessárias para replicação de resultados. 
➬ Tipos de fidedignidade 
Teste reteste: repetição de um teste em uma segunda ocasião. O coeficiente de fidedignidade, neste 
caso, é a correlação entre os escores obtidos pelas mesmas pessoas nas duas aplicações do teste. 
Correlação: é uma análise estatística entre duas ou mais variáveis que produz um coeficiente que varia 
de -1 a +1, sendo que o valor “0” implica a ausência total de relação entre as variáveis. 
Forma alternada: tem por objetivo avaliar a relação entre os escores dos testandos entre um período 
de tempo. Esse procedimento difere do teste-reteste, pois as aplicações ocorrem com conjuntos de 
itens distintos. 
Método das metades: este procedimento consiste em separar o teste em duas partes e calcular a 
correlação entre elas. Se os valores de correlação forem elevados, então há evidencia de fidedignidade 
pelo método das metades para o teste todo. 
- Oferece uma medida de consistência em relação à amostragem do conteúdo. 
Coeficiente Alfa: é a média de todos os coeficientes possíveis de duas metades de um teste e indica o 
valor esperado de uma divisão aleatória do conjunto de itens de um teste. 
Fidedignidade do avaliador: pode ser encontrada tendo-se uma amostra dos protocolos dos testes 
pontuados independentemente por dois avaliadores. É comumente calculado quando instrumentos 
avaliados subjetivamente são empregados na pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tap e estatística 
Princípios 
➬ Dados paramétricos 
- Dados que obedecem a uma distribuição 
normal (gaussiana ou em forma de sino). 
 
- Quando está na média, o desempenho está 
na onde se encontra a maior parte das pessoas. 
Quando obedecem a outra distribuição são 
chamados de não-paramétricos e são analisados 
de outra forma. A média e mediana possuem 
valores diferentes. 
Obs: Grupo normativo: as normas informam 
como os escores (resultados) se distribuem na 
população ou pelo menos na amostra de 
normatização. 
➬ Média e desvio padrão 
Média: soma dos resultados dividido pelo 
número de indivíduos 
- Média inferior (dificuldade leve) 
- Inferior (dificuldade significativa) 
- Média superior (facilidade leve) 
- Superior (facilidade significativa) 
Desvio padrão: medida de dispersão dos dados. 
Ponto ponderado: pega os pontos brutos e 
equivale a variável desejada, por exemplo, a 
idade. 
 
 
- Estatística descritiva 
- Pode-se inferir o desempenho de um 
indivíduo particular em comparação a uma 
amostra 
 
➬ Pontuação padrão 
- Standard Score 
- Meio de comparar diferentes escores em 
uma escala comum 
Media: 100 
D. Padrão: 15 
 
QI total: 100 (médio) 
QI total: 120 (médio superior) 
QI total: 65 (deficiente) 
Idade mental: não se refere ao atributo, mas as 
coisas que a pessoa faz referente a uma idade 
 
➬ Percentil 
Escala de 1 a 100 – Indica a classificação de 
determinada pessoa quanto seu escore em 
comparação ao restante do grupo. 
 
 
➬ Z-Escore 
- Classificação dada em desvio padrão 
- Calculo: 
Z = X – μ/ σ 
➬ Significância 
- Teste de hipótese 
- Probabilidade de determinado resultado ter 
sido ao acaso 
- Em psicologia o p-valor utilizado é <0,05 (ou 
<5%)

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