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Laboratório de TAP Av. psicológica: possibilidades e desafios ➬ Avaliação Psicológica - É entendida como o processo técnico cientifico de coleta de dados, estudos e interpretações a respeito de fenômenos psicológicos que são resultantes da relação individuo com a sociedade, utilizando-se para tanto, de estratégias psicológicas, métodos, técnicas e instrumentos. - É de função privativa do Psicólogo - Avaliação psicológica é DIFERENTE de teste psicológico, já que este último é apenas um instrumento útil em uma avaliação. - Ainda há uma postura discriminatória em relação a avaliação, já que há uma falta de clareza conceitual em relação a ela. - A avaliação psicológica não é simplesmente uma área técnica produtora de ferramentas profissionais, mas sim a área da psicologia responsável pela operacionalização das teorias psicológicas em eventos observáveis. - É uma área importante na integração entre ciência e profissão. - Uma boa avaliação psicológica significa colaboração pelo diagnóstico, prognóstico, intervenção - para o desenvolvimento de cidadãos justos como maneira de um futuro de gerações saudáveis mentalmente. AVALIAÇÃO: processo amplo TESTE: procedimento sistemático para observar um comportamento e descreve-lo com ajuda de escalas numéricas. Em outras palavras, é um instrumento que avalia (mede ou faz uma estimativa) construtos (também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente. Exemplos desses construtos seriam altruísmo, inteligência, extroversão etc. - Urbina (2014, p.2) produz uma definição mais precisa de teste psicológico. Ela diz que o teste psicológico é um "procedimento sistemático para coletar amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo, afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar essas amostras de acordo com normas”. É importante ressaltar que os manuais de testes normalmente apresentam tabelas com normas para o instrumento. Essas normas, às vezes, são apresentadas por faixa etária e, às vezes, por sexo. O desempenho de um teste pode se alterar de acordo com a idade, e essa variação não é necessariamente sempre na mesma direção. - A dimensão técnica presente no processo avaliação, e sobretudo, constituinte dos testes, não equivale à totalidade da avaliação psicológica. - É preciso contextualizar a informação que obtemos dos testes, Em toda e qualquer forma de avaliação, o foco principal está na relação que se estabelece, porque quem oferta e quem busca o serviço de psicologia têm a implicação do diálogo, do encontro, do afeto, enfim, da produção de ser gente. - Um reducionismo a técnica, indicaria a exclusão de outros fatores advindos da complexidade da tarefa, da relação do sujeito com o avaliador, da história e do contexto de vida do sujeito, da relação entre sujeito e o contexto da avaliação. - Salienta-se o referencial do Código de ética - Em todas as etapas de uma avaliação psicológica, em todos os contextos, deve o psicólogo informar com clareza e esclarecer as dúvidas do avaliando com ênfase no respeito ao outro. - Os testes devem favorecer quem é submetido ➬ Ética APA - padrões éticos básicos: • Competência (manter os mais altos padrões de excelência técnica e científica atualizada); • Integridade (comportamentos honestos, justos e respeitosos e conhecimento de seu sistema de valores e sua influência na sua prática profissional); • Responsabilidade científica e profissional. • Respeito pela dignidade e direitos das pessoas. • Preocupação com o bem-estar do outro. • Responsabilidade social. ➬ No brasil: - No início houve uso indiscriminado, descontextualizado e conclusivo. - Com o tempo, houve um avanço significativo no aperfeiçoamento tanto da produção cientiifca como no uso assertivo dos testes. Há mudanças e avanços significativos: de uma visão de poder/saber centralizador e autoritário, para uma posição relacional, social, aberta; de um caminho de cientificismo contínuo dos testes dentro do âmbito crescente universitário; de um consumo de testes importados para uma trilha de adaptação à realidade brasileira, e de desenvolvimento dos mesmos por psicólogos pesquisadores brasileiros; de institucionalização desse segmento entendido como padronização, referencial de pesquisa, difusão do conhecimento, controle de qualidade. - 1998: Fundação do Instituto brasileiro de Av. Psicológica (IBAP) Principais requisitos na composição de um instrumento psicológico como um teste são: Apresentação da fundamentação teórica do instrumento, com especial ênfase na definição do construto; apresentação de evidências empíricas de validade e precisão das interpretações propostas para os escores do teste, justificando os procedimentos específicos adotados na investigação; apresentação de dados empíricos sobre as propriedades psicométricas dos itens do instrumento; informações sobre os procedimentos de correção e interpretação dos resultados, comunicando detalhadamente o procedimento e o sistema de interpretação no que se refere às normas brasileiras, relatando as características da amostra de padronização de maneira clara e exaustiva, preferencialmente comparando com estimativas nacionais, o que possibilita o julgamento do nível de representatividade do grupo de referência usado para a transformação dos escores; apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem como das condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja a garantia da uniformidade dos procedimentos envolvidos na sua aplicação. - 2003: Sistema de Av. dos Testes Psicológicos (SETEPSI) – certifica se os instrumentos são aptos para uso profissional. Apesar do rigor quanto à aprovação de um teste psicológico, o bom e correto uso implica formação qualificada do profissional. Neste sentido, as críticas quanto à consistência dos testes dão lugar à forma de uso, seja escolha, aplicação do teste, ou ainda, o manuseio dos resultados Livro Testagem e Avaliação Psicológica Cap. 1 e 2 ➬ Definição de Testagem e avaliação - Testagem era o termo usado para referir-se a tudo, da administração de um teste à interpretação de seu escore (resultado). - A avaliação reconhece que os testes são apenas um tipo de instrumento usado por avaliadores profissionais e que o valor de um teste, está intimamente ligado ao conhecimento, à habilidade e à experiência do avaliador. - Conduzir uma avaliação reque mais educação, treinamento e habilidade do que simplesmente administrar um este. Definimos a avaliação psicológica como a coleta e a integração de dados relacionados à psicologia com a finalidade de fazer uma estimação psicológica, que é realizada por meio de instrumentos como testes, entrevistas, estudos de caso, observação comportamental e aparatos e procedimentos de medida especialmente projetados. Definimos testagem psicológica como o processo de medir variáveis relacionadas à psicologia por meio de instrumentos ou procedimentos projetados para obter uma amostra de comportamento. ➬ Processo de avaliação - Recebe um questionamento por parte por exemplo de uma escola, acerca da capacidade de um aluno trabalhar bem em grupo - Psicólogo procura por aquele instrumento de avaliação que possa dar a resposta necessária ao primeiro questionamento - Avaliação formal se inicia - Avaliador escreve um relatório visando responder à pergunta inicial Avaliação psicológica colaborativa, o avaliador e o avaliando podem trabalhar como “parceiros” do contato inicial ao feedback final Avaliação dinâmica refere-se a uma abordagem interativa à avaliação psicológica que geralmente segue um modelo de (1) avaliação, (2) intervenção de algum tipo e (3) avaliação ➬ Instrumentos de avaliação psicológica Testes: - O termo teste psicológico refere-sea um dispositivo ou procedimento visando medir variáveis relacionadas à psicologia. - Quase sempre envolve a análise de uma amostra de comportamento - O termo formato diz respeito à forma, ao plano, à estrutura, ao arranjo e ao leiaute dos itens do teste e, ainda, às considerações relacionadas, como limites de tempo. Formato também é usado em referência à forma como um teste é administrado: computadorizado, escrito ou alguma outra forma - Os testes diferem com relação a sua solidez psicométrica ou qualidade técnica. Psicometria pode ser definida como a ciência da mensuração psicológica. - Solidez psicométrica: quando nos referimos ao grau de consistência e precisão com que um teste mede o que propõe a medir. Entrevista: - Método de obter informações por intermédio da comunicação direta envolvendo troca recíproca - Geralmente face a face - Comportamento verbal e não verbal (linguagem corporal, movimentos e expressões faciais) Portfólio: - Produções – sejam conservadas em papel, tela, filme, vídeo, áudio ou algum outro meio – constituem o que é chamado de um portfólio. Dados de história de caso: - Dados da história de caso refere-se a gravações, transcrições e outros relatos na forma escrita, pictórica ou outra que preserve informações de arquivo, os relatos oficiais e informais e outros dados e itens relevantes a respeito de um avaliando. Observação comportamental: - A observação comportamental, como é empregada por profissionais da avaliação, pode ser definida como a monitoração das ações dos outros ou de si mesmo por meios visuais e eletrônicos ao mesmo tempo em que se registram as informações quantitativas e/ou qualitativas relativas a essas ações Testes de dramatização: Instrumento de avaliação no qual os avaliandos são dirigidos a agir como se estivessem em uma determinada situação. ➬ Quem, o que, o porquê, como e o onde? Quem: - Desenvolvedores, os editores, seus aplicadores e as pessoas que serão avaliadas por meio deles. - Aplicador do teste: são usados por uma ampla variedade de profissionais, incluindo clínicos, conselheiros, psicólogos escolares pessoal do RH, psicólogos do consumidor, psicólogos experimentais e psicólogos sociais - A sociedade em seu conjunto exerce de muitas formas sua influência como uma parte do empreendimento da avaliação. À medida que a sociedade evolui e surge a necessidade de medir diferentes variáveis psicológicas, os desenvolvedores respondem criando novos testes. Obs: uma autópsia psicológica pode ser definida como uma reconstrução do perfil psicológico de um indivíduo falecido com base em registros de arquivo, artefatos e entrevistas conduzidas previamente com o avaliando falecido ou com pessoas que o conheceram Contextos utilizados: - Contextos educacionais - Ambientes clínicos - Ambientes de orientação - Ambientes geriátricos - Ambientes empresariais e militares - Credenciamento governamental e organizacional - Ambientes de pesquisa acadêmica Questões básicas sobre mensuração Psicometria – Hutz ➬ Por que quantificar? - Permite que atenda aos padrões da ciência de ser algo testável e comparado com a realidade. - Permite a avaliação da efetividade de intervenções - São importantes no que diz respeito à comunicação entre profissionais. - Reprodutibilidade em pesquisa, uma vez que bancos de dados e análises quantitativas podem ser sempre checados por outros pesquisadores, proporcionando uma crítica mais apurada das conclusões das pesquisas. A quantificação em psicologia não tem como alvo o ser humano em sua totalidade, mas somente características especificas suas. Avaliar algumas propriedades não significa reduzir, e sim delimitar uma área de interesse no estudo das diferenças individuais, o que ajuda a entender quão única é uma pessoa. ➬ Abordagens da medida psicológica - Teoria clássica dos testes: seu foco é nos escores observados produzidos pelos instrumentos e em quanto erro de medida eles apresentam. Para esta teoria os escores produzidos pelos testes geralmente contêm erro. A medida usada para essa finalidade é chamada de fidedignidade (determina o quanto da variância ou variabilidade observados em X é devida ao escore verdadeiro (f) e não ao erro aleatório), ou confiabilidade. Escore esperado (t) = escore observado (x) – erro aleatório (e) - Escalas de medida: separação em, pelo menos, quatro níveis de mensuração: nominal, ordinal, intervalar e de razão. Nominal: aplica-se quando o uso do número torna possível apenas distinguir os indivíduos. Ordinal: adiciona significado à representação numérica. Níveis intervalar e de razão: aplicam-se quando há, além de ordem, intervalos regulares entre os valores. Teoria da medida conjunta: conjunto de axiomas que estabelecem condições para a construção de escalas intervalares (ou de outra natureza) de variáveis psicológicas ou de qualquer outro tipo. Modelo de variáveis latentes: recorrem a elementos não necessariamente observados como causas das respostas dos indivíduos aos itens dos testes. Normas ➬ Normas Interpretar os escores decorrentes do uso de um teste é tão importante quanto desenvolver ou adaptar instrumentos e aplica-los de maneira correta. Para interpretar os escores, é necessário que sejam desenvolvidas normas. É por meio delas que será possível atribuir significado aos escores obtidos pelo sujeito. - Para que o profissional possa classificar os escores (elevados, baixos, medianos, etc.), ele precisa de um referencial, que é fornecido pelas normas. - Grupo cujo desempenho é utilizado como referencial normativo é chamado de amostra normativa, composta por um grupo de sujeitos que têm desempenho típico com relação a característica estudada, reproduzindo o comportamento da população. - Amostra normativa é representativa da população - Ao administrar o teste para a amostra normativa, será possível obter a distribuição de escores, com eles, os dados individuais serão comparados e receberão sentido – esses dados são as normas. As normas fornecem um padrão de comparação para a interpretação dos escores individuais, utilizando como base os escores de uma amostra representativa da população (amostra normativa). Além disso, pode-se utilizar também as normas de desenvolvimento, em que o desenvolvimento humano é utilizado como referência. - O tamanho da amostra de normatização é uma questão que deve ser considerada pelo pesquisador. - É importante que estudos de validade, fidedignidade e de normatização do instrumento, sejam refeitos com determinada periodicidade, a fim de manter a adequação do teste ao uso com participantes brasileiros. Escore percentilico: indica a posição que o desempenho no teste coloca o sujeito quando comparado ao desempenho da amostra de normatização. Ele indica quantos por cento da amostra normativa se encontra abaixo do testando. Ou seja, se o escore percentilico do participante é de 5%, isso significa que o desempenho dele, quando comparado ao desempenho da amostra normativa, coloca-o em uma posição ocupada por 5% da amostra. Há 5% de pessoas com desempenho igual ou menor que ele e 95% com desempenho superior. Escore padrão (Z): posição que o escore bruto ocupa em relação a uma média “X”, medida em unidades de desvio padrão. Z = (Escore bruto – média da amostra normatizada) / desvio padrão da amostra normativa Escore T: T = X + desvio padrão X Z - O manual do instrumento deve oferecer uma tabela em que se encontrem os escores brutos e seu escore percentilico equivalente. ➬ Normas de desenvolvimento O desenvolvimento humano progressivo ao longo da vida e a consequente maturação psíquica, motora e de outros sistemas é o que fundamenta as normas de desenvolvimento. ➬ Normas de idade - Normas poridade mental foram introduzidas por Simon e Binet (1904). - Surgiu ainda o QI, sendo que ele resultava do quociente entre a idade mental do sujeito (obtida por meio do teste) e sua idade cronológica. O resultado era multiplicado por 100, evitando-se decimais. ➬ Normas de série escolar - A utilização desse método para interpretação dos escores deve considerar que há variações passíveis de influenciar a comparação dos testandos com a amostra de normatização. Eles podem diferir, por exemplo, nos currículos, na qualidade do ensino, na familiaridade com o teste. Questões como essas devem ser consideradas para que a interpretação dos resultados seja feita corretamente. ➬ Normas de estágio de desenvolvimento - Referentes ao estágio de desenvolvimento psicomotor em que a criança ou o adolescente se encontra Como é feito um teste? ➬ Construção e adaptação de instrumentos - Instrumento deve ser válido e fidedigno. Para que isso ocorra, os cuidados se iniciam na construção ou adaptação do teste. - A necessidade de instrumentos para avaliar determinados construtos psicológicos leva o pesquisador a construir instrumentos ou a adaptá-los a partir de outros preexistentes. Qualquer que seja a decisão tomada, apresentará vantagens e desvantagens. Construção: - O pesquisador deve considerar se existe instrumento disponível e adequado ás suas necessidades. - Deve resultar em um instrumento que considere as particularidades e as especificidades da população, considerando, por exemplo, a faixa etária e o nível cultural. - O processo é complexo. Várias etapas precisam ser seguidas para que se obtenha êxito na construção. - Dentre as etapas, encontra-se: revisão bibliográfica; elaboração dos itens; avaliação dos juízes; realização de grupos focais. - Difícil produzir comparações transculturais Adaptação: - O procedimento de adaptação favorece as comparações entre estudos transculturais. - É um procedimento mais simples e rápido - Algumas vezes é necessário incluir novos itens ➬ Construção de itens para instrumentos objetivos - Conceitualização da tese, revisão da literatura acerta do construto, passando pela criação dos itens, aplicação destes a uma amostra, análise dos itens, até a revisão do teste. Desenvolvimento dos itens: 1) Revisão da literatura relacionada ao novo teste; 2) Procedimentos complementares à revisão teórica; 3) Construção da definição operacional; 4) Construção dos itens. Coleta de dados: aplicação da versão preliminar a grupos focais, à amostra-piloto e à amostra-alvo. Analise estatística: análise do teste e redação de uma versão final. Perguntas necessárias na construção de um teste: É necessária a construção do teste? Há outros testes que medem a mesma variável? Quais as vantagens apresentadas por esse novo teste? O que esse teste visa medir? Qual o seu objetivo? Quem o utilizará? Que qualificações são exigidas da pessoa que vai aplicá-lo? Quem vai respondê-lo? Como ele será administrado? Como serão levantados os escores e atribuído sentido a eles? Importância dos juízes na análise dos testes: A avaliação por juízes é importante no desenvolvimento dos itens, pois estes podem contribuir para que o teste tenha maior validade e que realmente realize aquilo que propõe. Validade dos testes ➬ Validade - Algumas exigências acerca dos testes devem ser satisfeitas a fim de que eles possam ser considerados adequados para uso. Uma delas se refere ao quanto o teste é legitimo com relação àquilo que mede. Validade se refere ao grau em que um teste mede aquilo que propõe medir. - Um teste é válido quando os itens medem os comportamentos que são a expressão do traço latente que deseja mensurar. A validade do teste nos diz o que podemos inferir dos escores do teste. O processo de validação é, pois, constituído de um conjunto de evidências que asseguram cientificamente as interpretações dos escores dos testes. Dessa forma, nesse processo, não se valida o teste em si, mas as interpretações propostas por ele. Validade de conteúdo: Envolve o exame sistemático do conteúdo do teste para determinar se ele abrange uma amostra representativa do domínio do comportamento a ser medido. Exemplo: teste de desempenho escolar. - Valida se os itens do teste se constituem em uma amostra representativa do universo de itens do construto. - O teste será valido, do ponto de vista do conteúdo, se a amostra de comportamentos selecionada para representar o universo de comportamentos por meio dos quais o traço latente tente se expressa for representativa. - O que garante a validade de conteúdo é a cobertura adequada de todos os tópicos. - O pesquisador deve evitar super-representação de um aspecto e sub-representação de outro. Validade de face/aparente: Refere-se ao julgamento subjetivo que as pessoas fazem sobre o teste. - Consiste em se ter “peritos” revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados “em sua cara”. - Exemplo: um teste de depressão com a pergunta “você está com dificuldades para urinar? ” Validade de critério: Está relacionada ao quanto o teste pode predizer o desempenho do sujeito em tarefas especificadas. - A validade é dada pela avaliação da relação dos escores obtidos no teste em questão com os escores obtidos no teste que servirá de critério. - Critério deve ser relevante, válido e não contaminado. Preditiva: prediz a condição futura do indivíduo quanto a um critério (quando os escores do teste são obtidos em um momento, e as medidas de critério, em um momento futuro). Exemplo: utilizar um teste de personalidade para predizer risco de suicídio. - Interessante para a seleção de pessoas. - Testes que têm validade preditiva relacionada ao desenvolvimento de determinados transtornos podem ser utilizados para tomar medidas preventivas. Concorrente: ocorre quando as duas medidas, o teste e o critério, são obtidas quase simultaneamente (uma logo após a outra). Exemplo: aplicação de dois testes na mesma sessão. - Correlação entre o escore de um teste de depressão e o nível atribuído por um psicólogo clínico O coeficiente de validade é um tipo de evidência estatística utilizado para inferir a validade de critério, seja preditiva, seja concorrente. Por grupos contrastantes: avalia se o teste consegue diferenciar grupos diferentes Correlação com outro teste: deve ser relacionado ao construto de interesse Validade de construto: O teste mede um atributo ou qualidade que não é “operacionalmente definido”. - O pesquisador elabora hipóteses teóricas acerca do construto e busca outra forma de verificar a validade. - Duas técnicas de validação: Análise fatorial: permite identificar fatores ou variáveis específicas - A análise fatorial pode ser empregada como um método que reduz os dados provenientes de um conjunto de escores a um número menor de fatores, empregando a inter-relação entre os itens para atingir esse objetivo. - Após os escores dos itens serem submetidos à análise fatorial, é possível identificar os fatores responsáveis pela expressão comportamental. Quando os fatores identificados correspondem àqueles descritos pela teoria ou hipóteses teóricas, pode-se dizer que existe evidencia de validade de construto. Pode ser: - Exploratória (AFE) - Confirmatória (AFC): testa o quanto os dados reais se ajustam a um modelo hipotético criado para descrever dados. Análise de consistência interna: verificar a homogeneidade dos itens que compõem o teste Análise por hipóteses: capacidade de um teste ser capaz de discriminar ou predizer um critério externo. - Validade convergente: correlação significativa com outras variáveis com as quais deveria pela teoria estar relacionado. Ex: Correlação entre um teste e um critério que se deseja mensurar o mesmo construto que o teste ou onutroteste - um teste de depressão e outro teste de depressão. - Validade discriminante: não correlação ou correlações não significativas entre um teste que mede um construto e outro que não mede o mesmo construto. Ex: deve haver correlação nula entre um teste de depressão e outro de ansiedade Fidedignidade ou confiabilidade ➬ Fidedignidade Refere-se a consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas quando são reexaminadas com o mesmo teste em diferentes ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras condições variáveis de exame. - Estabilidade com que os escores dos testandos conservam-se em aplicações alternativas. - Quanto mais similares forem os escores dos testandos em aplicações distintas, maior será a fidedignidade de um teste. - A análise da fidedignidade dos escores de um teste permite estimar o grau de flutuação esperado dos escores em aplicações subsequentes. Quando os examinadores tentar manter condições uniformes de testagem, controlando o ambiente de testagem, as instruções, os limites do tempo, o rapport, e outros fatores semelhantes, eles estão reduzindo a variância de erro e tornando os escores de testes mais confiáveis. - Coeficiente de correlação: expressa o grau de correspondência, ou relacionamento, entre dois conjuntos de escores. Assim, o maior escore na variável 1 é também o maior escore na variável 2, o segundo melhor indivíduo na variável 1 é o segundo melhor na variável 2. - A fidedignidade é muito importante, pois a replicação de estudos é um quesito fundamental na ciência. Logo, o instrumento de medida usado em pesquisa deve ser o mais preciso possível, para garantir as condições necessárias para replicação de resultados. ➬ Tipos de fidedignidade Teste reteste: repetição de um teste em uma segunda ocasião. O coeficiente de fidedignidade, neste caso, é a correlação entre os escores obtidos pelas mesmas pessoas nas duas aplicações do teste. Correlação: é uma análise estatística entre duas ou mais variáveis que produz um coeficiente que varia de -1 a +1, sendo que o valor “0” implica a ausência total de relação entre as variáveis. Forma alternada: tem por objetivo avaliar a relação entre os escores dos testandos entre um período de tempo. Esse procedimento difere do teste-reteste, pois as aplicações ocorrem com conjuntos de itens distintos. Método das metades: este procedimento consiste em separar o teste em duas partes e calcular a correlação entre elas. Se os valores de correlação forem elevados, então há evidencia de fidedignidade pelo método das metades para o teste todo. - Oferece uma medida de consistência em relação à amostragem do conteúdo. Coeficiente Alfa: é a média de todos os coeficientes possíveis de duas metades de um teste e indica o valor esperado de uma divisão aleatória do conjunto de itens de um teste. Fidedignidade do avaliador: pode ser encontrada tendo-se uma amostra dos protocolos dos testes pontuados independentemente por dois avaliadores. É comumente calculado quando instrumentos avaliados subjetivamente são empregados na pesquisa Tap e estatística Princípios ➬ Dados paramétricos - Dados que obedecem a uma distribuição normal (gaussiana ou em forma de sino). - Quando está na média, o desempenho está na onde se encontra a maior parte das pessoas. Quando obedecem a outra distribuição são chamados de não-paramétricos e são analisados de outra forma. A média e mediana possuem valores diferentes. Obs: Grupo normativo: as normas informam como os escores (resultados) se distribuem na população ou pelo menos na amostra de normatização. ➬ Média e desvio padrão Média: soma dos resultados dividido pelo número de indivíduos - Média inferior (dificuldade leve) - Inferior (dificuldade significativa) - Média superior (facilidade leve) - Superior (facilidade significativa) Desvio padrão: medida de dispersão dos dados. Ponto ponderado: pega os pontos brutos e equivale a variável desejada, por exemplo, a idade. - Estatística descritiva - Pode-se inferir o desempenho de um indivíduo particular em comparação a uma amostra ➬ Pontuação padrão - Standard Score - Meio de comparar diferentes escores em uma escala comum Media: 100 D. Padrão: 15 QI total: 100 (médio) QI total: 120 (médio superior) QI total: 65 (deficiente) Idade mental: não se refere ao atributo, mas as coisas que a pessoa faz referente a uma idade ➬ Percentil Escala de 1 a 100 – Indica a classificação de determinada pessoa quanto seu escore em comparação ao restante do grupo. ➬ Z-Escore - Classificação dada em desvio padrão - Calculo: Z = X – μ/ σ ➬ Significância - Teste de hipótese - Probabilidade de determinado resultado ter sido ao acaso - Em psicologia o p-valor utilizado é <0,05 (ou <5%)
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