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Percursos Freudianos 
Sistematização de uma prática 
➬ O que é a Psicanálise 
Método de tratamento de certas afecções 
nervosas (neuroses), de sintomas como ideias 
fixas, dores, sintomas corporais, medos. – 
Tratar o sofrimento humano, angustia, 
sentimentos de desprazer, de inadequação, de 
menos-valia. 
- Aborda a singularidade 
- Embasamento na transferência e na 
associação livre (fala) 
- Compreende uma teoria que tem na prática 
clínica seu ponto de partida 
➬ Onde situar a Psicanálise? 
- Em nenhum lugar preexistente 
- Ela operou uma ruptura com o saber 
preexistente e produziu o seu próprio lugar 
- Não se encontra em continuidade com saber 
algum (tendo em vista a natureza, as etapas e 
os limites do conhecimento humano), mas liga-
se ao conjunto de saberes produzidos sobre o 
homem a partir do século XIX. 
Em sua origem está o conceito de 
inconsciente, o que levou a uma clivagem 
(divisão) da subjetividade que, a partir desse 
momento, “deixa de ser entendida como um 
todo unitário identificado com a consciência sob 
o domínio da razão, para ser uma realidade 
dividida em dois grandes sistemas – o 
Inconsciente e o Consciente – e dominada por 
uma luta interna em relação à qual a razão é 
apenas um efeito de superfície” (GARCIA-
ROZA, 1985, p. 22). – Sujeitos divididos 
 
- Prática de escuta do discurso individual 
- A psicanalise vai perguntar pelo sujeito do 
desejo que o racionalismo recusou (dividido, 
contraditório). 
 
➬ Inconsciente 
- Sistema do aparelho psíquico cujos processos 
tem como características: 
*Isenção de contradição mutua 
*Processo primário (condensação e 
deslocamento) 
*Intemporalidade 
*Substituição da realidade externa pela psíquica 
(estão sujeitos ao princípio do prazer, as 
exigências da regulação prazer-desprazer). 
Observação: 
A condensação é como juntar no sonho parte 
das vivências do quotidiano com outras 
censuradas, provocando confusão. ''O 
mecanismo de condensação é marcado pelo 
conteúdo do sonho de forma abreviada. O 
conteúdo manifesto (lembrado) é sempre 
menor que o latente isso porque a 
condensação opera de três formas, omitindo 
determinados elementos dos pensamentos 
latentes (ocultos, inconscientes); permite que 
apenas um fragmento do conteúdo latente 
(oculto) apareça no sonho manifesto; e por 
último, combina vários elementos do conteúdo 
latente num único elemento do conteúdo 
manifesto. 
Já o mecanismo do deslocamento pode operar 
mudando a ênfase de um elemento relevante, 
que diz respeito ao desejo inconsciente, para 
outro sem importância como uma forma de 
disfarçar. Além destes mecanismos mascararem 
o sonho, ainda se passam de forma cruzada, 
formando às vezes sonhos como espécies de 
quadros desconexos, o que dificulta a sua 
interpretação. 
 
 
 
➬ A consciência da loucura 
- Séc. XVII: partilha entre razão e desrazão; 
momento em que a razão produziu a loucura. 
O que existia antes era a diferença e o lugar da 
diferença. 
- Ficar louco implicaria a perda da racionalidade, 
exatamente o ponto de separação entre 
homens e animais. 
- Foucault: a loucura é uma produção do século 
XVIII, quando se torna objeto da produção de 
um saber, de práticas e instituições. Hospital – 
laboratório; psiquiatra – artesão 
➬ O saber psiquiátrico 
- Denuncia da loucura 
- Controle disciplinar da loucura 
- Discurso voltado para justificar a existência das 
instituições asilares 
- Louco como perigoso 
- Psiquiatra resguarda a sociedade do louco 
➬ Interrogatório e confissão 
- Saber sem valor terapêutico que funcionava 
apenas como forma de verdade 
- O interrogatório se constitui na articulação 
entre o poder e o saber psiquiátrico, buscando 
antecedentes 
- Loucura como doença sem corpo que 
deveria aparecer na forma de predisposição 
que seria revelada nas lembranças individuais e 
familiares 
➬ A loucura experimental 
- Não se sabia de fato o que era a loucura 
- Tours- buscou-se produzir a loucura por meio 
de substancias tóxicas 
- Acreditavam que o sonho reproduzia as 
características da loucura 
- Quebra da dicotomia entre o normal e o 
patológico 
➬ Hipnose 
- Precedida pelo mesmerismo e fluidismo 
- Julgamento desta prática como charlatanismo: 
os efeitos curativos lhe foram negados e 
atribuídos à imaginação dos que a ela se 
submetiam. 
- Efeito da sugestão que veio a constituir-se no 
princípio da técnica da hipnose. 
- No efeito hipnótico, o poder é todo ele 
depositado no médico, que passa a dispor 
inteiramente do corpo do paciente. 
➬ Charcot e a histeria 
- Séc. XIX – formam-se dois grandes grupos 
de doenças: aquelas com uma sintomatologia 
regular e que remetiam a lesões orgânicas 
identificáveis pela anatomia patológica e aquelas 
que eram perturbações sem lesão e nas quais 
a sintomatologia não apresentava a regularidade 
desejada (neuroses). 
- Charcot: não há correlato orgânico das 
manifestações histéricas. Mais tarde ele aponta 
que a histeria é como tantas outras esfinges e 
possui, sim, uma sintomatologia bem definida e 
que obedece a regras precisas. 
- Pela sugestão hipnótica o médico poderia 
obter um conjunto de sintomas histéricos 
regular e bem definido, mas tinha menos a ver 
com o corpo neurológico do que com o desejo 
do médico. 
Teoria do trauma psíquico que não provém da 
ordem física, donde emerge a necessidade de 
a pessoa narrar sua história pessoal para que o 
médico possa localizar o momento traumático 
responsável pela histeria. 
- Dessas narrativas surgiram histórias, cujo 
componente sexual desempenhava um papel 
preponderante e Charcot recusa a articulação 
entre histeria e sexualidade – o ponto de 
partida da investigação de Freud. 
➬ Trauma e ab-reação 
- Freud emprega o método de Breuer 
(método catártico): sob efeito hipnótico, fazer o 
paciente remontar à pré-história psíquica da 
doença a fim de localizar o acontecimento 
traumático e levar à descarga do afeto 
originalmente ligado à experiência traumática. 
Ab-reação: liberação da carga de afeto 
 
➬ Trauma e defesa psíquica 
- Recalcamento. 
- Resistência. 
- Esquecimento. 
Defesa contra “ideias de natureza aflitiva, 
capazes de despertar emoções de 
vergonha, de autocensura e de dor 
psíquica” (GARCIA-ROZA, 1985, p. 38). 
“Forma de censura por parte do ego do 
paciente à ideia ameaçadora, forçando-a a 
manter-se fora da consciência” (GARCIA-
ROZA, 1985, p. 38). 
- A conversão somática é um modo de 
defesa específico da histeria e as ideias 
obsessivas são o modo de defesa 
específico da neurose obsessiva. 
Corpo e histeria 
➬ Corpo 
- O corpo que é objeto da psicanálise 
ultrapassa o somático e constitui um todo em 
funcionamento coerente com a história do 
sujeito. 
- O corpo a que se refere a psicanálise é o 
corpo enquanto objeto para o psiquismo, é o 
corpo da representação inconsciente, o corpo 
investido numa relação de significação, 
construído em seus fantasmas e em sua 
história. 
- Freud, ao articular uma teoria da sexualidade, 
inicia uma verdadeira revolução na concepção 
de corpo, revolução esta que, se estruturando 
a partir do corpo Soma, corpo biológico, corpo 
da pura necessidade, vai desembocar na noção 
de corpo erógeno, inserido na linguagem, na 
memória, na significação e na representação, 
ou seja, corpo próprio da psicanálise. 
Corpo psicanalítico – marcado pelo desejo 
inconsciente, sexual, e atravessado pela 
linguagem – que se contrapõe ao corpo 
biológico – constituído pelos órgãos e sistemas 
funcionais, o organismo físico. 
➬ Corpo sintoma da histeria 
O corpo da histérica (ou a própria histeria) só 
poderia ser definido se fosse considerada não 
somente a anatomia (as paralisias, as afasias), 
mas a condição da representação corporal 
presente no imaginário social. 
- Aos poucos, Freud é confrontado com o fato 
de que boa parte das idéias reprimidas têm um 
significado sexual. Daí a perceber que a vida 
sexual das pessoas, no final do séculoXIX, é 
motivo de grande infelicidade é apenas um 
passo. E é exatamente a sexualidade que se 
encontra na posição de ser recalcada e de 
continuar produzindo efeitos a partir de sua 
localização, isto é, a partir do inconsciente 
- Experiência precoce, sujeito é imaturo do 
ponto de vista sexual e se vê diante da 
sexualidade. 
O que a histérica mostra é algo de si, em seu 
corpo, pela via do sintoma. É o sintoma que faz 
o diálogo; o que sobressai desse diálogo, desse 
discurso, é a idéia da presença de um conflito 
inconsciente que remete a um desejo de 
ordem sexual. O corpo da histérica, evidenciado 
pelo fenômeno da conversão, tende a 
expressar o psíquico, obedecendo à lei do 
desejo inconsciente, coerente com a história do 
sujeito. 
Conversão “é a mutação em corporal dessa 
soma de excitação que é liberada de sua 
repressão e tem por efeito neutralizá-la”, ou 
seja, a conversão, como é chamado por Freud, 
é o mecanismo pelo qual a carga de afeto 
ligada a essa ideia, ou conjunto de ideias, é 
transformada em sintomas somáticos. (modo de 
defesa especifico da histeria.) 
- Histeria é um tipo de neurose que se 
caracteriza predominantemente, pela 
transformação da ansiedade subjacente para 
um estado físico. 
- A histeria faz menção não a qualquer corpo, 
não ao corpo em qualquer sentido, mas ao 
órgão-mater da sexualidade, órgão que terá 
precisamente por função retirá-la de um corpo 
de órgãos para situa-la num outro corpo, o 
corpo pulsional. 
- Freud identifica, no sintoma histérico, a 
condensação do desejo sexual e da defesa 
contra este desejo 
- O corpo no qual se expressa o sintoma 
histérico é, assim, o corpo, e o mecanismo pelo 
qual essa via de expressão se viabiliza é o que 
Freud chama de complacência somática: o 
corpo se submete, se faz complacente a uma 
ordem de fenômenos que não equivalem aos 
processos corporais em sentido intra-orgânico, 
mas que se impõem ao corpo, nele esculpindo 
as formas de desejo e suas vicissitudes. 
➬ Corpo pulsional 
- A pulsão (Trieb), designado por Freud como 
conceito fundamental e definido como limite 
entre o psíquico e o somático. 
Como coloca Freud (1905b/1972), a zona 
erógena é “uma parte da pele ou membrana 
mucosa em que os estímulos de determinada 
espécie evocam uma sensação de prazer 
possuidora de uma qualidade particular” 
 
 
 
 
Lugares psíquicos 
O conceito freudiano de aparelho psíquico 
designa uma organização psíquica que é dividida 
em instâncias. Essas instâncias – ou sistemas – 
são interligadas entre si, mas possuem funções 
distintas 
: ➬ Consciente 
- Recebe informações provenientes das 
excitações internas ou externas, as quais ficam 
registradas de forma qualitativa de acordo com 
o prazer e o desprazer causados por essas 
excitações. 
- Funções perceptivas, cognitivas e motoras 
(percepção, pensamento, juízo crítico, 
evocação). 
- Funcionamento conjugado ao Inconsciente 
O Consciente se relaciona com os fenômenos 
dos quais nos damos conta, aqueles em que 
podemos pensar através da razão, aqueles cuja 
existência atual é clara para nós. 
➬ Pré-consciente 
- Funciona como uma espécie de peneira, 
barreira de contato seletiva que seleciona o que 
vai passar do inconsciente para o consciente 
- Interface 
- Também compreende eventos, processos e 
conteúdos mentais que podem ser trazidos à 
consciência. 
O Pré-consciente é o ambiente daqueles 
fenômenos que não estão “na nossa cara” em 
determinado momento, mas que não são 
inacessíveis à nossa razão. Os fenômenos pré-
conscientes são aqueles que estão prestes a 
chegar a consciência, a transitar para o nível 
consciente. 
 
 
 
➬ Inconsciente 
- O Inconsciente é o terreno dos fenômenos 
obscuros. Medos, desejos, pulsões… 
- O inconsciente é regido pelas próprias leis, 
além de ser atemporal: não existem as noções 
de tempo e espaço nesse nível psíquico, ou 
seja, o inconsciente não identifica cronologia 
nos fatos, nas experiências ou nas memórias. É 
ele, também, o principal responsável pela 
formação da nossa personalidade. 
Tudo que a mente evita para não sofrer, habita 
o inconsciente. Temos acesso a esses 
fenômenos apenas por meio dos atos falhos, 
dos sonhos ou da análise psicanalítica 
ID 
- No Id não estão gravadas apenas as 
representações inconscientes, mas 
representações inatas, transmitidas 
filogeneticamente e pertencentes à espécie 
humana. 
EGO 
- O Ego, por sua vez, tem a função de realizar 
os desejos do Id. Mas para satisfazê-los, precisa 
adaptá-los à realidade, às regras sociais e às 
demandas do Superego. Enquanto o Id é guiado 
pelo Princípio de Prazer, o Ego segue o 
Princípio de Realidade (que explicaremos em 
breve). 
SUPEREGO 
- O Superego pode ser entendido, 
basicamente, como o ramo da moral, da culpa 
e da autocensura. 
 
 
 
 
O discurso do desejo 
A interpretação dos sonhos 
➬ Sonho 
- O sonho como a via régia para o inconsciente 
- Apesar de parecerem absurdos, os sonhos 
possuem um sentido 
- A interpretação do sonho é singular e quem 
o interpreta é o sonhador, a partir da narrativa. 
- A pessoa que sonha sabe o significado do seu 
sonho, apenas não sabe que sabe. Não sabe 
que sabe porque a censura a impede de saber. 
- A interpretação tem como função produzir a 
inteligibilidade desse sonho 
- A interpretação é possível por meio de um 
método cientifico. 
O sentido do sonho não é imediatamente 
acessível nem ao sonhador nem ao intérprete, 
pois o sonho é sempre uma forma disfarçada 
de realização de desejos. 
- Sobre o sonho incide uma censura que tem 
como efeito a deformação onírica, que tem 
por objetivo proteger o sujeito do caráter 
ameaçador dos seus desejos. 
- O sonho é um substituto deformado do 
conteúdo inconsciente. 
O sonho se inscreve, portanto, em dois 
registros: 
1º corresponde ao sonho contado e lembrado 
pela pessoa: conteúdo manifesto do sonho; 
2º corresponde ao registro oculto inconsciente, 
ao que se pretende chegar pela interpretação: 
pensamentos oníricos latentes 
- O que se interpreta não é o sonho sonhado e 
sim o relato do sonho. 
O trabalho de interpretação é realizado ao nível 
da linguagem 
 
 
 
 
➬ Método Freudiano 
- Não toma o sonho como um todo enquanto 
objeto, mas parcelas isoladas de seu conteúdo. 
Emprega a decifração em detalhe e não em 
massa (totalidade). Ou seja, faz a interpretação 
em partes. 
- Considera os sonhos como sendo de caráter 
múltiplo (conglomerados de formações 
psíquicas). 
- Cada elemento do sonho funciona como um 
significante oculto e inconsciente 
- Seu sentido não está no conteúdo manifesto, 
mas surgirá de um trabalho de estruturação. 
Conteúdo manifesto: transcrição dos 
pensamentos oníricos latentes, cuja sintaxe é 
dada pelo inconsciente. 
 
- Ás distorções às quais são submetidos os 
pensamentos oníricos latentes vão nos servir 
de meio para chegar à sintaxe do inconsciente. 
➬ Elaboração onírica ou trabalho do sonho 
- Trata-se dos mecanismos de transformação 
dos pensamentos latentes em conteúdos 
manifesto. 
- Obras da censura dos sonhos 
Condensação: 
- A condensação é o resumo das ideias que 
têm pontos em comum e uma analogia entre si. 
Funde elementos que estão a um nível latente 
com traços comuns num só. Estabelece uma 
relação entre o conteúdo manifesto e o latente. 
Ao nível do conteúdo latente, onde existem 
ideais e ao nível do manifesto, onde existem 
- A apenas um fragmento é permitido 
aparecer: 1) omissão de conteúdos; 2) só um 
fragmento aparece; 3) combinação de vários 
elementos do conteúdo latente (uma pessoa 
representa várias pessoas ao mesmo tempo). 
 
 
Deslocamento: 
- O deslocamento é a obra da censura, onde 
um elemento do sonho a nível latente é 
substituído por um dos seus fragmentos 
constituintes. Há uma transferência da 
importância que tem uma ideia para outra 
completamente diferente e afastada dela. 
Figuração ou consideração à figuralibilidade:- Transformação dos pensamentos do sonho 
em imagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 4- Katharina 
Freud 
➬ O que é a histeria? 
Os autores compreendiam o comportamento 
histérico como uma gama ampla de sintomas. 
Sendo desde tonturas, perda de consciência, 
atos involuntários, paralisias de membros, 
alucinações visuais e, até olfativas. 
Freud acreditava, a partir de suas observações 
que sua origem seria, na maioria dos casos, 
psíquica. 
- A excitação decorrente da ideia afetiva é “convertida” 
num fenômeno somático. ” 
 ➬ O caso Katharina 
Katharina era uma jovem de 18 anos que vivia 
com a tia nas regiões altas das montanhas, 
onde cuidavam de uma pousada. 
“Acontece de repente… parece que há 
alguma coisa pressionando meus olhos. Minha 
cabeça fica muito pesada, há um zumbido e 
fico tão tonta que quase chego a cair. Então, 
alguma coisa me esmaga o peito a tal ponto 
que quase não consigo respirar. Minha garganta 
fica apertada, como se eu fosse sufocar”. 
- A jovem via um rosto “medonho” que a 
assustava. 
- Freud diagnostica como uma crise de angustia 
com uma “aura” histérica 
➬ A história por trás do caso de Katharina 
Dois anos antes, a jovem havia flagrado o tio 
numa relação sexual com uma sobrinha. O fato 
a deixou muito perturbada. A questão é que 
para Freud, embora ver a cena pudesse ser 
constrangedor, não seria razão para gerar uma 
crise de angústia com tantas recorrências. 
Por fim, o desenrolar do caso levou Katharina a 
confessar o que viu para a tia e isso resultou no 
divórcio do casal, e o tio ficou furioso com ela. 
A partir do momento em que Katharina 
relatava o passado para Freud, ela 
compreendeu que o rosto furioso que via era o 
tio que a ameaçou. 
➬ Os abusos na vida de Katharina 
- O tio já havia tentado abusar dela quando era 
mais jovem, porém nesse momento não 
conseguiu entender as insinuações do tio como 
um abuso 
A associação dos fatos a levou a sentir a 
tontura pela primeira vez. E a soma da fúria do 
tio com as tentativas dele em culpá-la 
desencadearam uma reação de constantes 
sensações de angústia. 
➬ A psicanalise no caso de Katharina 
- O simples fato de narras as lembranças para o 
psicanalista fez com que Katharina tivesse uma 
compreensão e um alivio das tormentas. 
“A cura pela fala”. 
Freud constata que “os eventos atingem um 
poder traumático numa data posterior. Por 
exemplo, como lembranças, quando a moça ou 
a mulher casada adquire uma compreensão da 
vida sexual”. 
➬ Conclusão 
Uma das grandes lições aprendidas é que a 
terapia pode ser aplicada fora dos ambientes 
tradicionais, claro, desde que haja uma boa 
predisposição dos envolvidos. Ademais, mesmo 
com apenas uma sessão, é possível iniciar um 
bom diagnóstico

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