Buscar

infarto com supra e sem supra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Angina instável | Infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST
AI/IMSEST é considerada uma síndrome clínica de isquemia miocárdica, que varia de angina estável até infarto do miocárdio. Nos casos típicos, a AI e o IMSEST diferem pelo fato de a isquemia ser suficientemente grave para causar lesão miocárdica suficiente para liberar quantidades detectáveis de marcadores cardíacos no soro. Os pacientes que não apresentam sinais de marcadores séricos de lesão miocárdica são classificados como portadores de AI, enquanto o diagnóstico de IMSEST é estabelecido quando há um marcador sérico de lesão miocárdica detectável.
A fisiopatologia de AI/IMSEST pode ser dividida em cinco fases:
1. Formação da placa instável que se rompe, ou erosão da placa com trombose não obstrutiva superposta.
2. Obstrução causada por espasmo, constrição, disfunção ou estímulos adrenérgicos.
3. Estreitamento grave do diâmetro interno da artéria coronária.
4. Inflamação.
5. Qualquer condição fisiológica que cause isquemia associada à redução da irrigação sanguínea, inclusive febre ou hipotensão.
A inflamação pode desempenhar um papel proeminente na instabilidade da placa, já que as células inflamatórias liberam citocinas que tornam a cobertura fibrosa mais delgada e mais vulnerável à ruptura ou à erosão. A dor associada a AI/ IMSEST é grave e persistente e caracteriza-se por no mínimo um dos três aspectos citados a seguir:
1. Ocorre em repouso (ou com esforço mínimo) e, em geral, persiste por mais de 20 min (se não for suprimida por nitroglicerina).
2. É grave e descrita como dor inquestionável de início recente;
3. É mais grave, persistente ou frequente que a dor que o paciente sentia antes.
A estratificação do risco dos pacientes que se apresentam com AI/IMSEST é importante porque o prognóstico pode variar de excelente (com pouca alteração do tratamento usado antes) até IMSEST ou morte (com necessidade de tratamento intensivo). AI/IMSEST é classificada por gravidade com base na história clínica, no padrão do ECG e nos biomarcadores séricos. A classificação dessa síndrome é a seguinte:
1. Classe I (angina grave de início recente).
2. Classe II (angina em repouso no último mês, mas não nas últimas 48 h).
3. Classe III (angina em repouso nas últimas 48 h).
O padrão eletrocardiográfico de AI/IMSEST revela depressão do segmento ST (ou elevação transitória do segmento ST) e alterações da onda T. Estudos demonstram que o grau de desvio do segmento ST é um indicador importante da gravidade da isquemia e do prognóstico.
Infarto do miocárdio com elevação do segmento ST
O infarto agudo com elevação do segmento ST (IMEST), também conhecido como ataque cardíaco, caracteriza-se por morte isquêmica dos tecidos miocárdicos, associada à doença aterosclerótica das artérias coronárias. A área do infarto é determinada pela artéria coronária afetada e por sua distribuição do fluxo sanguíneo. Cerca de 30 a 40% dos infartos afetam a artéria coronária direita, 40 a 50% acometem a artéria descendente anterior esquerda e os 15 a 20% restantes envolvem a artéria circunflexa esquerda.
O IMEST pode ser um evento de início súbito ou uma consequência da progressão de AI/IMSEST. Em geral, o início é súbito e o sintoma típico é dor. Nos casos típicos, a dor é grave excruciante, geralmente descrita como constritiva, sufocante ou “como se alguma coisa comprimisse meu peito”.
1. Em geral, a dor é subesternal e irradia para o braço esquerdo, o pescoço ou a mandíbula, embora possa ser percebida em outras áreas do tórax. 
2. Ao contrário da angina, a dor associada a um IMSEST é mais prolongada e não é aliviada por repouso ou nitroglicerina e, na maioria dos casos, é necessário administrar narcóticos. 
3. Alguns pacientes podem não descrever seu sintoma como “dor”, mas como “desconforto”. 
4. As mulheres frequentemente referem desconforto torácico isquêmico atípico, enquanto os pacientes idosos podem queixar-se de dispneia mais comumente que de dor torácica.
5. Queixas gastrintestinais são comuns nos casos de IMSEST. O paciente pode referir uma sensação de desconforto epigástrico e também pode ter náuseas e vômitos.
Esses sinais e sintomas parecem estar relacionados com a gravidade da dor e da estimulação vagal. 
O desconforto epigástrico pode ser confundido com indigestão e o paciente pode buscar alívio com antiácidos ou outros remédios caseiros, que apenas retardam a procura por atendimento médico. 
Queixas de fadiga e fraqueza, especialmente dos braços e das pernas, são comuns. A dor e a estimulação simpática combinam-se e causam taquicardia, ansiedade, agitação e sensação de desmaio iminente. 
O paciente também pode ter tosse produtiva com expectoração rosada e espumosa. A pele geralmente fica pálida, fria e úmida. 
A depressão da função miocárdica pode causar hipotensão e choque. 
· Morte súbita associada ao IMEST é a que ocorre na primeira hora depois do início dos sintomas. Em geral, essas mortes são atribuídas às arritmias fatais, que podem ocorrer sem indícios de infarto. A hospitalização imediata depois do início dos sintomas aumenta expressivamente as chances de evitar morte súbita.

Continue navegando