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• ETHOS: conduta, caráter, modo de ser • A ética não indica um comportamento. • Função da ética: explicar, esclarecer e investigar. • Estuda – razões da mudança da moral • Não resolve um problema moral concreto. • Pergunta: “Por que devemos agir assim?” • MORES: caráter, costume, comportamento adquiridos. • Regras de conduta consideradas válidas. Ex: Lei de atendimento prioritário ao idoso. • Pergunta: “O que devemos fazer?” • O ato moral é superficial, aceito intimamente, sem reflexão profunda. • A moral cumpre uma função social • Deontologia = é conjunto de regras frutos da tradição e que indicam como deverá comportar-se o indivíduo na qualidade de membro de um grupo social determinado (Jeremy Bethan) • Características da deontologia: normativa, axiológica e abstrata. • Diceologia = é a ciência dos direitos no âmbito profissional. • Teoria ou estudo dos direitos profissionais. • Bioética = parte da ética, ramo da filosofia que enfoca as questões referentes à vida humana e portando, à saúde. Princípios: • Algumas correntes bioéticas atuais rejeitam o próprio conceito de PESSOA e reduzem tudo ao utilitarismo ético centrado no prazer sensível. Infelizmente, o critério decisivo que permite diferenciar os SERES é sua capacidade de sentir ou não, de experimentar ou não o prazer e a dor. Portanto, a pergunta a ser feita a seguir é pertinente. → Somente a PESSOA pode ter seus direitos reconhecidos? • MODELOS NORMATIZADORES PROBLEMA PRÁTICO TEORIA DA MORAL REFLEXÃO MORAL ÉTICA BENEFICÊNCIA - Fazer o bem - Interesse do paciente - Prevenir dano, retirar dano e promover o bem. NÃO MALEFICÊNCIA - Estabelece que os profissionais de saúde não prejudiquem intencionalmente seus pacientes. - Primum non nocere AUTONOMIA - Auto-governo - Liberdade de opções - Capacidade de pensar, decidir e agir de modo livre e independente baseado na razão. JUSTIÇA - Virtude - Direito - Equidade na distribuição de bens e benefícios - Rawls. 1 – Principialismo – A reflexão deste modelo se preocupa com o controle social da pesquisa em seres humanos, mobilizando a opinião pública na exigência da regulamentação ética, como no caso das injeções de hepatite viral em crianças com deficiência mental, entre 1950 e 1970 no hospital de Willowbrook em Nova York. 2 – Contratualismo – Abraça o preceito deontológico que reconhece as razões últimas do dever ser no acordo convencional entre indivíduos de uma comunidade. Os juízos morais são fundamentados entre os indivíduos da comunidade chegando a um consenso. 3 – Utilitarismo – Fundamenta a justificação da norma ética na maximização do bem-estar e na minimização do sofrimento. Atuando no coletivismo. A justificação moral passa da avaliação das consequências imediatas do ato às regras e aos princípios de ações, aos quais a efetivação se revela socialmente útil. 4 – Bioética personalista – Defende a tese da dignidade intrínseca da pessoa reconhecida em cada ser humano, independe da fase de desenvolvimento físico-psíquico. O método de pesquisa em bioética se define como triangular, isso é, fazer um exame de 3 pontos. 1- Biologia – o exame do fato em si e o respeito á vida, à integridade da pessoa e a dignidade da pessoa humana. 2- Antropologia e referência – determinar os valores que deverão ser salvaguardados e as normas que devem ser ajustadas à ação e aos agentes no plano singular e social. 3- Problemas éticos – relaciona com os conceitos e valores fundamentais da pessoa que exigem a filosofia do homem no seu conjunto. • A resposta da pergunta porque devemos agir assim se apoia em 3 pilares: Religião, Natureza e Homem. • Princípio: mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, dispositivo fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. • Bioética e eixos de atuação: experimentação, tecnologia e uso social. 1 – PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA • Fazer o bem, agir em benefício do outro. • O médico decide pelo paciente, pelo que acha que será melhor para o paciente. • Faz parte da tradição hipócrita de agir pensando no melhor ao paciente. • Perigos da beneficência: exercício absoluto (autoritarismo), superproteção, abolição do diálogo e desprezo à autonomia. 2 – PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA • O relatório Belmont incluía a não-maleficência como parte da beneficência. O relatório estabeleceu que duas regras gerais podem ser formuladas como expressões complementares de uma ação benéfica: não causar o mal e maximizar os benefícios possíveis. • Estabelece que os profissionais de saúde não prejudiquem intencionalmente seus pacientes. • Não matar intencionalmente um paciente e não causar intencionalmente dor ou sofrimento desnecessário. • A não maleficência visa a ação que não faz o mal. 3 – PRINCÍPIO DA AUTONOMIA • É a autoridade de tomar decisões de acordo com seus próprios valores. • Requisitos: informação prévia, liberdade de opções e capacidade. • A decisão de aceitar ou não a intervenção médica é do paciente. • Aos profissionais da área da saúde dentro de sua competência e capacidade cabe propor o tratamento e esclarecer o paciente com informações adequadas, sobre as indicações e os riscos. • O paciente assume os riscos da decisão. 4 – PRINCÍPIO DA JUSTIÇA • Estabelece como condição fundamental a equidade: obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido. • Aristóteles – “os iguais devem ser tratados de forma igual e os diferentes de forma diferente”. • Teoria da justiça de Rawls na área da saúde: 1 – Princípio da liberdade – todas as pessoas tem as mesmas demandas para liberdade básica. 2 – Princípio da igualdade – princípio da justa oportunidade e princípio da diferença. • Princípio da justa oportunidade = permite possibilitar condições de justiça e igualdade de oportunidade.. • Princípio da diferença = visa proporcionar maior vantagem para os membros menos favorecidos da sociedade. Código de Ética Médica. • Ao médico cabe propor o tratamento e esclarecer o paciente sobre risco e indicações. • É vedado ao médico: tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. O médico deve ter para com seus colegas respeito, consideração e solidariedade. • É vedado ao médico: deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. . • 1984 – Ministério da Saúde – Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher → recomenda aos serviços de saúde a implantação da atividade de planejamento familiar, oferecendo todos os meios de evitar ou de ter filhos, garantindo que o casal possa fazer uma opção livre e consciente, escolhendo o método que melhor responde às suas necessidades. • Ação governamental com a preocupação de estipular metas para crescimento “ideal” da população, quer dizer onde o governo determina quantos filhos o casal deve ter. 1 – Promove a redução ou aumento de população; 2 – É uma política do Estado; 3 – Imposição do governo ao cidadão; 4 – Sua execução é indiscriminada. • Principal objetivo – o direito de decidir quantos filhos quer ter e quando tê-los. • Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. • O planejamento familiar é de livre decisão do casal. • São deveres de ambos os cônjuges: sustento, guarda e educação dosfilhos. • Entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole.... • O planejamento familiar é a parte integrante do conjunto de ações de atenção á mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão atendimento global e integral à saúde. • O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informação, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade. • O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. • O médico não pode, em nenhuma, circunstância ou sob nenhum pretexto, renuncia á sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho. • É vedado ao médico: descumprir legislação específica nos casos de transplantes de órgão ou de tecidos, esterilização fecundação artificial, abortamento, manipulação ou terapia genética. SOMENTE É PERMITIDA A ESTERILIZAÇÃO VOLUNTÁRIA NAS SEGUINTES SITUAÇÕES • Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado á pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce. • Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhando em relatório escrito e assinado por dois médicos. • É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. • Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos cônjuges. • A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei. • É direito da gestante, nas situações eletivas, optar pela realização de cesariana, garantida por sua autonomia, desde que tenha recebido todas as informações de forma pormenorizada sobre o parto vaginal e cesariana, seus respectivos benefícios e riscos. • Para garantir a segurança do feto, a cesariana a pedido da gestante, nas situações de risco habitual, somente poderá ser realizada a partir da 39ª semana de gestação, devendo haver registro em prontuário. • Planejamento familiar no Brasil é inacessível aos que mais necessitam dele. CRITÉRIOS MORAIS PARA AUTORIZAÇÃO DE LAQUEADURA • Escolha pessoal e consciente • Consentimento pós-informado • Participação do cônjuge • Prazo para reflexão • Garantia de acesso aos serviços de saúde • Discutir as restrições. FONTES DA CONDUTA MÉDICO-PROFISSIONAL - ciência - doutrina - pesquisas - legislação - tradição - costuma - analogia • Este Código de Ética Médica é composto de 26 princípios fundamentais do exercício da medicina, 11 normas diceológicas, 117 normas deontológicas e 4 disposições gerais. INOVAÇÕES NO CEM • Foi inserido no novo CEM dispositivo que trata da utilização das mídias sociais e instrumentos correlatos, impondo ao médico a obrigatoriedade do respeito ás normas emanadas pelo Conselho Federal de Medicina. • Foi criado um dispositivo que deixou assente que caberá ao médico assistente ou a seus substitutos elaborar e entregar o sumário de alta ao paciente ou, na sua impossibilidade, ao seu representante legal. • O novo CEM estabeleceu uma exceção ao acesso ao prontuário, podendo o médico entregar cópia para atender a ordem judicial ou para sua própria defesa, assim como quando autorizado por escrito pelo paciente. • Foi estabelecida a possibilidade do acesso dos médicos aos prontuários, em estudos retrospectivos com questões metodológicas justificáveis e autorizadas pela Comissão de ética em pesquisa em seres humanos. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA - Normativo (normas gerais) - Axiológico - Abstrato (dever ser) - Normas codificadas ESTRUTURA DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA - Prêambulo - Princípios fundamentais - Direitos dos médicos - Deveres do médico - Disposições finais 1 – PREÂMBULO - O presente CEM contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive nas atividades relativas a ensino, pesquisa e administração de serviços de saúde, bem como em quaisquer outras que utilizem o conhecimento advindo do estudo da medicina. 2 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS – A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. - O alvo de toda atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor. 3 a 5 PRINCIPIOS – Para exercer a medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa. - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão. - Compete ao médio aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade. - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício, mesmo depois da morte. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativas contra sua dignidade e integridade. - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciências ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhuma pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho. - A medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio. - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei. - O médico deve empenhar-se pela melhor adequação do trabalho ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos riscos à saúde inerentes ás atividades laborais. - O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à vida. – O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde. - O médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético profissional da medicina e seu aprimoramento técnico-científico. – Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente. – As relações do médico com os demais profissionais devem basear- seno respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente. – O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que contrariem os postulados éticos. – O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, competência e prudência. – A natureza personalíssima da atuação profissional do médico não caracteriza relação de consumo – No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas – Nas situações clínicas irreversívTReis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. – Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o médico agirá com isenção, independência, veracidade e honestidade, com vista ao maior benefício para os pacientes e para a sociedade. – Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa. – Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e integridade - A medicina será exercida com a utilização dos meios técnicos e científicos disponíveis que visem aos melhores resultados Características do Código de Processo ético-profissional Médico: - Natureza administrativa - Formal - O CRM pode ser parte - Adota o princípio da tipicidade Característica do Código de Processo ético-profissional: - Sanção externa branda - Adota a conciliação - Discricionário - Da decisão final cabe o recurso judicial Finalidades do processor ético profissional: - Re-educação do profissional - Punir as atitudes anti-éticas - Defesa dos interesses da sociedade Motivadores do processo ético: - Distorções na relação médico-paciente - Atos de abuso - Ato culposo do médico - Quebra de sigilo - Cobrança indevida - Insatisfação do paciente com o resultado - Individualismo - Atos de desigualdade - Desrespeito ao pudor - Exploração - Promoção pessoal Penas aplicáveis pelos conselhos: - Advertência confidencial de aviso reservado; - Censura pública em publicação oficial; - Suspensão do exercício profissional de 30 dias; - Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal. NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA: 1 – Técnicas de reprodução assistida têm o papel de auxiliar na resolução dos problemas de resolução humana, facilitando o processo de procriação. 2 – As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para o paciente ou o possível descendente. 3 – As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que existia probabilidade de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para o paciente ou o possível descendente. 4 – A idade máxima das candidatas à gestação por técnicas de RA é de 50 anos. 5 – Quanto ao número de embriões a serem transferidos, fazem-se as seguintes determinações de acordo com a idade: a) mulheres até 35 anos: até 2 embriões b) mulheres entre 36 e 39: até 3 embriões c) mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões 6– Nas situações de doação de oócitos e embriões, considera-se a idade da doadora no momento da coleta dos oócitos. O número de embriões a serem transferidos não pode ser superior a quarto. REFERENTES ÁS CLÍNICAS, CENTROS OU SERVIÇOS QUE APLICAM TÉCNINCAS DE RA 1 – As clínicas são responsáveis pelo controle de doenças infectocontagiosas, pela coleta, pelo manuseio, pela conservação, pela distribuição, pela transferência e pelo descarte de material biológico humano dos pacientes das técnicas de RA. 2 – Devem apresentar como requisitos mínimos: um diretor técnico, um registro permanente das gestações, dos nascimento e das malformações de fetos ou recém-nascidos provenientes das técnicas de RA aplicadas na unidade, um registro permanente dos exames laboratoriais a que são submetidos os pacientes e os registros deverão estar disponíveis para fiscalização do CRM. DOAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 1 – A doação não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 2 – Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 3 – A idade limite para a doação de gametas é de 35 anos para mulher e 50 anos para o homem. 4 – Será mantido obrigatoriamente sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embriões bem como os receptores. Em situações especiais, informações sobre os doadores por motivação médica podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador. 5 – A escolha dos doadores de oócitos é responsabilidade do médico assistente. Dentro do possível deverá garantir que a doadora tenha a maior semelhança fenotípica com a receptora. 6 – Não será permitido aos médicos, funcionários e demais integrantes da equipe participarem como doadores nos programdas de RA. 7 – É permitida a doação voluntária de gametas. CRIOPRESERVAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 1 – As clínicas podem criopreservar espermatozoides, oócitos, embriões e tecidos gonádicos. 2 – O número total de embriões gerados será comunicado aos pacientes para que decidam quantos serão transferidos a fresco. 3 – Os embriões com 3 anos ou mais poderão ser descartados se esta for a vontade expressa dos pacientes, podem ser descartados também caso forem abandonados nesse mesmo tempo. DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL DE EMBRIÕES 1 – As técnicas de RA também podem ser utilizadas para tipagem do sistema HLA do embrião, no intuito de selecionar embriões HLA-compatíveis com algum irmão já afetado pela doença e cujo tratamento efetivo seja o transplante de células-tronco, de acordo com a legislação vigente. 2 – O tempo máximo de desenvolvimento de embriõem in vitro será de 14 dias. SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (CESSÃO TEMPORÁRIO DO ÚTERO) 1 – A cedente temporária do útero deve pertencer á família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o 4º grau. Demais casos estão sujeitos à autorização do CRM. 2 – A cessão temporária do útero NÃO poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 3 – Nas clínicas de reprodução assistida, os seguintes documentos e observações deverão constar no prontuário da paciente. 4 – TCLE assinados pelos pacientes e pela cedente temporária do útero, contemplando aspectos biopsicossociais e riscos envolvidos no ciclo grávido-puerperal, bem como aspectos legais da filiação. 5 – Relatório de médico com o perfil psicológico, atestando adequação clínica e emocional de todos os envolvidos. 6 – Termo de Compromisso entre os pacientes e a cedente do útero estabelecendo claramente a questão da filiação da criança. 7 – Aprovação do cônjuge ou companheiro, apresentada por escrito, se a cedente do útero for casa ou viver em união estável. REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST-MORTEM - É permitida desde que haja autorização prévia específica do facelido para uso do material biológico criopreservado, de acordo com a legislação vigente. TXVII
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