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Unidade I 
 
 
 
 
ENSINO DE LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA 
A teoria 
 
 
Profa. Cielo Festino 
Objetivos da Disciplina 
Objetivo Geral: 
 Refletir sobre o processo de ensino e aprendizado das 
literaturas de língua inglesa levando em conta as diferentes 
culturas onde a língua é falada e sua relação com o Brasil. 
 
Objetivos Específicos: 
 Refletir sobre a importância das narrativas literárias dentro de 
uma cultura; 
 Considerar a leitura como processo de criação de significados; 
 Estudar o contraponto entre literatura e cultura. 
 
 
 
Tópico # 1 
Historiografia da Disciplina Literaturas de Língua Inglesa 
 
“Life is Short and Fiction Long” 
(Chinua Achebe, 1988) 
 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
 O desenvolvimento da disciplina “Literatura Inglesa” 
(English Studies) 
 
 utilitário e contingente 
 
 criação duma identidade nacional por meio da associação 
entre cultura e literatura 
 
 Inglaterra e suas colônias. 
 
 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
 Literatura: “a autobiografia de uma nação” (C. Kingsley: 
“On English Literature” (1880-1885) apud Palmer, 1965) 
 
 Século XIX: Revolução Industrial: cisão entre as classes 
trabalhadoras e sua tradição cultural 
 
 Reconexão: estudo da literatura do passado, relacionado-a 
com o estudo da história. 
 
 Afirmação da tradição nacional; escritores do passado em 
inglês: clássicos da literatura vernácula. 
 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
 Baldick (1983): três fatores principais que vão assegurar para 
os estudos literários de língua inglesa um “lugar de 
permanência na educação superior”. 
 
 A educação adulta masculina: “Mechanics Institute” e 
“Working Men’s College”. 
 
 A educação da mulher. 
 
 O estudo da língua e da literatura inglesa como requisito de 
admissão no “Indian Civil Service”. 
 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
O Processo de colonização: 
 
 “It may safely be said that the literature now extant in that 
language is of far greater value than all the literature 
which three hundred years ago was extant in all the 
languages of the world together” 
 
Babington Macaulay, “Minute of Indian Education” (1835) 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
 Transmitir para a classe média os gostos e parâmetros das 
classes superiores, uma vez que o gosto literário era visto 
como sinal de virtude e qualidade moral (Palmer, 1965). 
 
 Os currículos de Oxford e Cambridge: Das literaturas 
clássicas –grego, latim, hebraico– à literatura vernácula em 
inglês. 
 
 A literatura: agente de “humanização” das classes médias da 
sociedade (Palmer, 1965). 
A Historiografia da Literatura Inglesa 
“Não há nenhuma razão pela qual as classes mercantis, pelo 
menos das ordens superiores, não possam se entreter, no seu 
tempo livre, com a literatura. Nada contribui mais para liberar 
suas mentes, e prevenir as limitações que são a consequência 
de uma vida ligada, desde o seu começo, à busca do lucro”. 
 
(Reverendo Vicesimus Knox in Elegant Extracts (1824), 
apud Palmer, 1965) 
 
Interatividade 
Por que pode-se dizer que a Literatura de uma Nação pode ser 
considerada como a Autobiografia de uma nação? 
 
a) Porque as narrativas literárias recriam as diferentes 
contingências históricas de uma nação. 
b) Porque relaciona as narrativas nacionais com as de 
outras culturas. 
 
Darlene
Realce
 
Tópico # 2 
 
O Conceito de Narrativa 
“People create stories that create people that create stories…” 
“Stories create people that create stories that create people…” 
(Chinua Achebe, 1988) 
 
 
 O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
 
 Não há cultura que não narre as histórias de sua própria 
experiência e comunidade, como não há comunidade 
sem uma linguagem. 
 
 As histórias das diferentes comunidades são tão variadas 
como as paisagens e as linguagens. 
 
 Essas histórias narram de onde as pessoas vêm e por que 
estão aqui; como viver e como morrer. 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
Chamberlin (2003, p. 2): 
 Histórias: não somente “crônicas de eventos”, mas “cerimônias 
de crença”, que aprendemos quando somos muito pequenos. 
 
 Elas nos ensinam a como crer antes de nos ensinar no 
que acreditar. 
 
 É essa segunda fase, no que acreditar, o que provoca 
muitos dos conflitos presentes entre as diferentes 
comunidades mundiais. 
 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
Chamberlin (2003, p. 2): 
 Nós moramos nas nossas histórias porque elas estão 
fortemente entrelaçadas com o nosso conceito de lar. 
 
 Precisamos acreditar nelas, para que nos ofereçam sustento, 
mas precisamos nos distanciar delas para entender 
o seu poder. 
 
 O que une e separa Nós de Eles é essa prática de acreditar nas 
nossas histórias, que nos torna adeptos a determinadas 
crenças muito cedo nas nossas vidas. 
 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
As narrativas são “zonas de contato”: 
 
 No âmbito epistemológico: articulam as crenças e valores 
da comunidade. 
 
 No âmbito da comunicação: são um dos meios pelos quais a 
comunidade transmite os seus valores e as suas mudanças, 
para os membros da própria comunidade e das outras 
comunidades. 
 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
 Propensão à narrativa: ao impor uma certa ordem ao caos da 
existência, elas ajudam o homem a fazer sentido das suas 
circunstâncias, encurtando as distâncias entre o “ser” e o 
“conhecer”, ao mesmo tempo que outorgam grande prazer. 
(Bruner, 1996) 
 É no âmbito das narrativas que o ser humano pode considerar, 
com um certo distanciamento, os problemas que o afligem no 
seu dia a dia e criar novas narrativas que o ajudem a resolvê-los. 
 Nossa experiência dos assuntos humanos sempre estará 
mediada pela forma das narrativas que utilizamos para contá-las. 
 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
Kearney (2001, p. 7) 
 As narrativas e crenças são compartilhadas pelos membros 
da comunidade: 
 dão origem à identidade individual e coletiva 
 conferem unidade à comunidade. 
 Nas histórias, as pessoas recriam o seu contexto ou habitat 
na sua imagem e semelhança. 
 
 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
Achebe (1988) 
 As narrativas literárias são mais efetivas para provocar 
mudanças de comportamento do que tratados filosóficos ou 
estéticos porque como o seu discurso se assemelha com o 
nosso dia a dia, elas são mais acessíveis. 
O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa 
 Kearney (2001, p. 6) 
 As histórias foram inventadas para responder a grande 
pergunta, “Quem somos nós?” 
 
 A essa pergunta nós acrescentamos, “Quem são os Outros?” 
 
 As narrativas tornam-se um modo de interação no qual não só 
nos familiarizamos com outros modos de vida, e aprendemos 
a respeitá-los e apreciá-los, mas acabamos refletindo sobre as 
nossas circunstâncias. 
“It was and it was not” (Narrativas de Majorca) 
 Kearney (2001, p.1), a metáfora literária produz dois efeitos no 
leitor: 
 1- As peripécias das personagens na narrativa fazem com que 
o leitor sinta empatia por ele. 
 2- O elemento estético estabelece uma certa distância entre os 
eventos narrados e o leitor que faz com que este último os 
interprete a partir de uma perspectiva crítica. 
 
 “Suspend your disbelief” 
Frente às Narrativas dos Outros 
 As Narrativas de “Nós” e “Eles”: O imperialismo literário 
 “clássicas” e “populares”, 
 “hegemônicas” e “periféricas” 
 “mainstream” e de “minoria” 
 
 Narrativas Canônicas impostas às Narrativas Menores 
 
 Ótica relacional em vez de oposicional 
 
 O Estranhamento frente às narrativas pós-coloniais 
de língua inglesa 
Frente às Narrativas dos Outros 
 “Cerimônia de crença” 
 
 O momento quando cruzamos a linha imaginária que divide 
“Nós” e “Eles”: quando não podemos dizer se temos nos 
rendido a eles ou ainda estamos separados. 
 
 Esse é o momento quando cruzamos a linhaimaginária que 
divide “Nós” e “Eles”. 
 
Interatividade 
Conforme o dito anteriormente, por que para definir as 
narrativas precisamos considerar não somente o aspecto 
linguístico ou literário, mas também o social e cultural? 
a) Porque as narrativas literárias definem as sociedades 
como “hegemônicas” ou “periféricas”. 
b) Porque as narrativas têm um importante papel social desde 
que é por meio delas que os povos definem seus valores, 
sua identidade individual e cultural e se relacionam com 
outras culturas. 
 
Darlene
Realce
 
 
Tópico # 3 
A Leitura como Processo de Criação de Significados 
 
“Reading is rewriting the text of the work within the text of our 
lives” (Roland Barthes, 1985) 
 
A Leitura como Processo de Criação de Significados 
 O Ensino de literatura não se baseia 
 nem na acumulação de nomes de autores 
 nem no estabelecimento definitivo do significado de 
qualquer texto literário fora do tempo 
 nem na visão do texto literário como transparente 
 Baseia-se na criação de significados por meio da interação 
com o texto literário que mostra a relação entre a palavra 
e o mundo 
A Leitura como Processo de Criação de Significados 
 Estimular o processo de leitura na sala de aula, como um 
processo criativo, é uma maneira de desenvolver nossas 
habilidades para ler o texto maior que é o do nosso contexto 
social e aprender a nos inserir e relacionar nele. 
 
 A leitura estendida do texto literário que considera como a 
metáfora literária articula visões de mundo e nos conecta com 
o mundo, nos torna atores e leva, por extensão, à ação social. 
 
A leitura como processo criativo 
 Umberto Eco (1994, p. 12): 
 
Mesmo quando não existem num bosque trilhas bem definidas, 
todos podem traçar sua própria trilha, decidindo ir para a 
esquerda ou para a direita de determinada árvore e, a cada 
árvore que encontrar, optando por esta ou aquela direção. 
 
 
 
A leitura como processo criativo 
 Bakhtin (1981) e processo de relação com as narrativas 
literárias: 
 Forças centrífugas: reconstruir o contexto de produção do 
texto e, então, olham para o passado, para o autor. 
 Forças centrípetas: um processo de familiarização com temas 
e estilos literários que muitas vezes são alheios aos leitores e 
leva, por sua vez, a uma desfamiliarização com as próprias 
narrativas da cultura do leitor. 
 
A leitura como processo criativo 
 As leituras não estão marcadas a priori, já indicadas no texto, 
mas se constroem com cada leitura, tornando-se não um 
processo de reconhecimento de significados já prontos, mas 
um processo de criação de novos significados. 
 
 Desenvolver habilidades de leitura crítica que saturem o texto 
com aqueles significados que são relevantes para o leitor. 
 
 A ideia das leituras já prontas e fechadas aparece com mais 
força porque, quando os textos literários tornam-se 
canônicos, eles ficam isolados no panteão dos textos 
consagrados. 
 
 
Letramento Crítico e o Leitor Ideal 
Bakhtin (1981): 
 O leitor ideal estabelece uma relação dialógica com a narrativa 
e indaga: 
 “O que o texto silencia?” 
 “O que o texto reprime?” 
 “De quem é cúmplice?” 
 “Quem se beneficia com esse texto?” 
 
A Leitura Crítica e o Ensino de Literatura 
Essa visão do leitor e do texto literário: 
 
a)Problematizar a ideia de que o professor está além de 
qualquer julgamento porque os saberes que ele traz para sala 
de aula são os que a sociedade quer transmitir e preservar. 
b)Em vez de ensinar leituras já prontas, considerar as 
dificuldades na leitura de textos literários causadas por 
metáforas, estilos narrativos ou gêneros com os quais o aluno 
não está familiarizado 
c)Resgatar a visão do aluno que está familiarizado com formas 
culturais como livros, músicas ou filmes. 
Letramento Crítico e o Leitor Ideal 
Bakhtin (1981): heteroglossia 
As muitas vozes que cruzam a língua, a literatura e a cultura, 
as que devem ser reconhecidas na formação da sociedade. 
 
Johnston (2003, p. 33): 
Quando esse conceito de heteroglossia é aplicado aos conceitos 
de cultura, raça e etnicidade, ele encoraja a pluralidade e a 
diversidade e confere uma nova dimensão 
ao texto literário. 
 
Letramento Crítico e o Leitor Ideal 
 Fish (1981):comunidade interpretativa 
 a nossa interpretação sempre estará contida não pelo texto, 
mas pelo contexto no qual nos inserimos. 
 a nossa reação e a nossa experiência da narrativa nunca são 
somente individuais, nem incontroláveis, mas estão pautadas 
pelo nosso contexto social. 
 as estratégias narrativas da comunidade interpretativa que 
vão regular a resposta pessoal do leitor, seja essa uma 
ideologia, a comunidade acadêmica, o contexto cultural etc. 
 
Letramento Crítico e o Leitor Ideal 
As nossas bibliotecas: 
 Os significados não estão no texto literário, prontos para 
serem revelados pelo professor para os alunos. 
 
 Eles estão no processo de leitura desenvolvido tanto pelo 
professor como pelos alunos e estarão diretamente 
relacionados ao contexto a que pertencem e às leituras a que 
tiveram acesso. 
 
Letramento Crítico e o Leitor Ideal 
 Ler “against the grain” (McLaughlin & DeVoogd, 2004, p.16): 
 
 Entender o que está por trás do texto, 
 qual as relações de poder articuladas nele, 
 quem se beneficia com essa leitura, 
 como ela afeta o leitor etc. 
 
Ao questionar a perspectiva do texto e pensar em leituras 
alternativas (que mudam a centralidade das personagens, dão 
voz aos silenciados, narram os eventos de outra perspectiva 
etc.), o aluno torna-se parte ativa dessas relações de poder. 
 
O texto literário estrangeiro na sala de aula 
 Momento de transculturalidade: passagem das epistemologias 
de um contexto cultural para outro. 
 De Souza (2008, p. 2): 
 nos movimentos “trans” ou no fluxo semiótico de um 
contexto social para outro, a natureza da relação social e 
cultural entre o contexto de origem (“de onde”) e o contexto 
de chegada (“para onde”) define a maneira com que esses 
significados interagem e são transformados. 
 maneira como a relação de semelhança ou diferença entre as 
duas comunidades afeta as práticas de letramento. 
O texto literário estrangeiro na sala de aula 
 O ensino de literaturas estrangeiras implica o reconhecimento 
de um Outro diferente por meio da introdução de sistemas de 
construção de significados em novos contextos. 
 
 O reconhecimento do significado como resultado de um 
processo de construção contingente e cultural e 
historicamente situado, e não como um valor fixo e fechado, 
muda a maneira de se relacionar com as narrativas literárias. 
O texto literário estrangeiro na sala de aula 
 “Quem fala?” 
 “Para quem fala?” 
 “Qual a epistemologia por trás da narrativa?” 
 “Qual a relação de poder entre esse texto literário e a minha 
cultura?” 
 “De que maneira essas leituras mudam minha perspectiva da 
minha cultura?” 
Interatividade 
Qual é um dos objetivos principais do Letramento Crítico 
Transcultural para o ensino de literaturas estrangeiras? 
 
a) Fazer os alunos cientes que o objetivo principal da 
aula de literatura é o estudo das narrativas canônicas 
e consagradas. 
b) Considerar que processo de leitura das obras literárias 
está diretamente relacionado com a historicidade da 
subjetividade do indivíduo leitor: os leitores vão investir 
essas narrativas com significados segundo sua conjuntura 
histórica e cultural. 
 
Darlene
Realce
Resposta 
Qual é um dos objetivos principais do Letramento Crítico 
Transcultural para o ensino de literaturas estrangeiras? 
 
a) Fazer os alunos cientes que o objetivo principal da 
aula de literatura é o estudo das narrativas canônicas 
e consagradas. 
b) Considerar que processo de leitura das obras literárias 
está diretamente relacionado com a historicidade da 
subjetividade do indivíduo leitor: os leitores vão investir 
essas narrativas com significados segundo sua conjuntura 
históricae cultural. 
 
 
 
 
Tópico # 4 
O texto literário estrangeiro na sala de aula 
 
 O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
 
 A leitura das narrativas literárias de uma perspectiva Crítica e 
Transcultural leva a uma dessacralização e democratização dos 
cânones literários. 
 A leitura dos textos literários, como processo de construção de 
significados e o conceito de narrativa como uma prática situada 
e relacional desafia o conceito de cânone, como estável 
e fechado. 
 As leituras dos textos literários (e de qualquer texto em geral) 
 são produtos do contexto cultural e do momento histórico em 
 que são realizadas, tanto dentro como fora dos bordes 
da nação. 
 O exemplo de William Shakespeare 
 
 O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
 
 As diferentes comunidades do mundo estão intimamente 
interligadas e seus valores em contraponto uns com os outros 
 o currículo literário precisa representar essa diversidade e 
conflito cultural. 
 Questões relacionadas com etnicidade, identidade sexual e 
classe fazem com que outras comunidades tenham se tornado 
visíveis e suas narrativas, antes silenciadas, agora sejam 
articuladas. 
 Essas novas identidades contestam o valor de universalidade 
atribuído às narrativas do cânone oficial, como assim também 
a ideia de que pelo fato de serem de culturas consideradas 
marginalizadas ou menos desenvolvidas, as suas narrativas 
não têm valor literário. 
 
O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
 Processo de democratização do cânone: o perigo 
 Uma lista de narrativas (ao final, é o que todo cânone é) seja 
substituída por uma nova lista contendo outras narrativas, 
embora mais abrangente ou multicultural, que se torne em um 
novo cânone. 
 
 O fato de acrescentar alguns nomes ao cânone, para dar um 
efeito de multiculturalidade, seja uma maneira mascarada de 
contribuir para os que favorecem um cânone homogêneo e 
unicultural. 
 
 Esses novos cânones reproduzem esse conceito de literatura 
como essencialista e fixo. 
 
O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
Quantas narrativas entram no cânone? 
Quais narrativas entram no cânone? 
Como essas narrativas são lidas? 
(Graff, 1993) Ensinar o conflito entre as narrativas das diferentes 
comunidades 
 gênero, 
 identidade, 
 etnicidade 
 Classe etc. 
Grupos excluídos  parte da academia 
Disciplina Língua Inglesa: área central de conflito cultural  diferentes 
culturas em contraponto. 
Ensinar narrativas em contraponto 
 
O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
Ensinar o conflito: 
 Em vez de apagá-lo ou estabelecer uma falsa harmonia, 
fazê-lo parte de nosso objeto de estudo e ensiná-lo. 
 
 O ensino por meio do conflito concretiza-se na justaposição 
de diferentes narrativas que problematizam os valores de uns 
e outros, canônicas e não canônicas, mostrando o local em 
que são constituídas: assim, o cânone abre as portas para as 
novas narrativas ao mesmo tempo em que é problematizado. 
 
 Exemplo: Heart of Darkness, de Joseph Conrad, sobre 
a colonização europeia da África em contraponto com 
Things Fall Apart, do escritor nigeriano Chinua Achebe. 
 
O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito 
 Damrosch (2009) 
 Duas metáforas para relacionar narrativas de diferentes 
contextos de produção: 
 Pelas fronteiras do Tempo: produzidos em diferentes 
contingências históricas. 
 Pelas fronteiras dos Diferentes Contextos Culturais 
 Entre textos 
 da mesma cultura 
 de diferentes culturas 
Metáfora em comum: destaca o conflito entre as narrativas 
(classe, etnicidade, identidade sexual) mediado pela distância 
temporal e cultural. 
Interatividade 
Por que a metáfora do ‘conflito’ é produtiva para o ensino de 
literaturas estrangeiras multiculturais como o caso das 
Literaturas de Língua Inglesa? 
 
a) É preciso lidar com o conflito para alcançar o fim último do 
ensino de literatura: a tolerância entre culturas hegemônicas 
e não hegemônicas. 
b) Conforme Graff (1993, p.108): “O contraste é fundamental 
para o processo de leitura e interpretação, porque nenhum 
tema, ideia ou texto é uma ilha. Para se tornar inteligível em 
si mesmo, precisa ser abordado em relação a outros temas, 
ideias e textos”. 
 
Darlene
Realce
Resposta 
Por que a metáfora do ‘conflito’ é produtiva para o ensino de 
literaturas estrangeiras multiculturais como o caso das 
Literaturas de Língua Inglesa? 
 
a) É preciso lidar com o conflito para alcançar o fim último do 
ensino de literatura: a tolerância entre culturas hegemônicas 
e não hegemônicas. 
b) Conforme Graff (1993, p.108): “O contraste é fundamental 
para o processo de leitura e interpretação, porque nenhum 
tema, ideia ou texto é uma ilha. Para se tornar inteligível em 
si mesmo, precisa ser abordado em relação a outros temas, 
ideias e textos”. 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	Objetivos da Disciplina
	Slide Number 3
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	A Historiografia da Literatura Inglesa
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 12
	� O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa �
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	O Letramento Crítico e o Conceito de Narrativa
	“It was and it was not” (Narrativas de Majorca)
	Frente às Narrativas dos Outros 
	Frente às Narrativas dos Outros 
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 26
	A Leitura como Processo de Criação de Significados
	A Leitura como Processo de Criação de Significados
	A leitura como processo criativo
	A leitura como processo criativo
	A leitura como processo criativo
	Letramento Crítico e o Leitor Ideal
	A Leitura Crítica e o Ensino de Literatura
	Letramento Crítico e o Leitor Ideal
	Letramento Crítico e o Leitor Ideal
	Letramento Crítico e o Leitor Ideal
	Letramento Crítico e o Leitor Ideal
	O texto literário estrangeiro na sala de aula
	O texto literário estrangeiro na sala de aula
	O texto literário estrangeiro na sala de aula
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 43
	� O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito�
	� O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito�
	O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito
	O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito
	O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito
	O Cânone Transcultural: Ensinar por meio do Conflito
	Interatividade
	Resposta
	Slide Number 52

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