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Eletroterapia: princípios básicos Definição de eletroterapia “Eletroterapia é o uso da corrente elétrica de baixa intensidade, como forma direta ou previamente transformada a fim de estimular diferentes órgãos ou sistemas com distintos objetivos”. Agnes, 2013 Aplicação • Corrente elétrica é a “substância medicamentosa”. A aplicação envolve: → Conhecimentos físicos (conhecimento do tipo da corrente); → Efeitos (o que a corrente provoca no corpo ou no tecido alvo); → Indicação (para que a corrente é indicada); → Forma de utilização (os parâmetros que vão ser aplicados para cada situação); → Contra-indicações (quando a corrente não pode ser utilizada; Indicações → Controle da dor aguda e crônica; → Redução de edema (ex: edema duro – pessoa que sofreu entorse não tratada e para melhorar amplitude de movimento precisa dilui mais melhorando a absorção); → Redução de espasmo muscular; → Minimização de atrofia por desuso; → Facilitação da reeducação muscular; → Fortalecimento muscular; → Facilitação da cicatrização tecidual; → Facilitação da consolidação de fraturas; Corrente elétrica terapêutica É um fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe diferença de potencial entre os extremos de um condutor (mA ou µA). → Soluções eletrolíticas permitem o fluxo. Condutância X Resistência/Impedância Resistência é tudo que dificulta a passagem da corrente. A impedância também resiste à passagem da corrente, mas pelo fato de ter um mal condutor. Tecidos e impedância elétrica Quanto mais água tem o tecido, melhor é a sua propriedade de conduzir corrente. Pouco condutores Condutores Médios Bons condutores Osso Pele úmida Sangue Gordura Tendões Linfa Pele seca Fáscias grossas Líquidos corporais Pêlos Cartilagens Músculos Unhas Vísceras Tecido nervoso O que devo fazer para reduzir a impedância da pele? → Esfoliação: Diminui a camada córnea; → Desengordurar a área: Limpeza com álcool à 70%; → Retirar o excesso de pêlo do local; → Melhorar o aporte sanguíneo anteriormente: Massoterapia; → Recursos de hipertermoterapia; → Umidecer a pele / Gel condutor; Tipos de correntes • Corrente contínua: vai esta em apenas um polo seja positivo ou negativo, ex: corrente galvânica. Direta/ contínua/ unipolar/ unidirecional/ monofásica • Corrente alternada: Alternada/ bipolar ou bidirecional/ bifásica, ex: Tens • Corrente pulsada: a corrente passa, para, passa. Parâmetros ajustáveis para a aplicação da eletroterapia Potencial mais alto Potencial mais baixo +V OV TIME -V OV +V -V OV +V • Amplitude (Intensidade): É a velocidade com que os elétrons penetram no tecido. → Estímulo sensitivo, Motor ou Doloroso; → Unidade: Ampère (uA, mA); • Frequência (número de pulsos por segundo): É uma grandeza física ondulatória que indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas,oscilações, etc) em um determinado intervalo de tempo. → Unidade: Hz → 1 Hz (hetiz) = 1 ciclo/segundo; → Número de pulsos por segundo, ou seja, 1 hetiz (pulso) por segundo; • Tempo de duração do pulso: Depende da corrente → Longa duração – desagradável → Curta duração – agradável • Forma de pulso → Polarizado → Não polarizado O tempo de aplicação da corrente polarizada geralmente é bem menor que da corrente não polarizada, pelo fato dela promover maior dissociação iônica, podendo danificar os tecidos sob o eletrodo. Correntes de baixa frequência - Até 1000 Hz → Exemplo: TENS, FES, Farádica, Galvânica, Diadinâmicas e Microcorrente; Corrente de média frequência → De 1000 a 100.000 Hz (100 KHz); → Exemplo: Aussie (1000 Hz – 4000 Hz), Interferencial (2000 Hz – 4000 HZ), Russa (2500 Hz); Corrente de alta frequência - Maior que > 100 KHz → Exemplo: Micro-ondas, Ondas curtas, Ultrassom; Formas de onda Eletrodos Quanto menor o tamanho do eletrodo, maior será a resistência da pele à passagem da corrente e vice-versa. → Eletrodo maior → maior facilidade de passagem da corrente; → Eletrodo menor → maior dificuldade; Quanto menor o tamanho do eletrodo, MAIOR será a densidade de energia elétrica passando pela área do eletrodo. Tipos de eletrodos Metálicos Silicone-Carbono Auto-adesivos Correntes polarizadas Correntes despolarizadas Correntes despolarizadas Uso de esponja umidecida Gel condutor Não precisa de Gel O de alumínio é menos corrosivo que o de chumbo Assepsia com água e sabão após uso Custo elevado Ruim acoplamento a depender da região Uso individual Máx 10 vezes Contraindicações → Usuários de marcapasso cardíaco; → Cardiopatas; → Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos; → Vasos vulneráveis à hemorragia; → Área abdominal de gestantes; → Sobre seios carotídeos; → Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras → Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada; → Tecidos neoplásicos; → Estado febril; → Infecções em geral; → Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional); → Alergia à eletricidade; → Alergia ao carbono, silicone ou gel; Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contra-indicações. Mas todas elas têm um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia
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