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TENS: Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea

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Tens 
 
Conceito 
• Transcutânea → modo de aplicação → superfície 
da pele; 
• Elétrica → procedimento da passagem de impulsos 
elétricos de baixa voltagem controlada através da 
pele ao tecido subjacente para a sua ação como 
estímulo; 
• Nervo → recebe e emite sinais; 
O nome é genérico, pois praticamente todos os 
eletroestimuladores não invasivos podem levar esta 
denominação, porém para efeitos comerciais dizemos 
que a TENS é uma modalidade terapêutica individual 
para modulação da dor. 
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea: 
→ Corrente de baixa frequência 
→ É um pulso elétrico que proporciona uma 
descarga elétrica para os nervos, inibindo a 
passagem do influxo doloroso à medula; 
É um valioso recurso físico para o alívio sintomático da 
dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo 
decorrentes de processos crônicos; 
O que é? 
• Fonte de voltagem 
• Cabos interconectantes 
• Eletrodos 
→ O local selecionado deve permitir que a 
estimulação seja facilitada ao Sistema 
Nervoso; 
→ A área selecionada deve estar anatômica 
ou fisiologicamente relacionada à fonte da 
dor; 
→ A pele deve estar limpa a fim de diminuir a 
resistência da pele; 
→ Os eletrodos devem estar bem fixados ao 
tecido tratado; 
Características 
→ Corrente despolarizada com impulsos 
bidirecionais e assimétricos compensados; 
→ Bidirecionais = evitar efeito galvânico; 
→ Assimetria = Diminuir o efeito de acomodação; 
→ Compensado = Fases com mesmo tempo de 
duração; 
→ Fase positiva = quadrada; 
→ Fase negativa = triangular; 
→ O estímulo precisa ter uma ascensão abrupta; 
→ A intensidade precisa ser limiar ou supralimiar; 
Princípios 
A TENS baseia-se na Teoria das Comportas, 
desenvolvida por Melzack e Wall, em 1965, que explica 
o controle e modulação da dor. 
Os impulsos da TENS são transmitidos através de fibras 
de grosso calibre, do tipo A, que são de rápida 
velocidade, já os estímulos da dor são transmitidos 
através de fibras de calibre menor, do tipo C, que são 
lentas. 
→ Informação sensitiva de dor; 
→ Captada por fibras de pequeno calibre ABeta e C; 
→ Levam o estímulo doloroso através de vias 
aferentes para o corno posterior da medula 
espinhal; 
→ Estímulo doloroso é encaminhado para o tálamo 
através da célula T-medular e via espinotalâmica; 
→ O estímulo doloroso alcança o córtex sensitivo; 
Os impulsos do TENS chegam primeiro ao corno 
posterior da medula, e despolarizam a substância 
gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da 
dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas 
ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria 
das Comportas ou Porta da dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo: A teoria das comportas explica o controle e 
modulação da dor, impedindo que o estímulo chegue 
ao tálamo. O mecanismo ocorre da seguinte forma, a 
informação sensitiva de dor vai sercaptada por fibras de 
pequeno calibre que é a fibra A Beta e C, e o estímulo 
é levado ao corno posterior da medula por vias 
aferentes. Depois é encaminhado para o tálamo pela via 
espinotalâmica e alcança o córtex sensitivo e a pessoa 
sente a dor. Só que os impulsos do TENS são 
transmitidos mais rápidos através de fibras do tipo A 
que são de grosso calibre chegando ao corno posterior 
primeiro do que o estimulo doloroso e chegando lá 
despolarizam a substância gelatinosa de Holando 
bloqueando a passagem do estímulo doloroso para o 
tálamo fechando os portões da dor. 
 
Os estímulos provenientes do sistema aferente 
sensitivo, atingem a via trato espinotalâmico, que sob 
controle cortical e do sistema límbico liberam então 
endomorfinas as quais produzem alívio da dor. A 
função básica da TENS é a analgesia. 
Mecanismo de ação da TENS 
→ Estimula terminações nervosas livres para 
saturar os canais aferentes; 
→ Estimula as fibras de grosso calibre inibindo as 
de fino calibre; 
→ Estimula a liberação de substâncias endógenas; 
→ Quebra do ciclo vicioso Dor X Tensão; 
Vantagens da TENS 
→ A TENS é uma opção importante no 
tratamento da dor por ser uma técnica não 
invasiva; 
→ Superior às drogas medicamentosas 
analgésicos por não apresentar efeito 
sistêmico; 
→ Não provoca dependência psicológica nem 
reações de abstinência; 
Contribuições da corrente 
→ Supressão da dor; 
→ Erradicação ou diminuição da demanda 
medicamentosa; 
→ Retorno às atividades produtivas; 
→ Modificação do comportamento dos pacientes; 
Frequência 
→ Medida em Hertz; 
→ Número de pulsos elétricos bifásicos 
assimétricos emitidos em 1 segundo; 
→ Alcance biológico no máximo de 150 Hz; 
Entre 80 a 130 Hz para estímulos sensoriais = liberação 
do aminoácido GABA = FECHAMENTO DO PORTÃO 
DA DOR. 
Abaixo de 10 Hz leves estímulos motores = secreção 
de B-endorfina (opióide) e acelera o metabolismo 
muscular. 
Largura de pulso 
→ Inervação Sensorial = 20 a 50 microsegundos (µs); 
→ Inervação Motora = 180 a 250 microsegundos (µs); 
 
→ Relação inversa com a frequência → na maioria 
dos casos; 
Intensidade/amplitude 
→ Formigamento Intenso = Inervação sensorial = 
frequência alta = DOR AGUDA; 
 
→ Contração visível = Inervação motora = 
frequência baixa = DOR CRÔNICA; 
VIF 
Sensações x frequências 
→ Baixa frequência → sensação de coceira e é 
indicada para a dor crônica (< 10 Hz); 
→ Alta frequência → sensação contínua de 
vibração e é indicada para dores agudas (>50 
Hz); 
Estímulo adequado 
→ Pequenas durações de pulso → elevadas 
amplitudes; 
→ Durações de pulso maiores → amplitudes mais 
baixas; 
Tempo 
→ Dor Aguda - 20 a 120 minutos 
→ Dor Crônica - 20 a 60 minutos 
PRÁTICA CLÍNICA ATENDIMENTO AMBULATORIAL 
20 A 30 MINUTOS. 
Tempo de estimulação 
→ Estimulação limiar, por longo tempo (o dia todo) 
→ Estimulação supra-limiar, por 20 a 30 minutos, 
repetidos em horários fixos, ou quando a dor 
voltar; 
Tipos de TENS 
Existem 4 modalidades diferentes 
→ Convencional 
o Dor Aguda 
o Dor Crônica 
 
→ Breve Intenso 
→ Acupuntura 
→ Burst 
Convencional 
• Dor aguda 
→ Frequência alta: 80 a 130 Hz (120 Hz mais 
recomentado); 
→ Largura baixa: 20 a 50 microssegundos; 
→ Intensidade: Formigamento intenso pela 
determinação do limiar do paciente sem 
provocar dor; 
→ Tempo: 20 a 120 minutos; 
→ Sensação de parestesia na região; 
→ Analgesia de baixa duração, só enquanto 
realiza aplicação; 
 
• Dor Crônica 
→ Frequência baixa: 2 e 10 Hz, 
geralmente a frequência ideal é 8 Htz; 
→ Largura do pulso alta: 180 à 250 us 
(largo); 
→ Intensidade: desconfortável para o 
paciente (Contração visível); 
→ Início do alívio: 20 minutos; 
→ Duração do alívio: 30 a 120 minutos; 
Breve Intenso 
Faz um bloqueio nocioceptivo local, indicado para 
pacientes que vão remoção cirúrgica de pequenos 
tecidos e não pode realizar analgesia ou para realizar 
alguma manipulação local em pacientes com 
desconforto. 
→ Frequência alta: 100 Hz; 
→ Largura de pulso: 200 microssegundos 
→ Intensidade: Forte, ao nível de tolerância; 
→ Início do alívio: 10 a 15 minutos; 
→ Duração do alívio: Muito pequeno; 
Acupuntura 
Estimula a B-endofirna, relaxamento muscular, retirada 
de toxinas e melhoria do metabolismo local; 
→ Frequência baixa: 1 à 4 Hz; 
→ Largura alta: 180 a 250 us; 
→ Intensidade: Contrações musculares de baixa 
freqüência, visíveis; 
→ Duração prolongada do alívio da dor; 
 
 
Burst 
→ Frequência: 80 a100Hz com trens de pulso 
(entrega de frequência baixa 2 -10 Hz). 
→ Largura do pulso: 100 a 200 microssegundos; 
→ Intensidade: Contrações rítmicas, toleráveis; 
→ Início do alívio: 10 a 30 minutos; 
→ Duração do alívio: 20 min à 06 horas; 
Obs.: Também faz analgesia na fase crônica. 
Eletrodos 
Dor pontual x Dor difusa 
O local selecionado deve permitir que a estimulação 
seja facilitada ao SNP e SNC. 
A área selecionada deve estar anatômica ou 
fisiologicamente relacionada à fonte da dor 
A pele deve estar limpa, a fim de diminuir a resistência 
da pele. 
Os eletrodos devem estarbem fixados ao tecido 
tratado. 
→ Cercando o ponto de dor; 
→ Trajeto nervoso; 
→ Sobre o tronco nervoso; 
→ Dermátomo; 
→ Ponto motor; 
→ Ponto de acupuntura; 
Estudo de White et al (2000), concluiu que a 
estimulação elétrica no nível do dermátomo específico, 
correspondente ao local da patologia, produz melhorias 
a curto prazo do controle da dor, retorno das 
atividades físicas, e melhora na qualidade do sono em 
pacientes com dor crônica cervical. 
→ Cuidados com a medula: Não pode cruzar 
medula. 
 
 
 
Indicações 
→ Dores crônicas, de maneira geral: Lombalgia, 
artrose, neuralgias; 
→ Dores agudas de natureza contusa: distensões, 
entorses; 
→ Incisões cirúrgicas no pós-operatório; 
→ Trabalho de parto; 
→ ATM; 
→ Enjôos (sem muita evidência); 
→ Reparo tecidual (?) – não é cicatrizante! 
Contra-indicações 
Por ser uma corrente altamente segura, as 
contraindicações baseiam-se no bom senso: 
→ Portadores de marcapasso; 
→ Pacientes que sofrem de cardiopatia ou 
disritmia. 
→ Pessoas que apresentam dor não diagnosticada, 
para que não se mascare o diagnóstico; 
→ Nos primeiros 3 meses de gestação; 
→ Sob seios carotídeos; 
→ Ao redor do pescoço, na boca e nas 
pálpebras; 
→ Em pele anestésica; 
→ Feridas abertas; 
→ Epilepsias; 
Efeitos colaterais 
→ Irritação da pele ao redor dos eletrodos; 
Monitorização 
→ Perfil e o comportamento da dor, que serão 
questionados na História da Doença Atual 
(presente na anamnese, na subdivisão da 
História Subjetiva); 
→ Os pontos básicos para que se chegue a esse 
conhecimento; 
o Início da dor; 
o Se ela está aumentando; 
o Se está estática ou diminuindo; 
o A natureza da dor (agulha, profunda, 
irradiada…) 
o Frequência da dor em um dia; 
o Padrão diário; 
 
 
o O que agrava; 
o O que atenua; 
o Administração de medicamentos; 
o Afeta o sono; 
o Intensidade da dor (é dada em escalas 
de 0 a 10, para que o paciente estipule 
este dado);

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