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Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Química LABORATÓRIO DE BIOMOLÉCULAS 2018.1 AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS Professora: Samisia Maria Fernandes Machado Alunos: Danielle Guimarães de Andrade Jonisson Batista Santos São Cristóvão/SE INTRODUÇÃO Os aminoácidos são moléculas orgânicas que possuem, pelo menos, um grupo amina - NH2 e um grupo carboxila - COOH em sua estrutura. Os aminoácidos são utilizados na síntese de proteínas, as quais constituem músculos, tendões, cartilagens, tecido conjuntivo, unhas e cabelos, além de alguns hormônios. Assim, eles ligam-se entre si para formar as proteínas, sendo portanto a "matéria prima" desses macronutrientes. Devido ao caráter ácido do grupo carboxila e do caráter básico do grupo amino, quando os aminoácidos são dissolvidos em água, sofrem neutralização interna e tornam-se íons dipolares, um composto químico eletricamente neutro. Essa característica dos aminoá- cidos permite que sofram reação tanto com ácido como com base. Compostos com esse comportamento são denominados anfóteros. Já a proteína é a mais importante das macromoléculas biológicas, compondo mais da metade do peso seco de uma célula. Está presente em todo ser vivo e tem as mais variadas funções. Uma proteína é um grande polipeptídeo, ou seja, resíduos de aminoácidos estão ligados entre si covalentemente, chamamos de ligação peptídica. É a união entre o grupo carboxila de um aminoácido com o grupo amina de outro aminoácido, liberando água. Esta sequência de aminoácidos é única para cada proteína específica e é determinada pelo gene. Neste relatório serão apresentados testes que identificam e caracterizam aminoácidos e proteínas e os resultados obtidos. TESTE DE NINIDRINA 1.Objetivo: Detectar a presença de grupo alfa-amino livre dos aminoácidos de grupo amino termi- nal de peptídicos e proteínas e de grupo E-amino de lisina. 2.Procedimento: • Solução de albumina 10% (v/v): • Ninidrina: Preparar uma solução de albumina 10% (v/v) dissolvendo 10mL de clara de ovo Em tampão fosfato 0,01 mol/L e avolumando com o tampão para 100mL em balão volumétrico. Dissolver 100 mg de nindrina em 100mL de tampão fosfato 0,01 mol/L (pH=7,0). Conservar em frasco escuro na geladeira. http://www.infoescola.com/quimica/ligacao-covalente/ http://www.infoescola.com/bioquimica/ligacao-peptidica/ http://www.infoescola.com/quimica/carboxila/ http://www.infoescola.com/quimica/carboxila/ http://www.infoescola.com/quimica/funcao-amina/ • Teste de Ninidrina: 3.Materiais: Tabela 01: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Tubos de ensaio Nindrina Clara de ovos Pipeta Tampão fosfato Balão volumétrico Solução de Albumina Béquer Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades físicas: Tabela 02: Propriedades físicas Substân- cias Massa Mo- lar P.F P.E. Índice de re- fração Densi- dade Solubili- dade Fosfato 94,97g/mol - - - - - Ninidrinha 178,14g/mol 250°C - - 862Kg/m³ Solúvel em 20°C Fonte: Próprio autor (2018) 5.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 03: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Fosfato - - - - Sol. de Albu- mina - - - - Ninidrinha Nocivo 14,7 3 C9H604 Fonte: Próprio autor (2018) 6.Reações: O teste de ninidrina é um teste geral para aminoácidos que detectar a presença do grupo α-amino livre dos aminoácidos, de grupo amino terminal de peptídeos e proteínas e do grupo ε-amino da lisina. A reação dos aminoácidos com a ninidrina ocorrem quando os grupos amino reagem com duas moléculas de ninidrina formando um produto de cor violeta, sendo proporcional à concentração. Já a reação quando com a prolina e 4-hidroxiprolina formam produtos amarelos. O mecanismo que apresenta o produto violeta de confirmação do teste é expresso por: Em um tubo de ensaio pipetar 2,0mL de solução de nindrina e adicionar 5 gotas da solução de proteína 10%. Aquecer em banho- maria fervente por 5 minutos e anotar o resultado. Repetir o procedimento substituindo a solução de proteína por solução de aminoácido a 10% (glicina e aspartato) 7.Resultados e discussões: O teste de ninidrina foi feito em três amostras, tendo como resultados: Tabela 04: Resultados AMOSTRA Com aquecimento Nível de concentração Albumina 10% Violeta Claro - Glicina 10% Violeta bem escuro Mais concentrado Aspartato 10% Violeta muito claro Menos concentrado Fonte: Próprio autor (2018) Como apresentado na tabela, todos os resultados apresentam a positividade do teste, que detectar a presença do grupo α-amino livre dos aminoácidos, de grupo amino terminal de peptídeos e proteínas e do grupo ε-amino da lisina, confirmando a formação dos com- postos nos quais os grupos amino reagem com duas moléculas de ninidrina. Porém a con- centração do composto é visualizada com a intensidade da cor violeta do composto, sendo umas mais claras que outras. 8.Conclusão: O teste feito nas três substâncias teve o resultado positivo e diferem de acordo com a concentração do composto formado. TESTE DE BIURETO 1.Objetivo: Detectar a presença de ligações peptídicas em proteínas e peptídeos com mais de dois aminoácidos. 2.Procedimento: • Reativo de Biureto • Teste de Biureto 3.Materiais: Tabela 05: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Tubos de ensaio Reativo de Biureto Conta gotas. Béquer Sal de Rochelle Glicina Água destilada Solução de albumina Solução de NaOH CuSO4.5H2O Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 06: Propriedades toxicologicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Glicina - - - C2H5NO2 Reativo de Bi- ureto Perigoso - - C2H5N3O2 Sal de Ro- chelle - - - - Hidróxido de Sódio Corrosivo 80 8 NaOH Sulfato de co- bre II penta hidratado Perigoso 90 9 CuSO4.5H20 Fonte: Próprio autor (2018) 5.Reações: O teste de biureto é formado pelo sulfato de cobre II penta hidratado e o sal de Ro- chelle em meio alcalino (adição de NaOH), possuindo uma coloração azul clara. Quando misturados a um composto aquoso que contem duas ou mais ligações peptídicas, tem como resultado um composto de cor violeta característica. A cor é devida à formação de um complexo em que o íon cobre se coordena a quatro átomos de azoto das ligações peptídicas. Em 50mL de água destilada dissolver 0,15g de CuSo4.5H20 e 0,6g de sal de Rochelle. Adionar 30mL de solução de NaOH 10% com agitação constante. E avolumar para 100mL. Em tubo de ensaio adicione 1,0mL de água destilada e 1,0mL do reativo de Biureto. Em outro 1,0mL de solução de glicina 10% e 1,0mL do reativo de Biureto. Em outro tubo adicionar 1,0mL de solução de proteína albumima 10% e 1,0mL do reativo de Biureto. O teste quando utilizado em soluções que possuem dipeptídicos (com uma ligação peptídica) ou aminoácidos, que não apresentam ligações peptídicas, os resultados são nega- tivos. 6.Resultados e discussões: O teste com o reativo de biureto teve como resultados: Tabela 07: Resultados Tubos de ensaio Coloração Resultado Água destilada + reativo de biureto Azul bem claro - Glicina 10% + reativo de biureto Azul claro - Albumina 10% + reativo de biureto Violeta + Fonte: Próprio autor (2018) Foi observado que quando em contato com a água destilada e com a glicina 10% o teste apresentou resultado negativo já que a coloração continuou azul, referida da solução do reativo de biureto. Tais resultados podem ser justificados pela falta de ligações peptídicas das substancias utilizadas. Imagem 01: Resultados do teste de Biureto Fonte: Próprio autor (2018) Já com a albumina 10%, houve a mudança da coloração, de azulpara violeta, ocorrida pela formação de um complexo em que o íon cobre se coordena a quatro átomos de azoto das ligações peptídicas, confirmando assim a positividade do teste. 7.Conclusão: Podemos concluir que apenas a solução de albumina com o reativo de biureto teve o resultado positivo, sendo confirmada visualmente pela cor violeta resultante da formação do complexo. TESTE DE HELLER 1.Objetivo: Identificar a presença de proteínas por desidratação devido à acidez do meio. 2.Procedimento: 3.Materiais: Tabela 08: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Pipeta Ácido nítrico concentrado Béquer Tubo de ensaio Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 09: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Ac. Nítrico conc. Corrosivo - 8 HNO3 Fonte: Próprio autor (2018) 5.Reações: Este teste serve para identificar a presença de proteínas por desnaturação devido a acidez do meio. As proteínas globulares podem ser solúveis em água desde que sua estrutura terciaria e seus grupos hidrofílicos estejam posicionados para fora de seus grupos hidrofóbi- cos estejam posicionados para o interior da proteína. Uma das forças que mantém a estrutura terciária da proteína é a atração eletrostática entre os íons positivos de aminoácidos como Lys e Arg e os íons negativos de aminoácidos como Glu e Asp. Ao acidificar o meio os íons carboxilato de Asp e Glu são protonados (-COO + H+ → -COOH), perdendo sua carga negativa. Isto quebra as interações eletrostáticas, desorga- nizando a estrutura terciária da proteína insolúvel em água. O meio ácido também hidrolisa as ligações peptídicas quebrando a estrutura primária. A adição de ácido nítrico concentrado desnatura a proteína formando o anel branco de pro- teína precipitada na interface entre as soluções e o ácido. Pipetar 2,0mL da solução de proteína 10% em um tubo de ensaio. Derramar cuidadosamente e sem agitação 1,0mL de ácido nítrico concentrado pelas paredes do tubo. E observar o resultado obtido. Proteínas Globulares (Imagem disponível no Blog Proteinafametro) 6.Resultados e discussões: O teste foi utilizado numa solução de proteína 10% e foi observado a formação de um anel branco característico da proteína quando precipitada em meio ácido, já que esse meio hidrolisa as ligações existentes quebrando a estrutura primária. Imagem 02: Resultados do teste de Heller Fonte: Próprio autor (2018) 7.Conclusão: O resultado foi positivo, pois foi observado o anel branco caraterístico da proteína precipitada em meio àcido. REAÇÃO XANTOPROTEICA 1.Objetivo: Identificar a presença de aminoácidos de cadeia lateral-aromática. 2.Procedimento: 3.Materiais: Tabela 10: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Pipeta Albumina 10% Chapa aquecedora Pipetar 2,0mL de solução de albumina 10% em um tubo de ensaio. Escorrer pelas paredes do tubo 1,0mL de HNO3 concentrado e observar a formação do precipitado. Aquecer em banho-maria fervente durante 1 min e observar e anotar a cor do precipitado. Resfriar em água corrente e adicionar 1,0mL de NaOH 2,5mol/L. Observar e anotar a cor. Repetir procedimento com a fenilalanina e tirosina. Tubos de ensaio HNO3 conc. Béquer NaOH 2,5 mol Fenilalanina Tirosina Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades físicas: Tabela 11: Propriedades físicas Substân- cias Massa Mo- lar P.F P.E. Índice de re- fração Densi- dade Solubili- dade Albumina 10% 67.000g/mol 167°C 412°C - 1,8g/cm³ 25g/L (20°C) Fenilala- nina 165,19g/mol 283°C - - - - Tirosina 181,21g/mol - - - - - Fonte: Próprio autor (2018) 5.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 12: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Ácido nítrico conc. Corrosivo - 8 HNO3 Hidróxido de Sódio Corrosivo 80 8 NaOH Fonte: Próprio autor (2018) 6.Reações: Este teste identifica a presença de aminoácidos de cadeia lateral aromática. Acontece normalmente nas proteínas que apresentam estes aminoácidos aromáticos. O benzeno reage lentamente com o ácido nítrico (HNO3) concentrado para dar um nitrobenzeno. Essa reação pode ser acelerada mediante aquecimento. Assim, aminoácidos que apre- sentem anel benzênico em sua cadeia lateral (assim como proteínas ou peptídeos que pos- suam esses aminoácidos em sua constituição) podem reagir com ácido nítirco originando um composto amarelo. A coloração amarela existe em meio ácido. A adição da base, que deixa o meio mais alcalino, transforma os nitro-compostos formandos em sais de coloração alaranjada. 7.Resultados e discussões: Após os procedimentos, observou-se que ao entrar em contato com o ácido nítrico a proteína foi desnaturada, da mesma forma que aconteceu com o teste de Heller, que apre- senta a formação de um anel branco característico da proteína quando precipitada em meio ácido, já que esse meio hidrolisa as ligações existentes quebrando a estrutura primária. O aquecimento promoveu a nitração dos aminoácidos de cadeia lateral aromática, as- sim como hidrolise parcial das ligações peptídicas na albumina 10% e na tirosina formando um composto amarelo. Quando tratado com NaOH é formado o sal do nitro composto que é laranja, obser- vado na solução de tirosina, na qual comprova a presença de aminoácidos livres. Todos os resultados foram tabelados: Tabela 13: Resultados Substância Quando misturado Quando aquecidos Com NaOH Albumina 10% Anel branco Composto amarelo Forma duas fases uma amarela e outra com flocos Fenilalanina Flocos brancos Incolor Desmanchou o precipitado Tirosina Aspecto leitoso/la- ranja Laranja bem intenso Formou duas fa- ses uma mais ala- ranjada Fonte: Próprio autor (2018) 8.Conclusão: De acordo com os resultados, observamos a desnaturação da proteína formando anel branco na solução de albumina 10%. Quando aquecida, foi observada a cor amarela na so- lução da albumina 10%, comprovando que ocorreu a nitração dos aminoácidos de cadeia lateral aromática. Na reação com a fenilalanina não foi observado nenhuma característica de uma reação xantoproteica. Já com a tirosina foi observado que quando tratado com NaOH uma coloração ala- ranjada, apresentando indícios da presença de aminoácidos livres. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS 1.Objetivo: Apresentar meios em que ocorram a precipitação de proteínas. 2.Procedimento: 3.Materiais: Tabela 14: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Tubos de ensaio Ac. Tricloroácetico Conta gotas Béquer Sol. Acetato de chumbo Chapa aquecedora Etanol Solução saturada de (NH4)2SO4 Água destilada Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades físicas: Tabela 15: Propriedades físicas Substân- cias Massa Mo- lar P.F P.E. Índice de refração Densi- dade Solubili- dade Albumina 10% 67.000g/mol 167°C 412°C - 1,8g/cm³ 25g/L (20°C) Fonte: Próprio autor (2018) 5.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 16: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Ac. Tricloroa- cético Corrosivo 80 8 C2HCl3O2 Etanol Inflamável - 3 C2H6O Acetato de Chumbo Tóxico 60 6.1 Pb(C2H3O2)2.3(H2O) Sulfato de amônio Perigoso - - (NH4)2SO4 Fonte: Próprio autor (2018) 6.Reações: • Precipitação das proteínas por ação do calor (desnaturação): As proteínas possuem uma estrutura tridimensional (conformação) bem definida e re- lativamente sensível à ação do calor, que causa desorganização das cadeias peptídicas, Em 5 tubos de ensaio adicionar 2,0mL de solução de albumina 10%. No primeiro aquecer em banho maria por 3 min. No segundo adicionar 2,0mL de ácido tricloroácetico 10%. No terceiro adicionar 2,0mL de solução deacetato de chumbo 5%. No quarto adicionar 5,0mL de etanol e no quinto adicionar 4,0mL de solução saturada de (NH4)2SO4. Anote todos os dados em tabela. No fim em todos os tubos adicione de 4,0 a 6,0mL de água destilada e anote o resultado. com consequente alteração conformacional. Esse fenômeno recebe o nome de desnatu- ração que promove alteração que diminui a solubilidade da proteína, levando a sua pre- cipitação. • Precipitação das proteínas por sais de metais pesados por ácidos fortes: Os cátions de metais pesados como H2+, Pb2+, Cu2+, Fe²+, Cd2+ e Zn2+ formam preci- pitados insolúveis de proteínas. E produz substâncias denominadas de acordo com o elemento formado, no caso deste experimento o proteinato de chumbo. • Precipitação das proteínas por solventes orgânicos A solubilidade das proteínas em solventes orgânicos é menor do que a água, resultando na sua precipitação. A precipitação por solvente orgânico depende muito da temperatura. Os solventes or- gânicos, quando utilizados a temperaturas baixas, são bastante úteis para separação de misturas de proteínas. À uma temperatura mais elevada esses solventes podem levar a desnaturação por rompimento das pontes de hidrogênio e estabelecimento de interações apolares, importantes na manutenção da conformação proteica. • Precipitação de proteínas por adição de sais neutros (efeito da força iônica): Quando adicionamos sais neutros a uma solução, ocorre um aumento da força iônica do sistema. As moléculas de água, ocupadas em sua interação com os íons, “abandonam” a estrutura proteica. Como consequência, temos: maior interação proteína-proteína, dimi- nuição da solubilidade em meio aquoso e, consequentemente, precipitação da proteína em decorrência de uma considerável aumento da força iônica do meio dá-se o nome de “salting-out”. 7.Resultados e discussões: Os resultados encontrados foram tabelados: Tabela 17: Resultados Solução Observado Com água destilada Albumina + aquecimento Meio leitoso Turva Albumina + Ac. Tricloroa- cético Incolor Incolor Albumina + Acetato de Chumbo Aspecto leitoso Duas fases de intensidade de cores diferentes Albumina + Etanol Anel branco Única fase Albumina + Solução satu- rada de (NH4)2SO4 Turvo com precipitado Ficou incolor Fonte: Próprio autor (2018) Após os procedimentos, foi observado que em todos os cinco tubos ocorreu a desna- turação com ação do calor, por sais de metais pesados e por ácidos fortes, por solventes orgânicos e por adição de sais neutros. Nos quatro primeiros a desnaturação são irreversíveis, porém no quinto tubo ocorreu o efeito “salting-out” a adição de mais água dilui o sal revertendo a desnaturação do chamado efeito “salting-in”, pois a formação do precipitado com a adição de água se desfaz. 8.Conclusão: Em todas as soluções ocorreu desnaturação, porém em apenas uma o efeito foi rever- sível em água, a da solução de albumina + solução saturada (NH4)2SO4. ISOLAMENTO DAS PROTEINAS 1.Objetivo: Isolar as proteínas do leite e comprovar suas propriedades. 2.Procedimento: • Isolamento: • Teste de Biureto: Pese 10g de leite em pó desnatado num béquer de 250mL. Acrescente 25mL de água destilada e aqueça em banho maria a 40°C acompanhando com termômetro. Quando o leite atingir 40°C comece a adicionar gota a gota 2,5mL de ácido acético 10% e agite lentamente e recolha com uma espátula a caseína coagulada. Transfira a caseína para um béquer de 100mL. Continue adicionando o ácido acético até a caseína precipitar totalmente. Centrifugue por 5 minutos para separa o soro da caseína restante. Coloque o soro no primeiro béquer. Adicione 0.5g de carbonato de cálcio para neutralizar, agite e aqueça ate 75°C, mantendo nessa temperatura por 5min. Todas as lasctoalbuminas deverão precipitar. Centrifugue e separe as Lactoalbuminas. Reserve o soro para isolamento da lactose. Realize o teste de biureto com uma pequena quantidade das proteínas isoladas em 2,0mL de água destinada. Seque e vidros relógios separados e determine o rendimento na próxima aula. 3.Materiais: Tabela 18: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Béquer Leite em pó desnatado Chapa aquecedora Pipeta Água destilada Termômetro Ácido acético Espátula Carbonato de cálcio Centrifugadora Teste de Biureto Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 19: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Ácido Acético Corrosivo - 8 C2H4O2 Carbonato de Cálcio Corrosivo - - CaCO3 Fonte: Próprio autor (2018) 5.Reações: O leite em sua composição proteínas compostas por todos os aminoácidos essenciais, carboidratos na forma de lactose, lipídios na forma de triocigliceroís, fosfolipídios e coleste- rol, além das vitaminas tiamina, riboflavina, ácido pantotênico e vitamina A, D e K. No leite existem três tipos de proteínas: as caseínas que compõem 85% das proteinas totais, as lactoalbuminas e as lactoglobulinas, todas globulares. Acaseína é uma proteína do tipo fosfoproteína encontrada no leite fresco. Estas pro- teínas encontram-se com frequência no leite dos mamíferos, sendo cerca de 80% da proteína encontrada no leite de vaca e entre 20% a 40% das proteínas do leite humano. Quando coagulada com resina é chamada “paracaseína” (caeina de coalho) e, quando coagulada atra- vés da redução de pH (com a utilização de ácidos) é chamada “caseína ácida”. A caseína não coagula com o calor, mais precipita com adição de ácidos. Já as albumi- nas do leite (lactoalbumina) com o calor sofre desidratação. As lactoglobulinas encontram- se em menor quantidade e também precipitado pela ação do calor ou adição de solvente orgânico. A caseína é uma mistura de três proteínas α-caseína, β-caseína e к-caseína, todos com a massa molar bem diferente. Sozinhas as duas primeiras precipitariam em presença de Ca2+, entretanto a к-caseína estabiliza a estrutura do sal caseinato de cálcio formando uma micela. Em tubo de ensaio adicione 1,0mL de água destilada e 1,0mL do reativo de Biureto. Em outro 1,0mL de solução de glicina 10% e 1,0mL do reativo de Biureto. Em outro tubo adicionar 1,0mL de solução de proteína albumima 10% e 1,0mL do reativo de Biureto. O ponto isoelétrico do caseinato de cálcio ocorre em pH 4,6 enquanto que o leite tem pH 6,6, qualquer fator que altere o pH para menos que 4,6 precipita a caseína. Como utiliza- mos leite desnatado, não teremos a presença de lipídios e nem das vitaminas lipossolúveis, restando no soro apenas uma solução de açúcar galactose. 6.Resultados e discussões: Após os procedimentos propostos serem feitos o isolamento da proteína do leite a caseína. Para que isso acontecesse a solução foi aquecida e adicionou-se o ácido acético para que a proteína coagulasse. Também foi possível isolar as lactoalbuminas com a adição do carbonato de cálcio e temperatura mais alta, formando precipitado. Nas proteínas isoladas foi feito o teste de Biureto que tem como objetivo de identificar ligações peptídicas em proteínas e peptídeos com mais de dois aminoácidos. Nas duas pro- teínas o resultado foi positivo, tais resultados são confirmados pela coloração lilás por causa da formação de complexo do íon cobre aos quatro átomos de azoto das ligações peptídicas. Os resultados obtidos foram tabelados: Tabela 20: Resultados Teste Solução Resultado Coloração Biureto Caseína + Lilás Biureto Lactoalbumina + Lilás Fonte: Próprio autor (2018) 7.Conclusão: A partir dos procedimentos foram isoladas as proteínas do leite (caseína e lactoalbu- minas) e foram aplicados os testes de biureto, que comprovou a presença de ligações peptí- dicas. ISOLAMENTO DA LASCTOSE DO LEITE 1.Objetivo: Isolar lactose do leite. 2.Procedimento:• Isolamento: • Teste de Molish: • Teste de Benedict: 3.Materiais: Tabela 21: Materiais utilizados Vidrarias Reagentes Diversos Béquer Etanol Chapa aquecedora Erlenmeyer Teste de Molish Centrifuga Teste de Benedict Fonte: Próprio autor (2018) 4.Tabela de propriedades toxicológicas: Tabela 22: Propriedades toxicológicas Substâncias Rótulo de risco N. de risco Classe Fórmula Molecular Etanol Inflamável - 3 C2H6O Fonte: Próprio autor (2018) No soro reservado do experimento do isolamento das proteínas do leite adicione 45mL de etanol. Ocorrerá precipitação de sólidos(globuli nas). Aqueça ate 60°C para dissolver a lasctose. Centrifugue por 2 min. Descarte o material sólido e trasnfira o líquido para um erlenmeyer de 125mL. Deixe esfriar. Realize o teste de Molish e Benedict com um pouco do líquido. Deixe o restante tampado recristalizando por uma semana. Observe os cristais da lactose. Em um tubo de ensaio adicione: 1 mg da substância a ser testada + 1,0mL de água + 4 gotas de alfa-naftol e misture. Incline o tubo e deixe escorere pela parede 2,0mL de ácido sulfúrico concentrad o. Após aparecer o indicativo de carboidrato s na substancia e agite o tubo Deixe em repouso por 2 minutos e dilua 5mL de água formando um precipitado violeta- escuro. Em um tubo de ensaio adicione: 5,0mL do reagente de Benedict e 0,4mL de solução do carboidrato 2% em água e ferva por 2 min. Deixe esfriar e se a solução ficar turva ou mudar de cor, possui açúcar redutor. 5.Reações: O leite é uma mistura complexa nutritiva e estável de gordura, proteínas e outros ele- mentos sólidos. Que se encontram suspensos em água. A gordura e as vitaminas lipossolúveis encontram-se em forma de emulsão. No leite existem três tipos de proteínas: as caseínas que compõe 85% das proteinas totais, as lactoalbuminas e as lactoglobulinas, todas globulares. As lactoglobulares estão em menor quantidade e precipitam pela ação do calor com a adição de solventes orgânicos como o etanol. Além disso são responsáveis pelas propriedades imunológicas do leite. 6.Resultados e discussões: De acordo com os procedimentos estabelecidos foi feito o isolamento da lactose do leite. Primeiro passo foi a adição de etanol ao soro preservado de proteínas e depois foi aquecido, precipitando as globumina. Após esse processo foi feito o teste de Molish para identificar a presença de carboidra- tos na solução. É o teste de Benedict que identifica o poder redutor de açucares. Os resulta- dos obtidos foram positivos nos dois testes, sendo o último de cor mais intensa. Os resultados observados foram tabelados: Tabela 21: Resultados Teste Resultado Coloração Molish + Anel Branco Benedict + Vermelho Fonte: Próprio autor (2018) 7.Conclusão: Foi isolada a lactose do leite e feito os testes de Molish e Benedict, obtemos então resultados positivos nesses testes, identificando a presença de carboidratos e açucares resu- tores. REFERÊNCIA: Albumina. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Albumina. Acesso em: 18 de junho de 2018. Aminoácidos. Disponível em: https://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/. Acesso em: 19 de junho de 2018. Extração e Caracterização Bioquímica do Amido da Batata. Ebah. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABP_MAD/relatorio-04-extracao-caracteriza- cao-bioquimica-amido-batata. Acesso em: 18 de junho de 2018. Proteínas. Disponível em: https://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/. Acesso em: 19 de junho de 2018. Proteínas globulares. Fernanda Silva. Disponível em: http://proteinafametro2013.blogs- pot.com/2013/05/proteinas-globulares.html. Acesso em: 18 de junho de 2018.
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