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cérebro APG 05 S2P2 SOI II

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• 
O telencéfalo, a parte mais rudimentar do 
cérebro, é a sede da inteligência. Ele é 
responsável por nossa capacidade de ler, 
escrever e falar; de fazer cálculos e compor 
músicas; e de lembrar o passado, planejar o 
futuro e imaginar coisas que nunca existiram. Ele 
é composto por um córtex cerebral externo, uma 
região interna de substância branca e núcleos de 
substância cinzenta localizados profundamente 
na substância branca. 
▪ Córtex cerebral 
O córtex é uma região de substância cinzenta que 
forma a face externa do telencéfalo e contém 
bilhões de neurônios em camadas. Durante o 
desenvolvimento embrionário, a substância 
cinzenta se desenvolve muito mais rápido que a 
substância branca, consequentemente o córtex 
se dobra sobre si mesmo, formando pregas 
conhecidas como giros ou circunvoluções. As 
fendas mais profundas entre os giros são 
chamadas de fissuras, enquanto as mais 
superficiais formam os sulcos. 
A fissura mais proeminente, a fissura longitudinal, 
separa o telencéfalo em duas metades chamadas 
de hemisférios cerebrais, conectados entre si 
pelo corpo caloso, uma longa faixa de substância 
branca contendo axônios que se projetam entre 
os hemisférios. 
Cada hemisfério cerebral pode ser dividido em 
lobos, sendo eles: lobo frontal, lobo parietal, lobo 
occipital e lobo temporal. Existe ainda um quinto 
lobo mais interno, denominado insula. O sulco 
central separa o lobo frontal do lobo parietal. O 
sulco lateral divide os lobos frontal e parietal do 
lobo temporal. Já o sulco parieto-occipital divide 
o lobo occipital do lobo parietal. Os dois giros 
mais importantes são o giro pré-central e o giro 
pós-central, o qual contém a área 
somatossensitiva primária. 
Cada lobo tem funções especiais não 
compartilhadas com o lobo correspondente ao 
lado oposto. Essa lateralização da função cerebral 
é muitas vezes conhecida como dominância 
cérebro direito/cérebro esquerdo. A linguagem e 
as habilidades verbais tendem a estar 
concentradas do lado esquerdo, enquanto as 
habilidades espaciais estão concentradas no lado 
direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Lobos 
-Lobo frontal: anterior ao sulco central. Essencial 
para o planejamento e execução de 
comportamentos aprendidos e intencionais; ele 
se relaciona com a forma como interagimos com 
o meio externo (movimentos e 
comportamentos), ou seja, controla informações 
de outras áreas de associação e está ligado ao 
movimento dos músculos esqueléticos. Existem 
nesse lobo três principais áreas, o córtex motor 
primário, a área de associação motora (córtex 
pré-motor) e área pré-frontal de associação. 
- O lobo temporal associa-se a função sensorial. 
Relaciona-se principalmente com a audição, 
reconhecimento e associação visual. Ele também 
está ligado a semântica e possui duas áreas o 
córtex auditivo e a área de associação auditiva. 
-O lobo parietal está ligado a informações 
sensoriais da pele, sistema musculoesquelético, 
vísceras e papilas gustatórias. Dividido em duas 
principais áreas, a área de associação sensorial e 
o córtex somatossensorial primário. 
-O lobo occipital está associado 
predominantemente às vias visuais. Possui as 
regiões do córtex visual e áreas de associação 
visual. 
-O lobo da ínsula está associado a funções 
olfatórias (córtex olfatório) e gustativas (córtex 
gustativo). 
• 
A vascularização do encéfalo é peculiar, visto que 
ao contrário da maioria das vísceras, ele não 
possui hilo para penetração dos vasos que 
entram no encéfalo em diversos pontos de sua 
superfície. A estrutura de suas artérias também é 
peculiar já que elas possuem paredes finas, o que 
as torna mais propensas a hemorragias. Sua 
túnica média possui menos fibras musculares e a 
túnica elástica interna é mais espessa e tortuosa, 
quando comparada a outras artérias. 
Isso possui como vantagem a proteção do tecido 
nervoso contra choques durante as ondas 
sistólicas responsáveis pela pulsação das artérias. 
Esses vasos são envolvidos na porção inicial pelo 
líquor, nos espaços perivasculares. O que 
também permite atenuar o impacto da pulsação 
arterial. 
O encéfalo é irrigado principalmente pelas 
artérias carótidas internas e vertebrais, 
originadas no pescoço. Na base do crânio estas 
artérias formam um polígono anastomótico, o 
polígono de Willis, de onde saem as principais 
artérias para vascularização cerebral. As artérias 
carótidas internas, juntamente com as vertebrais 
e basilares formam dois sistemas de irrigação 
encefálico: o sistema carotídeo interno e o 
sistema vértebro-basilar. 
▪ Artéria carótida interna 
Ramo da bifurcação da carótida comum, penetra 
na cavidade craniana pelo canal carotídeo do 
osso temporal, atravessa o seio cavernoso (no 
interior do qual vai descrever uma dupla curva, 
formando um S, o sifão carotídeo). Em seguida 
perfura a dura-máter e a aracnoide, e no início do 
sulco lateral, divide-se em seus dois ramos, a 
artéria cerebral média e artéria cerebral anterior. 
Além desses de seus dois ramos terminais, a 
artéria carótida interna origina também os 
seguintes ramos: 
-Artéria oftálmica: emerge da carótida quando 
esta atravessa a dura-máter. Ela irriga o bulbo 
ocular e formações anexas. 
-Artéria comunicante posterior: anastomosa-se 
com a cerebral posterior, contribuindo para a 
formação do polígono de Willis. 
-Artéria corióidea anterior: Dirige-se para trás, ao 
longo do trato óptico, penetra no corno inferior 
do ventrículo lateral, irrigando os plexos coroide 
e parte da cápsula interna, os núcleos de base e o 
diencéfalo. 
As artérias cerebrais anteriores e médias se 
subdividem em ramos menores superficiais e 
profundos. 
▪ Artérias vertebral e basilar 
As artérias vertebrais direita e esquerda 
destacam-se das artérias subclávias 
correspondentes, sobem através dos forames 
transversos das vértebras, penetram no crânio 
através do forame magno, e aproximadamente 
no nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para 
constituir um tronco único, a artéria basilar. 
Elas dão origem às duas artérias espinhais 
posteriores e a artéria espinhal anterior, que 
vascularizam a medula. Originam ainda as 
artérias cerebelares inferiores posteriores, que 
irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo. 
A artéria basilar percorre o tronco basilar, e emite 
os seguintes ramos mais importantes: 
-Artéria cerebelar superior: nasce da basilar, logo 
atrás das cerebrais posteriores. Distribui-se ao 
mesencéfalo e a parte superior do cerebelo. 
-Artéria cerebelar inferior anterior: distribui-se a 
parte anterior da face inferior do cerebelo. 
-Artéria do labirinto: penetra no meato acústico 
junto com os nervos faciais e vestíbulococlear, 
vascularizando estruturas do ouvido interno. 
-Ramos pontinos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis 
é uma anastomose arterial em forma de 
polígono, situado na base do cérebro. Ele é 
formado pelas porções proximais das artérias 
cerebrais anterior, média e posterior; pela artéria 
comunicante anterior e pelas artérias 
comunicantes posterior, direita e esquerda. 
A artéria comunicante anterior é pequena, 
formada pela anastomose das duas artérias 
cerebrais anteriores. As artérias comunicantes 
posteriores unem de cada lada as carótidas 
internas com as cerebrais posteriores 
correspondentes. Assim, elas anastomosam o 
sistema carotídeo interno com o vertebral. 
Obs.: Essas anastomoses são apenas potenciais, 
visto que não há passagem significativa de sangue 
do sistema vertebral para o carotídeo. Em casos 
favoráveis, o círculo cerebral permite a 
manutenção do fluxo sanguíneo adequado de 
sangue em todo o cérebro, caso haja obstrução 
de uma ou mais das quatro artérias que o irrigam. 
As artérias cerebrais anterior, média e posterior 
dão ramos corticais e ramos centrais. Os ramoscorticais destinam-se a vascularização do córtex e 
substância branca. Os ramos centrais emergem 
do círculo arterial do cérebro, ou seja, da porção 
proximal das artérias cerebrais e das artérias 
comunicantes. 
Elas penetram perpendicularmente na base do 
cérebro (substância perfurada) e vascularizam o 
diencéfalo, os núcleos de base e a cápsula 
interna. Essas artérias são demasiadamente 
importante e recebem o nome de artérias 
estriadas. 
Territórios corticais irrigados pelas três artérias 
cerebrais: 
-Cerebral anterior: Dirige-se para diante e para 
cima, curva-se em torno do joelho do corpo 
caloso e ramifica-se na face medial de cada 
hemisfério, desde o lobo frontal até o sulco 
parietoccipital. A sua obstrução provoca paralisia 
e diminuição da sensibilidade do membro inferior 
do lado oposto. 
-Cerebral média: percorre o sulco lateral em toda 
a sua extensão, distribuindo ramos que 
vascularizam a maior parte da face dorsolateral 
de cada hemisfério. Compreende áreas corticais 
importantes como a área motora, a área 
somestésica, o centro da palavra falada e outros. 
Obstruções nessa área, quando não são fatais, 
ocasionam paralisia e diminuição da sensibilidade 
do lado oposto do corpo. Podendo também haver 
graves distúrbios de linguagem. O quadro é 
especialmente grave se a obstrução atingir 
também ramos profundos da artéria cerebral 
média (artérias estriadas). 
-Cerebral posterior: dirige-se para trás, 
contornam o pedúnculo cerebral, e percorrendo 
a face inferior do lobo temporal ganham o lobo 
occipital. Ela irriga a área visual situada nos lábios 
do sulco calcariano e sua obstrução causa 
cegueira em uma parte do campo visual. 
As veias do encéfalo não acompanham as 
artérias, sendo maiores e mais calibrosas. Elas 
drenam para o seio venoso da dura-máter, de 
onde o sangue converge para as veias jugulares 
internas. Vale lembrar que os seios da dura-máter 
se ligam as veias extracranianas através de 
pequenas veias emissárias que passam através de 
pequenos forames no crânio. 
As paredes das veias encefálicas são finas e 
praticamente desprovidas de musculatura. Assim, 
a regulação ativa da circulação venosa se faz 
através de três forças: aspiração da cavidade 
torácica durante a inspiração, em que a pressão 
abdominal se torna subatmosférica, força da 
gravidade e pulsação da artéria. 
O leito venoso do encéfalo é muito maior que o 
arterial, consequentemente a circulação venosa é 
muito mais lenta e a pressão venosa é baixa. Há 
no encéfalo dois sistemas: o sistema venoso 
superficial e o sistema venoso profundo, e 
embora anatomicamente distintos, eles são 
unidos por anastomoses. 
▪ Sistema venoso superficial 
É constituído por veias que drenam o córtex e a 
substância branca subjacente, anastomosam-se 
amplamente na superfície do cérebro, onde 
formam grandes troncos venosos, as veias 
cerebrais superficiais, que desembocam nos seios 
da dura-máter. Essas veias se distinguem em 
veias cerebrais superficiais superiores e 
inferiores. 
As veias cerebrais superficiais superiores provêm 
da face medial e da metade superior da face 
dorsolateral de cada hemisfério desembocando 
no seio sagital superior. As veias cerebrais 
superficiais inferiores provêm da metade inferior 
da face dorsolateral de cada hemisfério e de sua 
face inferior terminando nos seios da base e no 
seio transverso. A principal veia superficial 
inferior é a veia cerebral média superficial, que 
percorre o sulco lateral e termina no seio 
cavernoso. 
▪ Sistema venoso profundo 
Compreende veias que drenam o sangue de 
regiões situadas profundamente no cérebro, tais 
como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo 
e grande parte do centro branco medular do 
cérebro. A mais importante veia é a veia cerebral 
magna ou veia de galeno, para a qual converge 
quase todo o sangue do sistema nervoso 
profundo do cérebro. 
A veia cerebral magna é um curto tronco venoso 
ímpar e mediano, formado pela confluência das 
veias cerebrais internas, logo abaixo do esplênio 
do corpo caloso, as quais desembocam no seio 
reto. Suas paredes muito finas são facilmente 
rompidas, o que as vezes ocorre em recém-
nascidos como resultado de traumatismo na hora 
do parto.

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