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Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Campus Virtual
	
	Atividade de Avaliação a Distância - AD
Disciplina/Unidade de Aprendizagem: UA 3841 – Navegação Aérea – 2021.1
Curso: Ciências Aeronáuticas
Professor: Marcos Fernando Severo de Oliveira
Nome do aluno: Bruno Lopes Oliveira
Data: 28/02/2021
Orientações:
1. Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
1. Entregue a atividade no prazo estipulado.
1. Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
1. Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
1. AD composta de seis questões de pontuação variável e uma questão bônus/desafio.
1. Você pode responder todas as questões.
1. Pontuação máxima de dez pontos. 
1. Devolva a avaliação em PDF.
	Questão 1 – Capítulo 4 
	(2 pontos)
Doutor Pedro Nunes, Douto Pero Nunez mais propriamente, 1502-1578, foi o cosmographo del Rey que primeiro distinguiu as rotas segundo sua real natureza. Aprecie o texto do Instituto Camões (grifo do professor):
Ortodromia 
É o arco de círculo máximo que representa a menor distância entre dois pontos na superfície da Terra (considerada esférica para os fins comuns da navegação). A navegação sobre uma ortodromia exige constantes mudanças de rumo, pois os arcos de círculo máximo formam ângulos variáveis com os meridianos. Com excepção de rumos sobre o equador ou sobre um meridiano, seguir uma direcção cardeal constante, tal como teoricamente indicada pela agulha náutica, obriga os navegantes a percorrer, entre dois pontos na superfície da Terra, não a menor distância entre eles, mas uma linha que faz um ângulo constante com os sucessivos meridianos, igual ao seu azimute. Esta linha é o rumo, a loxodromia ou curva loxodrómica.
Fonte: INSTITUTO CAMÕES (Portugal). Ortodromia. 2003. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/d3.html. Acesso em: 23 jul. 2019.
Antes de responder as perguntas, assista a este vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=lsVng3E-1SA
1.1) Imagine uma rota originada em um ponto no equador terrestre, cujo destino também está em um ponto na Linha do Equador e que mantém constantemente o Rumo Verdadeiro 090º durante todo o percurso. Tal rota cruza os meridianos sempre em 90º. Trata-se de ortodromia, loxodromia ou é rota que apresenta características essenciais tanto de uma quanto de outra? 
	Figura 1.1 Rota ao longo da Linha do Equador
	
	Fonte: Wikimedia Commons (2020)[endnoteRef:1]. Com modificações. [1: FREE SVG. Globe Atlantic. 2012. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Globe_Atlantic.svg. Acesso em: 30 jan. 2020.] 
Justifique sua resposta.
R.: de acordo com Pedro Nunes ortodromia é um circulo máximo, que se refere a menor distância entre dois pontos na superfície terrestre, em casos em que não se voa no Equador os ângulos vão variar devido à mudança de rumos constantes (sendo uma característica acessória), pois o circulo máximo altera-se com os ângulos dos meridianos. Voando no Equador os ângulos não se alteram 
1.2) Uma rota traçada ao longo do Trópico de Câncer é ortodrômica? Justifique sua resposta. 
	Figura 1.1 Rota ao longo do Trópico de Câncer
	
	Fonte: Wikimedia Commons (2020)i. Com modificações.
R.: Não, pois o Trópico de Câncer é um paralelo e a rota traçada ira ter ângulos com os meridianos iguais, portanto trata-se de uma Rota Loxodrômica. A rota está traçada em um circulo Menor.
	Questão 2 – Capítulo 4 
	(2 pontos)
Acesse a página AISWEB e baixe a Carta ENRC L1. Em caso de pane no site, você poderá encontrá-la Midiateca.
A carta descreve o espaço aéreo inferior da Região Sul do Brasil. O lado esquerdo da carta apresenta coluna com informações para sua compreensão. As informações vão desde a data de efetivação da carta até a descrição de seus símbolos. Leia a coluna para responder à pergunta 2.1.
2.1) Qual o tipo de projeção da Carta ENRC L1?
R.: PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME DE LAMBERT PARALELOS PADRÕES S25 54 39.8 e S32 43 18
2.2) Quais as características da projeção adotada na Carta ENRC L1?
R.: “A Lambert é uma projeção cônica secante, os paralelos se apresentam como arcos de círculos concêntricos, cujo centro comum é o ponto de interseção dos meridianos projetados.” (Livro Didático. Pág., 68)
	Questão 3 – Seção 4 do Capítulo 5 
	(2 pontos)
Leia as informações que seguem e estude a figura 3.1. Seja, para determinada aeronave: 
· Rumo Verdadeiro 110º;
· Declinação Magnética de 12ºW;
· Desvio Bússola de 4ºE;
· Ângulo de Correção de Deriva de - 8º (oito graus negativos). 
	Figura 3.1 – Pied de poulet.
	
	Fonte: elaboração do professor (2020).
Reporte:
3.1 – Rumo Magnético: 122°
3.2 – Rumo Bússola: 118°
3.3 – Proa Magnética: 114°
3.4 – Proa Bússola: 110°
	Questão 4 – Capítulo 1 do livro novo
	(2 pontos)
4.1 – Converta 35º42’15,33”N para o formato DD,dddd.
R.: 35,7042° N
4.2 – Converta 16º28,153’N para o formato DDMMSS,ss.
R.: 16º28´9,18”N.
	Questão 5 – Capítulo 3 do livro novo
	(1 ponto)
Observe o mostrador do Indicador Radiomagnético (RMI) a seguir e assinale com um X o cenário correspondente.
	
	
	
	( )
	
	
	( )
	( X )
	Questão 6 – Seção 4 do Capítulo 5 
	(1 ponto)
Visite o site SkyVector.com. 
Uma vez aberta a página, selecione o botão WORLD VFR no canto superior direito. Confira na imagem:
Em seguida, clique em FLIGHT PLAN, no canto superior direito. Veja na imagem:
Surgirá um quadro semelhante a este:
No campo DEPARTURE, digite: KBOS. Já no campo DESTINATION, digite CYBG. Você já deve ter percebido que KBOS e CYBG são designativos para aeródromos nos U.S.A. A tela do seu computador irá mostrar uma carta que apresenta uma linha vertical rosada entre KBOS e CYBG. Amplie a imagem mantendo a tecla Ctrl pressionada e manipulando a roda do mouse. Para ampliar ou reduzir a imagem você também pode usar a ferramenta seguinte:
A qual está localizada no canto inferior direito de sua tela. Expanda a carta, isto é, amplie a imagem até visualizar a cidade de Boston e o aeródromo KBOS. Em seguida, localize o aeródromo de CYBG (fica em Bagotville, localidade famosa por shows aéreos). 
Pronto. Você já pode responder às perguntas dessa questão:
6.1 – A rota traçada por SkyVector poder ser considerada, em termos práticos, um segmento de círculo máximo? Justifique sua resposta com fundamento em informações obtidas na tela que você gerou em SkyVector.
R.: sim, pois quando traçada a rota existe um meridiano que passa por cima que é 71°.
6.2 – O rumo indicado para saída a partir de KBOS (014º) é verdadeiro ou magnético? Justifique sua resposta com fundamento em informações obtidas na tela que você gerou em SkyVector (aquilo que pode ser visto na tela).
R.: Rumo Verdadeiro, por que o rumo magnético está leste com 15° W com uma linha tracejada.
Obs.: por gentileza, devolva a AD em PDF para agilizar a correção. Você pode converter a AD em Word para PDF no site: https://cloudconvert.com/doc-to-pdf
	
Questão Bônus. Desafio.                          2 pontos + Comenda Lorem Ipsum
Junho, 21, 1965. A Cel. Roza Yerogovna Shanina comandava a missão Voskhod 7. A nave percorria órbita elevada sobre o território da URSS quando foram iniciados os procedimentos de aproximação, uma vez que a missão já fora concluída. Uma meticulosa redução de velocidade ocorreria com a ignição dos propulsores do orbitador, que levariam o módulo de pouso para a trajetória de reentrada na atmosfera e pouso em local secreto do território soviético. Ao menos, esse era o plano.
	VOSKOD - 7
	
Veja na imagem: a esfera é o módulo de pouso e o orbitador é a estrutura em forma de cone, a qual abriga os foguetes, painéis solares e baterias, entre outros dispositivos. Após reduzir a velocidade orbital e orientar o módulo de pouso para a reentrada, o orbitador é desacoplado e acaba por ser queimado até a desintegração total durante a queda.
	
	
	Fonte: SLITHERINE INC. SPM development update. 2014. Disponível em: http://slitherine.com/forum/viewtopic.php?f=226&t=48754. Acesso em: 03 jan. 2018.
Foi nessa fase da descida que os problemas começaram.Shanina, sem surpresa, notou que o sistema automático de pouso estava inoperante. Não havendo outra escolha, ela programou a reentrada manualmente, como tantas vezes treinou nos simuladores do cosmódromo de Baikonur. Após acionar o comando de disparo dos foguetes, na sequência e intensidade programada, consegui reduzir a velocidade orbital e informou ao controle que a descida estava em progresso
Seu próximo procedimento seria desacoplar o módulo de pouso do orbitador. Novamente, o aparelho não obedeceu aos seus reiterados comandos. Aparentemente havia uma pane não contida se espalhando rapidamente pelos sistemas do aparelho. O conjunto formado pelo módulo de pouso e orbitador atingiu as camadas mais elevadas da atmosfera e começou a rodopiar e vibrar. As elevadas forças centrífugas provocadas pelo giro descontrolado acabaram por libertar uma pesada caixa metálica de seu suporte na superfície curva da parede interna do módulo de pouso. A caixa, que continha equipamento de sobrevivência, colidiu contra vários dispositivos antes de acertar Roza Shanina na fronte. Com o impacto, Roza ficou inconsciente. 
Talvez o esforço mecânico da rotação descontrolada tenha facilitado o desacoplamento espontâneo que libertou o módulo de pouso do peso morto do orbitador. Com efeito, o módulo de pouso acabou por ricochetear na atmosfera e retornou ao espaço em uma trajetória suborbital não programada. A reentrada ocorreria em local ignorado.
Roza continuou inconsciente durante a reentrada, somente vindo a acordar, bastante atordoada, quando o módulo de pouso já estava no solo. Sim, segundo o altímetro, a nave estava pousada. Assim como quase tudo no modulo de pouso, o sistema de comunicação não estava operante. Roza considerou a possibilidade de ter pousado em lugar muito distante do planejado. Isso explicaria a pane de comunicações. Cambaleante, a coronel abriu a escotilha e, para sua surpresa, o vento fresco carregava um aroma de vegetação e o barulho do mar. A lua brilhava no céu, entre as copas de vegetação esparsa. Resolveu sair do módulo e investigar o terreno. Carregando a lata que a nocauteara, andou no rumo da origem do barulho do mar. Logo encontrou uma praia de areia fina. No céu, reconheceu o Cruzeiro do Sul. Decidiu retornar ao módulo de pouso e continuar a exploração durante o dia. Precisava saber sua posição geográfica antes de decidir o que fazer. Procedimento prudente em tempos de guerra fria, ponderou a cosmonauta.
Logo pela manhã, fazendo uso dos equipamentos de bordo, montou um dispositivo que lhe permitisse registrar o meio-dia verdadeiro na sua ignorada longitude. Tratava-se, singelamente, de uma prancheta e um longo parafuso ajustado na perpendicular. Ela acabara de recriar um gnômon, antigo instrumento para medir a altura do sol. Sua improvisação acabou por parecer assim:
	Gnômon
	
	Fonte: NISHIHARA, Alessandra Virgínia de Oliveira. A astronomia e os gnômons. [2014]. Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/1574290. Acesso em: 03 jan. 2018.
Quando a manhã já parecia estar avançada, a cosmonauta começou a registrar o comprimento da sombra projetada pelo parafuso e a hora da observação a cada cinco minutos. Como ele fez o registro? Simplesmente marcando com um lápis um ponto na prancheta e anotando a hora. O cronômetro (relógio de pulso de Shanina) estava sincronizado com a hora Zulu.
Finda a observação, Shanina ligou os pontos marcados na prancheta e obteve um desenho semelhante a este:
Veja os dados coletados até agora por Roza Shanina:
Comprimento do parafuso: 10 cm.
Comprimento da menor sombra (meio-dia verdadeiro na longitude na qual Roza estava): 12,1 cm.
Hora Zulu da observação da menor sombra: 15h16min.
Com esses dados Shanina elaborou um desenho que resultou no triângulo azul logo abaixo: cateto menor de 10 cm (comprimento do parafuso) e cateto maior de 12,1 cm (sombra do parafuso). Depois, com o auxílio de um transferidor, ela obteve o ângulo de elevação do sol no instante do meio-dia verdadeiro.
Ângulo de elevação do sol ao meio-dia verdadeiro: 39,5º
Com esses dados já era possível encontrar longitude e latitude aproximadas. Ela começou a calcular a latitude com a ajuda da tabela de declinação solar contida no kit soviético de sobrevivência. Segundo a tabela, a declinação solar no dia 21 de junho seria de +23,43º. Ela arredondou para +23,5º e aplicou a antiga fórmula:
Latitude = 90º - Elevação do Sol) +/- declinação solar 
Obs.: 
· Usa-se [ Latitude = (90º - Elevação do Sol) + declinação solar ] quando a latitude é norte (+) e a declinação está acima do equador (+) ou quando a latitude é sul (-) e a declinação está abaixo do equador (-);
· Usa-se [ Latitude = (90º - Elevação do Sol) - declinação solar ] quando latitude e declinação têm sinais diferentes. É esse o caso da cosmonauta.
Latitude sul (-), uma vez que ela já avistara a constelação do Cruzeiro do Sul durante a noite e declinação solar (+), pois em junho é verão no Hemisfério Norte.
Navegador, agora é a sua vez: sabedor da hora zulu no meio-dia verdadeiro (15h16min) e ciente da elevação do Sol e da declinação solar, calcule e escreva as coordenadas aproximadas (DDMM) ou reporte em qual país município estava Shanina, que resolveu, a propósito, fixar residência naquela praia e não mais voltar à URSS. 
Resposta: aproximadamente -27°09’S costa Oeste da África do Sul.
Para saber mais sobre este conto baseado em fatos reais:

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